Dilma, a voz embargada, os aplausos etc e tal., (Por Reinaldo Azevedo)

Publicado em 08/06/2011 18:59
do Blog de Reinaldo Azevedo (em veja.com.br)


A julgar pelos discursos de Antonio Palocci e Dilma Rousseff, um de despedida, outro de entronização da nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fiquei sem entender por que ele. Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida.

Com a voz embargada, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que está triste com a saída de Antonio Palocci da Casa Civil. Referindo-se ao ex-ministro como “parceiro de lutas” Dilma mandou um recado para a oposição afirmando que seu governo “jamais ficará paralisado diante de embates políticos”. A presidente não fez nenhuma referência à crise envolvendo Palocci. Dilma destacou que a Casa Civil que será comandada por Gleisi Hoffmann terá um perfil técnico.

A presidente lembrou a relação pessoal que construiu com Palocci a partir de sua campanha no ano passado. “Eu estaria mentido se dissesse que não estou triste. Tenho muitos motivos para lamentar a saída de Palocci. Motivos de ordem política, pelo papel que desempenhou na minha campanha, administrativa pelo papel que tinha e teria no meu governo. Motivo de ordem pessoal pela amizade que construímos.”

A presidente mandou uma resposta para a oposição que cobrou a saída de Palocci e mobilizou até aliados para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a evolução patrimonial de Palocci. “Jamais ficaremos paralisados diante de embates políticos. Sabemos travar e ao mesmo tempo governar. Temos programas a executar e vamos com rigor e dedicação. O meu governo tem metas e vai alcançá-las”. Ao comentar a escolha de sua nova ministra Gleisi Hoffmann, Dilma disse que “ficou satisfeita com a solução” e pediu empenho dela na agenda do governo.

“Nossos compromissos são ousados, temos que controlar a inflação, garantir rigidez fiscal, criar mais empregos, investir pesadamente educação. Assegurar que um país rico é um pais sem miséria. Nesse inicio de governo já lançamos programas fundamentais”.

Voltei
Palocci recheou seu discurso de imagens quase literárias para indicar a superação de desafios e afirmou:
“Minhas atividades foram sendo comprometidas pelo ambiente político. Se vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para preservá-lo”.

Bem, o ministro sabe que sua estupenda condição financeira — e me refiro apenas àquela que conhecemos — é que foi conquistada em razão do “ambiente político”, não é mesmo? A  sua consultoria só custava tão caro — creio que fosse a mais valorizada do mercado — em razão do conhecimento que tinha do governo e do papel que exercia na Câmara. Em suma: ele não tinha notório saber em economia; tinha notório saber em poder. Tanto é assim que a equipe de Palocci era Palocci. E isso para assessorar, como parece, alguns dos potentados da economia brasileira de todos os setores.

Dilma lamentou a saída de Palocci por motivos políticos, administrativos e pessoais. Huuummm… E por que não o manteve? Fica parecendo, sei lá, que uma tramóia da oposição o derrubou — e a presidente, então, lhe teria mandado recados: “Jamais ficaremos paralisados…” Calma lá! A oposição, o DEM em particular, com destaque para o senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR), se mobilizou, sim, cumprindo o seu papel. A dita “cúpula” tucana até que foi bem discreta. Faltou ao ministro, que se deixe claro, apoio interno: do PT e dos partidos da base aliada. Marta Suplicy não conseguiu reunir as 14 assinaturas dos petistas do Senado num documento de apoio ao ministro.

Palocci caiu porque não quis — ou não pôde — divulgar a lista de seus clientes. Cedo ou tarde, aposto, ela virá a público. Ele, Dilma, o PT e os gramados de Brasília sabem disso. Fora do poder, é possível que a notícia vá para o rodapé dos jornais e não seja nada além de um registro nos sites e blogs. Na Casa Civil, a informação voltaria a monopolizar o noticiário.

O que se conhece já é o bastante para derrubar Palocci. Mas ele cai também por aquilo que a sociedade não conhece. Reitero: fosse ele apenas um homem da iniciativa privada negociando com outros da iniciativa privada, ninguém estaria a lhe torrar a paciência. Mas não era o caso.

Em seu discurso, foi aplaudido de pé duas vezes, num sinal de desagravo da platéia, como se uma grande injustiça se consumasse ali; como se o governo estivesse sendo forçado a fazer algo contra o bem, o belo e o justo, pressionado por forças malignas. Ora… Se era assim, que resistissem!

Por Reinaldo Azevedo


Por Luíza Damé e Maria Lima, no Globo:
O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, após a cerimônia de lançamento do plano de proteção às fronteiras, que o PMDB não quer a articulação política do Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, almoçou com a presidente Dilma para definir o futuro dele. No Planalto, é dada como certa a saída de Luiz Sérgio após a queda do ex-ministro Antonio Palocci. “O PMDB não quer a articulação política. Isso é com o PT”, disse Temer.

Na terça-feira à noite, em reunião do PMDB no Palácio do Jaburu, o nome da ministra da Pesca Ideli Salvati foi rejeitado de pronto para substituir Luiz Sérgio. No partido, que não abre mão de avalizar a escolha do substituto de Luiz Sérgio, a melhor alternativa seria a realocação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a articulação política. Mas o nome do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também teria apoio do PMDB.

O consenso entre os líderes da base na Câmara e no Senado é que o escolhido deve sair da Câmara, para compensar a escolha de uma senadora para o lugar de Palocci. Mas o PT discutia, em várias reuniões com o presidente Rui Falcão, alternativas novas, como o nome do desconhecido Olavo Noleto, que sucedeu o hoje ministro da Saúde Alexandre Padilha na Secretaria de Assuntos Federativos (SAF).

“Quem? Olavo Noleto? Se ele ligar pra mim não vou nem saber quem é”, comentou outro peemedebista que esteve na reunião do Jaburu. No PMDB, a avaliação é que Vaccarezza ficou meio atordoado com a derrota para Marco Maia (PT-SP) na presidência da Câmara, e que a derrota na votação do Código Florestal não o inviabilizaria para o cargo de Luiz Sérgio.

Sobre a proposta de Michel Temer assumir o comando da articulação política, os peemedebistas torcem o nariz: “É colocá-lo um degrau abaixo. Michel tem que ter poder, mas não pode ter cargo de ministro”.

“Vou precisar de ajuda aqui no Congresso”, diz Gleisi a Aécio

No Portal G1. Comento depois:
A nova ministra-chefe da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), foi cercada por parlamentares do governo e da oposição ao chegar ao plenário do Senado para fazer seu pronunciamento de despedida dos colegas.

Ao apertar a mão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a petista agradeceu a “deferência” tratou logo de dar o tom de sua gestão na Casa Civil. “Vou precisar de ajuda aqui no Congresso”, disse Gleisi a Aécio.

Cumprimentada pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO) e pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), Gleisi esclareceu que terá uma conduta no governo de diálogo com os parlamentares. O antecessor, Antonio Palocci, acumulava críticas entre os senadores porque era supostamente pouco acessível.

“Com certeza a gente vai ter uma boa interlocução”, disse a petista.

Comento
Claro! A oposição ajuda o governo no Senado, e o governo ajuda a oposição no Executivo! Dilma tem dito por aí que a base aliada no Congresso também faz parte do governo.

Pode-se inaugurar um novo conceito: incorporar ao Executivo também a oposição. Seria um novo modelo de democracia, exclusivamente nosso!

Por Reinaldo Azevedo

Para Serra, a crise só assume outra natureza

“Palocci era, sem dúvida, o personagem forte de um governo hesitante e fraco do ponto de vista político e administrativo. Até a convulsão que envolveu a si próprio, exercia o papel de primeiro-ministro. Versado nas questões da administração federal e hábil nas negociações políticas, tinha  liderança dentro do PT e desfrutava de relações próximas com Lula — virtual tutor da presidente e, ao mesmo tempo, seu potencial causador de enxaqueca política  até 2014.  Lula sempre o levou muito em conta nos assuntos de governo.”

É o que afirma José Serra, que comanda o Conselho Político do PSDB. Como se vê, para o ex-governador de São Paulo, a crise não acabou, mas assume outra natureza. Segundo Serra, FHC e Lula eram presidentes que não precisavam de “primeiro-ministro”, mas Dilma precisa. A análise está em seu site.

Por Reinaldo Azevedo

Dilma lança programa de proteção às fronteiras; é só uma fantasia para responder ao Jornal Nacional

Não tem jeito! Eles não vão chegar a lugar nenhum porque não sabem aonde querem ir. O Jornal Nacional apresentou na semana passada uma excelente série de reportagens sobre a situação lastimável das fronteiras brasileiras. Por ali passa de tudo: mercadorias contrabandeadas, armas, drogas ou, como diria o poeta, “pessoa, animal ou coisa”. Ficou evidente que faltam recursos, estrutura e pessoal especializado.

Muito bem! E o que faz o governo hoje? Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida:

Dilma lança plano de proteção das fronteiras sem revelar custos

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira um plano de proteção das fronteiras do país que terá ação conjunta entre os ministérios da Defesa e da Justiça. O Plano Estratégico de Fronteiras, sem custos ou efetivo revelados, terá início imediato com foco no combate ao tráfico de armas e drogas, crimes fiscal, financeiro, ambiental e homicídios, especialmente em 34 pontos identificados como vulneráveis nas regiões de fronteira brasileira. “O sucesso nessa empreitada vai ampliar nossa soberania e ampliar a relação fraterna com nossos vizinhos”, disse Dilma durante cerimônia de lançamento do plano.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a ação do plano se dará por duas frentes: a Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, com atuação permanente na região de fronteira, e a Operação Ágata, de coordenação da Defesa, com ações pontuais. “Nunca tivemos uma integração capaz de garantir boa atuação e gestão”, disse Cardozo, durante o lançamento do programa, que teve também a participação do titular da Defesa, Nelson Jobim, e outros ministros, além de embaixadores e representantes de países vizinhos ao Brasil.

Cardozo afirmou que haverá um aumento de 100% no efetivo do Ministério da Justiça na operação e a incorporação da Polícia Rodoviária Federal à Sentinela, mas não informou números.

Voltei
Qual é o plano mesmo? Não se sabe! Tem-se uma etiqueta, um nome — “Operação Sentinela” —, e nada além. Ignoram-se efetivo, custo, infra-estrutura, tudo! Se, a partir de segunda, o Jornal Nacional fizer uma reportagem evidenciando que o Brasil padece de um surto de espinhela caída e unha encravada, Dilma anuncia na semana seguinte um plano de combate a esses dois terríveis males da nacionalidade.

O mais divertido é ver Cardozo anunciando um aumento “de 100%” no efetivo do Ministério da Justiça dedicado à questão. Que efetivo? Serão homens da Polícia Federal, de arma na mão, prendendo vagabundo? Não? Então tá…

Por Reinaldo Azevedo

Começou a sessão do Supremo que vai decidir destino de Battisti

Começou a sessão do Supremo que vai decidir o destino de Cesare Battisti, o assassino abrigado com carinho e denodo pelos petistas. Fala neste momento o relator do caso, Gilmar Mendes. Em seguida, manifestam-se os advogados da Itália, o advogado-geral da União  e o defensor  do terrorista. O primeiro a votar depois de Mendes será o mais novo membro do Supremo, Luiz Fux. A imprensa noticia que ele deve considerar que a decisão de Lula tem de  ser mantida. 

Por Reinaldo Azevedo

Battisti – Pelo visto, o assassino vai ser mantido no Brasil em nome do patriotismo! É asqueroso!

Luís Barroso, advogado de Cesare Battisti, acaba de falar no Supremo em defesa da decisão de Lula, que manteve o italiano no Brasil.

A sua principal linha de defesa é esta: a Itália tenta humilhar o nosso país ao recorrer à Justiça em favor da extradição. Numa retórica condoreira, chegou a dizer que o estado italiano quer o Brasil “de cócoras”. E enumerou supostas evidências de que o terrorista seria terrivelmente perseguido em seu país. Fiquei com a impressão de que falava sobre a Síria!

Agora fala Roberto Gurgel, o procurador-geral da República. Também investe no humor verde-amarelista. Segundo ele, trata-se de um confronto entre o Brasil e a Itália.

Pelo visto, vamos reafirmar o caráter nacional e a nossa independência abrigando um terrorista assassino. Gurgel tem tudo para fazer história na Procuradoria Geral…

Por Reinaldo Azevedo

A argumentação em águas turvas do advogado do assassino Battisti

Luís Barroso, advogado de Cesare Battisti, não economizou na defesa que fez de seu cliente. Numa estranha argumentação, afirmou que a Lei da Anistia, no Brasil, abrigou agentes do estado que deram “choques elétricos no ânus, na vagina e no pênis” dos presos. A pergunta oculta, do ponto de vista moral (já que não há base legal nenhuma no argumento) é esta: “Por que não abrigaria Battisti?”

Bem, a indagação embute duas ilações, ambas falsas. Barroso pode estar sugerindo que Battisti é daquela mesma cepa humana que produz monstruosidades. Sendo assim, se perdoamos nossos monstros, por que não os dos outros? Eu lhe responderia que cada país deve decidir o que fazer com as suas próprias alimárias morais. A Lei de Anistia foi um processo de pacificação do Brasil e um ritual que o fez passar do estado discricionário para uma democracia de direito. Battisti foi condenado por crime comum num estado democrático.

Mas Barroso também está argumentando nas águas turvas da ideologia. Como o Supremo decidiu, corretamente, pela validade da Lei da Anistia (segundo bobagem propagada pelas esquerdas, o tribunal perdoou torturadores), ele pode estar sugerindo que os ministros que defendem a extradição de Battisti o fazem pautados por preconceito ideológico. É como se indagasse: “Se valeu para a extrema direita, por que não para a extrema esquerda?”

Bem, ainda que houvesse correlação entre uma coisa e outra (não há!), Battisti foi condenado na Itália por crime comum, não por crime político. Ao conceder refúgio ao assassino, o governo brasileiro decidiu se comportar como corte revisora da Justiça italiana, contra o que dispõe o Tratado de Extradição celebrado entre os dois países. Barroso, curiosamente, afirmou que os confrontos entre direita e esquerda já morreram há mais de 20 anos, mas sugeriu, claramente, que há preconceito de natureza ideológica contra o seu cliente. Ou por outra: para defender Battisti, vale ressuscitar o confronto que ele mesmo declarara morto.

Por Reinaldo Azevedo

Que petista dará emprego a Battisti depois? Suplicy, Tarso Genro, Dilma ou Lula?

Assim que o Supremo decidir que Cesare Battiti fica no Brasil, livre, leve e solto, qual será o petista que vai lhe dar um emprego? Eduardo Suplicy? Tarso Genro poderia nomeá-lo Coordenador para Assuntos de Moral e Civismo de seu governo. E Dilma? Quando ministra da Casa Civil, ela levou para o Ministério da Pesca a mulher do narcoterrorista colombiano Olivério Medina. Battisti poderia, sei lá, ser secretário-executivo das Relações Institucionais. Como a gente sabe, ele é do tipo “que resolve”. Se tudo falhar, Luiz Inácio Apedeuta da Silva pode abrigá-lo no seu instituto, junto com Paulo Vannuchi. Os dois podem ficar trocando “memórias da revolução proletária”.

Por Reinaldo Azevedo

Battisti com três das patas na rua

É, tudo indica que o assassino será mesmo nosso. Luiz Fux deixou claro que endossa a argumentação de que não caberia ao estado italiano recorrer contra o refúgio concedido a Cesare Battisti. Não é ainda um juízo de mérito. Mas chegará a hora, e seu voto, a esta altura, já está claro. Daqui a pouco, Battisti pode estar na rua. O assassino recorreu à respeitadíssima Corte Européia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, para tentar livrar a cara. Não conseguiu. Alguém deve lhe ter dito então: “Fuja para o Brasil; lá você vai conseguir”. E vai conseguir…

Por Reinaldo Azevedo

Battisti - Soberania, agora, é sinônimo de arbítrio

Para o procurador-geral da República, o advogado-geral da União, Luiz Fux, Marco Aurélio de Mello, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski — os que falaram até agora —, a soberania autoriza um país a rasgar um tratado de extradição, mesmo sem tê-lo denunciado. Não dá! Soberania não é arbítrio. Ou, então, jogue-se no lixo a ordem internacional. O Supremo afirmou que a decisão cabia a Lula, sim, “SEGUNDO O TRATADO”. E ele não decidiu segundo o tratado. Ponto. Se não fosse assim, o presidente da República seria, nesse particular, um monarca absolutista. É o fim da picada!

Por Reinaldo Azevedo

Joaquim Barbosa disse a bobagem formidável do dia

Joaquim Barbosa, como vem se tornando um hábito, foi quem disse, até agora, a mais notável das barbaridades no Supremo. Não sei que espírito mau lhe soprou aos ouvidos que o caso Battisti é semelhante à guarida dada ao bandoleiro Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Segundo Barbosa, o estado italiano recorrer ao Supremo contra a decisão de Lula, que manteve Battisti no Brasil, é tão absurdo como se, à época, algum governo tivesse apelado ao tribunal para que o Brasil entregasse o chapeludo ao governo de Honduras.

Vênia máxima e todos os salamaleques devidos à sapiência do ministro, trata-se de uma bobagem sem par. Há um processo de extradição de Battisti, REGULADO PELA CONSTITUIÇÃO E POR UM TRATADO, o que inexiste no caso de “invasão” de uma embaixada por um eventual perseguido político. Não há paralelo entre uma coisa e outra.

E atenção, ministro Joaquim Barbosa: abrigado na embaixada brasileira, Zelaya e o Brasil estavam subordinados a certas regras, não inteiramente cumpridas, é bom deixar claro! Lá de dentro, o golpista delinqüente tentou comandar a resistência, o que contrariava flagrantemente a Carta da OEA. Pior: o Brasil jamais declarou que estava dando “asilo” a Zelaya, o que ele também não pediu, ou seria obrigado a admitir que já não era mais presidente, o que ele não aceitava.

Ou seja, ministro Joaquim Barbosa: o Brasil estava se metendo, de maneira sorrateira, nos assuntos internos de Honduras. Um outro Poder — no caso, o Legislativo, por meio do Senado — deveria, sim, ter-se manifestado.

Um presidente não é um ditador nem quando decide sobre extradição nem quando se relaciona com estados estrangeiros. Há leis internas e há tratados internacionais que regulam essas ações.

Por Reinaldo Azevedo



Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, a condição de “protagonista”, eleva o personagem ao Monte Olimpo, morada dos Deuses. Na condição de cidadão comum, acompanho as noticias da mídia de massa, neste período que a atual Ministra da Casa Civil, esteve no Senado, a única coisa relevante que ela fez, foi mudar o valor da energia a ser paga ao Paraguai, causando um acréscimo de TRÊS VEZES no valor a ser pago. Olha o que o senador Collor disse : “ A senadora ficará marcada pela sua “clarividência, capacidade de trabalho e discernimento “ no trabalho exercido no Senado.

    Na minha visão limitada, na época da construção da ITAIPU o País vizinho Paraguai, entrou com o BARRANCO ( lateral da calha do rio )pois, nem a água do Rio Paraná é formada dentro do seu território. Todo o ônus da construção, o Governo brasileiro, assumiu, e antes do final do contrato assinado pelos governos dos dois países, é mudado as bases do pagamento . Porque ? O BARRANCO , aumentou de valor ? .... “ E VAMOS EM FRENTE ! ! ! “ ....

    0