Resultado eleitoral da crise: em dois cenários, Dilma e Marina disputam o 2º turno; em outros dois, Lula vence no primeiro

Publicado em 30/06/2013 18:45 e atualizado em 26/07/2013 13:34
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

Resultado eleitoral da crise: em dois cenários, Dilma e Marina disputam o 2º turno; em outros dois, Lula vence no primeiro. Está bom para você?

Eita!

Quanta coisa, não!? Alguns amigos liberais tiraram uma casquinha deste escriba neste sábado. “Viu a despencada de Dilma? Não vai mudar de ideia sobre esse período todo?” Pois é. Vi e não vou mudar. O risco continua a ser o mesmo, que venho apontando desde o início: uma torção à esquerda do processo político. Nodebate desta quinta na VEJA.com, afirmei que Lula era um dos ganhadores desse processo todo. Não! Nem os 35 pontos que Dilma perdeu de ótimo/bom nesses três meses me deixaram muito animado. Mas isso fica para mais tarde. Vamos ao fato do dia, que está na Folha de amanhã: pesquisa Datafolha sobre a disputa eleitoral de 2014 simula quatro cenários, TODOS, A MEU VER, DE HORROR. Em dois deles, Dilma Rousseff (PT) disputa o segundo turno com Marina Silva (Rede). Nos outros dois, Lula vence a disputa no primeiro turno. Tá bom pra vocês?

Sim, Dilma despencou também na disputa eleitoral, mas quem ascende de modo mais evidente é Marina Silva. Escolha com qual obscurantismo você quer ficar: com o do leninismo chumbrega-tardio ou o do perereca holística. Eu poderia citar Manuel Bandeira de “Pneumotórax” e escolher um tango argentino — mas isso, hoje, seria mal interpretado.

Vamos ao cenário A
Dilma tinha 58% em março, 51% no começo deste mês e, agora, aparece com 30%. Marina, nesses mesmos períodos, tem 16%, 16% e 23%. A petista perdeu 21 pontos em três semanas; a redista ganhou 7. Aécio, do PSDB, salta de 10% para 14% no começo do mês e, agora, aparece com 17%. Eduardo Campos tem 7% agora — antes, 6% e 6%. Nesse cenário, Dilma e Marina disputam o segundo turno.

Vamos ao cenário B
Nas mesmas datas, a petista cai de 56% para 49% e, depois, para 29%. Marina obtém 14% nas primeiras duas medições e surge agora com 18%. Aécio e Joaquim Barbosa empatam em 15%. Campos fica com 4%, 5% e 5%. Também nesse caso, Dilma e Marina vão para uma segunda rodada.
Nota: Barbosa não será candidato. Parte considerável de seus votos — que é basicamente de gente que está com o saco cheio da política e dos políticos — tende a migrar para Marina.

Vamos ao cenário C
Nesse caso, Dilma cede a vaga a Lula, que disputaria, então, pelo PT. Ele também foi afetado pela crise. Tinha 60 pontos percentuais em março; caiu para 55% no começo deste mês e tem agora 46%. Marina segue em segundo, com 19% (obteve 14% nas duas jornadas anteriores). Nessa hipótese, Aécio evolui pouco: fica com 14%. No começo do mês, tinha 13%. Em março, 10%. Eduardo Campos fica com 4% (4% e 5% nas anteriores). Lula vence no primeiro turno. Percebam: Lula e Marina, juntos, obtêm 65% do eleitorado. Não me peçam para aplaudir!
Nota – Se Lula for o candidato do PT, Eduardo Campos já disse que não disputa e que o apoia.

Vamos ao cenário D
Nesse caso, reaparece o não candidato Joaquim Barbosa. Lula vai de 58% em março para 55% no começo de junho e agora tem 45%. É o pior cenário para Marina, com 14% 12% e 14%. Por quê? Justamente por causa de Barbosa — é o voto dos que odeiam a política: ele fica, respectivamente, com 7%, 6% e 13%. Reparem que os votos que Lula perde do começo do mês para agora foram transferidos, quase na totalidade, para Marina e Barbosa. Nesse caso, Aécio se mexe pouco de novo: dos 9% em março, passa para 11% no começo de junho e, agora, apenas 12%. Campos, que não seria candidato para apoiar Lula, fica com 3%, 3% e agora 4%.

Encerrando por enquanto
Não me peçam para vibrar. E olhem que o PT ainda nem botou a tropa na rua. Vai botar. Cenário eleitoral em que acontece o que vai abaixo, lamento, não é bom:
Dilma + Marina = 53%
Dilma + Marina + Barbosa = 62%
Lula + Marina = 65%
Lula + Marina + Barbosa = 72%

Assim, meus queridos amigos liberais, não vou mudar, não! O fato de uma fatia do PT estar em desespero não é suficiente para que eu vibre no médio e no longo prazos. Muita coisa precisa ser pensada, inclusive a formidável queda de prestígio de Dilma. Não existe milagre em política. Em política, milagre é sempre feitiçaria.

Texto publicado às 18h55 deste sábado

Por Reinaldo Azevedo

 

Outros números sobre o “risco Lula”, que muitos preferem ignorar

Os que estão a fim de confundir a Paulista ou a Getúlio Vargas com a praça Tahrir estão preferindo olhar para o outro lado, mas o fato é que os números estão aí e não podem ser ignorados. E eles apontam mais para uma regressão do processo político, aumentando o risco — a palavra é essa! — da volta de Lula, do que para um avanço. É claro que é desejável que a população repudie a corrupção. Mas o ódio à política sempre dá em coisa ruim.

Leiam alguns dados que estão na coluna “Painel”, da Folha, editada por Vera Magalhães.

O favorito Dilma Rousseff teve uma queda expressiva na pesquisa Datafolha até entre os eleitores petistas, mas os números mostram que Lula pode ser capaz de segurar a sangria de votos em 2014. A presidente caiu de 71% para 53% no grupo que apontou o PT como partido preferido, mas Lula se manteve estável, com 75%. Quando o ex-presidente está no cenário, Marina Silva e Joaquim Barbosa quase não crescem, mas ganham votos entre eleitores petistas quando a candidata é Dilma.

Salvação Os eleitores que classificam o atual governo como ruim ou péssimo também admitem a volta de Lula. Nesse recorte, o ex-presidente lidera a sondagem com 26%, quase estável em relação à pesquisa anterior.

Na base Lula também impede o crescimento de adversários na faixa de renda mais baixa, de até 2 salários mínimos. Ele cai 7 pontos no cenário mais provável, enquanto Dilma perde 20 pontos.

Em frente Dilma só tem desempenho semelhante ao de Lula no grupo de entrevistados que dizem que ela faz um bom governo. Ambos atingem 69% das intenções de voto nesse recorte.

Meu bolso Eleitores mais ricos dizem que Aécio Neves (PSDB) está preparado para administrar a economia. Na faixa de renda superior a 10 salários, ele é citado por 21% dos entrevistados nesse quesito, empatado com Lula.

Minha rua Esse grupo mais abonado, porém, escolhe Joaquim Barbosa para lidar com os protestos. O presidente do STF é mencionado por 27% dos eleitores, contra 24% de Lula e 12% de Aécio.

Muita calma… Chamado ao Palácio do Alvorada pela manhã, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) diz que a presidente considerou “de certa forma natural” a queda de 27 pontos em sua aprovação no Datafolha.

…nessa hora Para o ministro, haverá reflexos sobre todos os governantes. “Não creio que seja um protesto contra Dilma. Acho que vai afetar todo mundo”. Ele diz que a petista vai insistir no plebiscito da reforma política, “que ficou mais importante agora”. Para 68% dos eleitores, Dilma agiu bem ao apresentar a proposta.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Dilma é vaiada em evento de evangélicos que reúne centenas de milhares de pessoas. Ou: Os protestos e a exaltação dos que respeitam a ordem democrática e o estado de direito

Sei que a questão mexe com o fígado de muitos dos nossos ditos “progressistas”, que suportam, claro!, a diferença desde que os diferentes se calem e não digam o que pensam. Neste sábado, em São Paulo, a Marcha para Jesus, organizada por igrejas evangélicas, reuniu, segundo os organizadores, 2 milhões de pessoas. Digamos que estejam exagerando. A Polícia Militar fala em 800 mil. É gente que não acaba mais. O tratamento dado por nossa imprensa, quando se ocupa do assunto, é discreto — e, se possível, sempre por um viés que tenta caracterizar aquela massa como expressão do atraso. Atenção! Até as 18h — depois disso, não sei, mas é provável que tenha se mantido —, não havia sido registrada uma só ocorrência policial. Nada! “Esse Reinaldo é um reaça! Elogia povo pacífico na rua!” É isto mesmo! ELOGIO OS QUE DE FATO SÃO PACÍFICOS, NÃO AQUELES QUE INSTRUMENTALIZAM A VIOLÊNCIA DOS LOBOS PARA POSAR DE CORDEIROS.

Atenção! Dilma não estava presente, mas foi sonoramente vaiada. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, que em janeiro de 2012 afirmou que o PT tinha de disputar influência com os evangélicos, compareceu ao evento e resolveu discursar. Ao citar o nome de Dilma, ouviu-se uma vaia de fazer inveja àquela que o Maracanã estava reservando para a soberana. Carvalho mudou de assunto e passou a falar de temas mais pios, religiosos. Aí, até foi aplaudido. Entre os presentes, havia faixas como “Procura-se Lula”. Outra anunciava, informa o Globo Online“Manifestação pacífica tem limite. Fora baderna e vandalismo”. A imprensa teve de noticiar, claro! Mas uma marcha da maconha com 200 gatos-pingados teria recebido, como já recebeu, mais destaque. É fato, não conjectura.

É evidente que aquela massa que estava na rua — maior do que em qualquer manifestação de protesto destes dias — tem convicções morais e políticas mais conservadoras do que a agenda influente da imprensa. Mas deve, por isso, ser ignorada ou, então, tratada com menoscabo? Por quê? Em que país do mundo democrático o conservadorismo é tomado como sinônimo de anomalia, como uma posição ilegítima, um crime de lesa-democracia? Não faz tempo, em plena quarta-feira, evangélicos juntaram outros milhares em Brasília num protesto contra o controle da mídia e em favor da liberdade de opinião, da liberdade de expressão, da família tradicional e do direito à vida. Também naquele caso, houve certo esforço para esconder o evento. É assim que se pratica a democracia nos EUA, na França, na Alemanha, na Itália, na Suíça, na Suécia, no Japão? Não! Assim se pratica democracia, deixem-me ver, em Cuba, na Venezuela, na China…

Feliciano
O noticiário que se ocupou da marcha, mais uma vez, resolveu dar grande destaque ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que esteve presente, subiu numa espécie de trio elétrico, mas não discursou. Vestia uma camiseta com a inscrição: “Eu represento vocês” — alusão, é evidente, àquela tolice do “não me representa” que tomou corpo entre os que o combatem. Ora, é claro que ele não representa quem quer derrubá-lo. Entre as faixas, uma era esta:

 

E é mesmo verdade, só que incompleta. A invenção é dos ativistas gays, mas em parceria com a imprensa. Já expliquei aqui por quê. E pouco me importa o quanto se vitupere por aí, não vou condescender com uma mentira. Não existe projeto nenhum de cura gay. O que existe é um Projeto de Decreto Legislativo que derruba o parágrafo único do Artigo 3º e o Parágrafo 4º de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia. Eis a íntegra dos dois parágrafos. Volto depois.
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

Voltei
Como se nota, ninguém toca no caput do Artigo 3º. É o que interessa. O Parágrafo Único e o Artigo 4º são dois requintes do abuso e interferem de modo absurdo no trabalho dos profissionais e nas escolhas dos pacientes. Não existe esse grau de interferência de um conselho profissional em nenhum lugar do mundo. Afirmar que existe um “projeto de cura gay” faz supor que alguém apresentou uma proposta com esse fim na Câmara. É mentira!

Antes que prossiga: os leitores — católicos, evangélicos, agnósticos, ateus etc. — conhecem a minha opinião: não acredito em “cura gay” porque não acho que seja doença. Nessa área, as pessoas são o que são em toda a sua complexidade. E ponto! Mas também não acredito no autoritarismo e na mentira.

Qual é o mal fundamental do parágrafo único e do Artigo 4º? A chance que se abre para a perseguição a profissionais que não rezem segundo a cartilha do conselho — sela ela qual for. Ora, passará a ser considerada tentativa de cura aquilo que alguém achar que é. Onde estão as notas técnicas, os critérios?

Vergonha
É uma vergonha que a própria imprensa designe esse projeto de “cura gay”, sem atentar para o seu próprio trabalho. Imaginem uma resolução que trouxesse a seguinte restrição: “Jornalistas ficam proibidos de escrever coisas que atentem contra a democracia e o estado de direito”. É evidente que eu também acho que jornalistas não devem fazer essas coisas. Mas quem julga? Quem se oferece para ser o tribunal? Lembro que, quando alguns pterodáctilos do lulo-petismo queriam criar ao Conselho Federal de Jornalismo, era mais ou menos isso o que se pretendia fazer. Deu para entender agora? Ainda não? Então tento mais um exemplo.

Médicos existem para curar pessoas e, entendo eu, para salvar vidas, certo? E que tal uma resolução genérica assim: “Médicos jamais adotarão procedimentos que ponham em risco a vida do paciente”. Seria a porta aberta para toda sorte de perseguição odienta. Todas as ditaduras comunistas tinham — e têm, as que restam — uma lei que pune os que “atentam contra a revolução”. Mas o que é “atentar contra a revolução”??? Em Cuba ou na China, por exemplo, basta que se defenda a democracia.

O caput do Artigo 3º, que é preservado, basta para que se não se trate a homossexualidade como patologia. O que não é aceitável — e é isso que fazem os trechos que o PLD quer derrubar — é que profissionais fiquem sujeitos a uma espécie de tribunal de consciências. Os jornalistas não quereriam isso para si mesmos; os médicos também não. Profissional de nenhuma área gostaria de se submeter ao arbítrio.

A partir de 2014, teremos uma história oficial no Brasil: a contada pela “Comissão da Verdade”, que tem tudo para ser um amontoado de mentiras. Imaginem um conselho que adotasse a seguinte resolução: “Historiadores não mais escreverão livros e textos benevolentes com a ditadura militar”. Seria aceitável?

Dia desses, em seu programa, Jô Soares falou de modo um tanto indignado, meio furioso, sobre o tal projeto da “cura gay”. Parece-me que também ele não sabia direito do que se tratava. Que tal uma resolução assim do um suposto Conselho Federal de Humoristas?
“Os humoristas não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação a homossexuais, negros, mulheres, religiões, portadores de deficiências, gordos, magros, míopes, estrangeiros…”

Quem distinguiria uma simples piada do “reforço um preconceito”? No caso dos psicólogos, quem vai arbitrar a diferença entre uma mera opinião divergente e uma transgressão de conduta profissional?

“Isso não tem importância! Porque dar espaço a isso?” Tem, sim! Um lobby, por mais bem-intencionado que seja, não tem o direito de dizer que existe aquilo que não existe — e não existe um “projeto da cura gay”. E a imprensa, por mais amiga de causas que seja, também não tem o direito de sustentar que é aquilo que não é.

Se essas farsas prosperam sem resistência, outras prosperarão. As pessoas têm todo o direito de ter uma opinião e de se opor ao PLD. Mas que se oponham, então, ao que existe, não ao que não existe.

Para encerrar
Os evangélicos faziam marcha na Avenida Paulista. Dado o número de pessoas, foram convidados a realizá-la em outro lugar. Aceitaram. Neste sábado, a caminhada saiu da Praça da Luz e foi até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na Zona Norte de São Paulo. O itinerário foi previamente fornecido à Prefeitura e à Secretaria de Segurança Pública. As forças da lei puderam, portanto, se organizar para que o evento provocasse o menor transtorno possível.

O nome disso? Respeito à ordem democrática e ao estado de direito.

Por Reinaldo Azevedo

 

Eis a turma que Dilma levou para dentro do palácio para dialogar. Ou: Eles são aqueles que acreditam em enfrentar o choque…

A presidente Dilma Rousseff recebeu algumas lideranças “jovens” no Planalto — a juventude chapa-branca, ou chapa-vermelha, alimentada, no mais das vezes, com dinheiro público. No grupo, estavam, por exemplo, representantes da União da Juventude Socialista (UJS), a tropa de choque do PCdoB que comandou a hostilidade à blogueira Yoani Sánchez em sua viagem ao Brasil.

Vejam um vídeo em que um valente da UJS defende as hostilidades a Yoani, acusando-a de receber dinheiro dos EUA, uma mentira cretina, e justifica a ditadura cubana. Volto em seguida.

Voltei
Havia outros rematados democratas presentes ao encontro, como os companheiros do “Levante Popular da Juventude”. Vocês já ouviram falar dessa turma.

Em março do ano passado, o “Levante” produziu um espetáculo grotesco de agressões e baixaria às portas do Clube Militar, no Rio. Enquanto os confrontos aconteciam, quem passava casualmente por ali, num passeio aparentemente sem compromisso? Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul! O conjunto me interessou e comecei a pesquisar: quem era e o que queria o tal “Levanta Popular da Juventude”? Descobri algumas coisas e escrevi um post no dia 4 de abril de 2012.

Vale a pena relembrar. Vocês assistirão, por exemplo, a um vídeo em que um “rapper” canta uma musiquinha bacana, cujo refrão é o seguinte: “Eu sou aquele que acredita em encarar o choque”, numa referência, claro!, às forças da legalidade. Segue o post publicado em 4 de abril de 2012. Volto depois de tudo para encerrar.

*

Vejam esta foto.

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Aquele senhor sentado na primeira fileira, com a mão no rosto, com ar vetusto, é Tarso Genro (PT), governador do Rio Grande do Sul. O que ela faz ali? Vamos ver.

No dia 29 do mês passado, um bando de fascistoides cercou o Clube Militar. A turma xingou e agrediu militares da reserva que participavam de um seminário. A foto de um rapaz dando uma cusparada num idoso tem de se tornar um emblema do que esses caras entendem por democracia e civilidade. “Descobriu-se”, vejam que coincidência!, que ninguém menos do que Tarso Genro passava por ali, por acaso… O valente não teve dúvida: “encontrado” por jornalistas, concedeu uma entrevista e acusou de provocação… as vítimas!!! A todos pareceu normal que um governador de estado estivesse passeando, solerte, pelas ruas da capital de um outro estado, topando, de súbito, com um protesto!!!

Pois é…

Aquela manifestação, a exemplo de outras que têm sido feitas em frente à casa de pessoas acusadas de colaborar com a tortura, foi convocada por um certo “Levante Popular da Juventude”. As ações obviamente ilegais do grupo têm merecido ampla cobertura do jornalismo — E SEMPRE EM TOM FAVORÁVEL! O que antes se chamava “grande imprensa” não se interessou nem sequer em saber quem é essa gente, de onde vem, o que pensa. No dia 27 de março, contei aqui quem são eles.

O tal “Levante” é só uma nova fachada do MST, que anda em baixa. João Pedro Stedile, o nosso leninista do capital alheio — já que seu movimento vive de dinheiro público — resolveu levar a sua “revolução” do campo para as cidades (afinal, ele é, reitero, um leninista).

A cobertura dos jornais tem sido asquerosa. Diz-se que o “Levante Popular da Juventude” luta apenas, que coisa bonita!, pela instalação da Comissão da Verdade. Enquanto isso, sai por aí xingando pessoas, cuspindo nelas, pichando as suas casas. Então agora volto à foto lá do alto.

Encontro
Entre os dias 1º e 5 de fevereiro, o grupo promoveu o “1º Acampamento do Levante Popular da Juventude”.Aconteceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e reuniu, segundo os próprios organizadores, 1.200 pessoas, vindas de 17 estados. Isso explica, por exemplo, por que ações de vandalismo contra as respectivas casas de supostos torturadores aconteceram em vários estados, ao mesmo tempo, numa coordenação que a imprensa chamou de “surpreendente”. “Juventude” não é categoria social, política ou de pensamento. O “jovem” por trás do movimento é João Pedro Stedile — com suas ideias do fim do século 19. Na fotos abaixo, ele aparece dando a sua “aula” de levante.

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Muito bem! Tarso Genro foi um dos convidados de honra do “acampamento”. É o que mostra aquela primeira foto. Isso significa que ele tem intimidade com o “Levante Popular da Juventude” e conhece, então, a sua agenda. Parece-me que o fato põe em dúvida a coincidência entre o protesto no clube militar e a sua estada no Rio — justamente nas imediações do Clube Militar.

Abaixo, seguem algumas fotos do evento. Ao fim de tudo, um vídeo que chega a ser engraçado de tão patético.

Aqui, em círculo, os camaradas expõem os seus anseios, numa espécie de dinâmica revolucionária de grupo

Aqui, em círculo, os camaradas expõem os seus anseios, numa espécie de dinâmica revolucionária de grupo

A revolução social requer preparo intelectual, né? Aqui, uma aula sobre os caminhos da libertação

A revolução social requer preparo intelectual, né? Aqui, uma aula sobre os caminhos da libertação

Também é preciso curtir a natureza: moças e moços da cidade conhecem os prazeres de uma vida mais agreste. É a burguesia conhecendo de perto o paraíso do povo

É preciso curtir a natureza: moças e moços da cidade conhecem os prazeres de uma vida mais agreste. É a burguesia experimentando o paraíso do povo

Também há espaço para a burguesia consciente se misturar ao povo e celebrar a cultura popular. É o que se chama

Também há espaço para a burguesia consciente se misturar ao povo e celebrar a cultura popular. É o que se chama “possibilidade de intercurso de classes”

Agora vejam este vídeo, em que um sujeito, por assim dizer, canta um rap sobre as ocupações promovidas pelo MST. Volto para encerrar.

Voltei
A apresentação foi feita durante a “II Feira e Festa da Agricultura e Agroindústria Camponesa”, evento paralelo ao 1º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude. O refrão é claro: “Eu sou aquele que acredita em encarar o choque”. É uma conclamação em favor do confronto com as forças da legalidade.

O vídeo é um troço patético. Um coroa, com a máscara revolucionária — que tira ao menos para cantar — se fantasia de cantor de rap para passar mensagens revolucionárias…

Eis aí: revelado, agora com imagens, o grande mistério do “Levante Popular da Juventude”. É só o velho leninista João Pedro Stedile brincando de fazer revolução. Mas Tarso, um governador de estado, assistiu a tudo atentamente, no acampamento e nas imediações do Clube Militar.

Que futuro nos aguarda quando um governador de estado participa de uma patuscada como essa? Não muito bom! De toda sorte, é um comportamento compatível com o ministro da Justiça que levou o Brasil a abrigar um assassino, condenado em seu país à prisão perpétua.

Voltei
Dilma levou essa gente para dentro do palácio como sinal de seu esforço de “dialogar com a sociedade”. A presidente, em suma, quer dialogar com quem não acredita em conversa.

Por Reinaldo Azevedo

 

Já temos o Jean-Paul Sartre da catraca. Ou: Não me peçam para rir de uma farsa que se repete e que já não tinha graça em 1968. Ou: Sem cueca à mostra, Paulo Arantes!

Paulo Arantes é um professor de aposentado de filosofia socialista. O que é isso? Não sei. Como Marilena Chaui, ele se quer marxista mesmo, de verdade, do tipo que acredita no socialismo — mas com liberdade, é evidente, menos, suponho, para recalcitrantes. Por isso, migrou do PT para o PSOL. Marilena continua na nave-mãe.  É este senhor aqui, ó.

Já está com 71 anos. Fez parte da geração uspiana que achou que os petistas iriam fazer a revolução — sem sangue se possível; com ele, se necessário, porque vocês sabem como esses brasucas são teimosos e insistem em não reconhecer o valor daqueles que querem libertá-los. Arantes passou 20 anos na USP pregando a chegada do PT ao poder e, desde 2003, é um crítico do partido porque acha que ele não teve coragem de ir à esquerda o bastante.

A gente pensa num senhor de 71 anos e o imagina se comovendo com o sorriso de uma criança, de um netinho, mesmo sem perder o rigor intelectual. Nada disso! Com Arantes, nem rigor nem sorriso. Ele agora resolveu imitar Jean-Paul Sartre nas jornadas de Maio de 1968, na França, quando havia se convertido a uma seita maoista e distribuía o jornal “La Cause du Peuple” (“A Causa do Povo”). O povo não tinha a menor ideia do que eles falavam. Tanto é assim que, ao fim das jornadas, quem se elege presidente da França, em 1969, é o conservador George Pompidou. Vejam estas imagens. Volto em seguida.

Aos 63 anos, um pouco mais jovem do que Arantes, Sartre se junta aos maoistas e passa a pregar a revolução. De Gaulle, um direitista decente, deu ordens para que não o metessem em cana: “Não se pode prender Voltaire”, exagerou. A direita sempre tão generosa com essa gente… Se pudessem, eles teriam prendido De Gaulle

Duas páginas do jornaleco maoista que faz a exaltação da luta violenta, mais ou menos como temos visto Brasil afora. Acima, lê-se: “Alain Geismar nos mostra o caminho da honra”. O caminho, como se vê, é o confronto. Geismar se tornou depois uma figura influente do Partido Socialista Francês e chegou ao Ministério da Educação

A exemplo do filósofo francês — que, à época, já havia conquistado fama mundial —, Arantes, em busca ao menos da fama municipal ao menos, decidiu, nesta quinta, dar uma aula em praça pública sobre “passe livre”. É constrangedor.

Um grupo de umas 300 pessoas acompanharam a cascata do Sartre caipira, em frente à Prefeitura. Também falou Lúcio Gregori, que foi secretário de Luíza Erundina quando prefeita e defendia a tarifa zero. Ele só não explicou por que ele próprio não a implementou, mas acredita que outros podem fazê-lo. Arantes, que tem uma formação intelectual respeitável, não quer mais saber de filosofia faz tempo. Quer ação. Já há alguns anos, seus textos, pra lá da linha do compreensível — não porque falte inteligência ao leitor, mas porque falta objeto ao autor —, insinuam que a reflexão é só uma modo de procrastinação. Esse portento revolucionário que vocês veem lá no alto quer é luta, ação.

O evento teve o apoio do Passe Livre, que trabalha, não custa lembrar, em parceira com o PSOL e outras legendas de extrema esquerda. Assim como Sartre admirava Daniel Cohen-Bendit (o Ruivo), um dos líderes da revolta estudantil de Maio de 68, Arantes tenta, digamos assim, se alimentar da juventude dos coxinhas radicais do Passe Livre.

Daniel Cohen-Bendit, o ruivo maoista de Jean-Paul Sartre

Matheus Preis, o loirinho passe-livrista de Paulo Arantes

A história, claro, não se repete, mas as comédias costumam ter semelhanças estruturais. Em 1968, Cohen-Bendit — que a imprensa chamava de “Dany, Le Rouge” (“Dani, o Vermelho, porque de extrema esquerda e porque ruivo) — subiu num grande leão de Bronze na praça Denfert-Rochereau (imagem abaixo), para liderar uma grande passeata. E convocou todas as correntes que estavam na rua: trotskistas, maoistas, socialistas moderados… E emendou: “A canalha stalinista vai para o fim do cortejo”, deixando clara a hostilidade à esquerda tradicional. O Partido Comunista da França retirou o apoio aos protestos depois de algum tempo porque eles se voltaram também contra a esquerda tradicional.

Assim, não me peçam para rir de uma comédia a que já assisti. Não me peçam para rir de uma farsa que estruturalmente se repete. O fato de o Passe Livre criticar também os petistas não me comove — porque se trata de uma crítica feita pela esquerda. Hoje, usam a catraca como símbolo porque isso é parte de uma estratégia de luta. Eles mesmos confessam que o transporte é apenas o instrumento de “superação do capitalismo”.

Eu não acho que o capitalismo corra risco por causa desses bananas. Mas acho um absurdo que se sintam no direito de infernizar a vida de milhões de pessoas com sua “utopia” aloprada, que, de resto, vai acabar punindo os mais pobres.

Paulo Arantes e outros babões de sua estirpe fracassaram no exercício do ódio como instrumento de pensamento. E agora tentam reunir o que lhes resta de seiva supostamente revolucionária para fazer da catraca um instrumento de mudança do mundo. Espero que não comece a aparecer em público com o elástico da cueca à mostra. Nunca sei qual é o limite dessa gente.

É patético! Chegou ao Brasil, reitero, o pensamento de alguns neomarxistas que asseguram que o grande inimigo da “liberdade” não é o mais o capitalismo, mas a democracia representativa. E parte da imprensa, pondo uma corda no próprio pescoço, comprou essa causa!

Por Reinaldo Azevedo

 

Não tem pobre na rua mesmo, ué! Por que a braveza? Ou: Existe um jeito de combater a esquerda que só a fortalece

No fim do debate de ontem da VEJA.com (assista ao vídeo), afirmei que “não há pobres nas ruas”. Algumas pessoas ficaram bravas. É possível que tenham entendido tudo errado. Disse isso no contexto em que sustentei que Lula é um dos vitoriosos dessa jornada infeliz porque voltou ao jogo sucessório. E não precisou fazer muita coisa para isso. Sua candidatura em 2014 é debatida a céu aberto no PT.

Fazer o quê? As pesquisas estão aí. Os miseráveis e os muito pobres não estão nas ruas. Lula fala com eles melhor do que qualquer grupo portando cartolinas. E já se articula freneticamente para fazer o que mais sabe: jogar brasileiros contra brasileiros. Os 52 milhões que são tocados, de algum modo, pelo Bolsa Família estão cantando e andando para o Passe Livre ou para protestos como “Hospitais Padrão Fifa”.

Alguns bobos acham — justo eu??? — que estou colaborando com o petismo quando faço essa crítica. Bobagem! Eu estou fazendo um alerta. Há motivos, sim, para protestos, mas não para esses ensaios meio grotescos de insurreição popular. “Ah, mas se tudo andasse às mil maravilhas…” Olhem aqui: com o processo de demonização da polícia a que assistimos, esse desdobramento era óbvio e cheguei a antevê-lo aqui. Pura lógica. Há mais causas contingentes do que de fundo. A economia vai mal, mas a ruindade ainda não chegou às ruas com esse força. Reconhecer a realidade ajuda a gente a não errar… 

É claro que o PT mobilizará seus aparelhos ou para fazer frente a essa onda ou, como é mais provável, para surfar nela. Afinal, é o que estão fazendo hoje parlamentares, o governo federal e até ministros do Supremo. Quando a equação incluir os pobres, aí vamos ver. A torção à esquerda da política já se deu. Uma coisa é certa: enquanto o incentivo ao vandalismo (ver post anterior) for chamado de “movimento pacífico infiltrado por baderneiros”, os baderneiros continuarão a serviço do suposto “movimento pacífico”.

Será que eu “petizei”? Não é isso, não! Nunca esses caras me provocaram mais repulsa! É que existe um modo de combatê-los que os enfraquece, e existe um modo de combatê-los que os fortalece. Os métodos até agora empregados e incensados atuam contra a racionalidade administrativa, o estado democrático e a sociedade de direito. E quem conhece essa praia são as esquerdas, antes e depois do Facebook.

Por Reinaldo Azevedo

 

Uma camiseta das Farc na guerra de rua em Fortaleza!

Mandam-me esta foto. Vejam ali a camiseta do fortão que, com o rosto coberto, usa um estilingue para atingir policiais no Ceará.

O símbolo que traz no peito é o das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Sim, há pessoas no Brasil — e não me estranha que ele esteja no protesto — que envergam camisas de narcoterroristas.

Moleques hoje, que eu saiba, não brincam mais de estilingue, coisas do meu tempo, do meu interior. Sei que não era muito bonito, mas o fato é que a gente matava passarinho. Hoje, quando eles começam a cantar antes das 5 da matina, penso em estilingues, confesso… Deus me livre! Hoje em dia, iria todo mundo para a Fundação Casa, acho. E teriam menos pena da gente do que dessas “vítimas da sociedade” que põem fogo em gente… É que passarinho não aquece o planeta. Um estilingue pode provocar um ferimento muito grave com pedra ou bola de gude — que, pra mim, continua a ser “fubeca”. Sim, a depender do caso, pode ser uma arma letal.

Nada de errado, não é?, em usar a camiseta das Farc por aqui! Afinal, o governo petista não considera terroristas aqueles valentes. Lembro-me até de que Lula chegou a dar uns conselhos aos companheiros: deveriam fazer como o PT e disputar eleições. Como esquecer que Dilma Rousseff, quando chefe da Casa Civil,requisitou para trabalhar em Brasília, no Ministério da Pesca, a mulher do terrorista conhecido como Padre Medina, que está refugiado em Banânia? Numa democracia convencional, dar-se-ia um jeito de achar esse rapaz para que ele se explicasse… Mas quê! Se Dilma não teve de se explicar, por que ele teria?

Por Reinaldo Azevedo

 

Lula, que estava sumido, reaparece no noticiário para… criticar Dilma! Ele também está em contato “com a juventude” e os “movimentos sociais”

É isso mesmo, crianças! O Apedeuta, como sabem, está mudo. Sempre tão loquaz, sempre tão opiniático, sempre tão cheio de ideias, virou, de repente, um túmulo. Mas reaparece hoje em reportagem da Folha, de Catia Seabra e Mário Falcão. Não é ele quem fala, mas pessoas do seu entorno. E é evidente que o jornalismo cumpre o seu papel ao tornar pública a informação vazada por sua turma.

Lula considerou barbeiragem, consta, a história da Constituinte — não custa lembrar que a tese original é dele. Segundo o subjornalismo áulico financiado por estatais, a proposta teria sido soprada por Franklin Martins, e isso quer dizer… Lula! Verdade ou mentira, o fato é que reforma defendida pela presidente é aquela defendida pelo PT, conforme foi relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), mas enterrada pelo Congresso.

No petismo, também a atuação dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante (Educação) estaria sendo criticada. Traduzo: Lula não suporta nem um nem outro. E ambos sabem disso. Cardozo tentou fazer confusão em São Paulo para ver se conseguiria se cacifar como pré-candidato ao governo. Ele é parcialmente responsável pela bagunça que tomou conta do país.

A reportagem informa também que o Apedeuta se encontrou com um grupo de jovens, o que foi confirmado por Gilberto Carvalho, que é secretário-geral da Presidência, mas atua como porta-voz do seu verdadeiro chefe: “O presidente Lula fez uma reunião ontem [anteontem] com os jovens, que eu soube que foi muito interessante. Acho natural os partidos procurem nesse momento articular as suas bases, suas militâncias para fazer esse debate, fazer essa disputa que está dada na sociedade.”

Lula também está no Estadão. Isso quer dizer que seus homens trabalharam ativamente. No contato com os movimentos sociais, ele teria dito que a reivindicação do passe livre é justa — Dilma, apropriadamente, lembrou que alguém paga: ou o usuário ou os impostos…

Ao Estadão, os lulistas vazaram que o ex-presidente queria saber a razão dos protestos e coisa e tal. E teria ouvido que tudo começou com a repressão havida em São Paulo… Como a gente nota, quase não há confrontos nos outros estados, não é mesmo? Se não me engano, sozinho, o Rio colocou mais gente na rua do que o resto do Brasil somado, incluindo São Paulo!

Lula já tirou o agasalho e está fazendo aquecimento à beira do campo. Antes, vai dar uma passadinha na África para combater a fome. Tudo bem! Seus homens continuarão por aqui sabotando a candidatura da Dilma à reeleição para tentar forçar a volta de de Dom Lulão.

Por Reinaldo Azevedo

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Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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1 comentário

  • Maurício Carvalho Pinheiro São Paulo - SP

    Pô ! Reinaldo ! Pobre e semi-analfa, 70 % dos eleitores que votam obrigados, e não sabem nem escrever ou assinar seu nome direito, muito menos escolher quem é o melhor candidato,agora votarão mais confortáveis e mais depressa, com as urnas que reconhecem a impressão digital do cara (até analfabetos votarão (burlando a lei), sob pretexto de não falsificação, nesses 2 filhos da outra, pois não leem a Veja e nem você. E voce fica fica escrevendo laudas e laudas para quem já sabe de tudo isso e não vota nesses canalhas. Voce deveria parar de ficar analisando essas pesquisas fajutas pagas e encomendadas pelas CNT e CNI aos safados Ibope, Sensus e Datafolha, e dirigidas pelo canalhão, o marqueteiro João Santana. Pesquisas que usam a Variância que não vale para esse tipo, que não são nem científicas, probabilísticas e nem estatísticas, que entrevistam entre 2.000 e 3.000 pessoas num país de 189 milhões e que representam fraude (crime eleitoral) enganosa visando "induzir" o voto dessa boiada que quer comprar calça de R$ 300,00 para a filha e recebe Bolsa Esmola de R$ 134,00; ou 0,0010.... % da População; ou ainda 1/93 de 1% !!!!! e em 130 a 180 municípios enquanto o país tem 5.536. Nessas pesquisas está a chave da eleição desses canalhas. Com elas, enganam até vocês por serem crus em pesquisa !!! E nunca foram atrás saber a verdade. Vendem como compram !! Naquela tranquilidade que só a ignorância dá !!!O povão sem saber em quem votar, bancando o corintiano, vota em quem "deve" estar ganhando, até em pesquisas mentirosas e criminosas. Sabe quanto dá em média o numero de entrevistados ?? Entre 14 e 16 pessoas !!! Mesmo em municípios como SP que tem "só" 11 milhões de pessoas. O que se consegue apurar com amostra tão pobre. O que foi pago para !!!

    Como tem que entrevistar por classes de renda (5 classes ou mais), por instrução (outras tantas) por sexo,por faixas de idade (outras tantas) que perfazem 23 itens somados, no total do Questionário Padrão instituido pela Lei Eleitoral, a cada pesquisa faltam entrevistados e sobram itens exigidos. E, para mascarar ainda mais essas falsas pesquisas, adotam o chutaço de mais ou menos 2 ou 3 pontos, como fazem nas metas do governo (outra sacanagem que representa um estouro de até + 45,5 % ou - 55,5% , como dentro dela)

    para dizer que tem confiabilidade de 95% (puta mentira !!) e invariavelmente afirmam que "se e eleição fosse hoje seria eleita(o)já no 1º turno" o que nunca aconteceu em nenhuma eleição que o Lula ou poste 2 participaram. Só o FHC !!! (acho que essa afirmação é necessária para receberem o tutu da falsa pesquisa) e que voces ingenuamente nem se tocam. Sobra ignorância e é revoltante. Como cronistas, comentaristas são fraquinhos em análise de pesquisas. O Datafolha a toda hora solta essas pesquisas safadas e não sabe onde foram feitas as entrevistas (SIC) e nem quantas em cada local. Então não foram feitas né !!! Chegaram ao cúmulo de em out. de 2010 , quando o Safadão estava saindo, soltar uma pesquisa que lhe atribuia 83% de Ótimo/Bom, que somados ao Regular de 22 % (safadamente escondidos apesar de positivo) dariam somados, sem considerar quem não aprovava ou não opinou ou não quis responder de 8%; o total de 105% o que detonou e ignorou a teoria e regra da porcentagem !!! Revogaram a porcentagem !!! Um absurdo !!!

    Que a maioria de cegos que temos na midia do país ignora. Portanto são de certa forma ignorantes. Até esse tal de Sardenberg que recomendou trazer de volta uma dupla de safados, Pallocci e Meireles para ajudarem a machorra controlar a situação economica do país, o qual quando contestado em suas falações bestas e no alto de sua soberba, chama quem o critica de ignorância atrevida o que é muito melhor do que cronista idiota !!! O Beto Richa muito mais esperto e inteligednte que voces todos, ganhou as ultimas eleições no PR só impedindo, junto ao TRE, a publica ção dessas pesquisas, condicionando e exigindo que fosse obrigatória a publicação de quantas pessoas foram entrevistadas, em cada local sorteado. Os institutos não apresentaram uma pesquisa detalhada siquer. Porque são falsas e/ou chutadas, mentiras, para induzir o povão estúpido a votar nesses canalhas.

    Apesar de ser crime eleitoral sujeito a penas de prisão e multas êles continuam fazendo essas pesquisas no mínimo fajutas impunemente.

    E ainda mais. Nunca nenhum desses 2 ganhou nada no PRIMEIRO TURNO !!! Só o FHC (riso) !!! Agora imortal !!

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