Serra acusa o governo e o PT de tentarem censurar a imprensa. E isso é verdade!

Publicado em 19/08/2010 17:45


Os presidenciáveis foram convidados para o 8º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), que acontece no Rio. O tucano José Serra fez um duro e claro discurso contra a censura à imprensa. O tucano acusou o governo federal e o PT de tentarem intimidar a imprensa por três caminhos. O primeiro se daria pela via aparentemente legal, que ele classificou de “democracia entre aspas”. Citou o caso de três conferências promovidas pelo governo federal que pregam o controle social da mídia e defendem mecanismos típicos da censura: a Conferência de Comunicação, a Conferência de Direitos Humanos e a Conferência de Cultura.

“Quantas pessoas participam dessas conferências? Quinze mil? Vinte mil? Isso não representa o povo brasileiro. Representa um partido (…). São feitas com dinheiro público, são de um partido e de frações de um partido, do PT”. Só a Confecom aprovou mais de 600 resoluções, algumas delas propõem verdadeiros “tribunais da mídia”. Franklin Martins quer agora converter tudo em projeto de lei.

O candidato tucano apontou uma segunda via de intimidação, que é a econômica, com a ameaça, que é real, de criar restrições descabidas à publicidade de certos produtos. Por que isso intimidaria? Ora, menos receita publicitária de empresas privadas significa maior dependência dos veículos de verba pública. Maior dependência de verba pública pode significar menos independência editorial. Simples, não é?

O terceiro modo de intimidação se daria pela patrulha, exercida, em parte, por “blogs sujos”. Afirmou: “Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como, por exemplo, da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido.

O tucano admitiu que reclama, sim, da imprensa quando não gosta de alguma coisa, mas não “com o ânimo de censurar”. E acrescentou: “É muito diferente de ter um aparelho de Estado que se organiza para trazer sob seus desígnios o jornalismo, usar a opressão do Estado através de pronunciamentos, de pressão econômica, pressão de chantagem, pressão de patrulhamento em favor de um partido”.

Depois do discurso, Serra assinou a Declaração de Chapultepec, documento que faz a defesa da liberdade de imprensa, lançado no México em 1994 . Estava prevista a presença de Dilma para esta tarde. Marina Silva deve ir ao encontro amanhã.

Por Reinaldo Azevedo

Batedores de lata

Passadas as eleições, vença quem vencer, de A a Z, será grande o número de colunistas cuja leitura se dispensa. Caso a vitoriosa seja Dilma, melhor ir diretamente à fonte, consultando o site do PT. Caso Serra vença a disputa, também. Num caso, as verdades eternas do poder estarão lá expostas com mais legitimidade e sem precisar se fingir de “notícia”; no outro, em vez de ler a mera repercussão da gritaria petista, melhor conhecer o grito original.

Mas também haverá o que ler. A única colunista de política do jornalismo diário impresso -  se me escapou alguma coisa, avisem - que apontou o caráter autoritário da campanha petista foi Dora Kramer. Abaixo, segue a sua coluna de hoje. Não! Nem tucana nem petista. Ela apenas se lembrou de quais são os princípios da democracia e resolveu ler a realidade segundo aqueles parâmetros, como fiz aqui no dia mesmo do programa.

O resto bate bumbo - ou melhor, lata! - já em busca da generosidade futura dos generais petistas. Ninguém quer ser visto como crítico da nova ordem. Todo mundo quer colaborar… Finalmente temos um colunismo à altura do apreço que o governo Lula tem pelas instituições. Então leiam Dora, uma das raras exceções.
*
Na cadeira presidencial

À primeira referência explícita da oposição no horário eleitoral ao fim do governo Luiz Inácio da Silva - “quando o Lula da Silva sair é o Zé que eu quero lá” - o presidente tratou de reagir.

Mudou completamente a afirmação que vinha defendendo desde a reeleição, em 2006, de que uma vez terminado o segundo mandato iria “assar uns coelhinhos” em São Bernardo do Campo. Há menos de um mês ainda dizia que iria ensinar a Fernando Henrique Cardoso como deve se comportar um ex-presidente: “sem dar palpite” na vida de quem está governando.

Ontem Lula passou a dizer que vai percorrer o País dando palpites para Dilma Rousseff quando vir “alguma coisa errada”. Assegurou que terá “papel ativo” no governo dela viajando o País inteiro para verificar como andam as coisas.

Dando a entender que nem ao menos guardará a liturgia do cargo. Qualquer coisa pega o telefone e diz: “Olha, minha filha, tem coisa errada. Pode fazer o que eu não fiz.” Pelo dito, vai inaugurar uma modalidade de Presidência itinerante e a distância.

Quis informar ao público que votar em Dilma significa votar nele, que a única diferença entre um governo e outro será o nome do titular do cargo. E ainda assim de direito porque de fato o presidente será ele, Lula.

Quis aplicar um antídoto à ideia da retirada de cena, da descida de Lula do pódio da política e da substituição de mandatário explicitada no refrão da trilha sonora do programa de televisão de José Serra.

Para Dilma, Lula, o PT e o plano de uma continuidade por unção quase divina é fundamental que o público não tome consciência da interrupção, não consolide a noção de separação, de diferença. É crucial que o entendimento seja o de que haverá apenas uma troca de nomes por exigência legal, algo próximo de uma formalidade.

No programa eleitoral do PT no horário noturno esse imperativo ficou evidente: em ritmo de Brasil grande, formato de superprodução e tom institucional sem resquício de política, não houve referência ao ato eleitoral.

Ninguém pediu votos ou considerou a existência de uma disputa e de concorrentes ao cargo. Passa por cima do eleitor, transpõe o obstáculo das urnas como se no ano que vem fosse haver uma mera mudança de governante por vontade e sob a bênção de Lula.

A campanha simplesmente desconhece a circunstância eleitoral: não pede que Dilma seja eleita por isso ou por aquilo, não a compara com os concorrentes de maneira a informar ao eleitor que se trata de alguém mais bem qualificado que qualquer dos outros, nada.

Simplesmente põe Dilma Rousseff sentada na cadeira presidencial. No encerramento a música corrobora o fato consumado: “Agora as mãos de uma mulher vão nos conduzir/ eu sigo com saudade, mas feliz a sorrir/ pois sei, o meu povo ganhou uma mãe/ que tem um coração do Oiapoque ao Chuí.”

O sujeito da oração, evidentemente é Lula, que os autores João Santana e João Andrade transformam numa representação de Jesus Cristo - “deixo em tuas mãos o meu povo” - com vocação autoritária - “mas só deixo porque sei que vais continuar o que fiz”.

E se não soubesse não deixaria? Não gostaria é a leitura subjacente.

Na realidade não poderia. Deixa porque a lei assim determina e a derrota do governo na votação da CPMF no Senado em 2007 deu a Lula a exata noção da impossibilidade de mudar a Constituição para obter a chance de disputar um terceiro mandato.

Senado do qual não para de reclamar, dizendo que foi “injusto e ofensivo” com o governo, e onde agora se esforça para formar maioria servil ao projeto de hegemonia e eliminação paulatina do contraditório no Brasil.

Nenhuma diferença em relação a oligarquias que dominam há décadas territórios País afora e toda semelhança com coronéis do porte de José Sarney, cujo empenho em inspirado dizer do senador Jarbas Vasconcelos sempre foi transformar o Senado em um “grande Maranhão”.

Nada que já não se soubesse, embora não de maneira tão explícita e didática conforme foi mostrado no horário eleitoral.

Por Reinaldo Azevedo

Resolveram meter um triângulo roxo em Diogo Mainardi

Sempre imaginei que chagaríamos a este ponto. E chegamos. Ou melhor: chegaram! E podem ir ainda mais longe — porque os caminhos da vigarice e da impostura não têm limites. Como é que os canalhas aprimoram a sua arte? Dedicando-se a praticar mais canalhices. Quando é que essa gente diz para si mesma: “Não, isso eu não posso fazer”? Nunca! Porque é próprio de sua índole fazer qualquer coisa. Pelo dobro do preço, então, podem fazer o triplo.

Vocês se lembram daquele blogueiro pançudo — os pançudos que servem de escribas dos donos do poder — que conclamou a “catchiguria” a procurar onde estavam os 3% que consideravam o governo Lula “ruim/péssimo”? Seuraciossímio era o seguinte: são tão poucos, que é possível identificá-los. De lá para cá, parece que a coisa ficou ainda mais fácil. Agora, esse grupo soma apenas 1% segundo os institutos de pesquisa.

O Pançudo deve estar radiante! Já dá para cuidar de todos numa única fornada democrática! As cinzas ajudariam a fertilizar a terra onde surgiria o Primeiro Reich Petralha — para durar, no mínimo, mil anos!!! Nome do filme: “De Volta ao Planeta dos Macacos”.

Apontei o aspecto obviamente fascistóide daquela formulação, como se haver pessoas que rejeitem o governo — e governos — fosse uma excentricidade digna de nota. Numa democracia, elas são o sal da terra. É a existência da divergência que testa o modelo, já que qualquer pessoa é livre para concordar com o governo também nas ditaduras. Mas o que digo eu? Quem disse que eles querem democracia? Eles querem é regime de maioria, que é outra coisa — os fascismos todos, incluindo o nazismo, foram regimes de maioria. É o que querem. É do que gostam. Quando escrevi a respeito, afirmei que se estava plasmando uma cultura no país que sataniza a “turma do contra”. Como disse aquela reitora da Uni-Rio, ser do contra, tudo bem “desde que não atrapalhe”.  Ah, bom! Agora ao ponto do dia.

Estupefato
Confesso que não leio a Ilustrada, da Folha. Limito-me ao primeiro caderno por dever de ofício. Um leitor me chamou atenção para um troço, e era mesmo verdade. Está lá no caderno acusado de Cultura: “Desafetos acusam Mainardi de escapar de processos no Brasil”. É o título. Na linha fina, o subtítulo, como se estivesse na defensiva, fala Diogo: “Colunista diz que decidiu ir morar na Itália por questão familiar”.

Chegamos ao fundo do poço. Dois blogueiros notórios pelo tipo de trabalho que fazem falam na reportagem. Como o título deixa claro, são “desafetos”. Trata-se de uma bobagem fabulosa! Diogo enfrentou, sim, muitos processos, com duas condenações, nenhuma em caráter definitivo — é provável que em pior situação estejam os que o acusam. Mas vá lá.

O que me pergunto é outra coisa: “QUE DIABO DE IMPORTÂNCIA TEM ISSO?” Diogo é um dos colunistas mais lidos do país; seus romances foram saudados por críticos respeitáveis — quase nenhum do jornalismo porque duvido que tenham entendido direito o que ele escreveu, mas isso é outro papo. Está na TV. É uma pessoa conhecida etc. Se a imprensa quer saber por que ele decidiu voltar para Veneza, onde morou durante 14 anos — desde que voltou ao Brasil, seu apartamento ficou lá, à sua espera —, que procure saber, claro, mas não segundo a fofoca estúpida de seus “desafetos”.

Como informa, aliás, o próprio texto, “o ex-ministro Luiz Gushiken, o advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o empresário Carlos Jereissati, do grupo La Fonte, estão entre os que processaram Mainardi no passado e nunca conseguiram nada.” É isso! Houve um tempo, no Brasil, em que fazer crítica política era parte do jogo democrático.

E, lamento, não me venham com a história de que o texto está “equilibrado”, com Diogo tendo a chance de se defender. Mas se defender de quê? Um escritor e jornalista não pode decidir morar em outro país, sabe-se lá por quanto tempo — isso é da conta de quem? — sem que se dê voz a seus “desafetos”? A Folha tem muitos jornalistas que respondem ou responderam a processos. Há condenados entre eles. Devemos convocar seus “desafetos” para que emitam uma opinião a respeito do que fazem ou deixam de fazer? Qual é a pauta?

Lamento: a reportagem, por mais “equilibrada” que pretenda ser  (apesar do título dado aos “desafetos”), é fruto do clima persecutório que está começando a contaminar tudo. Pior: já começa a ser considerado uma coisa normal, como afirmar que hoje é quinta-feira. “Ah, você viu? Diogo mudou de país para fugir dos processos, dizem seus desafetos”.

Não vou eu avançar além do que o próprio Diogo deve ter dito à reportagem. Os motivos que o trouxeram ao Brasil depois de tantos anos e que o fizeram voltar a Veneza estarão explicitados num livro que está escrevendo, ao qual tem dedicado boa parte de seu tempo, obsessivo que é com a precisão das palavras. E nem remotamente estão ligados a essa conversa de processos ou sei lá o quê. A história de que poderia ser preso é mais uma dessas mentiras que alimentam o delírio de vigaristas. Ele não! Mas é bem possível que um outro “desafeto” seu ainda acabe atrás das grades por crime inafiançável e imprescritível. A decisão, no entanto, cabe à Justiça —  e não tomarei o seu lugar, como “eles” fazem.

Triângulo roxo
O Pançudo deve estar feliz. Em breve, os que alegarem objeções de consciência para declarar a sua fé no Pai do Brasil — e na sua Mãe — terão de usar um triângulo roxo no uniforme, a exemplo do que acontecia com os que ousavam, no nazismo, proclamar a sua fé em Deus e não no “führer“. Se são tão “poucos”, pensaria o asqueroso, por que não? “Ao menos saberemos quem ele são”. Resolveram meter um triângulo roxo em Diogo Mainardi — embora Dilma faça questão de manter “Lula é Minha Anta” em sua estante de campanha para mostrar que é inteligente.

Por Reinaldo Azevedo


Dirigente do PT mente sobre a presença das Farc em foro criado por Lula. Sim! Ele mente!

O “companheirismo” do jornalismo brasileiro ainda acabará fazendo mal ao PT. Por quê? Porque os petistas já foram mais sofisticados para mentir. Agora, eles falam qualquer porcaria. Como sabem que ninguém vai apurar se o que dizem procedem ou não, tudo se resolve na base do “aspismo”: Fulano “diz que…” Leiam o que está publicado no Estadão Online. Em seguida, recorrendo à memória, eu provo que o petista está mentindo. Não deixem de ler. Estamos diante de um caso que ainda será um clássico destes tempos.

As Farc nunca participaram do Foro de São Paulo’, diz Valter Pomar

Por Rodrigo Alvares:
O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “As Farc não participam e nunca participaram do Foro de São Paulo”, disse Pomar, em entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. “Eu estava lá. Não participou nem como um setor de partido”, afirmou. Segundo ele, todos os representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse assunto voltou à tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e Farc.
“O Serra e o Indio adotam uma postura infantil, que é tratar o conflito da Colômbia como se fosse um caso de crime organizado contra o Estado”, afirmou. “Este jeito não resolve o problema. O que precisa ser discutido é como construir um processo de paz na Colômbia.” Pomar destacou a presença de bases militares dos Estados Unidos na América Latina para recomendar: “Diante desse cenário de uma forte presença e uma expansão militar dos EUA na América Latina, coincidindo com um momento em que há governos de esquerda, a Colômbia é um nó que precisa ser desatado.” Segundo ele, “a Colômbia serve de pretexto para a ampliação da presença militar norte-americana”.
“A posição de 100% dos países do Foro é de que se precisa de paz na Colômbia”, afirmou. “A paz na Colômbia remove um dos pretextos para a presença dos EUA na América Latina.” Para o petista, o problema da Colômbia vai além da questão do crime organizado. “No conflito militar colombiano tem o governo, a guerrilha, os paramilitares e o narcotráfico, tem tudo isso misturado. Não é só o crime. Porque se fosse, como é que se explica uma guerrilha que tem 50 anos? É um problema social, econômico e político que tem de ser solucionado.” Nesse sentido, a declaração final do foro, que termina na sexta-feira, vai representar um forte chamado à paz colombiana.

Comento
É mentira! Mentira documentada! As Farc são membros-fundadores do Foro de São Paulo, junto com o PT e o Partido Comunista de Cuba, entre outros democratas… Notem que Valter Pomar não condena os métodos dos narcoterroristas em nenhum momento. Ao contrário: ele ataca, como é praxe no PT, o governo constitucional da Colômbia. Já volto a esse aspecto. Agora, quero que vocês vejam este vídeo. É importante que vocês o façam:

Como viram, Chávez presta tributo ao chefe terrorista Raúl Reyes, morto por forças colombinas no Equador, onde se abrigava um núcleo do terror, sob a proteção do presidente daquele país, o filoterrorista Rafael Corrêa. ATENÇÃO: RAÚL REYES É AQUELE CUJO LAPTOP TRAZ A TROCA DE CORRESPONDÊNCIAS COM OLIVÉRIO MEDINA, QUE ESTÁ NO BRASIL. A MULHER DE MEDINA TRABALHA NO MINISTÉRIO DA PESCA, CONTRATADA POR DILMA ROUSSEFF. Falemos mais do vídeo:

2min55s - Chávez diz que, quando saiu da prisão, em 1994 (ele fora preso porque tentara um golpe militar em 1992), recebeu um convite para participar do Foro de São Paulo. Isto mesmo: o Foro de São Paulo, de que Lula era um dos chefões, convidou um notório golpista para a sua reunião. Só um golpista? Nãããããõoooo!!! Também um terrorista!

3min40s - Chávez, não mais do que um golpista então, diz que já conhecia “Lula entre outros”. Por que Lula se relacionava com um sujeito que tentara um golpe militar na Venezuela?

AGORA, A PROVA DA MENTIRA:
3min44Ss 
- Chávez diz que estava na “mesa de trabalho” do Foro quando chegou para saudá-lo ninguém menos do que Raúl Reyes, do comando central das Farc.

Entenderam?
O Foro de São Paulo não chamava para a reunião apenas um golpista como Hugo Chávez. Também estava presente, sim, Raúl Reyes, o chefão do narcoterrorismo. Chávez, evidentemente, não está mentindo neste caso porque se refere a um fato historicamente comprovado. Assim, quem mente é Valter Pomar, como mentem todos os petistas que negam os vínculos do partido as Farc. Chávez comete um equívoco quanto às datas: se esteve com Reyes na reunião do Foro havida em El Salvador, então foi em 1996, não em 1995, como diz.

José Eduardo Martins Cardozo, que faz a linha “sou-petista-mas-não-sou-como-eles” — não deixa de ser o pior tipo porque pretende ter do petismo só os benefícios; nesse particular, Berzoini é mais legítimo porque é o que é até na cara —, resolveu participar do Foro, levou aquela carta em que Lula ataca a “direita”, mas diz que esse negócio de Farc é acusação puramente eleitoral. Não neste blog, que denuncia essa história há muito tempo.

Chega de papo furado! Eis aí: Chávez confessa ter conhecido o narcoterrorista na reunião do Foro, de que Lula era o grande comandante.

Encerrando
Quanto a Pomar, dizer o quê? Entre criticar as Farc e criticar o governo constitucional da Colômbia, ele elege o segundo como alvo. Trata-se de uma escolha: a escolha do PT. Entre o governo legal e as Farc, as Farc!

Por Reinaldo Azevedo
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (veja.com

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Márcio Luiz De Carli Marau - RS

    A Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) vem a público repudiar as declarações inverídicas, levianas e irresponsáveis feitas pelo candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que afirmou haver censura no país e denunciou a existência de “blogs sujos” que seriam patrocinados com dinheiro público. É lamentável que um candidato ao cargo político mais alto do país faça esse tipo de acusação sem apresentar qualquer prova ou elemento de verdade. Mais grave ainda, tais declarações foram feitas em evento promovido pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), entidade cuja presidente já admitiu publicamente que as grandes empresas de comunicação estão fazendo o papel da oposição no Brasil.

    O fato de essas grandes empresas de comunicação estarem desempenhando o papel da oposição é a maior prova de que não existe censura. Muito pelo contrário, os veículos dessas empresas vêm defendendo a sua agenda sem qualquer tipo de censura ou impedimento. Mais ainda, essas empresas recebem hoje grande parte das verbas públicas destinadas à publicidade, não podendo reclamar sequer de um suposto constrangimento econômico. As declarações do sr. Serra e o silêncio da ANJ a respeito de seu caráter calunioso ofendem a realidade e a inteligência da população brasileira.

    Cabe lamentar também o aspecto leviano e irresponsável dessas declarações. O candidato não apresentou qualquer prova de censura e não identificou quais seriam os “blogs sujos” que estariam sendo patrocinados com dinheiro público. A mídia alternativa, onde supostamente estariam os “blogs sujos” sobrevive com grandes dificuldades, recebendo quantias infinitamente menores de recursos em publicidade. O desequilíbrio informativo que existe no Brasil é exatamente o contrário. Os grandes veículos de imprensa, supostamente “limpos”, canalizam hoje a maior parte dos recursos públicos além de vantagens históricas que lhes foi assegurada na concessão de canais públicos.

    As declarações do candidato Serra são tão mais lamentáveis e dignas de repúdio se consideramos o processo de desmonte da TV Cultura de São Paulo, patrocinado pelo governo de seu partido. Se alguém que tem demonstrado desprezo pela democratização do sistema de informação no Brasil, esse alguém é o sr. José Serra que vem tratando jornalistas de forma truculenta, revelando uma intolerância à diferença e apoiando políticas de destruição de canais públicos de comunicação. Suas mais recentes posições externadas no âmbito da ANJ mostram que, infelizmente, essa truculência anda de mãos dadas com o desprezo à verdade.

    Joaquim Ernesto Palhares

    Presidente da Altercom

    0