O falatório de Dilma na TV foi silenciado pelo espontâneo ensaio para 15 de março

Publicado em 09/03/2015 15:14
POR AUGUSTO NUNES, DE VEJA.COM

O falatório de Dilma na TV foi silenciado pelo espontâneo ensaio para 15 de março

Nem foi preciso fazer campanha maciça nas redes sociais: bastou a aparição de Dilma Rousseff na TV — mais uma cadeia nacional de rádio e TV financiada pelos pagadores de impostos — para que a voz do embuste fosse neutralizada pelo som da indignação. Em centenas de cidades, incontáveis brasileiros desmoralizaram o desfile de vigarices com vaias, panelaços, palavrões, buzinaços e outras chibatadas sonoras.

Os vídeos abaixo dão uma ideia do que houve, nesta noite de 8 de março, em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Vila Velha, no Espírito Santo. Essa amostra do que aconteceu em todo o país antecipa as dimensões dos atos de protesto programados para o dia 15. E é um aviso aos navegantes que, em pânico com a aproximação do naufrágio, sonham com “o exército do Stédile” e as milícias de José Dirceu.

A tropa comandada por generais da banda podre é insuficiente para eleger um vereador de lugarejo. Os combatentes dispostos a engajar-se na Frente Pró-Corrupção cabem no boteco da esquina. É também por isso que Lula anda sumido desde que prometeu ocupar as ruas do Brasil com batalhões imaginários. Se tiver juízo, só deixará o esconderijo depois do dia 15 de março.

 

O panelaço e o Whatsapp

Panelaço: organização pelas redes

Panelaço: organização pelas redes

panelaço de ontem é resultado da força do Whatsapp – além da impopularidade de Dilma Rousseff, claro. Foi pelo Whatsapp, que tem cerca de 40 milhões de usuários no Brasil, que obarulhaço foi organizado. Desde sexta-feira começaram a circular pela rede do Whastapp (e que depois fluiu para o Facebook) mensagens como a que segue abaixo

- Hoje,às 20:40 hs, PANELAÇO NAS JANELAS, no momento do pronunciamento da presidente Dilma em rede nacional em comemoração ao dia internacional da Mulher, oportunidade em que defenderá o governo e lançará um pacote anti-corrupção. Vamos todos para as janelas e vaiar muito. Tb vale disparar alarmes de casas e carros! Passe adiante.

E deu no que deu

Por Lauro Jardim

 

#VaiaDilma atinge 1º lugar nos Trend Topics, após presidente negar realidade na TV. Boa, Brasil!

Dilma TV verde

Dilma na TV. Se verde é assim, Deus me livre madura

Captura de Tela 2015-03-09 às 02.10.07A hashtag #VaiaDilma atingiu o primeiro lugar nos Trend Topics MUNDIAIS do Twitter durante a madrugada desta segunda-feira, poucas horas após a presidente Dilma Rousseff politizar o Dia da Mulher pronunciando na TV o discurso mentiroso escrito pelo marqueteiro João Santana ao mesmo tempo em que recebia vaias pelas ruas e janelas do Brasil, com direito a buzinaços, panelaços e piscadas de luzes, além dos gritos de “Fora Dilma!” e “Fora PT!”.

Não era para menos: a realidade de corrupção, inflação em alta, aumento de impostos, recessão, credibilidade internacional zero, nível de investimento negativo, endividamento de empresas em dólares cada vez mais caros e de famílias após anos de ilusão com crédito barato - tudo isso deu lugar às artimanhas retóricas de sempre, como:

1) a demonização da imprensa (cujos noticiários “insuficientes” até “nos confundem”);

2) a terceirização da culpa (para a crise internacional, ainda que China e Índia, os outros grandes integrantes do Brics, tenham crescido mais que o Brasil no mesmo período);

3) a maquiagem de dados (“44 milhões foram para a classe média”, sendo que uma família de classe média, com quatro pessoas, ganha no Brasil entre 1.500 e 2.000 reais por mês, ou menos de 700 dólares, o que está abaixo da linha da pobreza em qualquer país civilizado; ou ainda “somos a 7ª economia do mundo”, sem mencionar que o país é o 95º em renda per capita, com uma população pobre);

4) a mentira propriamente dita (“Começamos cortando os gastos do governo”, quando seus 39 ministérios continuam intactos e o Estado cada vez mais inchado);

5) a apelação à condição feminina (embora seu programa de proteção à mulher só tenha cumprido uma meta, como mostrou O Globo).

6) a vanglória dos méritos alheios (como “aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos” na “apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras” – ou seja: tudo que é feito pela Polícia Federal e pelo Ministério Público APESAR de Dilma, Lula e seus comparsas, como os advogados administrativos José Eduardo Cardozo e Luís Inácio Adams, que, disfarçados de ministro da Justiça e advogado-geral da União, acobertam a companheirada corrupta e as empreiteiras do petrolão - crime organizado pelo próprio PT);

Como aperitivo para o protesto de 15 de março, a #VaiaDilma foi mesmo merecida.

Domingo tem mais.

(por Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil)

 

Quatro afirmações do pronunciamento de Dilma que o próprio governo desmente

Dilma disse em seu pronunciamento na TV que “as conversas em casa e no trabalho precisam ser completadas por dados que nem sempre estão ao alcance de todas e de todos”. É verdade – o problema é que dados e estatísticas do próprio governo derrubam boa parte das afirmações da presidente. Veja aqui quatro exemplos:  

1) “Realizamos elevadas reduções de impostos para estimular a economia e garantir empregos.”

Dilma anunciou desonerações e redução temporária de impostos em seu primeiro mandato. Mas a arrecadação total aumentou durante seu primeiro mandato. Segundo a própria Receita Federal, a carga tributária de 2014 o Brasil foi a maior da história – 35,95% do PIB. O recorde anterior era a de 2012 (35,86% do PIB).

2) “Ampliamos os investimentos públicos para dinamizar setores econômicos estratégicos.”

Segundo o próprio Ministério da Fazenda, a taxa de investimento público entre 2010 e 2013 ficou estável em 2,7% do PIB (somando investimentos do governo federal e das estatais).

3) “Queremos e sabemos como fazer isso, distribuindo os esforços de maneira justa e suportável para todos. Como sempre, protegendo de forma especial as classes trabalhadoras, as classes médias e os setores mais vulneráveis.”

Dilma vetou a correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda e propôs uma correção menor, de 4,5%, que não cobre a inflação de 2014. Desde 1996, a defasagem da correção da tabela do IR já é de 64,33%. Isso significa que, a cada ano, o Imposto de Renda avança sobre classes trabalhadoras mais pobres (e vulneráveis).

4) “Nosso povo está protegido naquilo que é mais importante: sua capacidade de produzir, ganhar sua renda e de proteger sua família.”

Segundo o IBGE, o crescimento das despesas de consumo das famílias é o menor desde 2003.  E a produtividade do trabalhador brasileiro – sua capacidade de produzir num determinado período – está travada há décadas. Entre 2002 e 2012, a produtividade do trabalhador brasileiro cresceu em média 0,67% ao ano, enquanto a da Coreia do Sul subiu 6,7% ao ano e a dos Estados Unidos, 4,4%.

(por Leandro Narloch, @lnarloch)

 

A verdadeira lista

Janot nova lista

Janot nova lista

O que está sendo chamado de “a lista do Janot” não é assim assumida pelo próprio procurador-geral da República.

A relação de nomes que Rodrigo Janot enviou ao STF na sexta-feira passada é integralmente a lista que veio para ele do MPF. Chegou pronta.

A verdadeira “lista do Janot”, a dele, será obrigatoriamente muito maior. Será elaborada a partir de delações premiadas que ainda não constam do material que embasou a lista da sexta-feira passada, novas aberturas de inquérito e quebra de sigilos fiscais e telefônicos.

Como Janot não se cansa de repetir aos mais próximos, este jogo está só no início.

Por Lauro Jardim

 

O GLOBO -- Opinião de

Ricardo Noblat: ‘E o cabeça do Mensalão.2 é…’

Publicado no Blog do Noblat

RICARDO NOBLAT

Afinal, a presidente Dilma Rousseff trouxe ou não para o Brasil o que comprou recentemente em Montevidéu? A saber: três potes de doce de leite, um requeijão e um queijo cremoso. Surpreso(a) com a pergunta quando em Brasília só se fala da lista dos suspeitos de envolvimento com a corrupção na Petrobras? Pode não parecer, mas uma coisa tem a ver com a outra. Como espero demonstrar daqui para frente.

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BRICKMANN: Comprovando a competência dos articuladores políticos de Dilma, o governo briga com o governo – e está perdendo a briga

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Falta de adversário: agora, a briga do governo Dilma é com quem um dia foi amigo — por exemplo, Renan Calheiros (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Notas da coluna de Carlos Brickmann publicada neste domingo em diversos jornais

Carlos BrickmannJá que a oposição não briga, o governo decidiu brigar sozinho. E, à falta de adversário, escolheu dentro de suas forças quem briga com quem.

Comprovando a competência dos articuladores políticos da presidente Dilma, o governo briga com o governo – e está perdendo a briga.

Renan Calheiros, quem diria, um dos líderes da oposição! E ao lado de Eduardo Cunha, que pela primeira vez na vida se vê contestando quem está no poder (preste atenção: ele está gostando!).

Na quarta, por decisão de Renan e Cunha, entra em pauta um assunto que o governo adoraria ver descansar em alguma gaveta: o veto de Dilma à emenda que reajusta a tabela de desconto do Imposto de Renda na fonte em 6,5% (o governo só aceita 4,5%). Mais uma derrota anunciada: o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, perde essa, prejudicando suas tentativas de aumentar a receita oficial esfolando melhor os cidadãos. Quem votará pelo aumento da carga tributária? O PMDB já informou o autor da emenda de que estará a seu lado, contra Dilma.

Na mesma semana, os partidos devem indicar quem vai compor a CPI do SwissLeaks, aquela montanha de dinheiro que pode ser ilegal e que foi descoberta no HSBC da Suíça. Há quase nove mil contas de brasileiros – muitas das quais legais, declaradas, muitas das quais não tão legais assim. Mais dores de cabeça para Levy: ele deve ser convocado para explicar o que está sendo feito pelos órgãos de controle da Fazenda para identificar os brasileiros ilegais do HSBC.

Dilma bem que se esforçou para controlar o Congresso. Mas a vaca tossiu.

A voz das ruas

No Congresso, a crônica das próximas derrotas. Nas ruas, duas manifestações para esquentar o fim do verão: dia 13, passeatas em defesa da Petrobras, organizadas exatamente pelo pessoal acusado de ordenhar a Petrobras; dia 15, passeata unificada de quem é contra o PT, reunindo desde a turma do Fora, Dilma e Fora, PT até o pessoal do impeachment e os que pretendem, sem afastar ninguém, deixar clara a insatisfação com o governo federal. 

Fatores perigosos: PT e aliados estão concentrando manifestantes no Paraná, Estado fortemente antipetista, tentando criar dificuldades ao governador tucano Beto Richa, reeleito no primeiro turno; e há esforços para infiltrar black-blocs nas manifestações antigovernamentais do dia 15, para tentar desqualificá-las como pura baderna. Clima horrível.

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2 comentários

  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

    Irretocável Rodrigo..., O governo ou o Estado na verdade só atrapalha na produtividade..., quanto mais intervencionista o estado, mais improdutivo é o trabalhador.

    Por exemplo a Cavalgadura comunista de nome Aldo Rabelo que faz de tudo para barrar a evolução tecnológica no país com o "intuito de preservar empregos braçais".

    Por acaso em países com elevados indices de mecanização o desemprego é generalizado??

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Leandro Nardoch chama atenção sobre a fala de Dilma que citei em outro comentário, sobre capacidade produtiva, e faz uma comparação com a produtividade do trabalhador brasileiro.

    Dilma é mansa, ela parece ignorar que capacidade produtiva depende de alguns elementos essenciais, como aptidão, habilidade, disposição, etc..., mas não só isso. Depende também de condições físicas e materiais. Então o governo não pode preservar a capacidade produtiva de um individuo sequer, pois não faz parte do seu âmbito de ação.

    Pelo contrário, o governo afeta de maneira negativa na capacidade produtiva devido aos altos níveis de tributação sobre investimentos e mão de obra.

    Um exemplo bem simples que pode ser demonstrado é o de um operador altamente qualificado que puxa uma plantadeira de 9 linhas, não conseguir sob hipótese alguma, plantar mais que outro de mesmo nível, que puxa uma de 42 linhas.

    Então é fácil perceber que capacidade produtiva depende de acúmulo de capital, que por sua vez, depende do nível de tributação.

    E quem gosta de acumular capital é a elite golpista, coxinha, que odeia que pobre melhore de vida.

    Sobre isso li até alguns absurdos, sobre uma elite que está reclamando de barriga cheia, uma elite egoísta que só pensa em melhorar sua condição de produzir mais e melhor, sem pensar no pobre.

    Haja saco.

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