FHC, em lapso de bom senso, parece ter descoberto a pólvora, por RODRIGO CONSTANTINO

Publicado em 10/12/2017 08:50
na GAZETA DO POVO

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez um discurso pedindo que o partido se reconecte com as ruas, durante sua participação na convenção nacional da sigla, neste sábado (9), em Brasília.

“O povo está enojado, irritado com todos nós. O povo sente como se fosse uma grande traição nacional”, afirmou o ex-presidente. Ainda bem que percebeu! Estamos mesmo, e é uma grande traição o que o PSDB fez ao não enfrentar o PT direito, com coragem, firmeza, denunciando seu comunismo, o Foro de SP etc.

Reiterando declarações feitas nesta semana em entrevista à Folha, FHC disse que “as pessoas querem coisas simples e diretas”. Desejam, segundo ele, “decência, emprego, educação, saúde, transporte e segurança”.

Parabéns, descobriu aquilo que temos falado há anos. O povo não quer saber da pauta “progressista”, da agenda esquerdista libertina, de movimento LGBTXYZ, de feminismo, de aborto, de drogas, de ideologia de gênero. O povo quer o básico!

Ou seja, o povo não liga para a turma do GNT people, para o pessoal do “quebrando o tabu”, para essa elite que dissemina baboseira e indecência em nome da “diversidade”. O povo quer segurança e emprego, decência e liberdade, valores morais e sua religiosidade respeitada, ensino de verdade e hospitais aceitáveis, transporte e saneamento básico, honestidade dos políticos e punição para marginais.

Cansamos de avisar: saiam da bolha “progressista”! Conversem com pessoas de carne e osso, com o povão! Esqueçam a patota do Projaquistão. Vejam o que o povo realmente deseja. É o básico! E a esquerda não tem como oferecer isso. Incluindo o PSDB…

Rodrigo Constantino

 

Reformismo ou populismo?, por JOSÉ ROBERTO MENDONÇA DE BARROS

O IBGE divulgou na semana passada sua estimativa do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) até o terceiro trimestre de 2017. Os números são bem auspiciosos, pois houve uma expansão de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Exceto pela construção civil, praticamente todos os segmentos que compõem a oferta cresceram significativamente. Do lado da demanda, consolidaram-se a expansão do consumo das famílias e a recuperação dos investimentos. 

Com esses números, projetamos um crescimento de 1% para o corrente ano e de 3,1% para 2018, ambos com viés de alta. Não existem mais dúvidas quanto à retomada do crescimento. A questão relevante é se esse movimento será sustentável ou não ao longo do tempo. 

Entretanto, gostaria de chamar a atenção para o fato de que ainda vai demorar um pouco para a população perceber generalizadamente essa trajetória. Isso porque existe ainda muita diferenciação na situação de famílias, empresas e regiões. Assim, só no fim do primeiro trimestre é que a sensação de melhora no ambiente econômico será mais geral. Aliás, é exatamente o que aconteceu com a queda da inflação: embora ela fosse clara já em fevereiro, a percepção de alívio na elevação do custo de vida só se tornou ampla perto de agosto.

Continuamos convencidos que existem três passos até a sustentabilidade na retomada. São eles: 

1) O avanço inequívoco na melhora da situação fiscal, que hoje tem nome e data: trata-se da aprovação, na Câmara dos Deputados, da reforma da Previdência em sua versão mais compacta. Ela é bastante possível, mas depende da adesão firme dos partidos que compõem a base de sustentação do governo. É também a hora de o PSDB de fato mostrar, sem tergiversar, que é fiel ao seu diagnóstico e à sua história. Não existe dúvida: sem a aprovação da Reforma não haverá a consolidação das finanças públicas e sem isso é seguro que a economia piorará mais adiante. Por outro lado, uma aprovação do projeto seguramente vai reforçar a tendência de melhora. 

2) A recuperação do nível de investimento, sem o qual não haverá sustentabilidade na retomada. É também certo que, dada a capacidade ociosa existente na indústria, só há uma área na qual os investimentos podem e devem se elevar, a da infraestrutura, via concessões e privatizações. 

3) Um desenlace positivo da sucessão presidencial. A incerteza nesse front é muito grande, especialmente porque as pesquisas mostram a liderança de dois populistas que, se eleitos, levariam o País de volta ao pântano. 

O candidato Bolsonaro tem como “ponto forte” uma agenda de segurança baseada na truculência e no armamento da população, algo que em todos os lugares leva ao desastre. Além disso, está, aparentemente, abraçando um discurso fortemente liberal. Dada sua longa história de apreço por um Estado grande e intervencionista, à la Geisel, a proposta fica deslocada e falsa como uma nota de R$ 3,00. Dá para perceber que tem gente brincando de aprendiz de feiticeiro. 

À esquerda, o ex-presidente Lula abraça um populismo rombudo, por puro cálculo político. Pérolas como “é preciso evitar a aprovação da reforma da Previdência, que está acontecendo concomitante com o desmonte da Petrobrás” ou “farei um referendo para revogar muitas das reformas aprovadas pelo presidente Temer” são servidas todos os dias. 

Além disso, há uma promessa de retorno aos bons tempos, num exemplo antológico de pensamento mágico, dada a magnitude de nossas dificuldades. Devido ao grande insucesso do programa econômico de governos anteriores, uma recaída radical dessa natureza geraria uma crise garantida. Por outro lado, se esse discurso for puramente eleitoral, a dúvida do que seria um governo “sebastianista” fica muito elevada. 

Mas isso não é tudo. É razoável imaginar que a opção Bolsonaro tenha dificuldade para sustentar o apoio atual quando a aspereza de uma campanha se mostrar por completo.

Finalmente, o “grid” de largada da corrida presidencial não está completo, o que limita muito o alcance das atuais pesquisas eleitorais. Apenas menciono que o espaço para uma candidatura de centro é bastante amplo, especialmente se considerarmos que o ambiente econômico será muito melhor daqui a alguns meses. 

Reformismo ou populismo: o cenário dos próximos anos será definido por esse embate.

A MÃO VISÍVEL DO ESTADO EMPURRANDO A ECONOMIA PARA TRÁS (Por Mariano Andrade)

Atenção: a Companhia Municipal de Iluminação abrirá 50 vagas para acendedores de postes. Não é necessária experiência prévia. Os candidatos devem comparecer à sede da empresa. Esta notícia certamente pertenceria ao século XVIII ou XIX, correto? Não necessariamente…

Há poucas semanas, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro votou pela proibição da função dupla do motorista de ônibus. Ou seja, se o prefeito sancionar o texto, será necessária a presença de um cobrador em cada coletivo.

O leitor pode pensar “isso é bom porque gera emprego”. No entanto, quem cai na tentação de tecer este raciocínio não percebe que o custo do cobrador é pago por toda a sociedade. A passagem de ônibus fica mais cara e isso afeta o custo do vale-transporte pago pela empresas, que por seu turno repassam o encargo para o preço de seus produtos. Portanto, quando o cidadão compra um chocolate ou um xampu, está pagando um preço onerado pelo o custo do cobrador de ônibus.

“Mas o município pode subsidiar a passagem”… Bem, neste caso, todos nós pagamos com impostos maiores. Não tem jeito, assim como não há almoço de graça, não há cobrador de ônibus de graça.

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O Brasil teima em manter vivas certas profissões que são absolutamente anacrônicas: cobradores de pedágio, ascensoristas, trocadores de ônibus, frentistas e outras. Num mundo que caminha para self-driving cars, nós precisamos de elevadores com motorista!

Em diversos lugares do mundo, o pedágio é automatizado por fotografia (no Brasil, somente as multas gozam de tal eficiência), os elevadores são inteligentes, e os frentistas são opcionais. Nas metrópoles do primeiro mundo, os motoristas de ônibus exercem também a função de cobrador e, pasmem, funciona bem!

O parquímetro foi patenteado nos EUA na década de 1930 – desde então, evoluiu barbaramente. Em muitas cidades americanas, os parquímetros atualmente em funcionamente permitem pagamento com cartão de crédito ou celular e ainda alertam por SMS quando o tempo está próximo de expirar, permitindo que o usuário adicione mais créditos remotamente. No Brasil, muitas cidades “discordam” deste avanço tecnológico e preferem utilizar guardadores de veículos munidos de tíquetes de papel.

Quem defende o flanelinha, o frentista e o cobrador de ônibus pela ótica da “preservação do emprego” pratica populismo em seu mais puro estado. O trabalhador que exerce uma função sem qualquer valor para a sociedade impinge a todos um custo, seja por repasse a preços e/ou por impostos mais altos. Seria preferível o estado pagar um bom seguro-desemprego do que criar leis que protejam cargos inúteis. Não há diferença alguma entre o poder concedente exigir que os ônibus tenham cobradores e o estado construir e operar fábricas de TVs preto-e-branca para diminuir o desemprego.

(Parênteses: O argumento de que o cobrador aumenta a segurança do ônibus é absolutamente estapafúrdio. Ou seja, se houvesse dois cobradores a segurança seria ainda maior? Queremos resolver o problema do mau motorista colocando alguém para contar dinheiro? Por analogia, então, o ascensorista torna o elevador sem manutenção mais seguro.)

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O livre-mercado sacramentou o fim dos acendedores de postes, pois a luz elétrica mostrou-se mais eficaz – em uma economia liberal, as profissões obsoletas vão sendo esvaziadas, algumas até a extinção. O contingente economicamente ativo migra para novas funções que produzam mais riqueza para a sociedade, buscando com isso rendimentos maiores para si. É a mão invisível – eis uma ideia do século XVIII que deveríamos preservar…

No Brasil ocorre o oposto: a insistência em manter funções obsoletas por força de lei faz com que o país  tenha um bônus demográfico ao contrário: um sunôb demográfico . Estamos ocupando população economicamente ativa em cargos que destróem riqueza para a sociedade. O sujeito que tem emprego de ascensorista é um custo para todos – como já discutido – e não tem qualquer incentivo de curto prazo para procurar outro emprego em uma função que agregue valor. Assim como o cobrador. Assim como o frentista. Assim como o sindicalista. Assim como o suplente de parlamentar…. a lista é longa.

É a mão visível do estado empurrando a economia para trás.

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Imagine o leitor que um prefeito decida duplicar a quantidade de vias expressas de uma cidade. Para tanto, as vias que antes eram divididas em duas pistas são repintadas e passam as ter quatro pistas. Um aumento de 100% na disponibilidade de vias expressas. Depois, concluindo que a pistas resultantes ficaram estreitas demais, a prefeitura repinta o asfalto retornando para a configuração original de duas pistas, uma queda de 50%. Ainda assim, liquidamente, a prefeitura aumentou 50% a quilometragem de vias expressas (100% menos 50%), certo?

Se o raciocício acima parece esdrúxulo (ou cômico), note-se que ele é análogo a tentar crescer o PIB empregando frentistas, ascensoristas, cobradores e atendentes de pedágio. Estamos só pintando e repintando, sem sair do lugar.

Keynes deve estar bastante orgulhoso do Brasil.

A cobra não fumou: caravana de Lula pelo Rio termina esvaziada

“As pessoas ouvem mesmo sem estar presente”, explicou o senador Lindbergh Farias (RJ)

Encerrada com um ato na noite desta sexta-feira (8) na Universidade Estadual do Rio (UERJ), a terceira etapa da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Brasil encontrou acolhida morna em um velho reduto petista: a Baixada Fluminense. 

No fim da tarde de quinta-feira (7), um ato na cidade de Belford Roxo – onde Lula e a ex -presidente Dilma Rousseff já conquistaram mais de 70% dos votos nas disputas presidenciais – reuniu pouco mais de 400 militantes, nos cálculos de um petista. 

Em Duque de Caxias, cidade visitada antes, foram fechadas duas ruas laterais à praça onde o ato foi realizado. Mas apenas uma lateral do carro de som foi ocupada por militantes. À noite, em Nova Iguaçu, a grande praça reservada ao encontro teve ocupação parcial. 

Ex-prefeito de Nova Iguaçu, o senador Lindbergh Farias (RJ) afirma que nunca houve pretensão de grande concentração de apoiadores. Segundo Lindbergh, a simples presença do ex-presidente na região já tem repercussão. 

“Em Duque de Caxias, há circuito de som. As pessoas ouvem mesmo sem estar presente”, exemplifica o senador. 

No Rio, também foi baixa a presença de apoiadores nas atividades de natureza sindical. Na quarta-feira (6), um protesto contra a interrupção das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) reuniu cerca de 200 pessoas. 

Leia também: Lula ‘esquece’ de aliados presos e culpa Lava Jato por mazelas do Rio

Para a tarde desta quinta-feira (7), estavam previstas visitas em duas comunidades em Nova Iguaçu. Os participantes foram orientados a se concentrar em uma só, na porta da estação de tratamento de esgotos do Guandu. Ainda assim, cerca de 150 estiveram lá. 

Em um carro de som, o coordenador da caravana e vice-presidente do PT, Márcio Macedo, frisou que aquela era uma parada. 

Estudantes

Na edição 2017 de sua caravana, Lula dedicou agenda aos estudantes encerrando essa terceira etapa na concha acústica da UERJ, com participação de mais de 2 mil pessoas. 

Pela manhã, com alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Lula comparou os efeitos das reformas do governo Temer aos de uma cirurgia, em que o paciente só tem noção das dores no pós-cirúrgico, ou ao tratamento de um câncer. 

“Vocês estão saindo da anestesia agora e vai doer muito”, disse. 

Ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad, do ex-ministro Celso Amorim e do líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, Lula disse que os “trabalhadores ainda não acordaram para a bordoada que levaram”. 

O ex-presidente defendeu a federalização do ensino médio e voltou a responsabilizar a Lava Jato pela crise no Rio. Ele disse que que os delatores estão levando uma vida de nababo, fumando seus charutos cubanos e rindo de nossas caras. 

“E quem está fodido? É o trabalhador brasileiro”, discursou.

"Lula quer transformar o Brasil em nova Venezuela", diz jovem venezuelano da resistência civil

Entrevistei para o “Cigar Bar” especial Roderick Navarro, líder do Rumbo Libertad, movimento de resistência civil da juventude na Venezuela. Ele conta um pouco de sua história, de como é viver num país socialista, e de como os comunistas do Foro de SP, aliados de Lula, destruíram completamente o futuro de um povo. Para ele, os comunistas destruíram a Venezuela e não há mais diálogo possível. Vejam:

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Rodrigo Constantino

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Rodrigo Constantino/GazetadoPovo

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