Pesquisa Sensus: Dilma tem elevado nível de rejeição (42%), Aécio 31%. .

Publicado em 03/05/2014 17:22 e atualizado em 07/07/2014 13:12
por Rodrigo Constantino, de veja.com.br

Corrupção

Uma enxadada, uma jiboia! Ou: Agora o escândalo é no fundo de pensão dos Correios

O doleiro Youssef, cuja influência no Postalis é antiga. Fonte: GLOBO

Já disse e repito: a frase de Reinaldo Azevedo precisa ser atualizada. O jornalista dizia que com o PT no governo é assim: uma enxadada, uma minhoca. São tempos passados. Hoje, para ser mais fiel ao que ocorre, o certo seria dizer: uma enxadada, uma jiboia! Basta uma investigação e já aparecem rombos milionários. É impressionante.

O novo escândalo envolve o Postalis, fundo de pensão dos Correios. A CVM apura fraude após ligação com o doleiro Youssef, aquele da operação Lava-jato e amigão do peito do deputado André Vargas, até “ontem” do PT.  Os Correios, como todos sabem, foram o pivô do escândalo do mensalão.

Quando as estatais e seus fundos de pensão são tratados como instrumentos de politicagem e desvio de recursos, quem paga o pato somos todos nós, “contribuintes”, e principalmente seus funcionários:

Gestões de eficiência duvidosa do Postalis durante os mandatos dos ex-diretores financeiros Adilson Florêncio da Costa e Ricardo Oliveira Azevedo podem ter contribuído para que um déficit técnico em um dos planos de previdência da fundação alcançasse cifras bilionárias desde 2009 — o que levou a entidade a aumentar a contribuição dos funcionários e causar uma queda de braço entre os sindicatos dos trabalhadores, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o Tesouro Nacional sobre quem deve pagar a dívida. Em 2008, os Correios decidiram encerrar as atividades do plano de Benefício Definido (BD) e transformar a expectativa de direitos dos participantes em números, totalizando valor projetado para aporte de R$ 700 milhões, para equilibrar as contas do BD, algo assumido pela patrocinadora. Porém, um ano depois se constatou que o valor necessário para efetivar o saldamento (interrupção de pagamento das contribuições) do BD mais que dobrou, indo a R$ 1,5 bilhão.

Somado a esse valor, há ainda um déficit de R$ 935 milhões provenientes, em sua maioria da área de investimento do Postalis, identificado no balanço do ano passado e que onera ainda mais o Plano BD — levando o rombo, caso os Correios não aceitem saldar a dívida, a um valor de cerca de R$ 2,5 bilhões, ou 35% do patrimônio do plano, estimado em R$ 7 bilhões. O Conselho Fiscal dos Correios, ligado ao Tesouro, questionou o pagamento, mas concordou em saldar, por enquanto, a cota mensal da dívida.

Como se vê, bilhão parece trocado quando se trata dos escândalos estatais. E nenhuma fica livre das garras do partido. Como já mostrei aqui, até a Embrapa tem sido manchada pela politização durante a gestão petista. E agora há novo escândalo na empresa:

A Controladoria Geral da União (CGU) indiciou a diretora de Administração e Finanças da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Vânia Beatriz Castiglioni, por supostas irregularidades na criação da Embrapa Internacional, com sede nos Estados Unidos, um projeto que acabou abortado pelo Ministério da Agricultura. O indiciamento se estende ao ex-presidente da estatal Pedro Antônio Arraes e a dois pesquisadores da instituição, responsáveis pela criação da unidade fora do país. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a história. O procedimento policial está na fase de depoimentos dos envolvidos.

[...]

Vania integra o grupo de gestores da Embrapa vinculados ao PT e mantidos nas funções de chefia por conta do apoio partidário. Pesquisadora de carreira, ela é filiada à legenda no Paraná, mais especificamente em Londrina, desde 1990, conforme os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa tem três diretores-executivos, dos quais dois têm indicação do PT. O mandato desses diretores, que passaram por um processo de seleção, venceu em abril. Eles permanecem no cargo e não haverá mais seleção. Prevalecerá o critério da indicação política.

Complicado, não? Os petistas, tais como os cupins, vão corroendo todas as instituições e deixando um rastro de estrago no caminho. Quanto tempo será preciso para limpar essa sujeira toda? Isso, claro, assumindo que os cupins não continuarão no poder após este ano…

Rodrigo Constantino

Tags: CorreiosEmbrapaPostalisYoussef

 

ComunismoSocialismo

O roubo “revolucionário”: quando os fins justificam quaisquer meios

Qual partido brasileiro gosta desse gesto mesmo?

Uma ala revolucionária da esquerda sempre defendeu que seus “nobres” fins justificavam quaisquer meios. É com base nessa premissa que aplaude até terroristas como Carlos Marighella e Cesare Battisti, ou assassinos frios como Che Guevara. Mas não é preciso chegar aos casos mais extremos: tal mentalidade ajuda a criar um clima permissivo no tocante aos crimes do cotidiano também.

Basta pensar nos discursos do ex-presidente Lula afirmando que fez o que todos fazem, relativizando a ética o tempo todo, dando o pior exemplo possível para o povo brasileiro. Ou mesmo a presidente Dilma, tratando casos chocantes de corrupção como simples “malfeitos”.

Tudo isso ajuda a criar um ambiente de “vale tudo”. O sujeito comum olha para cima e vê apenas licenciosidade com todo tipo de crime, e se sente no direito de ignorar as leis também. Para piorar, encontra no próprio discurso predominante da esquerda uma justificativa perfeita para seu desejo de roubar: ele é uma “vítima da sociedade”, e as injustiças e desigualdades sociais são as responsáveis por seus atos, não ele mesmo.

Para saber onde isso nos leva, basta observar a Venezuela de hoje. Em excelente artigo publicado no GLOBO, Eduardo Mayobre explica como o simples roubo se tornou um instrumento “revolucionário” no país bolivariano. Roubar a bateria de um carro estacionado virou um “ato revolucionário” para combater as injustiças do sistema, do capitalismo.

Se há escassez – escassez esta produzida pela estupidez do modelo socialista – então tudo é permitido! O diálogo parece um tanto surreal, mas sabemos que é exatamente esta a mentalidade de boa parte da esquerda latino-americana:

— Ser vítima é o que lhe permite entrar no processo e justifica que você também acaricie a possibilidade de roubar do vizinho que tenha uma bateria ou de quem tenha vários pacotes de farinha em seu carrinho de supermercado.

— Mas não quero roubar nem quero que me roubem.

— Porque está do lado errado da história.

— E isto é a revolução?

— É o que terminou sendo. Sobretudo na etapa madura de sua história.

A etapa madura, sob o comando de Maduro, é a completa anomia, um clima iminente de guerra civil. As sementes foram plantadas desde o começo da gestão de Hugo Chávez, com sua retórica socialista, a segregação do povo entre amigos e inimigos, o abuso de poder, a impunidade, o roubo institucionalizado pelo próprio governo, a inflação, etc.

A desgraça não vem por acaso, do nada; é obra de anos e anos de práticas estúpidas e discursos “revolucionários”, que indicam ao cidadão comum que seus fins permitem quaisquer meios. Tipo os invasores do MST aqui no Brasil, sendo recebidos pelo governo, que distribui verbas para os criminosos em nome da “justiça social”.

Se o socialismo é a idealização da inveja, a revolução socialista é a pilhagem oficializada. Apenas isso.

Rodrigo Constantino

Tags: ChávezEduardo MayobreMaduro

 

DemocraciaPolítica

Pesquisa Sensus: Dilma tem 38,6% e Aécio Neves 31,9% no segundo turno

pesquisa IstoÉ/Sensus foi divulgada hoje e comprova a tendência de queda da presidente Dilma nas intenções de voto. A novidade é que o candidato tucano pela primeira vez capturou parte dessa queda de forma mais significativa:

No levantamento realizado com dois mil eleitores entre os dias 22 e 25 de abril, Dilma (PT) soma 35% das intenções de voto. É seguida pelo senador mineiro Aécio Neves (PSDB), com 23,7%, e pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 11%. Juntos, Aécio e Campos têm 34,7% dos votos, praticamente a mesma votação de Dilma (diferença de 0,3%). Como a pesquisa tem uma margem de erro de 2,2%, se a eleição fosse hoje o futuro presidente seria escolhido no segundo turno numa disputa entre Dilma e o tucano Aécio Neves. 

Para o segundo turno, a diferença entre Dilma e Aécio já estaria bastante estreita, lembrando que faltam mais de 5 meses para a eleição e que o tucano é bem menos conhecido. Dilma é conhecida por mais de 95% dos entrevistados, enquanto Aécio apenas por 76%. O ponto mais preocupante para o PT é o elevado nível de rejeição de Dilma, em 42%. Aécio tem 31%.

Sensus

Segundo turno se a eleição fosse hoje. Fonte: IstoÉ

A rejeição ganha ainda mais importância quando vemos a quantidade enorme de indecisos, brancos e nulos. Eis o grande potencial tanto de Aécio Neves como de Eduardo Campos: conquistar parte desses votos. O começo da campanha eleitoral pode ajudá-los, à medida que ficam mais conhecidos e apresentam suas propostas, podendo seduzir os eleitores insatisfeitos com o governo.

Outro fator de nervosismo para o PT é que a economia deve piorar até outubro. O crescimento é medíocre, a inflação continuará alta, mesmo com preços represados, e a sensação de deterioração do quadro geral será inevitável. Há ainda riscos na organização da Copa e de racionamento de energia.

Ao que tudo indica, o PT terá sua eleição mais difícil desde que chegou ao poder. As chances de ser derrotado no pleito não são desprezíveis, e parecem cada vez maiores. Não é por outro motivo que o Ibovespa tem ensaiado forte recuperação: os investidores comemoram a probabilidade maior de troca no comando da economia, o que seria positivo para o país e para o valor dos ativos, como conseqüência.

O maior desafio da oposição, especialmente do PSDB, é convencer esse grande número de indecisos ou de desiludidos que pretendem anular o voto. De minha parte, digo apenas o seguinte: anular o voto, hoje, significa votar no PT. Eis a realidade inapelável.

O voto nulo pode dar a paz de espírito de que o eleitor não se sujou e não votou em nenhum candidato que considera ruim. Na prática, ele está escolhendo o que está na frente, no caso o PT. Pergunto: alguém seria indiferente entre um tiro na nuca e um soco no estômago? Política é a escolha do menos pior. É preciso ser realista.

Podemos lamentar a ausência de um candidato “ideal”, mas alguém realmente acha que não faz diferença ter um Armínio Fraga no comando da economia em vez de um Guido Mantega? Alguém acha que com o PSDB o Brasil corre o risco de ser a próxima Venezuela, como claramente ocorre com mais 4 anos de PT?

A máquina estatal foi toda aparelhada, o PT é unha e carne com a ditadura cubana e o tirano venezuelano, destruiu o Mercosul, deixou a inflação ficar em patamar muito elevado, acabou com a credibilidade de nossas instituições e contas públicas, vem destruindo a Petrobras, e jogou muita porcaria para baixo do tapete, contratando problemas graves à frente.

Será uma fase de ajuste e tanto a partir de 2015. Que ao menos haja alternância de poder para desintoxicar a máquina estatal e para termos gente mais competente na direção do país. A pesquisa Sensus mostra que há esperança de que isso ocorra. Resta todos aqueles que não suportam mais o PT no governo arregaçarem as mangas e trabalharem em prol de um futuro melhor.

Rodrigo Constantino

Tags: Armínio FragaGuido MantegaPTSensus

 

EconomiaFilosofia políticaPolítica Fiscal

Parasitas do capital – Veja impressa

Segue parte do meu artigo da Veja impressa desta semana. Para ler na íntegra, basta se tornar assinante aqui.

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Rodrigo Constantino

Tags: MarxThomas Piketty

 

Política Fiscal

PT quer aumentar ainda mais nossos absurdos impostos

Em fevereiro deste ano, escrevi um texto afirmando que o PT certamente iria propor aumento de impostos. É sua única ferramenta, pois corte de gastos, o caminho mais racional e melhor para o país, parece impensável para quem enxerga o estado como um messias salvador. À época, escrevi:

Não se enganem: o que o PT deverá fazer é expropriar ainda mais recursos do povo brasileiro via aumento de impostos. É que pagamos tão pouco, não é mesmo? O que são quase 40% de tudo que é produzido, quando temos tanto retorno por parte do estado? O que importa que os demais países emergentes tenham carga tributária bem menor que a nossa?

Para quem tem apenas um martelo, tudo se parece com prego. O PT só tem um instrumento: impostos (incluindo o mais nefasto de todos, o inflacionário). Portanto, preparem o bolso, porque vem mais mordida do leão aí…

Pois bem: hoje, há a seguinte notícia no GLOBO: Ministro da Fazenda já admite a hipótese de elevar os impostos sobre bens de consumo para cumprir a meta de superávit fiscal deste ano:

O aumento de impostos sobre bens de consumo pode ser uma das armas do governo para realizar o esforço fiscal prometido para 2014. É o que disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao GLOBO. Ele garantiu que a realização da meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) é um compromisso “irreversível” e será entregue com aumento na arrecadação ou corte nas despesas. 

O ministro disse:

Temos uma previsão de aumento de alguns tributos. Foi o que aconteceu, por exemplo, na tabela de bebidas (que serve como base de cálculo para o IPI e o PIS/Cofins do setor de bebidas frias). [...] Haverá alteração no PIS/Cofins sobre importação. Isso nada mais é do que equalizar o tributo do bem importado ao do bem produzido no Brasil. O que também poderíamos fazer é (alterar a) tributação sobre bens de consumo. O IPI dos carros, que foi reduzido no passado, por exemplo, está sendo recomposto. Não há uma decisão ainda, mas ele poderá subir agora em junho. É esse tipo de medida.

Mantega afirma que o governo está “trabalhando para reduzir os gastos” também, mas não é possível enxergar isso em canto algum além da retórica. Não adianta: quem for realista saberá que o PT no governo significará sempre mais impostos. Como se nós brasileiros já não pagássemos muitos impostos, e quase tudo a fundo perdido…

Rodrigo Constantino

 

DemocraciaPolítica

Assim não, Jair Bolsonaro! Assim é muito feio!

O deputado Jair Bolsonaro postou em suapágina do Facebook:

Rodrigo Constantino acaba de retirar de seu blog “área de comentários”, alegando que meus seguidores, “sob meu comando” invadiram seu site com mensagens de apoio, quase sempre sem argumentos… Digo a todos que não tenho a “meu comando” fiéis seguidores, como Reinaldo Azevedo há poucos dias denunciou o acampamento de “guerrilheiros virtuais” de petistas, ora treinando para atacar a oposição. 

Lamentavelmente, Rodrigo Constantino, com sua decisão e infundada acusação, demonstra quem é o radical e não aceita a liberdade de expressão como força máxima da democracia. Levo pancada de todo mundo, mas Constantino não aceita ser contrariado.

Tenho que ensinar ao deputado o que é liberdade de expressão e democracia? Sério? Porque posso adiantar que essa é a mesmíssima crítica que muitos petistas fazem, o que apenas reforça a tese de que muitos seguidores mais radicais do Bolsonaro são apenas petistas com o sinal trocado (tanto que muitos eram petistas). Vamos lá:

Esse blog é propriedade particular. Ou seja, eu não estou ferindo a liberdade de expressão de ninguém quando recuso comentários ou crio minhas regras de moderação. O sujeito é sempre livre para criar seu próprio blog. Não é censura quando você não aceita ser xingado em sua casa, entende?

A democracia, então, não tem absolutamente nada a ver com isso. A democracia não é e não pode ser a simples tirania da maioria, e muito menos a tirania de uma minoria organizada e barulhenta. A propriedade privada é muito mais importante do que isso.

Dito isso, é ridículo afirmar que não aceito ser contrariado. Quem acompanha meu blog sabe muito bem que aceito todo tipo de crítica, desde que construtiva. Ou seja, quer me contrariar com argumentos, perguntas ou fatos, fique à vontade. Não sou o dono da Razão, sou um liberal em busca da verdade, e por isso mesmo respeito tanto o livre debate. Mas ser contrariado é uma coisa, outra, bem diferente, é ter o blog invadido para impedir o debate. A acusação é ainda mais patética quando se percebe que eu aprovei centenas dessas mensagens. Mas chegou um momento em que eu não conseguia fazer mais nada…

Eis o que realmente aconteceu: o deputado Jair Bolsonaro publicou o link do meu texto em sua página e pediu que seus seguidores entrassem e comentassem. Coloquei a imagem para provar. Pois bem, por isso eu disse que estavam sob seu comando. Receberam a “ordem” do Messias. Eu não pedi para nenhum seguidor meu ir em sua página comentar ou me defender. Não preciso e não gosto de manadas.

Sobre a “censura”, vou tentar explicar uma vez mais: sou o único moderador desse blog. Recebo de 500 a mil comentários por dia, e isso toma boa parte do meu tempo. É tempo em que não estou lendo ou produzindo novos textos.

Pois bem: os “soldados” fieis do deputado Bolsonaro, como eles mesmos se identificaram em muitos casos, simplesmente lotaram minha caixa de mensagens com centenas de comentários que não trazem argumento algum. Apenas mensagens de apoio, um tanto similares entre si, de maneira robótica. Coisas como “Estou com jair Bolsonaro!”, “Bolsonaro me representa!”, “Aqui somos 20 na família por Bolsonaro!”, “Por Bolsonaro trabalho de graça na campanha!”, etc.

Pergunto: o que isso agrega ao debate? Algum contraponto aos meus argumentos? Nada. Zero. Pura poluição, para o deputado, em seguida, repetir como fez na Câmara sobre o blog de meu vizinho Lauro Jardim que a maciça maioria dos comentários era em seu favor. Estratégia que o PT usaria! Por que isso? Marketing pessoal escancarado? Ficar em evidência?

Tudo isso tem feito apenas eu reavaliar o apoio ao deputado Bolsonaro, mesmo limitado. Que atitude é essa, deputado? Pergunto aos leitores: se eu publicar um texto atacando o PT e a turma do MAV enviar centenas de mensagens dizendo apenas “Estou com Lula!”, “Viva Dilma!”, “O PT me representa!”, e eu perder metade do dia moderando isso, devo seguir em frente? Devo aprovar todas as exaltações de apoio fanático e sem argumento algum que agregue ao debate?

Pois é… então não venham apelar para teorias conspitarórias ou afirmar que o blog está “vendido”, pois essa estratégia é manjada e digna do próprio PT que desejamos derrotar. Aqui não tem duplo padrão: eu sigo meu bom senso e defendo os interesses dos meus leitores, que querem a área de comentários livre de poluição para debates construtivos. Ficou mais claro?

PS: Naturalmente, esse texto também não contará com a área de comentários, pelos motivos citados acima. Mas o leitor sempre pode medir o grau de apoio pela quantidade de curtidas silenciosas…

PS2: Tem alguns seguidores do Bolsonaro, da ala fanática, falando que critiquei a defesa que ele fez da censura às biografias não-autorizadas, mas que censuro os comentários aqui. Eu seria um hipócrita. Não entenderam NADA! Eu faço minhas regras no meu blog apenas, e todos são livres para me criticar fora dele à vontade, como quiserem. Bolsonaro deseja proibir qualquer biografia não-autorizada (a única que presta, pois autorizada é extensão de marketing pessoal), que não poderia ser publicada nem vendida. Essa gente não consegue entender a diferença? Aí complica…

Rodrigo Constantino

Tags: Jair Bolsonaro

 

ComunismoCulturaDemocraciaFascismoInstituiçõesPolítica

O mérito de Bolsonaro e os limites do meu apoio. Ou: Por uma união menos radical

Primeiro, escrevi umtexto em defesa do papel de Bolsonaro no Congresso, reforçando a importância de seu combate aos comunistas (que ainda insistem em sobreviver política e ideologicamente por aqui). Depois, achei que a empolgação havia tomado proporções exageradas e escrevi outro texto explicando por que não o considero o nome mais adequado para presidir o Brasil.

Agora, devido à reação de muitos leitores, escrevo mais esse texto para traçar com maior clareza a linha divisória que nos separa, apontando o que considero seus méritos e também seus deméritos. Já sei que haverá uma chuva de ataques ou frases de efeito apoiando o deputado, mas adianto que julgo tal reação um de seus deméritos.

O próprio deputado divulgou meu texto em seu canal, pedindo que seus seguidores comentassem:

Bolsonaro twitter

Centenas obedeceram, muitos com educação, discordando de meus pontos de maneira civilizada, e a maioria apenas afirmando, de maneira um tanto repetitiva e até robótica, que Bolsonaro terá seu voto e de suas famílias, e que fariam campanha de graça para ele. Amém!

Uma minoria barulhenta, porém, partiu para ofensas, e alguns até me acusaram de ser comunista, petista, eleitor de Dilma, etc. É para rir ou chorar? Eis o que mais me incomoda: o comportamento de seita maniqueísta, de patota monolítica, de cegos que criam ídolos e acreditam em um Messias (literalmente, no caso) salvador da Pátria. Menos…

Era esse mesmo tipo de gente, chamada de “olavetes”, que me incomodava em relação ao filósofo Olavo de Carvalho. Não digo que todos os seus seguidores são assim, claro, nem mesmo a maioria. Apenas que uma turma muito estridente e fanática faz muito mal ao debate e contamina todo o resto da direita. Existem tais fanáticos entre os libertários também, gente dogmática que prejudica o avanço do liberalismo. A todos esses, que invadiram meu blog, eu mando o recado de Edmund Burke:

Porque meia-dúzia de gafanhotos sob uma samambaia faz o campo tinir com seu inoportuno zumbido, ao passo que milhares de cabeças de gado repousando à sombra do carvalho inglês ruminam em silêncio, por favor, não vá imaginar que aqueles que fazem barulho são os únicos habitantes do campo; ou que logicamente são maiores em número; ou, ainda, que signifiquem mais do que um pequeno grupo de insetos efêmeros, secos, magros, saltitantes, espalhafatosos e inoportunos.

Vamos, agora, aos pontos. Lei de Newton: toda ação tem uma reação proporcional. O PT ajudou e muito a criar esse clima antagônico de “nós contra eles”, de “ou você está integralmente com a gente, ou contra a gente”. Ou é totalmente alinhado, ou é inimigo mortal. Assim como a esquerda ajudou a parir a direita radical na França, com Le Pen, por aqui corremos o mesmo risco se não tomarmos cuidado.

Concordo que Bolsonaro evoluiu de uns tempos para cá, que deixou de lado alguns de seus arroubos mais autoritários e caricatos. Mas ainda falta muito para deixar de ser um nacionalista com viés autoritário. Dou alguns exemplos, além da pesquisa de Leandro Narloch já citada no meu outro artigo, em que ele endossou várias frases de Mussolini sem saber quem era o autor. Em uma entrevista não tão antiga assim, ele disse:

Revista ÉPOCA – Como o senhor se sente defendendo a mesma tese que Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso?
Jair Bolsonaro –
 São eles que estão defendendo minha tese. Dou-lhes boas-vindas em nome do clube dos sensatos. Até concordo com Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil que é preciso alguma censura.

O assunto era biografia autorizada, e Bolsonaro tomou claramente o lado errado, ao defender, junto com Chico Buarque, a censura prévia. Tem mais: em entrevista à revista Playboy, em junho de 2011, Jair Bolsando polemizou ao dizer que prefere um filho morto a um herdeiro gay. Calma lá! Uma coisa é condenar o movimento gay, outra, bem diferente, é adotar postura claramente homofóbica.

Não acho tal preconceito algo saudável. Podemos preferir ter um filho heterossexual e condenar essa visão politicamente correta e intolerante dos “tolerantes”, mas não precisamos adotar um discurso medonho e reacionário de que é melhor um filho morto a um filho gay. Isso é absurdo e ofensivo.

Em entrevista à revista IstoÉ, em 2000, Bolsonaro defendeu a tortura contra criminosos: “Eu defendo a tortura. Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente”. Novamente: o clima de anomia, de impunidade, é revoltante. Mas precisamos mesmo adotar o outro extremo? Vamos colocar traficantes em pau-de-arara em vez de prisões agora? E o império das leis? E o estado de direito?

Em entrevista ao programa CQC, da Band, Bolsonaro disse que o ex-presidente Lula não era uma pessoa séria e que o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso agiu como um “traidor da pátria” nas privatizações, ainda que tenha dito que os termos usados na época (ele disse que FHC deveria ser fuzilado) eram “uma força de expressão”. Vender a Vale teria sido um crime de “lesa-pátria” segundo Bolsonaro. Nacionalismo tacanho, ufanismo que não pode ser confundido com patriotismo.

E aqui chegamos ao xis da questão: Bolsonaro é um nacionalista anticomunista. Seu maior mérito é pelo que combate, não pelo que defende. Considero excepcional seu papel como pedra no caminho dos vermelhos, e por isso ele tem meu apoio para continuar no Congresso; mas jamais posso vê-lo como um legítimo representante da direita liberal ou mesmo conservadora (a menos que seja a ala conservadora autoritária, nada a ver com a linha britânica que eu admiro).

Se sua candidatura for apenas pragmática, para garantir um segundo turno e prejudicar a Dilma, tudo bem; entendo e até aplaudo. Agora, o risco que vejo é outro: cada vez mais gente abraça um radicalismo de direita que parece um petismo de sinal trocado.

Gente que desconfia das urnas, da democracia, chama o PSDB de comunista e igual ao PT (absurdo, é esquerda, mas social-democrata e bem mais civilizada), e clama por intervenção militar, por um homem forte capaz de “colocar ordem nessa bagunça toda”. Isso é o tipo de demanda que levou a Mussolini na Itália!

Essa postura, além de contraproducente ao liberalismo e à democracia no longo prazo, tem um efeito concreto e negativo de curto prazo, que fere justamente o pragmatismo necessário para a luta mais importante do momento, que é tirar o PT do poder: o voto nulo. Vi muita gente repetindo que ou é Bolsonaro, ou nada, pois todos os demais são igualmente podres e comunistas.

Anular o voto é votar no PT! E não reconhecer que há gradação entre a podridão toda, que o PSDB não é do Foro de São Paulo, não elogia a ditadura cubana, não apoia o programa Mais Médicos, é fechar os olhos para a realidade política de nosso país. A democracia é mais lenta, gradual, imperfeita, e isso incomoda, com razão. Mas é temerário desejar pular essas etapas e partir logo para o “messias salvador”. Não!

Não venham me acusar de desunir a direita, já que eu mesmo tinha defendido sua união tática. É justamente para uni-la que condeno o extremismo, capaz de produzir apenas brigas internas. A união necessária, no momento, é essa: social-democracia mais esclarecida e civilizada, conservadores de boa estirpe, liberais clássicos e libertários pragmáticos, todos juntos contra o PT e em defesa da democracia e nossas instituições republicanas.

* A área de comentários foi desativada, pois ficou evidente o modus operandi dos seguidores fiéis do deputado Bolsonaro, que, sob seu comando, invadem o blog com mensagens de apoio, quase sempre sem argumentos, só para poder ser repetido depois que há uma maciça maioria de leitores o apoiando. A maioria silenciosa pode ser medida pela quantidade muito superior de curtidas no texto… 

Rodrigo Constantino

 

CulturaLei e ordem

Cidinha Campos detona hipocrisia da Regina Casé e defende UPPs

A morte do dançarino DG, que participava do programa “Esquenta!”, apresentado por Regina Casé, foi algo lamentável. Mas também lamentável foi o uso sensacionalista que alguns fizeram de sua morte. Uns para arrecadar mais audiência, e outros para atacar a polícia e defender o tráfico.

Em artigo publicado em O DIA, a deputada Cidinha Campos colocou alguns pingos nos is, e chamou o programa de Regina Casé de “ode à irresponsabilidade”. A canonização precoce de DG não combina com as suspeitas de que ele tinha laços com os traficantes da favela.

São coisas que precisam ser averiguadas antes de tanta histeria. Claro que não justificaria sua morte, mas tampouco justificaria tanta comoção e vitimização, transformando-o num mártir totalmente inocente. Cidinha pergunta: “Mas o que fazia ele pulando de um prédio para o outro em plena madrugada? A polícia afirma que ele estava com o bandido maior da área, o tal de Pitbull, foragido da cadeia, que naquela noite promovia um churrasco na comunidade, quando o tiroteio começou”.

Pode um amigo de traficantes ser flor que se cheire? Os globais não deveriam agir com mais cautela antes de escolher seus heróis? Cidinha Campos conclui:

Cidinha Campos

Essa bordoada doeu em muito ator global, mas é merecida. A população está cansada dessa esquerda caviar que enaltece o estilo de vida na periferia e foge para Paris nas férias, enquanto vive criticando a polícia como instituição e só faz protestos na morte de bandidos ou amigos de bandidos, e nunca na de policiais vítimas desses bandidos. Chega!

Rodrigo Constantino

Tags: Cidinha CamposDGRegina Casé

 

CulturaRacismo

Somos todos seres humanos!

A campanha contra o racismo, que ganhou incrível proporção após o jogador Daniel Alves ter a genial sacada de pegar a banana que arremessaram em sua direção e comê-la, acabou colocando a ala esquerdista defensora das cotas raciais em uma sinuca de bico.

Ficou viral no Facebook o seguinte “meme”, com singelas variações:

Todos iguais

Eu mesmo coloquei a pergunta no ar: se somos todos macacos, por que apenas alguns têm cotas? A pergunta retórica é um duro golpe naqueles que dizem que somos todos iguais, mas agem como se uns fossem mais iguais que os outros. A bandeira liberal é justamente a igualdade de todos perante as leis, ou seja, abolir todo tipo de privilégio.

Não faz sentido repetir que “somos todos macacos”, querendo dar ênfase a esta igualdade entre todos os seres humanos, para logo depois pleitear tratamento diferenciado com base na “raça”. É uma clara contradição lógica, que remete ao excelente livro de George Orwell, A Revolução dos Bichos, em que os porcos tomam o poder na fazenda sustentando que todos os animais são iguais, mas com o tempo vão alterando a máxima até concluir que todos são iguais, mas uns mais iguais que os outros. Estava instaurada a era dos privilégios suínos!

Frei David Santos, da Educafro

Certa vez participei de um debate na rádio Band em Porto Alegre com Frei David Santos, da ONG Educafro. Ele defendia as cotas raciais, e me chamava o tempo todo de “irmãozinho Constantino”. Até a hora em que eu perguntei: “Caro Frei David, o senhor me chama o tempo todo de irmão, e logo depois vem defender uma divisão legal entre nós com base na cor da pele? Somos irmãos ou não somos?” Ele ficou um tanto sem graça…

E com razão! Como é que se pode alegar que somos todos iguais, mas logo depois defender diferenças com base na “raça”? Por isso eu sempre digo: as cotas raciais são a estratégia errada para um fim nobre, o instrumento inadequado para combater o racismo, que deve ser combatido. Sim, nós somos iguais, no sentido de que somos todos de uma só “raça”, a humana. Então vamos parar de segregar a população com base justamente no critério absurdo de raça!

Mas de alguma forma o Facebook achou minha simples pergunta “ofensiva”, talvez por ter recebido uma chuva de mensagens de denúncia coordenadas pelo MAV. O fato é que retirou do ar a pergunta, e eu publiquei um aviso, no dia seguinte, do ocorrido. Hoje recebo a mensagem de que tive novamente o conteúdo retirado e estou bloqueado por 24 horas na rede social:

Facebook

A esquerda defensora das cotas raciais está num impasse e tanto. Somos ou não todos “macacos”? Eu digo que sim! Eu digo que somos todos da mesma espécie, todos seres humanos, parentes dos símios, e que a cor da pele, assim como os olhos puxados dos asiáticos, é apenas uma diferença ligada à adaptação em locais com climas e condições diferentes.

Daniel Alves

Daniel Alves é mais moreno e tem olhos verdes. Existem inúmeras gradações de cor de pele, tipo de cabelo, cor dos olhos, etc. Alguém realmente quer sustentar que devemos pegar 7 bilhões de seres humanos, ou mesmo 200 milhões de brasileiros, e passar uma linha divisória entre dois grupos, negros e brancos? Isso mesmo em um país em que 40% se declara pardo, ou seja, misturado?

Geneticamente não faz sentido falar em raças humanas. O que pode variar, e muito, é a cultura. Mas esta jamais será inata. Defendamos, portanto, uma cultura liberal que trate cada um como um indivíduo, uma finalidade em si, merecedor de tratamento igualitário perante as leis. A cor da pele, o formato dos olhos, a textura do cabelo, a altura, todas são características individuais, mas não definem o indivíduo em sua essência, formado por uma gama enorme de características.

O coletivista é aquele que seleciona uma única característica – a “raça”, a nacionalidade, o sexo, a classe – e a toma como a única relevante. O indivíduo, com toda a sua complexidade, desaparece, imerso em um grupo que fala em seu nome. Ele é “o negro”, “o proletário”, “o brasileiro”, “o homossexual”, e deixa de ser o José da Silva, que pode ser negro, trabalhador, brasileiro e gay, e mesmo assim pensar por conta própria e rejeitar rótulos coletivistas e cotas. Pode ser, enfim, um liberal, o que para esses coletivistas defensores das “minorias” faria dele um “traidor”.

Somos todos seres humanos! Então vamos logo de uma vez agir levando esse fato em conta…

Rodrigo Constantino

Tags: Daniel AlvesFrei David Santos

 

ComunismoCultura

Wagner Moura tem como herói um psicopata assassino

Quero ganhar mais alguns milhões no capitalismo defendendo terroristas comunistas…

O ator Wagner Moura deu uma longaentrevista a Folha hoje, falando sobre seus projetos e, claro, sobre sua ideologia política. Um de seus projetos preferidos à frente é o filme sobre o terrorista comunista Marighella. Para enaltecer o assassino comunista, a produção vai gastar R$ 10 milhões, de olho no lucro bem capitalista, já que ninguém é de ferro.

O filme será filmado em Cuba, lugar bem adequado, pois além de baratinho para a produção, representa a realidade miserável criada pelos sonhos de gente como Marighella. É o que o Brasil seria hoje se os comunistas tivessem vencido.

Moura elogia a disposição de sacrifício dessa geração: ”Sem querer parecer piegas, havia um comprometimento com o coletivo nos anos 1960, 1970, especialmente dos jovens, que não faz muito sentido hoje. Os caras iam para a clandestinidade, muitos morriam, eram torturados, abdicavam de vida pessoal, de carreira, filhos, porque acreditavam numa coisa”.

Detalhe bobo ignorado pelo ator: essa “coisa” em que acreditavam foi responsável pela morte e escravidão de milhões de pessoas. Os nazistas também acreditavam numa “coisa” e estavam dispostos a matar ou morrer por ela (mais matar do que morrer, assim como os comunistas). Para Wagner Moura isso não importa: o importante é crer em algo e apertar o gatilho!

O ator engajado acrescenta: ”É um filme sobre sacrifício. Ele tinha uma visão aguçada do futuro, com muita lucidez, um dos únicos a entender, antes do golpe, que a chapa ia esquentar muito. O herói que eu gosto de ver é esse, o que caminha para um destino trágico com altivez”. Visão do futuro? Lucidez? O que o homem tinha era uma incontrolável sede por sangue e violência, assim como seu ídolo Che Guevara. A chapa esquentou justamente por gente como ele.

Como o sujeito precisa dar pitaco sobre tudo, sempre com seu viés socialista (mas o Francisco Bosco jura que ele defende o modelo social-democrata moderado!), Wagner Moura falou sobre a morte do torturador Paulo Malhães: “Um cara diz publicamente que matou, torturou, fez o diabo e, no mês seguinte, morre? É queima de arquivo, mostra como as forças conservadoras são atuantes”.

Forças conservadoras atuantes? E falam que o Olavo de Carvalho é que gosta de teoria conspiratória! Reinaldo Azevedo dá a resposta para antas desse naipe:

A morte provocou certa histeria na imprensa, que decretou “queima de arquivo”. Nessa hipótese, ter-se-ia formado, creio, um bando de velhinhos torturadores – o facínora júnior teria uns 70 e poucos; o sênior, mais de 90– para exterminar “traidores” da causa, ainda que tal designação não coubesse exatamente ao coronel. Afinal, ele afirmou ter praticado, sim, coisas horríveis, mas pôs tudo na conta do dever cumprido. Também não citou nomes.

Por que “os porões reagiriam”? Ainda que os vovozinhos da tortura não executassem pessoalmente a tarefa, teriam de estar notavelmente organizados para, com um braço ágil e operativo, partir para a ação direta. Ora, se estão estruturados o bastante para matar um dos seus, por que não, então, para eliminar alguns dos inimigos de antes? A hipótese era ridícula de saída. E ousei escrever isso desde o primeiro dia, o que me rendeu as simpatias costumeiras dos pistoleiros das palavras.

O exame do corpo constatou que Malhães não morreu sufocado, mas de ataque cardíaco. O caseiro da chácara confessou que organizou o assalto em companhia dos irmãos. Queriam as armas que o coronel colecionava. Os que viram no caso mais uma evidência de que a direita pré-Jango (Deus do Céu!) estava se reorganizando não se deram por vencidos. Como é que os fatos ousam desafiar a interpretação conveniente, aquela que põe no seu devido lugar moral os atores de… 1964?

Claro, esses “jornalistas” não gostam dos fatos, assim como Wagner Moura. Se gostasse não diria que o terrorista comunista tinha visão aguçada do futuro e muita lucidez. O que Wagner Moura gosta, de verdade, é de acumular uma boa fortuna vendendo socialismo no modelo capitalista para idiotas, e ainda posando de humanitário engajado e preocupado com os mais pobres. Uma delícia de hipocrisia!

Rodrigo Constantino

Tags: Carlos MarighellaReinaldo AzevedoWagner Moura

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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