ONG americana dá sumiço a documento que defende que agricultura é para país rico... e mato para país pobre, como o Brasil

Publicado em 11/08/2011 21:04 e atualizado em 10/03/2020 15:14
Na Veja (mais blogs de Lauro Jardim e Augusto Nunes)

A vigarice intelectual de certos “amigos da natureza” não tem limites. Num dos posts abaixo, refiro-me à ONG “Union of Concerned Scientists”, que é amiguinha de um monte de verdolengos morais brasileiros, que divulgou em sua página o documento “Farms here, forests there” — ou: “Fazendas aqui (nos EUA); florestas lá (Brasil e outros países tropicais)”. É um texto financiado pelo agronegócio americano. Muito bem!

Sabem o que aconteceu? A canalha tirou o documento do ar. No link, agora, aparece outra página. A expressão “Farms here, forests there” sumiu da página da ONG. Mas eles fiquem tranqüilos. Fiz cópia. Devem ter sido alertados por seus amiguinhos brasileiros: “Olhem, pegou mal. A gente não poderia ter revelado o que realmente deseja: que os países ricos desenvolvam a sua agricultura, enquanto os pobres preservam o matinho”. Há um vídeo no Youtube da turma, do qual também fiz cópia. Segue abaixo. Depois dele, republico aquele post em que denuncio a existência daquele documento.

ATENÇÃO, SENADORES! ONG AMERICANA PUBLICA DOCUMENTO QUE DEFENDE COM TODAS AS LETRAS: “FAZENDAS NOS EUA E FLORESTAS NO BRASIL”

Sim, queridos, eu sei que fica parecendo teoria da conspiração, xenofobia, essas coisas. Mas eu sou obrigado a acreditar naquilo que estou vendo, que está bem aqui e que vou tornar disponível para todos vocês.

Existe uma ONG americana chamada “Union of Concerned Scientists”, algo assim como “União dos Cientistas Preocupados”. Preocupados com o quê? Ora, com o meio ambiente. Tanto é assim que um lemazinho vem agregado ao nome da ONG: “Cidadãos e Cientistas por (em defesa de) Soluções Ambientais”. Vocês sabem que já há alguns anos ninguém perde tempo - e alguns ganham muito dinheiro - defendendo o meio ambiente, não é? A UCS tem um aura quase divina porque nasceu no lendário MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, nos EUA. Como falar deles sem que nos ajoelhemos em sinal de reverência?

Marina Silva, Alfredo Sirkis e congêneres são amigos da turma, como vocês poderão constatar numa rápida pesquisa feita no Google. A UCS tem uma excelente impressão sobre si mesma. No “About us”, diz combinar pesquisa científica com a atuação de cidadãos para que se desenvolvam soluções seguras e inovadoras em defesa de um meio-ambiente mais saudável e de um mundo mais seguro. Certo! A gente acredita em tudo isso. Quem haveria de duvidar de “cientistas independentes” e de “cidadãos preocupados” que só querem o bem da humanidade? Marina, por exemplo, não duvida. O endereço da dita ONG estáaqui.

Eu juro! É verdade!
Pois acreditem! O site da UCS publica um documento cujo título é literalmente este: “Fazendas aqui; florestas lá”. O “aqui” de lá são os EUA; o “lá” de lá são o Brasil e os demais países tropicais. Sim, o texto defende com todas as letras que o certo é o Brasil conservar as florestas, enquanto os EUA têm de cuidar da produção agrícola. O estudo tem um subtítulo: “O desmatamento tropical e a competitividade da agricultura e da madeira americanas”. Não faço como Marina Silva; não peço que vocês acreditem em mim. O documento está aqui (agora não está mais; deram sumiço).

Notem que eles não escondem seus objetivos, não! Os verdes brasileiros é que buscam amoitar a natureza de sua luta. O documento tem duas assinaturas: David Gardner & Associados (é uma empresa) e Shari Friedman. Tanto o escritório como a especialista auxiliam, lê-se no perfil de ambos, ONGs e empresas a lidar com o meio ambiente… Shari fez parte da equipe do governo americano que negociou o Protocolo de Kyoto, que os EUA não assinaram!

É um texto longuíssimo. O que se avalia no estudo é o impacto do “desmatamento” - ou do que eles tratam como tal - no setor agropecuário e madeireiro dos EUA.  Conservar as nossas florestas, eles dizem, preserva a competitividade da agricultura americana e, atenção!, também baixa os custos de produção local.

As pessoas que sabem somar dois mais dois perguntarão: “Ué, mas se a gente fica com as florestas, e eles, com as fazendas, haverá menos comida no mundo, certo?” Certo! Mas e daí? O negócio dos agricultores americanos estará assegurado, e as nossas matas também, onde Curupira, Anhangá, a Cuca e a Marina Silva podem curtir a nossa vasta solidão!

É uma baita cara-de-pau! Mas, ao menos, está tudo claro. O documento é ricamente ilustrado, tanto com imagens dos “horrores” que nos praticamos contra a natureza como com tabelas dos ganhos de cada área do setor agropecuário americano, estado por estado, se o houver o “reflorestamento” tropical.

Espero que deputados e senadores leiam esse documento. Está tudo ali. São muitos bilhões de dólares. Parte da bolada financia as ONGs lá e aqui. Como se nota, os cientistas e cidadãos da UCS estão muito “preocupados”… com os setores agropecuário e madeireiro americanos. Eles estão certos!

Enquanto lutam em defesa da sua agricultura, os vigaristas daqui lutam para destruir a nossa. E são tratados como santos!

Por Reinaldo Azevedo

AQUI ESTÁ O DOCUMENTO QUE A ONG AMERICANA TENTA ESCONDER. SE TIRAREM DO AR, PUBLICO DE NOVO!

Se você  clicar aqui, terá acesso ao documento “Farms Here, Forests There”, que defende que os países ricos, especialmente aos EUA, devem desenvolver a agricultura, cabendo aos países tropicais, especialmente o Brasil, preservar as florestas. Essa seria a nossa missão.

Não só isso. O texto é rico em dados demonstrando como o desenvolvimento da agricultura nos países tropicais — que atribuem principalmente ao desmatamento — prejudica os agricultores americanos.

Reitero: tenho cópia do texto. Se derem sumiço, publico de novo! A “Union of Concerned Scientists”, ONG amiguinha de alguns de nossos mais notáveis “ecologistas”, divulgava esse documento até outro dia. Como denunciei o troço aqui, deram um jeito de  sumir com o troço. Afinal, pegava mal revelar o que eles realmente pretendem… lá e aqui!

Por Reinaldo Azevedo

GOVERNOS TÊM DE SER PROIBIDOS DE FAZER CONVÊNIOS COM ONGs. AS POUCAS HONESTAS SOBREVIVERÃO!

Só há sem-vergonhice no país porque há sem-vergonhas a dar com pau na política e porque encontram terreno fértil para atuar, especialmente na era do lulo-petismo, já demonstrei aqui. Quando o sujeito é safado, perverte até as Santas Escrituras. Precisamos é de instituições sólidas o bastante e de limites legais que coíbam a ação dos larápios. Quando se abrem as portas aos malandras, aparecem os… malandros!!!

Querem ver? Os meus leitores sabem que não morro de amores pelas tais ONGs. Sei que existem as sérias etc. e tal, mas acho essa história de “Terceiro Setor” (nem público nem privado) uma das grandes falácias do nosso tempo — e em escala internacional. São raras, muito raras, as que não evoluem para a pilantragem. Comecemos do princípio.

ONG, como o nome diz, tem de ser mesmo “não-governamental”. Se faz convênio com o Estado para receber ou repassar recursos públicos, então é uma mera entidade privada contratada sem licitação. Sigamos: se a dita-cuja também não é privada, então não poderia receber, sob nenhum pretexto, recurso de empresas. Sua única fonte de financiamento deveriam ser as doações de cidadãos.

Não é o que acontece nem aqui nem lá fora. Ao contrário. Algumas das entidades mais barulhentas do ambientalismo, por exemplo, são solidamente financiadas por empresas privadas que têm interesse no conteúdo de sua militância. Já escrevi aqui um post sobre uma ONG americana chamada “Union of Concerned Scientists”, algo assim como “União dos Cientistas Preocupados”. Preocupados com o quê? Ora, com o meio ambiente. Tanto é assim que um lemazinho vem agregado ao nome: “Cidadãos e Cientistas por (em defesa de) Soluções Ambientais”. A UCS tem uma aura quase divina porque nasceu no lendário MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, nos EUA. Como falar deles sem que nos ajoelhemos em sinal de reverência?

Marina Silva, Alfredo Sirkis e congêneres são amigos da turma, como vocês poderão constatar numa rápida pesquisa feita no Google. A UCS tem uma excelente impressão sobre si mesma. No “About us”, diz combinar pesquisa científica com a atuação de cidadãos para que se desenvolvam soluções seguras e inovadoras em defesa de um meio ambiente mais saudável e de um mundo mais seguro. Certo! A gente acredita em tudo isso. Quem haveria de duvidar de “cientistas independentes” e de “cidadãos preocupados” que só querem o bem da humanidade? Marina, por exemplo, não duvida. O endereço da dita ONG estáaqui.

O que ela quer?
Pois acreditem! O site da UCS publica um documento cujo título é literalmente este: “Fazendas aqui; florestas lá”. O “aqui” de lá são os EUA; o “lá” de lá são o Brasil e os demais países tropicais. Sim, o texto defende com todas as letras que o certo é o Brasil conservar as florestas, enquanto os EUA têm de cuidar da produção agrícola. O estudo tem um subtítulo: “O desmatamento tropical e a competitividade da agricultura e da madeira americanas”. Não faço como Marina Silva; não peço que vocês acreditem em mim. O documento está aqui. Quem financia a turma? Ora, os produtores rurais dos EUA! Uma das chefonas do tal estudo foi a negociadora americana para o Protocolo de Kyoto - aquele que os EUA não assinaram. Mas volto ao leito.

Voltando ao leito
Dei o exemplo da tal ONG dos “cientistas preocupados” para evidenciar como boa parte do onguismo internacional está mesmo metido numa guerra comercial e  como, de fato, mal existe algo como um “terceiro setor”. Ou o dinheiro que financia a turma é público ou pertence a empresas e lobbies.

O escândalo do Ministério do Turismo, para seguir uma rotina dos últimos tempos, tem uma ONG no meio, o tal Ibrase (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). Aliás, coloque-se a palavra “sustentável” em qualquer picaretagem para assaltar os cofres públicos, e as chances do batedor de carteira aumentam enormemente. Políticos, partidos e lobbies são hoje os maiores criadores de ONGs aqui e lá fora. Elas são uma fachada perfeita para a contratação de serviços privados sem licitação.

As ONGs se transformaram nos principais veículos de assalto ao dinheiro público. Todos os partidos, mas muito especialmente os de esquerda, recorrem a elas para, na prática, embolsar em proveito da máquina partidária o dinheiro que deveria chegar aos cidadãos. Uma equipe de repórteres deveria investigar quanto, oficialmente, os diversos ministérios do governo Lula repassaram a ONGs nos últimos quatro anos — ou nos últimos oito. Achei números de 2003 a 2007: R$ 12,6 bilhões! Trata-se de uma soma espantosa de dinheiro. Até este 2011, já com Dilma no comando, é provável que este volume tenha duplicado. Para vocês terem uma idéia, o Bolsa Família custou em 2010 pouco mais de R$ 13 bilhões; atinge direta ou indiretamente perto de 40 milhões de pessoas. Onde foi parar aquela soma fabulosa repassada às ONGs? Viraram serviço para a população? Para quantas pessoas?

Larápios haverá sempre. A questão é como coibir a sua ação. “Convênio” remunerado entre entes estatais e ONGs deveriam ser simplesmente proibidos, pouco importando a sua natureza. “Ah, mas isso prejudicaria também os decentes…” Não se incomodem. Os decentes darão um jeito de fazer o seu trabalho porque conseguirão se financiar na sociedade, caracterizando, então, uma ONG de verdade.

Alguém dirá: “Ah mas você se fixa numa questão periférica.” Uma ova! Vejam lá o volume de recursos. Bilhões estão saindo dos cofres públicos para enriquecer vigaristas e financiar partidos políticos.

Por Reinaldo Azevedo

Autora de emenda recebeu dinheiro desviado do Turismo, dizem investigados

Por Leandro Colon, no Estadão:
Pelo menos quatro depoimentos de investigados na Operação Voucher à Polícia Federal afirmam que a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) recebeu parte dos recursos desviados do esquema fraudulento no Ministério do Turismo. Ela é a autora da emenda que deu origem aos convênios suspeitos.O Estado teve acesso aos depoimentos. De acordo com os relatos, a deputada teria montado um esquema no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para a campanha à sua reeleição no ano passado.

Um dos depoimentos é de Merian Guedes de Oliveira, que aparece como secretária da Conectur, uma entidade fantasma que, segundo a investigação, foi subcontratada pelo Ibrasi por R$ 250 mil e teve convênio com o próprio Ministério do Turismo em 2009 no valor de R$ 2,5 milhões.

Merian disse que foi avisada pelo seu patrão e dono da Conectur, Wladimir Furtado, que a deputada Fátima Pelaes ficaria com os recursos do Turismo. Furtado foi preso na terça-feira. De acordo com o depoimento, Merian “ficou sabendo de Wladimir que na divisão do dinheiro a deputada Fátima Pelaes ficou com maior parte do dinheiro destinado à empresa, inclusive tendo Wladimir comentado que o dinheiro destinado a empresa não seria suficiente para pagar os encargos financeiros. Que a tratativa em comento refere-se ao primeiro repasse no valor de R$ 2.5000.000,00″.

E o depoimento continua: “Que ouviu de Wladimir estar preocupado de ter sido incluído pela deputada Fátima Pelaes neste esquema de desvio de dinheiro público, o que poderia culminar com a prisão de Wladimir”. Merian ainda afirmou à PF que “os demais repasses de dinheiro/recurso feitos a empresa Conectur, na verdade foram desviados para a deputada Fátima Pelaes, não tendo ficado qualquer valor com a empresa ou com Wladimir”.À PF, Wladimir Furtado disse que “nunca entregou nenhum dinheiro para Fátima Pelaes”.

Entretanto, um outro depoimento, agora do sobrinho dele, David Lorrann Silva Teixeira, confirmou a mesma versão da secretária. O sobrinho aparece na investigação como tesoureiro da Conectur. Segundo ele, “seu tio falava que ganharia 10% do total e a deputada federal Fátima Pelaes ficaria com aproximadamente R$ 500.000,00 do total”. A deputada, segundo ele, tinha “pressa” para liberar os recursos. Outro depoimento que menciona Fátima Pelaes foi dada por Errolflynn de Souza Paixão, que já foi sócio da Conectur. Segundo ele, “Wladimir chegou a dizer que o dinheiro seria devolvido à deputada”.

Já outra depoente, Hellen Luana Barbosa da Silva, afirmou aos policiais que, na sua opinião, “a deputada Fátima Pelaes indicou o Ibrasi (entidade que recebeu duas emendas de R$ 9 milhões de Fátima) para receber parete do dinheiro para financiar sua campanha à reeleição”. Procurada pela reportagem do Estado em seu gabinete a deputada não foi localizada. A reportagem informou, então, o conteúdo das gravações à assessoria e pediu uma entrevista. A deputada, porém, até o fechamento desta nota, não respondeu.

Por Reinaldo Azevedo

Cúpula do Turismo articulou liberação de emenda para proteger deputado do PMDB

Por Leandro Colon, no Estadão:
Uma gravação telefônica feita pela Polícia Federal no dia 22 de julho deste ano mostra que a cúpula do Ministério do Turismo articulou para segurar por alguns dias a liberação de uma emenda parlamentar do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) com o objetivo de protegê-lo já que seu nome havia aparecido no noticiário do escândalo de corrupção nos Transportes.

A conversa telefônica, obtida peloEstado, foi entre o secretário Nacional de Políticas de Desenvolvimento para o Turismo, Colbert Martins, e o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva Costa, ambos presos desde terça-feira sob a acusação de envolvimento no esquema de corrupção na pasta.

No diálogo, gravado com autorização da Justiça, Colbert diz a Frederico que vai negociar com o ministro do Turismo, Pedro Novais, a hora certa de “soltar” o dinheiro da emenda de Marcelo Castro. “Não, manda pagar, quem fiscaliza isso na ponta é a Caixa”, orienta Frederico. “É não, eu sei, eu tô lhe falando isso porque como tá, daqui a pouco a gente dá uma liberação em cima de uma denúncia daquelas… você não vê problemas não, né?”, responde Colbert.

Eles acertam de assinar a liberação da emenda, mas pagá-la dias depois a tempo de “esfriar” o envolvimento de Marcelo Castro no noticiário de favorecimento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Piauí. “Só combina com ele (Marcelo Castro), eu acho que você falando com ele, explicando, eu acho que não tem nenhum problema não”, recomendou Frederico.

Gravações
Em outra gravação, Colbert Martins manda a assessora prestar atenção e não cancelar dinheiro para obras de interesse de José Sarney (PMDB-AP), padrinho da indicação do ministro Pedro Novais, para não dar “mais confusão”, conforme mostrou o Estado na edição desta quinta-feira, 11.

As gravações fazem parte da Operação Voucher, da Polícia Federal, que prendeu 36 pessoas suspeitas de participar de um esquema de desvio de dinheiro público. Nesta quarta-feira, 10, 18 foram liberados. Continuam presos, porém, Colbert Martins, e o número 2 do ministério, o secretário-executivo Frederico Silva Costa.

Por Reinaldo Azevedo

Dilma quer ser avisada previamente das operações da PF? É ilegal, presidente! Até porque a Polícia pode investigar a própria Presidência!

O governo Dilma Rousseff vive sob o signo da chantagem. Abaixo, há notícias dando conta disso. Aquela formidável “base aliada” costurada pelo método lulo-petista de governar não quer apenas a parte que lhe cabe no latifúndio. Quer também que o governo, por meio de organismos do estado, lhes garanta a impunidade. Ou é assim, ou  a turma ameaça com retaliação. Já levaram o governo a uma pequena derrota no Congresso como aperitivo. Dilma é vítima? Não! Ela sabia bem com quem estava disputando — e ganhando — a eleição.

Mesmo assim, a presidente parecia caminhar mais ou menos nos trilhos. Promoveu uma limpa razoável no Ministério dos Transportes, embora, justiça se faça, a pasta atuasse segundo os mesmos padrões de quando ela era a gerentona do governo Lula. Mas aí surgiu no noticiário o nome de Wagner Rossi, ministro da agricultura e homem de confiança de Michel Temer. Quando a coisa atingiu o PMDB, tudo mudou de figura. Dilma recuou, como aqui se apontou.

A operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo foi a gota d’água. A presidente entrou em surto e, atenção!, deixou vazar uma determinação ou um desejo QUE É SIMPLESMENTE ILEGAL. Se for atendida, o Brasil ficará com aquele jeitão de “estado policial”, em que o chefe do Executivo seleciona quem pode e quem não pode ser preso. Vamos ver.

Escrevi aqui um longo texto em que afirmei que também reconhecia exageros da PF no uso das algemas. Trato desse assunto desde os primeiros meses do primeiro mandato de Lula. E apontei a espetacular hipocrisia dos petistas, que jamais haviam reclamado do procedimento. Pois bem: uma coisa é apontar um exagero e pedir que a polícia siga a súmula do STF; outra, muito distinta, é a presidente exigir, com os dentes trincados, que a lei seja desrespeitada.

Dilma quer ser avisada com antecedência das operações da PF. Fez essa exigência a José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, a quem está subordinada a polícia. Ignorância da lei ou prepotência? Atenção! A Polícia Federal tem o seu controle administrativo submetido ao Ministério da Justiça, mas ela é, e tem de ser, independente, sem subordinar o seu trabalho ao governo de turno. Age sob determinação da Justiça, que, por sua vez, avalia os indícios que são apresentados pelo Ministério Público.

Lamento chatear Dilma, mas ELA NÃO TEM NADA COM ISSO! Até porque, se a presidente não sabe, é bom saber: ela própria, em tese, pode ser alvo de uma operação da Polícia Federal. Fico imaginando Barack Obama tendo um chilique, exigindo ser avisado previamente das operações do FBI… Santo Deus! Será que isso ainda vira uma República um dia?

“Mas, então, ninguém controla as ações da Polícia Federal?” No que diz respeito à investigação, esse controle é feito pela Justiça e pelo Ministério Público. Se os agentes cometerem violações funcionais, transgredirem a lei no exercício da função ou deixarem de arcar com suas obrigações etc, aí a própria PF e o Ministério da Justiça atuam. Cardozo pode cobrar explicações sobre uso de algemas? Sim! Pode exigir ser  avisado previamente de uma operação? Não! Se for, a PF deixa de servir ao estado para servir ao governo.

É bom Dilma ir devagar com o santo de barro. Que a PF seja cobrada por seus eventuais erros, eis um imperativo da lei. Mas também é a lei que garante que as operações sejam feitas em sigilo, sob o controle da Justiça e do Ministério Público.

Por Reinaldo Azevedo

“Se esperam que eu viole a lei, têm falsa ilusão”, diz Cardozo

Por Vannildo Mendes e Vera Rosa, no Estadão:

Acusado pela base aliada do governo de não ter controle sobre a Polícia Federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, disse ontem ao Estado que jamais quebraria o sigilo de uma investigação e violaria a lei para atender a interesses políticos. Cardozo foi criticado por deputados e senadores, principalmente do PMDB, logo após a Operação Voucher da Polícia Federal, que apura suspeita de fraude em convênios no Ministério do Turismo, comandado pelo partido.

“Causa estranheza que imaginem que o ministro da Justiça deva cometer um crime para fazer o controle político da execução de uma ordem judicial”, afirmou Cardozo. “Já foi o tempo em que o Ministério da Justiça era conivente com violações do Estado de Direito.”

Na terça-feira, quando a Operação Voucher foi deflagrada, a presidente Dilma Rousseff reclamou com o ministro por não ter sido avisada antes da ação policial. O episódio aumentou o mal estar entre o PT e o PMDB, os principais partidos da base de apoio do governo no Congresso.

Parlamentares aliados viram no inquérito uma espécie de “perseguição” do Palácio do Planalto. Insatisfeitos com o tratamento do governo, muitos disseram que a operação da PF seria uma continuidade da “faxina” determinada pela presidente na Esplanada.

“Meu papel é zelar pela lei, pelo fiel cumprimento das ordens judiciais, pela defesa do Estado de Direito e não abrirei mão disso. Se alguém espera que o ministro da Justiça viole esse princípio, tem falsa ilusão. Cumprir a lei não é causa de descontrole”, insistiu Cardozo, negando ter sido repreendido por Dilma. “A presidente me disse para zelar pelo cumprimento da lei. Recomendou que, se houvesse abuso, eu apurasse e punisse.”

O ministro lembrou que a Lei 9.296, de 1996, pune com quatro anos de reclusão, mais multa, policiais ou agentes do Estado envolvidos em quebras de segredo de Justiça em investigações criminais. Garantiu, ainda, que só soube da Operação Voucher momentos depois que ela foi deflagrada, na terça feira.

Algemas. Cardozo determinou ontem ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, que nas próximas operações o uso de algemas para transporte de presos seja feito dentro do avião, e não do lado de fora. A medida tem o objetivo de evitar o caráter de “espetáculo” da ação policial. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Delegados da PF reagem à crítica de Dilma e ameaçam parar

Por Flávia Ferreira, na Folha Online:

As entidades de representação dos delegados e peritos da Polícia Federal rebateram as acusações da presidente Dilma Rousseff de que ocorreram abusos na Operação Voucher da PF. Em campanha por reajustes salariais, eles ameaçam convocar paralisações ainda neste mês. As manifestações foram emitidas em nota assinada pela ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), pela Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e pela APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais).

Segundo a nota, “as críticas do governo à Operação Voucher, conduzida pela PF em Brasília, repercutiram negativamente entre essas duas carreiras [delegados e peritos da PF]“. O presidente da ADPF, Bolivar Steinmetz, afirmou que “a Polícia Federal já está sofrendo com a agenda econômica do governo, não pode ser pautada também pela sua agenda política”.

De acordo com o texto, as entidades “consideram promover paralisações neste mês agosto para cobrar melhorias na Polícia Federal. Desde outubro de 2009, as duas categorias negociam com o Governo Federal sem sucesso. Assembleias estão sendo convocadas para decidir o que fazer diante da posição da União”. As categorias pedem aumento para repor perdas inflacionárias por meio de um reajuste de 6,5% em 2012.

Antônio Góis, presidente da Fenadepol disse que “nenhum servidor público suporta três, quatro, cinco anos sem reposições salariais. Isso reflete negativamente no desempenho policial”. As entidades também cobram o fim dos cortes no orçamento da PF. Para o presidente da APCF, Hélio Buchmüller, “infelizmente, o governo não enxerga a Polícia Federal como um investimento. O maior prejudicado com o contingenciamento na PF é o próprio estado brasileiro”.

Por Reinaldo Azevedo

Chega a ser divertido acompanhar a imprensa britânica — só não é mais porque, afinal de contas, os delinqüentes daquele país provocaram um estrago e tanto em várias cidades, especialmente na cosmopolita e tolerante Londres. Por que digo isso? Porque a jornalistada que estava doidinha para encontrar desculpas sociológicas para os atos de vandalismo está se surpreendendo com o perfil das pessoas presas e que estão sendo processadas. Boa parte é gente de classe média, com emprego, vida boa. Não integram os tais grupos dos jovens desempregados e sem perspectiva de que falava a imprensa britânica, bovinamente seguida por alguns de nossos correspondentes. Às vezes, nada induz tanto ao erro como estar no lugar dos acontecimentos, não é mesmo? Especialmente se o observador se deixa encantar pelas “noites revolucionárias”. Eu,como de hábito, com todo respeito ao viajante, prefiro dar voltas à volta dos meus livrinhos, ali onde mora Virgílio, que recomendei hoje de manhã a Ricardo Mello, colunista da Folha.

É claro que os “sociólogos” ainda estão debruçados sobre os eventos, buscando uma razão de fundo e de fôlego que os explique, como se ela já não estivesse dada há muito tempo. Oh, Jesus! A terra que deu Thomas Hobbes à luz quer saber por que pacatos cidadãos podem se comportar como horda? Não! Tio Rei não acha que basta botar na rua o porrete do Leviatã, e o resto está resolvido. Mas acha, sim, que, se um estado exibe sintomas de fraqueza e de pouca disposição para fazer valer O LEGÍTIMO USO DA FORÇA DA DEMOCRACIA — e, pois, não sou um hobbesiano no prognóstico, só no diagnóstico —, as ditas massas partem para o pau.

E nós vivemos tempos em que as “rebeliões das massas” são consideradas manifestações saudáveis, evidências de que as sociedades precisariam de um novo modelo, que transcendesse a democracia representativa… A canalha intelectual inimiga do capitalismo e do consumismo — uma das sub-religiões surgidas com o desmoronamento do marxismo — estava lá, pronta para dizer que aqueles bandidos apenas cediam aos apelos de uma sociedade em que “ter é ser” (ou qualquer outra fala tão estupidamente pomposa e falsa quanto essa). Na cabeça dessa gente, se existe propaganda de tênis, iPod e iPhone, então todos têm o direito de ter o seu, comprando ou roubando.

O governo britânico, do banana David Cameron, demorou a agir e, por conseqüência, a polícia. Vai ver o primeiro-ministro não quis ser confundido, sei lá, com Bashar Al Assad ou com Muamar Kadafi, como se, num regime democrático, bandoleiros pudessem ser confundidos com cidadãos que têm o direito de se expressar e de se organizar para reivindicar a mudança das leis. Foram formas diversas, mas combinadas, de má consciência que permitiram que a crise tomasse proporções alarmantes. O governo se acovardou, e os formadores de opinião tentavam “entender” o movimento, buscando caracterizá-lo como, de algum modo, uma reação dos oprimidos.

Dois eventos contribuíram para mudar radicalmente a leitura: a foto de Amy Weston, que registra o momento em que mulher pula de um prédio em chamas (ver post desta manhã) e a morte de três paquistaneses, que tentavam defender seu comércio. Como, para a mentalidade politicamente correta européia, o imigrante é o oprimido nº 1, percebeu-se, então, que esse “oprimido” estava, vamos dizer assim, do outro lado… Eu já dei início ontem à contagem regressiva para que o Guardian, a BBC e o Arnaldo Jabor acusem a “direita racista e xenófoba” pelos distúrbios.

Sim, afinal, esses idealistas — que acreditam, a exemplo de Rousseau, o quadrúpede, que as pessoas nascem naturalmente boas, mas depois são pervertidas pela direta… — sempre acham que há uma motivação virtuosa ou uma disfunção ideológica nos levantes; se não era um protesto dos oprimidos, como eles acreditavam (a BBC chamava a bandidagem de “manifestantes”), então deve ser algum rancor fascistóide inspirado pelos direitistas. Jabor vai nos explicar por que isso, de algum modo, nos leva a Bush e ao Tea Party.  Não imagino por quais diques da inteligência; ele acharaá um jeito… Eu sou mais simples: acho que, se a lei não se faz valer numa democracia, aquele seu vizinho pacato pode se transformar num ogro.

Chile
Dei uma passeada pelos jornais chilenos para saber a quantas anda a delinqüência dos “estudantes” por lá. Os jornais brasileiros tratam os meliantes como forças da resistência ao governo do “fascista” Sebastián Piñera. As coisas não são ditas assim, mas querem dizer isso. Pois bem. Eles apresentaram um “plano” de reforma da educação que, entre outros mimos, proíbe as instituições particulares de ensino de ter lucro. O governo, claro, recusou e os convidou para conversar. Não! Eles não querem! Negam-se ao diálogo. Consideram uma concessão inceitável. É na linha do ou dá ou desse. Agora a CUT deles anuncia a disposição de chamar uma greve geral e coisa e tal…

Enquanto isso, universidades e escolas do ensino médio seguem ocupadas, e líderes do movimento se dedicam com especial afinco em provocar confrontos com a polícia. Não existe risco nenhum de golpe de estado no Chile. Mas os que acompanharam a escalada de radicalização da extrema esquerda chilena — promovida, então, também pelo governo —, que resultou no golpe que derrubou Salvador Allende (que estava longe de ser um santo…), fica arrepiado.

É óbvio que isso tudo gera uma enorme perturbação para o governo de Piñera, mas os desdobramentos são incertos. Não é a maioria dos chilenos que está nas ruas promovendo a baderna. A esta altura, não serão poucos os críticos não exatamente do “conservadorismo” do presidente, mas de sua incapacidade de impor a ordem.

Por Reinaldo Azevedo

OS MISTÉRIOS DE CHALITA: O HOMEM CUJO PATRIMÔNIO CRESCEU 1.925%, 115% SÓ NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

O que está claro: ele é vaidoso, rico e escreve livros com a mesma velocidade com que muda de partido. Já a lista das incógnitas que cercam o pré-candidato do PMDB a prefeito de São Paulo é mais extensa. Leia reportagem que a revista VEJA publicou no dia 18 de julho, de Fernando Mello.
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Esso, esso, esso, Gabriel Chalita é um sucesso. Na literatura, ele é tão prolífico que deixa na lanterna gigantes como Machado de Assis e Honoré de Balzac. Machado produziu 38 obras em 69 anos de vida e o novelista francês, 89 em 51 anos. Chalita já deixou os dois para trás: aos 42 anos, publicou 54 títulos, todos com um estilo marcado pelo forte apego às frases feitas e por um fraquinho pelos diminutivos. Como político, sua trajetória não tem sido menos espetaculosa: eleito vereador aos 19 anos por Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, ele se tornou o terceiro deputado mais votado do Brasil no ano passado, logo atrás do palhaço Tiririca. Hoje, é pré-candidato a prefeito de São Paulo. De qualquer ângulo que se observe - por cima, por baixo, entre, como diria o filósofo Caetano Veloso -, Chalita é um portento. Mas o fato de ele escrever como faz política e de fazer política como escreve não é suficiente para lhe emprestar contornos mais, digamos, assumidos. A controvérsia e a incógnita marcam as duas faces do deputado e escritor.

Saber, por exemplo, quantos livros Chalita vendeu é uma tarefa árdua. Perguntado, o escritor responde sempre: “Pelos meus cálculos, foram uns 10 milhões”. A marca o colocaria à frente de J.K. Rowling, autora da série Harry Potter (3,6 milhões de exemplares vendidos no Brasil), e próximo de Augusto Cury, fenômeno editorial da década (11 milhões de livros vendidos desde 2002). A pedido de Chalita, suas editoras também não divulgam os seus números de venda. Uma espiada nas planilhas da rede de livrarias Saraiva, no entanto, autoriza a suspeita de que o cálculo não é o forte de Chalita. Considerada um termômetro do mercado editorial, a Saraiva negociou apenas 70.000 exemplares do autor nos últimos três anos.

Se não é bom com números, Chalita tampouco consegue ser preciso em suas citações. No ano passado, ao reeditar “Cartas entre Amigos” - escrito em parceria com o padre Fábio de Melo, seu amigo do peito -, a editora Globo teve de extirpar da versão original duas passagens erroneamente atribuídas a Machado de Assis e Cora Coralina. Infelizmente, para os leitores do deputado, outras escaparam aos olhos dos revisores. Usuário obsessivo do Twitter, Chalita escreve mensagenzinhas a cada quinze minutinhos, em mediazinha. São, em geral, frases de conteúdo “literário-filosófico”, como ele gosta de classificá-las, algumas vezes retiradas de seus próprios livros (”Eu te amo”. Se tiver dúvida, não diga. Se tiver certeza, não economize” ou “Matérias-primas de que somos feitos são duas, paradoxalmente duas: pó e amor! O pó nos iguala. O amor nos identifica”). Sem maldade, pessoal: o pó de Chalita é, no máximo, o de pirlimpimpim.

O deputado não bebe e não sai muito à noite. mas é festeiro à sua moda. Gosta de celebrar cada compra de um imóvel ou reforma de apartamento. Em 2004, então secretário de Educação de Geraldo Alckmin, seu padrinho político, ele convidou seis assessores para uma “inauguração-surpresa” em seu dúplex no bairro de Higienópolis. “Quando chegamos lá, soubemos que a inauguração era da nova banheira de hidromassagem dele”, conta um dos convidados. Vestido com um robe de chambre, Chalita levou o grupo à sua suíte. onde a banheira estava instalada. Lá, anunciou que iria mostrar “como se banha um homem de estado”. Em seguida, tirou o robe e, tchibum-tchibum, de sunga, deslizou para dentro d”água. Para sua decepção, um curto-circuito impediu o funcionamento da hidromassagem e pôs um fim abrupto à celebração.

Católico, Chalita conta que na juventude queria ser padre, mas, com a entrada na política, trocou a batina pelo terno (hoje, ele prefere os Armani). Vaidoso, orgulha-se da “barriga tanquinho”, conquistada à base de muuuita malhação. Um assessor que ele considerou “fora de forma” já teve de acompanhá-lo em uma de suas habituais caminhadas aceleradas de 5 quilômetros em São Paulo - e nem o fato de estar trajando roupa e sapatos sociais o salvou da vigorosa experiência estética.

Na política, guardadas as devidas proporções, Chalita troca de partido quase com a mesma frequência com que lança um livro novo. Até agora, foram três mudanças de sigla. Começou no PDT, foi para o PSDB, passou pelo PSB e acaba de filiar-se ao PMDB. Trata-se de uma união de mútuas e significativas vantagens, em que o deputado já chega com status de pré-candidato a prefeito da maior cidade do país e na qual o PMDB poderá ganhar do PT e do governo federal algo que o interesse - e todo mundo sabe que algo é esse - em troca da desistência da candidatura Chalita. Mesmo sendo um nome emergente no cenário nacional, o deputado compartilha ao menos uma característica com veteranos de Brasília. Seus últimos onze anos de vida pública coincidem com uma notável evolução patrimonial.

Os 741.000 reais em bens que declarava possuir em 2000 transformaram-se em 7 milhões de reais em 2008 e hoje chegam a 15 milhões, uma variação de 1925%. Chalita atribui a prosperidade galopante às palestras que ministra pelo Brasil, aos 10 milhões de livros que “estima” ter vendido e ao “salário impressionante” que recebeu como diretor de escolas e professor de faculdades particulares até o fim da década de 90 (”Uns 20.000 dólares mensais, pelos meus cálculos”). O dúplex onde ele mora em São Paulo está avaliado em 6 milhões de reais. Tem 1.000 metros quadrados, piscina coberta com teto retrátil, oito vagas na garagem e uma academia de ginástica, montada com a orientação de Fabio Sabá, seu ex-personal trainer alçado a secretário adjunto de Educação de São Paulo quando Chalita era titular da pasta.

Há um mês, ele adquiriu um novo apartamento, também no bairro de Higienópolis. A compra do bem lhe custou 4,5 milhões de reais e foi paga à vista. Para fechar o negócio, nem precisou vender seus outros dois imóveis (além do dúplex, tem um apartamento no Rio de Janeiro, cujo preço é 1,5 milhão de reais). Como conseguiu a façanha? “Vendi um apartamento que eu tinha em Santos”, explicou, com a tinta da melancolia no semblante. O flat negociado pelo deputado valia 200.000 reais no ano passado. Como conseguiu multiplicar esse capital por vinte é só mais um dos mistérios de Chalita. Ele é a Capitu da política brasileira.
*
PS - Comentem com moderação.

Por Reinaldo Azevedo

Chalita, o pré-candidato de Temer e Wagner Rossi em SP, agora só precisa do povo; os ricos e a classe média já estariam no papo

Leiam o que informa Gustavo Uribe, da Agência Estado. Volto em seguida:

Com o aval do vice-presidente da República, Michel Temer, o PMDB iniciou uma movimentação para articular um leque de apoios que deem sustentação à eventual candidatura do deputado federal Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo em 2012. As lideranças da sigla já conversam com dirigentes de outros partidos e discutem maneiras de ampliar o palanque eletrônico do pré-candidato peemedebista.

O PMDB já procurou o PDT, o PSC e o DEM. No foco da sigla ainda há espaço para o PCdoB e o PP. “Eu estou conversando com todo mundo, esse é um momento de alianças”, reconheceu Chalita. “Há uma questão fundamental nos cargos majoritários, que é tempo de televisão. Então, vamos em busca disso”, afirmou.

O pré-candidato do PMDB participou hoje de evento de filiação do ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, na capital paulista. Chalita negou que a sigla pretenda buscar uma chapa puro-sangue em 2012 e considerou a hipótese de uma aliança entre PT e PMDB no segundo turno da disputa municipal.

“No segundo turno há uma natural aproximação entre o PMDB e o PT, há uma grande possibilidade”. O deputado ressaltou que o partido busca um candidato a vice-prefeito que agregue valor à sua candidatura. Ele lembrou que pesquisas internas mostram que seu nome tem maior identificação com as classes alta e média.

Chalita não rechaçou a hipótese de formação de chapa com o vereador Netinho de Paula (PCdoB). “Pode ser”, afirmou. “Mas temos que respeitar o PCdoB, pois hoje ele é um pré-candidato”. O peemedebista disse acreditar que o ex-governador José Serra será o candidato do PSDB para a Prefeitura de São Paulo. A mesma opinião já foi manifestada pela pré-candidata do PT Marta Suplicy. “Eu acredito que o PSDB vai de Serra. Acho que ele sempre diz que não é candidato e acaba sendo”, disse Chalita.

Voltei
Huuummm… O ex-PSDB, ex-PSB e atual PMDB sonha agora em se juntar ao PC do B. Parece que, na fórmula de Chalita, que já escreveu 9.387 livros sobre o tema — até você terminar de ler este post, ele terá concluído o 9.388º —, Netinho cumpre o papel de estabelecer a doce harmonia entre os contrários… O texto informa que ele quer um vice que “agregue valor”. O PMDB é especialista na arte de “agregar valor”.

Que o diga o Ministério da Agricultura, conduzido pelo peemedebista Wagner Rossi. O grande  parceiro de Chalita em São Paulo é o deputado Baleia Rossi, filho de Wagner. A dupla está convencida de que tem um grande futuro atuando em dobradinha. Um promete abrir as portas para o outro no setor em que é influente.

Se os ricos e a classe média estão mesmo no papo, isso não sei. O que dá para sustentar é que rico mesmo está Chalita. Como chegou lá? Bem, fala-se a respeito no próximo post.

Por Reinaldo Azevedo

Bem na foto?

José Eduardo Cardozo pode até estar na berlinda com o Planalto. Mas na oposição ele é o nome do momento. Quase um herói..

Por Lauro Jardim
Os aloprados da Marta

Os próprios petistas já está chamando a turma do Turismo que foi presa anteontem de “os aloprados da Marta”.

Por Lauro Jardim
Cardozo e as prisões

Alvo da fúria de Dilma por não ter informado o Planalto sobre as prisões no Ministério do Turismo, José Eduardo Cardozo recebeu ontem o deputado e ex-policial federal Fernando Francischini (PSDB-PR) e defendeu a ação da PF. Disse Cardozo a Francischini:

*A operação da PF no Turismo foi justa.

*Pode defender os procedimentos da PF na operação.

*Não tem ninguém preso injustamente.

*A operação não era da PF. É do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.

Cardozo disse também que não poderia ter conhecimento antecipado porque a operação estava sob segredo de Justiça e seria crime se soubesse ou avisasse Dilma.

Por Lauro Jardim
Passarinho que come pedra

Quando a informação da conversa de Fernando Francischini com José Eduardo Cardozo chegou ao Congresso, deputados de diferentes partidos procuraram Francischini para tentar descobrir alguma informação. A todos, ele respondia:

– Passarinho que come pedra…

Por Lauro Jardim
Coubert foi alertado

Colbert Martins não foi preso só por assinar o último pagamento a Ibrasi (leia mais emPagamento irregular). Ele foi preso porque foi alertado sobre as graves irregularidades na Ibrasi por assessores jurídicos e mesmo assim assinou a liberação das verbas, o que foi enquadrado pela PF como omissão dolosa.

Por Lauro Jardim
Lucas e Adidas: casamento longo

Será de dez anos o patrocínio que Adidas e Lucas do São Paulo fecharam no meio do ano. É um dos contratos mais longos da empresa com um atleta brasileiro.

Por Lauro Jardim
Marcela e o hambúrguer

Marcela na posse de Michel Temer

Está marcado para o próximo dia 27 o quarto compromisso oficial de Marcela Temer. A mulher do vice-presidente irá participar da promoção Mc Dia Feliz 2011, da rede Mc Donald’s.

Marcela vai comprar cem sanduíches Big Mac que serão distribuídos por ela a crianças do lar “Nosso Lar”, no entorno de Brasília. O lar atende crianças em situação de risco, vítimas de abuso ou agressão.

Marcela escolheu a mobilização contra o câncer infanto-juvenil sua bandeira de atuação.

Por Lauro Jardim
Mão no fogo

De Geddel Vieira Lima defendendo a honra de Colbert Martins, um dos 35 presos pela PF anteontem e seu afilhado político:

- Não ponho a mão no fogo por mim, mas pelo Colbert eu boto.

Por Lauro Jardim
Esquema no Turismo de olho no “senador” Capiberibe…

Grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal revelam que o esquema no Ministério do Turismo procurou pessoas influentes para se defender e se blindar. Em uma escuta, feita com autorização judicial, a diretora técnica do Ibrasi, Maria Helena Necchi, afirmou a um interlocutor que o advogado Pedro Dallari teria um encontro com João Capiberibe para tratar de um convênio do instituto. Dallari é casado com a filha de Maria Helena, Luciana Dallari. Segundo a PF, Luciana foi deputada estadual paulista pelo PSB de Capiberibe, político do Amapá (epicentro do esquema) que deve assumir em breve mandato no Senado.

Em outro grampo, Pedro chegou a deixar um recado na caixa postal de Luiz Gustavo Machado, diretor-executivo da entidade preso na operação. Comentou na mensagem que, antes de se encontrar com o “senador”, gostaria de conversar com Machado e Maria Helena para planejar o diálogo que teriam e pensar nos desdobramentos.

Por Lauro Jardim
…e no filho do ministro do TCU

Para a Polícia Federal, o esquema que atuou no Ministério do Turismo também tentou se resguardar de uma decisão prejudicial do TCU, corte que iniciou as investigações do caso. Eles teriam contratado para sua defesa Tiago Cedraz, filho do ministro do tribunal Aroldo Cedraz. Numa conversa telefônica interceptada dia 27 de maio, Luiz Gustavo Machado, o diretor-executivo do Ibrasi, conversou com Romildo, identificado pela PF como sócio de Tiago Cedraz.

Tratar-se-ia do advogado Romildo Olgo Peixoto Junior. Romildo disse-lhe que já tinha a “proposta” dos analistas do tribunal para o caso do convênio sob investigação. O TCU informou à PF, porém, que somente no dia 1º de junho é que foi autorizada a cópia do processo. Para ressaltar a vantagem do advogado, Romildo afirmou na conversa:

– Bom, quanto ao Tribunal (de Contas da União), nós sabemos tudo que está se passando.

Por Lauro Jardim

Cuspindo fogo

Algumas afirmações de Eike Batista dadas a um interlocutor em pleno terremoto financeiro global:

*”O mundo real está cuspindo fogo. A crise é financeira, não está no mundo real”.

*”Em 2008, o preço da tonelada do minério de ferro estava a 60 dólares. Agora está quase o triplo disso. Dias atrás, por exemplo, estava cotado a 170 dólares. Ontem, bateu os 178 dólares na China”.

*”Temos que nos desconectar da Europa e dos EUA. O mundo está migrando para a Ásia e para alguns de nosso vizinhos que estão crescendo até mais do que nós”.

Por Lauro Jardim
Negócios imobiliários

Dupla vai erguer mais um imóvel no Nordeste

A Penta Incorporadora, empresa de Zeze di Camargo e Luciano que constrói imóveis de luxo pelo Brasil, fechou mais um negócio. Vai construir em Teresina no segundo semestre o condomínio La Vie Itália. Até o ano que vem, a dupla inaugura outros dois empreendimentos no país – um também em Teresina e outro em Natal.

Por Lauro Jardim
PF prendeu também ex-diretor do Faustão

Entre os 35 presos pela PF na operação-arrastão no ministério do Turismo, estava Alberto Luchetti Neto. Entre 1998 e 2002, Luchetti foi nada menos do que diretor-geral do Domingão do Faustão. Durante parte desse período foi responsável também pelo Altas Horas e pelo falecidoLinha Direta.

Luchetti, que está na lista dos dezoito que foram soltos ontem, é acusado pela PF de “participação na cotação contribuiu para frustrar o caráter competitivo do procedimento de contratação de terceira empresa participante”. Ou seja, teria entrado numa concorrência apenas para ajudar a tornar possível uma fraude.

Por Lauro Jardim

PF preocupada com a roubalheira na Copa e nas Olimpíadas

Para justificar à Justiça os pedidos de prisão preventiva na operação no Ministério do Turismo, a Polícia Federal disse estar preocupada com o aumento de recursos públicos que serão usados em infraestrutura e na capacitação de profissionais de turismo para a Copa e as Olimpíadas no país. Tais investimentos, diz a PF, são necessários para fortalecer o setor, “a fim de garantir que os jogos sejam realizados dentro dos padrões de exigência internacional”. Mas ressalva:

– Sabe-se que parte desses recursos públicos investidos passará pelo Ministério do Turismo, exatamente onde a organização finca as suas raízes, razão a mais, portanto, para extirpá-la.

Por Lauro Jardim
A opinião do Planalto

Internamente, o Palácio do Planalto não discute que falcatruas aconteceram no ministério do Turismo. Ainda assim, avalia que não havia necessidade de tantas prisões.

Por Lauro Jardim
Do blog de Augusto Nunes: Direto ao PontoSem categoria

O país quer saber: por que a corrupção no Brasil é o melhor negócio do mundo?

A resposta é dada pelo jornalista Celso Arnaldo Araújo na seção O País quer Saber.

 Direto ao Ponto

Eles só têm medo de algemas

O noticiário político-policial informa que os assaltantes de cofres públicos não se constrangem com nada. Espalhada por todas as ramificações da máquina administrativa, a bandidagem apadrinhada pela aliança governista transforma o clã em quadrilha, ensina o filho a roubar desde criancinha, reduz a mulher a comparsa, carrega pilhas de cédulas em malas, meias ou cuecas, desvia a verba dos flagelados ou carregamentos de remédios, tunga o dinheiro da merenda escolar, pendura o neto em cargos de confiança, passeia de jatinho com a mãe ou a sogra, inventa consultorias, cria empresas de fachada, usa o jardineiro como laranja, vende gado inexistente, mente e, se o perigo é muito, queima o arquivo.  Para viver como o diabo gosta, faz coisas de que até Deus duvida.

A turma que tudo se permite só não admite ser algemada. Com os braços provisoriamente imobilizados, punguistas compulsivos incorporam a figura do chefe de família respeitável: o que é que vou dizer lá em casa?, parece perguntar a expressão envergonhada. Não é possível tratar como criminoso comum um delinquente da classe executiva, berram advogados e padrinhos. Não há limites para a roubalheira, mas é preciso impor limites às ações da Polícia Federal.

O berreiro dos culpados revela que eles só têm medo de algemas. Bom saber. Já que argolas de metal são a única coisa capaz de reavivar o sentimento da vergonha, já se sabe o que fazer se quiser produzir os mesmos efeitos causados pelo velho “Olha o rapa!”. Basta que os brasileiros honestos gritem em coro a palavra-de-ordem medonha:

ALGEMAS PARA TODOS!

Com o loteamento dos ministérios, a aliança governista criou o mensalão que substitui doações em dinheiro pela entrega do cofre

Até os mendigos e os travestis que fazem ponto nas esquinas do Flamengo imaginaram que a pauta da reunião do diretório nacional do PT, realizada neste 5 de agosto no Hotel Novo Mundo, no Rio de Janeiro, seria quase inteiramente absorvida pelo tsunami de bandalheiras que varre a Esplanada dos Ministérios. O que acharam os Altos Companheiros, por exemplo, do despejo da quadrilha do PR em ação no mundo dos transportes? O que pensam das bandidagens no Ministério da Agricultura, arrendado ao PMDB? A faxina prometida pela presidente Dilma Rousseff deve ser ampla e irrestrita ou é melhor parar enquanto é tempo? Enfim, o que o partido tem a dizer sobre a corrupção endêmica que Lula plantou e Dilma adubou?

Nada, informam as 201 linhas do documento que relata o que foi tratado e decidido no conclave dos cardeais que caíram na vida. Sob o título geral “O Brasil frente à crise atual do capitalismo: novos desafios”, o papelório debita todos os pecados na conta do “ideário neoliberal”, cujos defensores são “setores da oposição, da mídia e do grande capital, especialmente o financeiro”. Num dos capítulos mais candentes, “o PT expressa sua solidariedade aos jovens, aos trabalhadores, aos migrantes e a todos os setores que combatem o neoliberalismo e repudia o nacionalismo de extrema direita, que mostrou sua verdadeira face no atentado ocorrido recentemente na Noruega”.

Resolvidos os problemas do planeta, a seita festeja a inauguração do Brasil Maravilha pelo chefe Lula e registra os retoques que faltam para torná-lo mais que perfeito. “Vem aí o debate sobre o novo marco regulatório dos meios de comunicação”, avisa o parágrafo que louva o “controle social da mídia”, como foi rebatizada a censura na novilíngua companheira. “Para o PT e para os movimentos sociais, a democratização dos meios de comunicação no país é tema relevante”. Num editorial publicado nesta quarta-feira, o Estadão foi à réplica: “O PT precisa é de um marco regulatório para a corrupção no partido”. No documento, a roubalheira colossal foi confinada em duas linhas: “O Diretório Nacional manifesta seu apoio às medidas que o governo Dilma ─ dando continuidade ao governo Lula ─ adota contra a corrupção”. Só.

LICENÇA PARA ROUBAR
Se cinismo desse cadeia, o Hotel Novo Mundo teria sido prontamente cercado por camburões e interditado pela polícia. Como a mentira foi transformada por Lula em virtude eleitoreira, o presidente do partido, Rui Falcão, prolongou o espetáculo do farisaísmo com uma apresentação individual. “O PT sempre foi muito cioso da defesa da aplicação correta dos recursos públicos e do combate à corrupção”, recitou o dirigente que promoveu a volta ao lar de Delúbio Soares. Falcão deu azar. No mesmo dia, VEJA divulgou os espantos mais recentes nas catacumbas do Ministério da Agricultura, entre os quais apareceu até mesmo um lobista que já foi preso por tráfico de drogas e agora se dedica a agredir fisicamente jornalistas independentes.

Nesta terça-feira, constatou-se que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esqueceu de comunicar a instituições subordinadas à pasta que faxina tem hora. Liberada para engaiolar delinquentes, a Polícia Federal prendeu 35 dos 38 gatunos em ação no Ministério do Turismo. A presença de petistas graúdos no bando que viajou na traseira do camburão ajuda a entender por que o documento do diretório nacional fugiu da ética como o diabo da cruz: é impossível ser, ao mesmo tempo, decente e desonesto. A “base aliada” não se ampara num programa político, mas num projeto financeiro: todos querem ficar mais ricos. É por isso que, como reafirmou a devassa no ministério controlado pelo PT e por José Sarney, o mensalão nunca deixou de existir.

O que mudou foi a metodologia. Até meados de 2005, o Planalto e o PT centralizavam a arrecadação e o repasse dos milhões de reais que garantiam o entusiasmo dos companheiros e a lealdade dos parceiros. Agora, já não é preciso forjar empréstimos bancários ou extorquir estatais, nem irrigar contas bancárias ou entregar malas de dólares. Em vez de doações em dinheiro, os partidos da aliança governista ganham ministérios ─ cofres e verbas incluídos ─, além da licença para roubar. O loteamento do primeiro escalão é o  mensalão sem intermediários. Em 2002, por exemplo, o PL de Valdemar Costa Neto embolsou R$ 10 milhões para descobrir que Lula era o cara. Em 2010, para enxergar em Dilma Rousseff a sucessora dos sonhos do PL com novo nome ,  o PR de Valdemar Costa Neto ganhou o Ministério dos Transportes.

Além de mais lucrativa, a fórmula modernizada aumenta exponencialmente o lucro, amplia a capilaridade das quadrilhas e democratiza a ladroagem. Antes, a repartição das boladas se limitava ao alto comando dos partidos. Agora, até prefeitos e vereadores entram na divisão do produto do roubo. A soma das evidências explica a tibieza exibida por Dilma desde que a vassoura tropeçou no lixo do PMDB. A presidente descobriu que herdou o um legado que ajudou a construir. Mas também descobriu que a opinião pública existe. É bem menor que o eleitorado, mas o poder de pressão é maior. Não se contenta com uma bolsa família, não acredita em fantasias e está cansada de sustentar larápios.

A imprensa livre seguirá noticiando fatos e enxergando as coisas como as coisas são. A Polícia Federal e o Ministério Público não podem recuar. Dilma terá de decidir se a faxina para ou continua. Na primeira hipótese, a presidente topará com o monstro que ajudou a parir. Na segunda, o governo, o PT e seus comparsas estarão proibidos para sempre de falar em combate à corrupção. Mesmo que em duas míseras linhas.

(por Augusto  Nunes)

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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