Wagner Rossi nega irregularidades e diz que Romero Jucá pediu permanência de irmão mesmo depois de revelada irregularidade

Publicado em 03/08/2011 18:18

Wagner Rossi nega irregularidades e diz que Romero Jucá pediu permanência de irmão mesmo depois de revelada irregularidade

Por Eduardo Bresciani, no Estadão Online:

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou em depoimento na comissão de Agricultura da Câmara, na manhã desta quarta-feira, 3, a existência de irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo ele, a única ilegalidade foi cometida justamente pelo ex-diretor e acusador Oscar Jucá Neto e fez com que ele fosse “defenestrado” da companhia. Ao final de sua exposição inicial, de pouco mais de 30 minutos, o ministro foi aplaudido pela maioria do plenário da comissão, composto por governistas.

Rossi afirmou que Oscar, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou transformar uma irregularidade administrativa cometida por ele em um problema político. Ele atribuiu as acusações do ex-diretor ao ressentimento por ter sido punido com rigor. “Para nós é motivo de orgulho ser atacado porque agimos dentro da lei”, disse o ministro. O senador disse ter pedido desculpas à presidente Dilma Rousseff pela reação do irmão.

Em entrevista à revista Veja, Oscar Jucá Neto disse que a Conab estaria adiando o repasse de R$ 14,9 milhões a uma empresa de alimentos para barganhar uma comissão de R$ 5 milhões, que seriam acrescentados ao valor da dívida de forma fraudulenta. Ele denunciou, ainda, a venda de um terreno da empresa em uma área nobre de Brasília por R$ 8 milhões, um quarto do valor estimado de mercado, em favor de uma pequena imobiliária, que seria laranja de um influente político do PTB. Rossi chegou a afirmar que o senador pediu a permanência do irmão na companhia após pagamento irregular, mas “não teve como”.

Segundo Rossi, no primeiro caso sequer haveria a possibilidade de aumentar o valor porque o pagamento tem como base uma decisão judicial. Em relação à venda do terreno, ele afirma que houve uma concorrência pública e que o valor pago foi superior à avaliação feita pela Caixa Econômica Federal.

O ministro gastou boa parte da sua exposição para acusar Oscar Jucá Neto de ter feito um pagamento ilegal durante sua curta atuação como diretor financeiro da Conab. Segundo Rossi, o diretor fez um pagamento sem autorização da empresa e do ministério e teria inclusive invadido um sistema para liberar o dinheiro para o pagamento.

A Controladoria-Geral da União (CGU) instaurou nesta terça-feira, 2, uma auditoria para apurar as denúncias no ministério na companhia.

Por Reinaldo Azevedo

“Explicações” de ministros podem servir apenas à naturalização do escândalo

Há um paradoxo apenas aparente na decisão do governo de bombardear a CPI no Senado e de estimular a ida dos ministros à Câmara para se explicar. As duas ações são coordenadas, unidas por um conectivo. Na prática, isso pode conduzir a uma forma de naturalização do escândalo. Tome-se o caso do ministro Wagner Rossi, da Agricultura, como um exemplo eloqüente. A acusação que lhe fez Oscar Jucá, irmão de Romero (PMDB-RR), líder do governo no Senado, não é pequena: Rossi lhe teria oferecido propina para que se calasse sobre as maracutaias na Conab.

O ministro se diz indignado, mas ainda estuda se tomará alguma medida na área judicial. Como assim? Não se acusa um ministro de estado de tentar comprar o silêncio de quem supostamente sabe demais por nada. É claro que Rossi é quem cuida da sua honra, não eu. Apenas me reservo o direito de achar a reação muito estranha e de considerar que esse não é um assunto “privado” ou do PMDB apenas. Trata-se de um ministro.

As explicações, em si, podem ser saudáveis etc. e tal, mas não substituem a investigação. Os parlamentares não dispõem de instrumentos nem mesmo para avaliar se aquilo que está sendo dito ali é verdade. Pensemos agora no Ministério dos Transportes, que se revelou um verdadeiro valhacouto. Ainda que as dezenas de inquéritos da Polícia Federal dêem em alguma coisa e se punam criminalmente alguns larápios, a questão que resta irresolvida é de natureza política. Em seu pronunciamento de ontem — que não mereceu, entendo, o devido destaque da imprensa —, Alfredo Nascimento sugeriu uma clara conexão entre o período eleitoral e o descontrole de gastos nos Transportes; adicionalmente, chamou como suas testemunhas informais os ministros Paulo Bernardo e Guido Mantega e a agora presidente Dilma Rousseff. E quem conduziu a pasta no período? Aquele que o sucedeu: Paulo Sérgio Passos.

É preciso ser uma Poliana bêbada para não entender que há na fala certo tom de ameaça. “O PR não é lixo”, disse o agora presidente do partido, e atua de acordo com o padrão das demais legendas da base aliada. Quem pode estabelecer a devida conexão entre a questão criminal e a política é a CPI — quando não é desmoralizada pelos governistas, claro, como aconteceu na era Lula.

O Palácio optou, como se nota, pelas “explicações”. Ao fim delas, as coisas ficarão onde estavam, as lambanças continuarão sem investigação, mas, para todos os efeitos, deu-se uma satisfação ao distinto público. Ou seja: explica-se para que não se investigue.

Por Reinaldo Azevedo

Pacote para a indústria é um jeito de deixar tudo como está para ver como é que fica

O tal pacote para incentivar a indústria tem uma coisinha boa aqui, outra ali, mas, essencialmente, nasce de uma irresolução. Vamos ver. No domingo, almocei na casa de um amigo. Entre os presentes, estava um banqueiro, de banco de investimento, não de varejo. Trata-se de uma figura notavelmente culta, agradável, e há, sei lá, uns 50 assuntos mais interessantes a debater do que taxa de juros. Mas também falamos sobre taxa de juros. Se ele é banqueiro, isso quer dizer que, vamos simplificar um pouquinho, “compra e vende” dinheiro — já que banco, não importa a sua natureza, não fabrica a grana, certo?

Num dado momento, não resisti e indaguei: “Existe alguma razão que explique a taxa de juros do Brasil?” Ele sorriu, meneou um tanto a cabeça e afirmou: “É, a poupança interna precisava ser maior, o governo gasta demais, há uma política muito centrada no consumo, mas… Não! Não existe! Isso é uma loucura!”. Alguém poderia indagar: “Mas por que ele não fala isso em público?” Ora, se o gerente da lojinha, o Guido Mantega, e a diretora, a Dona Dilma, acha que há, que as coisas são assim mesmo, não será um banqueiro a expressar publicamente a sua divergência. Ficaria parecendo falta de gratidão.

A crise americana deve trazer mais dólares ao Brasil porque o prêmio que se paga aqui é estupidamente mais alto do que em qualquer outro país do mundo, e isso vai valorizar o real ainda mais. Haja compensação aos exportadores! Mas não é o principal: os juros elevados incidem sobre toda a economia; o país continua a ser um dos campeões mundiais de tributação, o que também vale para todo mundo. O pacote do governo elege alguns setores para conceder benefícios, e os demais continuam a pagar a conta dos juros e da carga tributária.

Segundo esse meu conviva de almoço, uma boa saída seria fazer um plano consistente de corte de gastos — o governo vai ao mercado porque precisa se financiar —, com credibilidade, conter de forma mais efetiva o consumo e baixar, sim, a taxa de juros, já que não há razão, dados os indicadores da economia, para que ele seja não um pouquinho, mas muito mais alto do que a que se pratica no resto do planeta.

O tal pacote industrial é só uma transferência de responsabilidade, um empurrar com a barriga, um melzinho que está sendo passado na boca de parte do empresariado, que, assim, fica ainda mais dependente do estado-patrão. Trata-se de uma forma de deixar tudo como está para ver como é que fica. Sem contar que, no fim das contas, as compensações todas acabam sendo feitas pelo Tesouro. A sociedade como um todo paga a conta dos juros e paga também a proteção a alguns setores escolhidos pelo governo. E resta aos que não foram contemplados reivindicar a inclusão no modelo.

Por Reinaldo Azevedo

Ana de Hollanda, do “Mistério”da Cultura, foi quem mais gastou com hospedagem no 1º semestre

Você, leitor, com razão, pode não saber o que faz o Ministério da Cultura além de conceder autorização para o grupo de teatro da neta de Lula captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet, mas alguma coisa deve se fazer por lá. Leiam o que informa Luciana Marques, na VEJA Online.
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Em maio deste ano, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, passou por um constrangimento: por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), teve que devolver aos cofres públicos gastos com diárias no Rio de Janeiro durante fins de semana. Nos casos relatados, a ministra não cumpria agenda oficial. Ainda assim, Ana não freou a gastança: ela é a recordista nas despesas com diárias na Esplanada dos Ministérios.

Foram mais de 45.000 reais para pagar hospedagem e alimentação de Ana de Hollanda em viagens no primeiro semestre de 2011. O valor é três vezes superior à média aritmética dos gastos dos ministros para essa finalidade, que é de cerca de 13.000 reais. No total, os 38 ministros do governo federal gastaram 502.222,67 reais com diárias. O levantamento realizado pelo site de VEJA contou com dados repassados pelas assessorias dos ministros e também com informações divulgadas no Portal da Transparência, administrado pela CGU.

Dezessete ministros gastaram acima da média, sendo que sete deles consumiram mais de 20.000 reais em diárias este ano, além de Ana de Hollanda: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (35.132 reais); o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota (30.649, 02 reais); o presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini (26.248 reais); a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (26.277 reais); o ministro da Defesa, Nelson Jobim (22.220,66 reais); a ministra de Diretos Humanos, Maria do Rosário (21.614,30 reais); e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (20.997,37 reais).

Cabe ressaltar que os gastos com diárias do ministro Patriota disponíveis no Portal da Transparência, de 3.653,07 reais, referem-se apenas às viagens nacionais do ministro. O Itamaraty informou ao site de VEJA que o ministro fez este ano 36 viagens ao exterior, e recebeu para tanto o total de 15.879,97 dólares em diárias. Com base na cotação do câmbio de turismo desta quarta-feira, os gastos do ministro em diárias nacionais e internacionais somam 30.649, 02 reais. Ainda que as despesas sejam elevadas em relação aos demais ministros, elas se justificam diante da natureza do cargo do chanceler.

À exceção de Ideli, que atuava no Ministério da Pesca, os ministros mais próximos da presidente Dilma não costumam inaugurar programas de governo em outros estados - geralmente estão presentes nos lançamentos realizados no próprio Palácio do Planalto, onde trabalham em Brasília. E, em casos de viagens, costumam integram a comitiva da presidente. Entre eles, estão a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, e o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.

A titular da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que tomou posse há cerca de dois meses, foi a única entre os ministros que não teve gastos com diárias. Gleisi fez viagens na comitiva da presidente Dilma - nas quais não precisou se hospedar - e abriu mão das diárias nas duas vezes que foi para Curitiba (PR), onde tem residência.Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Escola com Criança Esperança e AfroReggae é a pior do Rio. É óbvio: criança precisa aprender matemática; ela já sabe bater lata

Escola boa ministra português, matemática, ciências etc, num ambiente de disciplina, de ordem, em que o professor ensina, e o aluno aprende. Trata-se de uma obviedade, de uma tautologia. Mas esse conteúdo tem de ser repetido dia após dia porque poucas áreas estão tão sujeitas à feitiçaria entre modernosa e esquerdopata como a educação. As crianças são pilotos de prova de ONGs que nem sequer são especializadas na área. A reportagem abaixo é um tanto chocante, especialmente porque toca numa das vacas sagradas dos descolados do morro e do asfalto: a tal AfroReggae. Estamos diante de um daqueles casos em que se pode até chutar o traseiro de Jesus Cristo, mas não ouse questionar o “intelectual” e “pensador” José Jr, o chefão da ONG. Ele opinou até sobre os assassinatos no Pará…

Sabem por que a escola em que funcionam o Criança Esperança e o AfroReggae é a pior do Rio? Eu explico: criança precisa aprender português, matemática e ciências. Ela não precisa aprender a bater lata e a dançar. Isso ela faz sozinha, sem a ajuda do professor. Experiências como a que há lá só servem à exibição turística e contentam a tese de alguns descolados. Escola não pode ser campo de concentração, mas também não é clube de recreação. A inversão de valores é tal no Morro do  Cantagalo, como vocês verão, que há alunos por lá que acham tudo uma maravilha; só a escola é que atrapalha um pouco…

Por Raphael Gomide:
O Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema, abriga o Espaço Criança Esperança, da Rede Globo, o AffroReggae, o projeto Dançando para não Dançar e o Ciep Presidente João Goulart, da Secretaria Municipal de Educação. Já visitaram o local, inúmeras vezes, o prefeito Eduardo Paes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. A primeira-dama da França, Carla Bruni já esteve no complexo, que recebe visitas diárias de turistas estrangeiros. O conjunto de favelas Cantagalo/Pavão-Pavãozinho recebeu R$ 71 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elevador panorâmico que virou ponto turístico e uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada em 2009.

Paradoxalmente, apesar da permanente atividade cultural, da estrutura, da projeção e da atenção política, a escola municipal de Ipanema foi a que teve pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as 970 avaliadas da rede municipal do Rio, 1,8 nos anos finais do Ensino Fundamental. No ano anterior, a nota havia sido 3,7. Na Prova Rio, feita em 2010, o resultado também foi ruim: 3,6, deixando a João Goulart em 683º, ainda no pior terço das escolas municipais. Nos anos iniciais do Ideb, resultado também decepcionante: é a segunda pior nota, 3,1, entre os colégios do município; no Ide-Rio (Índice de Desenvolvimento de Educação Rio), teve a 960ª posição, com 3,4.

“Os professores não passam muito as coisas. Não me surpreende em nada essa nota. É ruim. Os alunos não prestam atenção, por isso não sabemos nada. Os professores saem da sala quando os alunos estão fazendo bagunça. Só às vezes tem dever de casa. A aula é boa, mas os alunos bagunçam. Depois da refeição, todo mundo joga tangerina, fruta, um no outro, jogam comida debaixo da mesa, pegam a colher e a fazem de catapulta para jogar arroz…”, conta Joice Santos.

A entrada da João Goulart é uma porta de vidro, ladeada por uma bandeira do Brasil em um mastro. Dali, vêem-se uma escada com corrimão e, à direita, andaimes, carrinhos de transporte de material de obra, uma escada desmontável e tapumes - provavelmente restos de uma obra recente. A cinco metros da porta da escola está o projeto Criança Esperança, da Rede Globo; a outros 10 metros, o projeto Dançando para não Dançar; no andar de baixo, o grupo cultural Affroreaggae. Na sexta-feira (29), um grupo de cerca de 30 estrangeiros estava no local, rotina quase diária desde a instalação do elevador.

Caroline Corrêa, 14 anos, estudou na escola João Goulart até a 3ª série, mas saiu porque “não estava aprendendo nada”. Foi para a Escola Municipal Roma, uma das mais bem colocadas no município, com Ideb de 5,4 nos anos finais, o triplo da nota do ex-colégio. “É muita diferença”, disse Caroline.

“É curioso, mas nem tão surpreendente. Há muito preconceito no Brasil, muita desigualdade. O governo não está nem aí para a educação. Se a economia está bem, então está tudo ótimo. Mas educação é chave para um país. Parecem estar fazendo o mesmo que a Austrália: evitam educar os aborígenes para não perderem poder”, disse Ruth Hienna, de origem afro-aborígene.

A secretária de Educação, Cláudia Costin, afirmou ao iG que o mau resultado da João Goulart, divulgado em julho de 2010, também deixou todos no órgão “chocados”, por conta do “ambiente cultural rico” que cerca a escola. A secretaria mudou a direção e a coordenação pedagógica da escola este ano e instituiu uma série de programas de reforço e estendeu o horário de funcionamento para sete horas diárias.

Por Reinaldo Azevedo

Os novos aristocratas 1 – Chico, o Gabriel Chalita do Complexo Pucusp, enviou mensagem especial de aniversário para a neta de Lula, a da Lei Rouanet do ministério de Ana, a irmã do Chico…

Como já deixei claro, acho que a caracterização da nova aristocracia brasileira é uma questão de interesse público, especialmente quando nós pagamos parte do regalo, como é o caso da autorização para a produção da peça estrelada por Bia Lula, neta do Apedeuta-chefe, captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet. A gente viu que ela tem incli8nação pra coisa. Essa moça tem sorte. Atriz amadora, 16 aninhos, e já patrocinada pela Oi! Bem, no caso da renúncia fiscal, quem paga a conta são os brasileiros. A prebenda foi concedida pelo ministério comandado por Ana de Hollanda.

De aristocratas para aristocratas. Em julho do ano passado, quando se deu a festa, Chico Buarque, o irmão mais famoso de Ana, enviou um “depoimento especial”, exibido no telão. O Gabriel Chalita dos intelectuais do Complexo Pucusp não poderia se omitir. Eu não sabia disso, claro! Uma amiga me enviou o link do site de Luíza Gutierrez, apresentadora do evento. Segue um trecho, na língua em que o texto foi escrito. Encerro depois:

O aniversário de Maria Beatriz Lula da Silva Sato Rosa, a princesa Bia foi um espetáculo em todos os sentidos. A festa de seus 15 anos foi dealizada pela mãe, Lurian Silva e  cada momento da comemoração  aconteceu no palco como  numa produção teatral. Depois de um depoimento especial de Chico Buarque exibido no telão saudando a aniversariante , as cortinas se abriram e Bia surgiu com sapatilhas de ponta dançando ao som da canção Beatriz encantando a todos com sua suavidade e carisma.

Especial
Como mestre de cerimônias da noite, registrei com informalidade, de acordo com a orientação da família e do protocolo, a presença do presidente Lula, numa noite em família e não como chefe de estado, apenas como o avô da aniversariante  fato que não impediu que ele roubasse a cena e fosse assediado para muitas fotos durante o tempo que permaneceu na festa. Bia foi homenageada com um lindo texto escrito e lido pela sua mãe, a jornalista Lurian Silva dançou com o pai Sato e com o irmão menor João.

Surpresas
A festa teve como tema a bailarina e a decoração foi assinada por Luciana Mazzini com cerimonial de Tays Santos e sua equipe. Bia usou dois vestidos criados  pelo estilista Cristiano Alessandro, de Joinville e no camarim a maquiadora Simara e o cabeleleiro Evandro cuidavam da produção para cada uma das suas aparições no palco. A aniversariante dançou com os bartenders do grupo Kamikase e sambou com a bateria da Unidos da Coloninha. O acesso a imprensa foi restrito e toda a filmagem e fotografia do evento  ficou a cargo da equipe da Vita Produções, com orientação da equipe de segurança da presidência.

Encerro
É isso aí. PEÇO MODERAÇÃO NOS COMENTÁRIOS, SIM?

Por Reinaldo Azevedo

Os novos aristocratas 2 - Filho de Lula investe em futebol americano

Por Tatiana Farah, no Globo:

Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Claudio, o Lulinha, abriu uma empresa para captação de patrocínio esportivo. Ex-preparador físico do Corinthians, o filho de Lula vai investir em futebol americano. A Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda foi constituída na Junta Comercial de São Paulo, sexta-feira, com capital simbólico de R$ 1 mil, mas opera desde 27 de junho e está por trás da terceira edição do Torneio Touchdown, que reúne 16 times do país.

Para entrar no ramo, Lulinha, de 26 anos, associou-se ao locutor e especialista em futebol americano André José Adler, que foi o criador do torneio. Adler tem apenas 10% da Touchdown. Quem detém os outros 90% é a LFT Marketing Esportivo Ltda, empresa que Lulinha abriu em março com dois amigos, Fabio Tsukamoto e Otavio Portugal. Fabio e Otavio têm 10% cada, e Lulinha, 80%.

Adler contou ao GLOBO que há dois meses foi procurado por Lulinha, via Twitter.”Luis Claudio me disse que estava apaixonado pelo futebol americano e que queria entrar para o esporte no Brasil. Só em certo ponto ele me contou ser filho do Lula”, disse Adler, acrescentando que “ainda” não é possível ganhar dinheiro com a modalidade:”Não temos patrocínio, a não ser a empresa que dá as camisas dos árbitros. Por enquanto, não dá para ganhar dinheiro, mas estamos no começo.”

Indagado sobre futuros patrocinadores, Adler disse que as estatais estão fora de questão:”Não sei com quem ele está conversando, mas não vai ser nenhuma estatal.” Com capital registrado de R$ 100 mil, a LFT e a Touchdown ocupam o mesmo endereço: o conjunto 171 de um sofisticado prédio de escritórios, no bairro de Itaim Bibi. O GLOBO procurou Lulinha nesta terça-feira no endereço, mas a recepcionista informou que ele não estava. Ele também não atendeu aos chamados no celular.

Os filhos do ex-presidente Lula têm diversificado os negócios, e o mais bem-sucedido é Fabio Luis Lula da Silva, de 36 anos. Uma de suas empresas, a Gamecorp S.A., recebeu aporte de R$ 5 milhões da antiga Telemar (atual Oi).

A Gamecorp foi aberta com um capital inicial de R$ 10 mil, em 2004, por Fabio Luis e os filhos do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar, petista histórico e um dos melhores amigos de Lula. Em 2005, a Telemar investiu R$ 5 milhões, ampliando o capital da empresa, que apresentava balanço negativo.

Esta semana, reportagem da “Folha de S. Paulo” informou que a Oi é patrocinadora de uma peça de teatro que tem Bia Lula da Silva, neta do ex-presidente, no elenco. A empresa teria investido R$ 300 mil no espetáculo, bancando metade da produção. Bia Lula, de 16 anos, é filha de Lurian Lula da Silva.

Por Reinaldo Azevedo

Um bom artigo de Elio Gaspari, de quem discordo quase sempre

À diferença do que dizem alguns bobocas, eu não leio “pessoas”, mas os seus textos; importa-me menos “quem” diz determinada coisa do que “o que” está sendo dito. Elio Gaspari, de quem discordo quase sempre, escreveu um bom texto hoje na Folha sobre os Estados Unidos. Talvez ele se pergunte onde foi que errou, hehe, já que gostei, mas o fato é que acertou quase tudo. Fez uma síntese um tanto apressada do combate dado por Bush ao terrorismo. A questão não era simples  — na verdade, tratava-se de um tipo de combate inédito. Até hoje, Obama não fechou Guantánamo, por exemplo. Mas é um elemento lateral no texto.

Dado o catastrofismo bocó que toma conta do noticiário mundo afora — no Brasil, não é diferente — e todas as tolices antidemocráticas que foram ditas sobre os republicanos e o Tea Party em particular, Gaspari acertou o tom, inclusive no que concerne à China.

Sou assim, como sabem os leitores habituais do blog: quando gosto, digo “sim”; quando não gosto, digo “não”. E pouco me importa quem diz o que gosto ou aquilo de que não gosto. Sou até tomado de uma discreta excitação intelectual quando concordo com alguém de quem esperava discordar. Leiam o artigo.

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Os EUA iam acabar em 1861

Os Estados Unidos iam acabar. Não nesta semana, mas há exatos 150 anos, depois que as tropas do Sul venceram em Manassas a primeira grande batalha da Guerra Civil. Grandes políticos ingleses, bem como “The Economist” e “The Times” (pré-Murdoch), achavam que o presidente Lincoln forçara a mão com o Sul. Quatro anos e 620 mil mortos depois, a União foi preservada e acabou-se a escravidão.

Passou pouco mais de meio século e, de novo, os Estados Unidos iam acabar. A Depressão desempregou 25% de sua mão de obra e contraiu a produção do país em 47%. A crise transformou fascismo e nazismo em poderosas utopias reacionárias. De Henry Ford a Cole Porter, muita gente se encantou com o ditador italiano Benito Mussolini. Dezesseis anos depois, as tropas americanas entraram em Roma, Berlim e Tóquio.

Em 1961, quando os soviéticos mostraram Yuri Gagarin voando em órbita sobre a Terra, voltou-se a pensar que os Estados Unidos iam se acabar. Em 1989, acabou-se o comunismo.

A decadência americana foi decretada novamente em 1971, quando Richard Nixon desvalorizou o dólar, ou em 1975, quando suas tropas deixaram o Vietnã. O dólar continua sendo a moeda do mundo, inclusive para os vietnamitas.

A última agonia, provocada pela exigência constitucional da aprovação, pelo Congresso, do teto da dívida do país, foi uma crise séria, porém apenas uma crise parlamentar. Para o bem de todos e felicidade geral das nações, não só os Estados Unidos não se acabam, mas o que se acaba são os modelos que se opõem ao seu sistema de organização social e política.

No cenário de hoje, o ocaso americano coincidiria com a alvorada de progresso e eficácia da China. Lá, o teto da dívida jamais será um problema. Basta que o governo decida. Como lá quem decide é o governo, nos últimos cem anos o Império do Meio passou por dois períodos de fome que geraram episódios de antropofagia. Hoje a China não tem os problemas dos Estados Unidos, afinal, nem desastre de trem pode ser discutido pela população.

Guardadas as proporções, o sistema político brasileiro seria melhor que o americano, porque não haveria aqui a crise parlamentar provocada pelo teto da dívida. Se houvesse, o Brasil não teria quebrado nos anos 80 por ter tomado empréstimos dos banqueiros que ajudaram a criar a encrenca que hoje atormenta Washington.

Aquilo que parece uma crise da decadência é uma simples e saudável manifestação do regime democrático. Quando os negros americanos foram para as ruas, marchando em paz ou queimando quarteirões, também temeu-se pelo futuro do país. O que acabou foi a segregação racial.

Se hoje há uma crise nos Estados Unidos, ela não está nas bancadas republicanas ou mesmo na influência parlamentar do movimento Tea Party. Eles defendem o que julgam ser o melhor caminho para o país. A crise está em outro lugar, na negação, por um tipo de conservadorismo extremado, dos valores que fizeram da nação americana o que ela é. Quando o governo Bush sequestrou suspeitos pelo mundo afora, levando-os para centros de tortura, e viu-se obrigado a soltar alguns deles porque não eram o que se pensava, aí sim, os Estados Unidos estavam em perigo.

Por Reinaldo Azevedo

Para se vingar de denúncia contra mensaleiros, PT ameaça vetar Gurgel

Por Eduardo Bresciani, no Estadão:
Senadores do PT ameaçam, nos bastidores, votar contra a indicação de Roberto Gurgel para um novo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República. A ação seria uma retaliação à manifestação entregue por ele em julho, pedindo a condenação de 36 réus no processo do mensalão. Parte dos réus é filiada ao PT.

A articulação petista foi revelada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em uma conversa na vice-presidência da República, da qual participaram Michel Temer e outros caciques peemedebistas. O líder do PT, Humberto Costa (PE), reconhece que há desconforto no partido, mas acha que, na hora da votação, os petistas darão respaldo à decisão da presidente Dilma Rousseff de reconduzir Gurgel.

A sabatina do procurador-geral da República ocorrerá hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se a indicação for aprovada pela comissão, seguirá para o plenário. Nos dois casos, a votação é secreta. Gurgel foi indicado por Dilma após ter sido o mais votado em eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República.

O DEM, comandado pelo líder Demóstenes Torres (GO), votará contra Gurgel, por causa de um parecer em que poupava Antonio Palocci quando o ex-ministro tentava continuar na Casa Civil. O partido quer convencer o PSDB a seguir o mesmo caminho. Se o PT, no voto secreto, também ficar contra a recondução, a indicação de Gurgel poderia correr risco.

Condenação. O procurador-geral provocou a ira de setores do PT por ter pedido a condenação de 36 dos 38 réus do processo do mensalão um dia após ter sua indicação para um novo mandato oficializada pela presidente.

O esquema foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e envolveu autoridades poderosas da época, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. Cassado pela Câmara, Dirceu retornou às articulações partidárias e integra o diretório nacional do PT. Outro réu, Delúbio Soares, chegou a ser expulso do partido, mas em abril foi autorizada sua volta à legenda.

A denúncia de um esquema de pagamento de propina em troca de apoio parlamentar foi feita pelo ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que também foi cassado na Câmara e é réu no processo. Uma CPI investigou o tema e produziu o material que serviu de base para as ações do Ministério Público. Ainda na gestão de Antonio Fernando de Souza, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra 40 pessoas.

O STF aceitou a denúncia contra todos os 40 indicados pela PGR. José Janene, ex-líder do PP, morreu e Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, fez um acordo para cumprir pena alternativa. Dos 38 réus que continuam alvos do processo, Gurgel pediu em sua manifestação de julho a absolvição de apenas dois: Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação Social, e Antonio Lamas, ligado ao PR, atual PL. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Cotas não elevam o número de estudantes pobres nas universidades federais

Por Demétrio Weber. no Globo:
Apesar da adoção de políticas afirmativas e do aumento de vagas, a proporção de estudantes das classes C, D e E nas universidades federais ficou estagnada, nos últimos 15 anos. É o que revela levantamento divulgado nesta terça-feira pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). A pesquisa mostra, porém, que aumentou a parcela de alunos com origem na escola pública, assim como a de pretos e pardos.

O levantamento foi realizado ano passado e contou com a participação de 19.691 universitários (3% do total). A definição de classe econômica seguiu critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Em 1996, na primeira pesquisa do gênero, 44,3% dos alunos enquadravam-se nas classes C, D e E. Em 2010, o percentual caiu para 43,7%, variação que está dentro da margem de erro. A renda familiar média desses estudantes é de R$ 1.459 ou menos.

No ano passado, 50,39% dos estudantes das federais tinham feito o ensino médio única ou majoritariamente em estabelecimentos públicos, ante 45,04% em 1996. Já a proporção de pretos e pardos subiu de 34,2%, em 2003, para 40,8%. O relatório destaca que esse grupo continuava subrepresentado nas universidades federais, pois equivale a 50,7% do conjunto da população brasileira. No caso da escola pública, a desproporção é ainda maior, já que 88% dos alunos de ensino médio frequentam estabelecimentos públicos.

O novo presidente da Andifes, João Luiz Martins, diz que houve avanços na democratização do acesso ao ensino superior, mas reivindica mais investimentos do Ministério da Educação em assistência estudantil e considera baixíssimo o índice de 2,52% de graduandos que vivem em moradias oferecidas pelas universidades:”Há uma dívida enorme. As universidades precisam ser mais agressivas nas políticas de inclusão, porque o atendimento é muito baixo em relação à realidade nacional”, afirmou Martins, reitor da Universidade Federal de Ouro Preto.

A parcela de universitários oriundos da escola pública - 50,39%, em 2010 - considera quem frequentou estabelecimentos públicos em todo o ensino médio (44,81%) ou na maior parte dele (5,58%).

O relatório conclui que há uma concentração de estudantes das classes A e B, em detrimento das demais. No conjunto da população, por exemplo, a classe A corresponde a 4,5% do total, mas, nas universidades federais, fica com 15,25% das matrículas. Somadas, as classes A e B representam 32,9% dos habitantes, mas ocupam 56,32% das vagas. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Transposição do São Francisco atrasará 4 anos e custará 36% mais. Que coisa, não?

Por Dimmi Amora, na Folha:
As obras de transposição do rio São Francisco, um dos maiores projetos do PAC, vão ficar mais caras que o previsto, e a água só vai começar a chegar aos nordestinos a partir de 2014, quatro anos além da previsão inicial. A informação foi dada ontem pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Segundo ele, a previsão inicial atualizada do custo do projeto era de R$ 5 bilhões, mas o governo agora calcula que ele passará para R$ 6,8 bilhões. O motivo, segundo Bezerra, são aumentos de preços causados por obras não previstas nos projetos básicos, os chamados aditivos, e por compensações ambientais. Alguns contratos vão chegar ao limite de aditivo de 25% do valor sem que a obra consiga ser concluída.

O ministro negou a existência de sobrepreço ou de superfaturamento nas obras. Ao ser questionado sobre o fato de que o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu neste ano que 13 contratos de gerenciamento e supervisão da obra estavam com superfaturamentos avaliados em R$ 35 milhões, o ministro afirmou que não eram contratos de obras e que as decisões do órgão de controle estavam sendo contestadas. “Essa é uma visão do TCU sobre a forma de contratar pessoas que está levando a grandes dificuldades que, se forem confirmadas, poderão levar à desistência da contratada”, afirmou. O ministro afirmou que em 2012 começará a implantar um projeto-piloto para testar a forma de utilizar a água dos canais em algumas cidades. Aqui

Por Reinaldo Azevedo.
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Fonte:
Blog Polibio Braga

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