Ser “progressista” e odiar a classe média ganhando mais de R$ 20 mil é fácil…

Publicado em 17/11/2014 10:17
por Rodrigo Constantino, de veja.com

Ser “progressista” e odiar a classe média ganhando mais de R$ 20 mil é fácil…

Caro leitor, sei que já deve ter visto esse vídeo, mas nunca é demais revê-lo:

Temos aí uma das filósofas mais importantes do petismo, uma “intelectual” que ajudou a “vender” a imagem de Lula como um salvador da Pátria, como um ex-operário que iria finalmente fazer “justiça social” no Brasil. Quando Lula fala, o mundo se ilumina para Marilena Chaui.

Ela diz que odeia a classe média, que ela é o que há de mais reacionário, fascista, conservador (como se fossem sinônimos). Enquanto diz isso, Lula sorri ao lado, acha graça. A classe média, afinal, não tem tempo para ser “revolucionária” e “progressista”, para defender utopias socialistas, pois está ralando para pagar as contas do fim do mês e ainda os impostos que bancam as farras dos políticos e seus companheiros.

Agora vejam isso:

Marinela Chaui

 

Esses são os rendimentos mensais de Marilena Chaui na USP, obtidos pelo ranking de saláriosda universidade divulgado pela Folha. Quantos brasileiros ganham mais de R$ 20 mil por mês? Quantos da classe média poderiam ter esse luxo para dar aulas de filosofia e repetir para os alunos que a classe média é fascista?

A USP está quebrada. Deve ter um rombo de quase R$ 1 bilhão em 2015, sendo que R$ 845 milhões serão apenas com a folha de pagamento. A universidade vem perdendo lugar no ranking internacional, e não se encontra mais entre as 200 melhores do mundo. Mas os salários dos professores…

Agora entendem os motivos pelos quais esses “intelectuais” defendem tanto o modelo estatizante e esquerdista? Em que outro regime poderiam ganhar mais de R$ 20 mil mensais para criticar o capitalismo, a ganância, o lucro e a classe média?

No capitalismo de livre mercado, o mérito e as escolhas voluntárias são fundamentais. Marilena Chaui odeia isso. Ela quer elogiar a revolução marxista e encher a cabeça dos jovens com baboseira socialista, enquanto vai para casa com mais de R$ 20 mil por mês. Quem paga a conta? A classe média “fascista” e “reacionária”, claro!

Rodrigo Constantino

 

Eu não sabia que Dilma tinha entrado para a Polícia Federal. Ou: Aula básica de republicanismo para petistas

Dilma coala

A cara de pau de um petista jamais deve ser subestimada. Eles sabem fazer de um limão uma limonada, ludibriando os mais leigos e ignorantes. Mas dessa vez foram longe demais. É incrível que estejam repetindo – e com eco nas redes sociais – o absurdo de que essas prisões todas da Operação Lava Jato são mérito… dela mesma, a presidente Dilma, e seu governo!

Então essas pessoas realmente não sabem que há diferença entre governo, estado e partido? Não têm a menor noção de que existem instituições que pertencem ao estado e funcionam de forma independente do governo, pois servem inclusive para investigar o próprio governo? Nada aprenderam com Montesquieu sobre a divisão dos poderes?

Eu não sabia que Dilma tinha entrado para a Polícia Federal. Afinal, o grande mérito das prisões dos “tubarões” das empreiteiras e da Petrobras pertence ao ótimo trabalho realizado pelos policiais federais, assim como pela Justiça e o Ministério Público. Não são entidades sob o comando do governo, não seguem ordens diretas da presidente.

Achar que tais investigações e prisões são fruto do desejo e do comando de Dilma é o absurdo dos absurdos. Ora, o PT está no epicentro do furacão, seu homem dentro da Petrobras foi preso também, e era o “afilhado” de José Dirceu, aquele que a presidente Dilma se negou a condenar durante a campanha ou em qualquer outra ocasião.

Nenhum desses podres que vêm à tona agora saiu de dentro das “investigações” da própria Petrobras, aquelas que não deixariam “pedra sobre pedra”, segundo a presidente da estatal Graça Foster e também a presidente Dilma. Se dependesse do que ocorre por ordem e controle direto dessas duas, estaríamos debatendo a extinção dos coalas marsupiais em vez de a prisão dos empreiteiros e lobistas.

Alguém pode realmente achar, a ponto de escrever nas redes sociais, que o PT e a presidente Dilma desejam tais investigações? Que eles querem a delação premiada dos corruptos que podem entregar todo o esquema e as provas do envolvimento dos caciques do próprio PT e de seus aliados? Alguém acha que Dilma mesma não está apavorada com o avanço das investigações, pois sabe que podem fazer um estrago em seu partido e seu governo, e respingar até mesmo nela?

E agora ainda vem a investigação da PF no setor elétrico, outro antro de corrupção e desvio de recursos públicos para financiar campanhas partidárias. Os petistas devem estar apavorados, desesperados. E ainda há quem elogie a disposição de Dilma para fazer a faxina ética? É muita inocência misturada com estupidez e pitadas de canalhice.

O mérito é todo desses corajosos policiais federais, procuradores e juízes que bancam o risco de mergulhar na podridão do governo para encontrar os comandantes do maior esquema de corrupção já visto na história deste país. O esquema conta com a participação de gente muito poderosa do próprio governo, do alto escalão do PT e do PMDB. E o juiz Sérgio Moro, que merece uma estátua em sua homenagem, vem enfrentando manobras de gente ligada ao governo para tentar prejudicar seu trabalho, como mostrou a revista Veja da semana passada.

Tentar transformar isso em conquista do governo e do PT é demais da conta, até para padrões petistas, que não possuem limites éticos e compromisso com a verdade. É como dizer que as prisões do mensalão foram mérito do então presidente Lula, ele mesmo o maior prejudicado pelas investigações, o possível “chefe oculto” que não foi condenado, mas que passou o tempo todo condenando… as investigações e as punições, como injustas.

Esses que dão eco nas redes sociais às baboseiras produzidas pelos marqueteiros do PT deveriam ter aulas básicas de republicanismo, para compreender de uma vez por todas que governo não é o mesmo que estado, e que ainda temos instituições independentes, apesar do aparelhamento do PT. A participação do partido nessa roubalheira toda é no lado do roubo, não da prisão dos ladrões.

A presidente Dilma disse que esse escândalo na Petrobras vai “mudar para sempre” o país, pelo combate à impunidade. Sim, talvez seja verdade, e nós esperamos que sim. Não os próprios petistas, que torcem pela impunidade. Essa mudança, portanto, será a despeito do governo Dilma e do PT, não por causa deles. Parabéns a todos os envolvidos no lado da justiça!

Rodrigo Constantino

 

O que Dilma deveria aprender na Austrália

A presidente Dilma está na Austrália. O que ela deveria aproveitar para aprender em sua rápida passagem por este belo país, além de coisas sobre marsupiais em risco de extinção? Nunca estive lá, mas tenho amigos e familiares que foram e comprovaram aquilo que leio e vejo: é uma espécie de Brasil que deu certo.

País lindo, com natureza deslumbrante, como o nosso, mas com povo mais educado, economia pujante que não depende apenas de recursos naturais, e um império da lei que funciona razoavelmente bem, legado da colonização britânica. Que tal Dilma observar o que a Austrália faz de diferente de nós, então?

Para começo de conversa, e o mais importante: a liberdade econômica. O Índice de Liberdade Econômica medido pelo Heritage Foundation coloca o país da Oceania como o terceiro mais livre do mundo! Vejam o ranking:

Australia

A Austrália seria mais livre do que a Suíça. Os critérios levados em conta são: império da lei (propriedade privada e corrupção); governo limitado (fardo dos gastos públicos); eficiência regulatória (ambiente de negócios, leis trabalhistas flexíveis, política monetária confiável); abertura de mercados (política comercial, liberdade para investimentos estrangeiros).

Nas duas últimas décadas, a Austrália tem ganhado posições no ranking justamente por melhorar esse ambiente para os negócios, tornando cada vez mais fácil a vida dos que pretendem investir no país. Estabilidade da moeda, dívida pública reduzida e um mercado dinâmico de trabalho têm favorecido o país.

Um Judiciário independente, um sistema legal transparente, uma ampla abertura comercial para se aproveitar da globalização e um tradicional sistema de proteção da propriedade privada colaboram com o desenvolvimento econômico australiano. Parece o Brasil, não é mesmo?

Piada de mau gosto. Como fica nosso país nesse mesmo ranking? Simplesmente na rabeira, na centésima-décima quarta posição, ao lado de países como Butão! Talvez por isso alguns senadores já falem em trocarmos o objetivo Produto Interno Bruto pelo subjetivo Felicidade Interna Bruta, como fez o Butão…

Temos uma economia relativamente fechada, com um fardo fiscal absurdo e complexo, pouca garantia de propriedade privada, sistema legal kafkaniano, leis trabalhistas inspiradas na era Vargas fascista, corrupção alimentada pela impunidade, etc. Enfim, o conhecido Custo Brasil.

O ambiente de negócios no Brasil é extremamente hostil, tratando a iniciativa privada com desconfiança e o estado como locomotiva do progresso. O ranking no Doing Business, do Banco Mundial, coloca o Brasil em centésimo-vigésimo lugar, contra o décimo lugar da Austrália.

É fácil abrir e fechar empresas na Austrália, e quase impossível no Brasil. Obter crédito é moleza lá, e aqui todos querem privilégios via subsídios do BNDES, mas só os “amigos do rei” conseguem quantias expressivas que fazem a diferença em seus negócios. Os contratos são respeitados lá, e aqui até o passado é incerto, como já disse Pedro Malan.

Enfim, eis a lição que Dilma poderia trazer da visita a Austrália: o Brasil precisa de um choque de capitalismo, de reformas liberais que tornem a vida dos empreendedores mais fácil e retirem obstáculos criados pelo estado de seu caminho. Como a Austrália comprova, o Brasil precisa do oposto daquilo que o governo Dilma vem fazendo…

PS: No caso da Austrália, os esquerdistas não poderão apelar para a vitimização, pois o país nunca foi império ou teve colônias; ao contrário: foi colônia britânica, e ainda por cima destino de presidiários daquele império no começo de sua história. Mas deu a volta por cima…

Rodrigo Constantino

 

Por que temos o Petrolão, mas não o Valão?

O sentimento é um misto de indignação com esperança. Indignação pelo abuso de poder, pelo que o PT fez com a maior empresa do Brasil, transformada num antro de corrupção. Dezenas de presos, o “clube do bilhão” com um seleto grupo de empresários que criaram um cartel para explorar os contratos superfaturados da estatal, os partidos ligados ao PT desviando bilhões para seus cofres: muita revolta. Esperança pela operação policial que alimenta o combate à impunidade neste país.

Mas poucos se questionam, neste momento, sobre as raízes mais profundas do problema. É inegável que o PT tem culpa direta e esta não deve ser aliviada ou relativizada. Claro que era absolutamente possível ter uma gestão menos corrupta mesmo em uma empresa estatal. A impunidade sempre foi um grande convite ao crime também, mas nem por isso devemos inocentar os corruptos que cedem à tentação pelo risco menor de punição.

Dito isso, pergunto ao leitor: por acaso temos um escândalo parecido na Vale? Alguém viu por aí um Valão, análogo ao Petrolão, que por sua vez é similar ao mensalão que usava os Correios e o Banco do Brasil para pagar mesadas aos parlamentares vendidos? Não? Por quê?

Mecanismo de incentivos. Precisamos deixar o romantismo de lado, o nacionalismo, e entender que uma empresa estatal estará sempre mais sujeita ao abuso político e desvio de recursos, justamente porque falta o escrutínio dos sócios, dos donos do dinheiro, acompanhando seu destino. A estatal mexe com recursos da “viúva”, e o que é de todos não é de ninguém. Ou melhor: é dos políticos, que falam em nome de todos.

O PSDB ainda tentou profissionalizar a gestão da empresa, abrir seu mercado então monopolista para a concorrência, tudo para forçar uma eficiência maior. Não foi suficiente. E quando o PT meteu seus tentáculos pegajosos de polvo em um pote de ouro negro tão inesgotável, não resistiu: “apenas” 3% dos investimentos da empresa já dariam dezenas de bilhões para irrigar os cofres de muito corrupto e bancar muita campanha para o projeto de perpetuação no poder.

O PT e seus aliados corruptos contaram com a crença nacionalista de que “o petróleo é nosso”, e também com a ideia boba de que o setor é estratégico, logo, deve ser gerido pelo estado. Ataquei esta e outras falácias em meu livro Privatize Já, em que sustentei a privatização como a única saída definitiva para proteger a empresa desses esquemas nefastos de uso partidário ou pessoal. Tentei derrubar certos mitos resistentes:

Um pouco da história do setor pode nos ajudar. A exploração do petróleo começou nos Estados Unidos pela iniciativa privada. Desde a primeira prospecção de Edwin Drake em 1859, na Pensilvânia, o setor viu um crescimento incrível com base na competição de várias empresas privadas. As forças ocultas da competição garantiram o progresso rápido do setor, responsável por inúmeros avanços rumo ao maior conforto do homem na natureza.

O conglomerado criado por Rockfeller, maior empresário do ramo, era uma máquina de fazer dinheiro e gerar empregos. O grupo dele, a Standard Oil, ficou tão grande que o governo americano decidiu quebrá-lo em partes menores em 1911, e dali saíram as empresas que dominam até hoje o setor nos Estados Unidos. Potência número um do planeta, nenhum país considera o petróleo mais estratégico do que o país mais rico do mundo. Entretanto, lá são dezenas de empresas privadas que exploram este recurso.

Temos ainda as empresas estrangeiras que atuam no mercado americano, como British Petroleum, Shell, Lukoil, a própria Petrobras e várias outras. Em suma, trata-se de um mercado bastante competitivo. Não por acaso, novas descobertas de “shale gas”, cuja extração demanda um complexo processo tecnológico, têm possibilitado um crescimento impressionante na produção de energia do país. O mercado funciona.

No Brasil, porém, o estado nunca deixou que ele funcionasse livremente. Um dos pensadores brasileiros que mais lutou contra o monopólio e o controle estatal da Petrobras foi Roberto Campos. Em sua autobiografia Lanterna na Popa, vemos a batalha inglória que foi sua tentativa de trazer mais racionalidade para o debate.

Roberto Campos pregava no deserto, contra grupos de interesse muito bem organizados e um nacionalismo ideológico mal calibrado. Vamos resgatar alguns de seus argumentos e torcer para que hoje exista mais disposição do público para refletir sobre o tema sem tanta paixão.

Apelidado de Bob Fields por seus detratores, Campos nunca foi um “entreguista”. Ao contrário, ele queria apenas um modelo de exploração do petróleo que fosse mais vantajoso para os próprios brasileiros. Deixar empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, competirem no setor é a melhor forma de beneficiar o próprio povo brasileiro.

Infelizmente, havia uma barreira ideológica. Conforme disse Campos, “os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do estado”. Seus opositoresqueriam acreditar que a gestão estatal é mais eficiente, e ponto final.

[...]

Por essas e outras que Roberto Campos lamentou: “Sempre considerei o monopólio estatal um fetiche de país subdesenvolvido. Deifica-se um combustível e em torno dele se cria uma religião”. A repetição cansativa do slogan “o petróleo é nosso” deixa transparecer essa postura de seita nacionalista. Resta perguntar: nosso?  

E é mesmo um fetiche, não resta dúvida. Quem ainda consegue realmente dizer que o petróleo é nosso? Países com o setor estratégico em mãos privadas possuem dinamismo muito maior, com inovações como a que tem revolucionado o mercado de energia americano. Por outro lado, países com estatais controlando o petróleo têm sido vítimas de regimes autoritários e corruptos, como a Venezuela, a Rússia, a Nigéria e a Arábia Saudita.

A Petrobras saiu das páginas de economia – até porque pela primeira vez deixou de publicar seu balanço patrimonial no prazo estabelecido pela CVM – e ocupa as páginas policiais. O PT é o grande culpado, sem dúvida. Mas o PT só conseguiu isso porque a estatal estava lá, “dando sopa”, disponível.

Alguém tem alguma dúvida de que haveria um Valão também se a Vale ainda fosse uma empresa estatal, sem um sócio privado como o Bradesco para lutar pelos seus interesses e remunerar adequadamente seu capital investido? Alguém acha que a Embraer estaria protegida desses esquemas se não tivesse sido vendida?

A única medida realmente eficaz é a privatização. Mas antes é preciso enfrentar um forte preconceito ideológico alimentado por décadas de lavagem cerebral…

Rodrigo Constantino

 

Se isso não é compra de votos, o que é então?

A exploração da miséria foi a marca dessa reeleição de Dilma

Vou insistir no ponto que já fiz aqui: a grande divisão política hoje não é entre esquerda e direita, mas entre populistas e republicanos. Populistas não ligam para o fortalecimento das instituições, e nunca pensam nas próximas gerações, apenas nas próximas eleições. Por isso usam e abusam da máquina estatal para se manter no poder, seu único projeto verdadeiro.

Quando descobrimos que às vésperas das eleições o governo triplicou as verbas de um programa social, o que devemos concluir? Que se trata de uma grande coincidência? Que os governantes se preocupam com os mais pobres? Ou que usam essa gente como massa de manobra para ficar no poder, mamando nas tetas estatais?

Nos meses que antecederam as eleições deste ano, o governo federal triplicou o pagamento às famílias de baixa renda no âmbito do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais. De junho a outubro de 2014, foram pagos R$ 121,37 milhões aos beneficiários do programa, uma das iniciativas do Plano Brasil Sem Miséria, voltado para a população em situação de pobreza ou extrema pobreza. No segundo semestre do ano passado, entre julho e dezembro, o valor pago foi de R$ 43,2 milhões.

O valor dos benefícios e o número de famílias alcançadas pelo programa foram crescendo à medida que se aproximavam as eleições. O número de famílias beneficiadas em outubro, mês da eleição, dobrou em relação aos meses anteriores. Ao todo, 36.569 famílias que receberam parcelas do benefício, contra 18.777 em setembro, 18.520 em agosto e 16.867 em julho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

Além disso, quase 70 mil famílias foram cadastradas só em 2014 para receber o programa de fomento de atividades rurais:

O número de famílias atendidas pelo Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais também cresceu exponencialmente este ano. De janeiro de 2012, quando o programa foi criado, até dezembro de 2013, foram atendidas 55,2 mil famílias. Somente em 2014, entre janeiro e outubro, mais 68,4 mil famílias começaram a receber o apoio financeiro, de acordo com dados do MDS.

Informações do Siafi mostram que os valores também cresceram em ano eleitoral. Nos dois primeiros anos do programa, de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, o programa liberou R$ 77 milhões em benefícios. Só neste ano, de janeiro até outubro de 2014, mês do segundo turno da eleição para presidente, foram R$ 173,7 milhões.

Isso é apenas a reedição do velho voto de cabresto, típico do coronelismo nordestino. O PT usa recursos públicos para se manter no poder. Justamente por isso não quer transformar os programas sociais em projetos de estado, para não perder essa oportunidade de fazer chantagem com os carentes, explorados eleitoralmente pelo partido.

A decisão do pleito pode até ter sido legal, se bem que há controvérsias, pois existem denúncias e testemunhas de fraudes nas urnas eletrônicas, e o PT reagiu com muito receio ao pedido do PSDB para auditoria, levantando suspeitas. Mas mesmo se foi legal, sem dúvida não foi legítimo. Qual a legitimidade, afinal, em se vencer apelando tanto, comprando tantos eleitores de forma tão escancarada?

Os populistas, ao contrário dos republicanos, não ligam para os pilares de uma sólida democracia. Só querem saber do poder pelo poder!

Rodrigo Constantino

 

 

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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1 comentário

  • wilfredo belmonte fialho porto alegre - RS

    Com um salário de R$.20.000,00, passo o resto da vida filosofando. Mas, quero dizer que nos últimos quarenta anos pude observar a evolução do PT. E, eles são extremamente articulados tanto que estes filósofos, e outros profissionais como psicólogos que estudam o comportamento humano

    criaram "sistemas" de propaganda com frases de efeito, tudo que o povo sempre queria ouvir e nenhum partido descobriu o pulo do gato. E este pulo do gato, era falar o que o povo queria ouvir, frases de efeito, bombásticas, quem lembra do Congresso Nacional em que tudo era motivo de CPI,

    impeachment, e sempre era alguém do partidão em frente as câmeras exigindo a Lei, a prisão por

    falta de ética, de decoro parlamentar. E, a coisa foi evoluindo, e as mentes sendo cooptadas, tanto

    que chegou-se a máxima de que uma mentira repetida por inúmeras vezes, contundentemente passa a ser uma verdade irrefutável. Daí a insistência da Dilma em dizer que o governo é que mandou a Policia Federal investigar, a nossa Presidente vai insistir até o último dia de seu governo de que foi ela quem mandou investigar os escândalos de desvios da Petrobrás. Foi preciso 12 anos

    do PT no governo para se começar esta investigação. Quem acredita em Saci Pererê, Boitatá, Coelhinho da Páscoa ou melhor quem viver verá.

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