Haiti, o Rio e o início do primeiro ciclo do café!
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1. Em 5 de dezembro de 1492, menos de 2 meses depois de ter descoberto a América, Cristóvão Colombo chega a uma grande ilha que chama de La Española. É a primeira ocupação das Américas e com desenho urbano espanhol. A população encontrada era estimada em 300 mil indígenas. Em 1697, espanhóis e franceses celebraram o Tratado de Ryswick e dividem a ilha ao meio. À França coube a parte onde hoje é o Haiti, onde intensificou o sistema escravista. Em 1750, a parte francesa contava com 310 mil pessoas, sendo 300 mil escravos.
2. O Haiti alcançou, na segunda metade do século 18, índices de produtividade agrícola (café, cana, etc.) dos maiores do mundo. A avaliação dos proprietários era que a escravidão explicava a produtividade. Com isso, a população escrava não parou de crescer, atingindo quase o dobro no final do século 18. A aglomeração de escravos produziu, no último quarto desse século, reações, inicialmente de base religiosa. Sob a liderança do escravo Toussaint-Louverture se iniciou a luta a partir de 1790. Declara abolição em 1794 e promulga Constituição em 1801. É capturado em 1802 e morto na França.
3. Em 1803, sob a liderança do escravo Jean Jacques Dessalines se inicia a luta pela independência, que derrota os franceses e em 1804 declara Independência, assumindo o governo como Imperador e nessa condição seus sucessores. É o primeiro país das América Latina a se tornar independente. O temor do exemplo leva a América Hispânica a limitar a entrada de escravos e após as independências, realizar as suas abolições. Em 1822, o Haiti invade a parte oriental e unifica a Ilha de Santo Domingo. Em 1844, Haiti perde o controle da parte oriental e a República Dominicana se declara independente. Em 1915, o exército dos Estados Unidos ocupa o Haiti e o controla até 1934.
4. Mas o ponto que relaciona Haiti ao Rio é a rebelião de 1794. Os proprietários fugiram. Um deles, LOUIS FRANÇOIS LECESNE, grande produtor de café no Haiti, vai para a Cuba e em função das disputas -Espanha e França-, segue para os EUA. Quando D. João IV cria no Brasil um programa de incentivos à lavoura, Lecesne (com 57 anos) e sua esposa norte-americana Frances Mary vêm para o Brasil (1816) e se apresentam. Querem que ele plante trigo. Lecesne lembrou que trigo só em clima temperado.
5. Sem esse apoio e com apoio do embaixador francês, compra 130 HA na Gávea Pequena, Floresta da Tijuca. Em menos de um ano tem 60 mil pés de café plantado, o que é a primeira plantação de café em extensão do Brasil. Chamou suas terras de Fazenda São Luis. A casa central da fazenda é onde hoje está a casa da família M. Lins. E a casa de apoio é hoje a casa do Prefeito do RIO, a Gávea Pequena. A Fazenda São Luis foi desenhada de cima e está no diário de Maria Graham ('Diário de uma viagem ao Brasil').
6. A Fazenda São Luis foi visitada e relatada por Carl von Martius, Rugendas, von Theremin, Príncipe Adalberto da Prússia, Maria Graham... Dois anos depois, o comerciante e médico-militar holandês Charles Alexandre van Mocke comprou as terras ao lado de Lescene e passou a ser o segundo grande produtor com sua Fazenda Nassau. E dessa forma nasceu a grande plantação de café no Brasil e seu caráter exportador. Em 1843 uma praga encerrou o ciclo do café nos altos da Tijuca.
7. Veja o ex-prefeito Cesar Maia em visita às ruínas da Fazenda Nassau, de Alexandre van Mocke.
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PROPINA DE 5 MILHÕES? VAI FICAR POR ISSO MESMO? NÃO HAVERÁ INVESTIGAÇÃO?
Dia 29 de dezembro, numa lista de discussão entre jornalistas por e-mail, foi denunciado que teria havido um grave esquema de corrupção na RioLuz, num processo de licitação. Deu detalhes de um encontro em SP e da propina de 5 milhões de reais relativa. Por coincidência ou não, o DO de 14 janeiro de 2010 trouxe a demissão do presidente da RioLuz. O suposto fato é tão grave que a investigação é assunto de interesse público. Para fazer memória e facilitar o MP ou a Polícia Civil, segue o e-mail de 29 de dezembro e a ratificação em seguida. Lembre-se: é informação pública através de lista de discussão aberta. Na parte final o valor da suposta propina.
Estarreça-se.
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SERRA COMEÇA A FALAR!
(Estado SP, 15) 1. "Candidato a presidente não é chefe da oposição", afirmou, delegando ao PSDB a tarefa de criticar o governo Lula e se guardando para o que considera o confronto real, com a candidata Dilma Rousseff, mais adiante. Serra compartilha a tese do governador de Minas, Aécio Neves, que cunhou a expressão "pós-Lula", como referência tática para a campanha do partido. "Vou apontar as coisas para o futuro", afirmou. "Não vou ficar tomando conta do governo Lula", disse ao Estado.
2. Determinado a não permitir que a guerra antecipada da campanha lhe crie dificuldades na tarefa de governar São Paulo, Serra diz que essa fase de pré-campanha foi ditada pela conveniência de Lula. Que não é a dele, Serra. Para o tucano, o processo tem dinâmica própria e alguns passos políticos não ocorrem fora do tempo, nem por pressão nem por conveniência. "Certas coisas são irremovíveis." Por irremovíveis, segundo o raciocínio de Serra, devem ser entendidas a escolha do candidato a vice e as decisões finais sobre as coligações nos Estados.
3. Mas o PSDB também está acelerando a montagem de palanques em Estados-chave como o Rio de Janeiro, e o próprio Serra procurou o ex-prefeito Cesar Maia para tratar desse assunto. "No Rio, o PSDB reabriu uma perspectiva, mas tem muita água para rolar debaixo da ponte", avaliou. "A partir de abril teremos seis meses pela frente. Isso é tempo demais, especialmente se a gente considerar que nos primeiros três meses ninguém pode fazer campanha."
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TUDO O QUE O PSDB NÃO QUER!
(vide Versus, 15) Governadora Yeda Crusius assume sua candidatura à reeleição. Yeda Crusius sentiu-se tão à vontade que assumiu sua candidatura à reeleição para defender os feitos de sua gestão, revelando que assumirá essa condição no momento oportuno, conforme estabelece a Lei Eleitoral.
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"BARRICADAS COM CADÁVERES"!
(El País, 15) Uma cena aterrorizadora que se repete em vários pontos da cidade da qual é testemunha Shaul Schawrz, fotógrafo da revista TIME, que as gravou em sua câmera e informou a agência Reuters: pelo menos duas barricadas formadas por restos humanos e pedras, como protesto pela falta de ajuda internacional. "Estão começando a fechar as estradas com cadáveres; a coisa está ficando feia aqui fora, pela falta de ajuda", disse. As próximas 24 horas serão críticas, afirmou Paul Cornier especialista norte-americano em emergências.
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