Por que a imprensa se nega a noticiar que o “sim” à reforma trabalhista foi vitória de Temer?

Publicado em 12/07/2017 10:48

Se o texto-base da reforma trabalhista tivesse sido rejeitado pelos senadores, vocês sabem qual seria o título, com pequenas variações, dos portais, sites, blogs noticiosos, programas jornalísticos de TV e rádio e dos jornais impressos desta quarta: “Governo Temer é derrotado, e Senado barra reforma trabalhista”. Alguém tem dúvida? Afinal, não foi isso o que se viu quando, por 10 votos a 9, a Comissão de Assuntos Sociais rejeitou a proposta? Nesta terça, no entanto, procurei as letras garrafais e não encontrei: “Governo Temer vence, e Senado aprova reforma trabalhista”. E olhem que, desta feita, estamos falando de triunfo na votação final, não numa comissão. Assim, 10 (52,63%) de 19 votos bastam para que se decrete a derrocada do governo. Mas 50 (65%) em 77 não são suficientes para que se enxergue uma vitória. A propósito: o texto teria sido aprovado se fosse uma emenda constitucional, que precisa de 60% do total de senadores.

Vamos lá. A aprovação da reforma trabalhista pelo Senado — 50 a 26 e 1 abstenção — dá o que pensar, não? Inclusive sobre a imprensa. A se dar crédito a certa militância disfarçada de jornalismo, o vitorioso desta tarde foi um peru, que, como se sabe, havia morrido na véspera. Ou não foi o funeral político de Michel Temer a que se assistiu no noticiário online de ontem, estampado nos jornais desta terça? Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, já estaria nomeando e demitindo ministros. No auge das feitiçarias, lançou-se até a tese: “Sogro postiço não é parente”, a senha que serviria, dizia-se, para que o empossado pelo Grupo Globo mantivesse Moreira Franco no governo. O atual secretário-geral da Presidência é casado com a mãe da mulher de Maia.

E, no entanto, Temer está vivo. E o demonstra de vários modos. Sim, o governo decidiu reagir e conclamou, por exemplo, os líderes a substituírem membros da CCJ que lá estavam atuando como cavalos de troia dos adversários. O que eu acho? Fez muito bem! Defendi rigorosamente que assim se procedesse em post do dia 7 de julho. Escrevi então:

“Líderes da base aliada — realmente aliada — têm de se organizar e de promover a eventual substituição de membros da CCJ que estejam dispostos a flertar com as feitiçarias de Janot. É legítimo, regimental e legal. O que é ilegítimo, ilegal e inconstitucional é usar em juízo uma prova ilícita, por exemplo. O que é indecoroso e golpista é impor a um preso que delate o presidente em troca da liberdade. Ou ameaçar com a cadeia quem está livre se não atender a igual propósito.”

Leia a notícia na íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV

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Blog Reinaldo Azevedo - RedeTV

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