Tem gente que vai ficar verde de raiva: estudo comprova que agronegócio reduz desigualdade no Centro-Oeste do país

Publicado em 06/11/2011 17:53

Tem gente que vai ficar verde de raiva: estudo comprova que agronegócio reduz desigualdade no Centro-Oeste do país

As ONGs verdes devem estar desoladas. Marina Silva, aquela senhora que está organizando uma tal “nova política”, ou algo assim, não vai se conformar com facilidade. Aqueles “artistas” especializados em natureza & agricultura, que gravaram filminhos contra o novo Código Florestal, vão ficar chocados… Um estudo demonstrou o óbvio: o agronegócio eleva a renda das pessoas, conduz à formalização do emprego e provoca a melhoria de serviços como saúde e educação porque as cidades arrecadam mais. Leiam o que informa Pedro Soares, na Folha:
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Cidades brasileiras que tinham os piores indicadores de emprego, renda, saúde e educação entre 2000 e 2009 conseguiram melhorias nesses setores, mas ainda vão levar 26 anos, a contar de agora, para alcançar um elevado grau de desenvolvimento. Há, porém, uma exceção: o Centro-Oeste. Apoiada na expansão da fronteira agrícola e seu impacto no emprego, a região saiu de um patamar de desenvolvimento similar ao do Norte e Nordeste e se aproximou do Sudeste. Tal retrato pode ser extraído do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, um indicador preparado por economistas da federação das indústrias fluminenses.
O levantamento faz um raio-X do país com base em três indicadores: renda e emprego formal, saúde e educação. E se assemelha ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), divulgado pela ONU na semana passada.

Encabeçada por Barueri (SP), a lista dos 15 municípios com os mais altos níveis de desenvolvimento tem 14 cidades paulistas. A hegemonia quase absoluta é quebrada por Lucas do Rio Verde (MT), na oitava posição. O município é um dos mais dinâmicos do cinturão da soja de Mato Grosso, maior produtor do país e pólo da agroindústria que processa o grão, além de sede de uma ampla rede de frigoríficos. Mais duas cidades de Mato Grosso estão entre as cem mais desenvolvidas: Primavera do Leste e Sorriso. As três apresentam evolução rápida no item emprego e renda - impulsionados pelo bom preço da soja e dos demais grãos no exterior e as sucessivas safras recordes.

A pesquisa mostra que o efeito da renda maior no Centro-Oeste se irradiou, via tributos, para os cofres das várias cidades dos Estados, que passaram a prestar melhores serviços públicos.
Isso se traduziu em bons índices em educação e especialmente em saúde nesses três municípios, diz Júlio Miragaya, pesquisador do Conselho Federal de Economia.
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Por Reinaldo Azevedo

Eu quero debater Padre Vieira com Gilberto Dimenstein

Com aquele arraigado hábito de escrever primeiro e pensar depois, Gilberto Dimenstein escreveu, no sábado passado, um texto sobre a doença de Lula em que afirmava algumas enormidades. Segundo disse, a doença serviria “de lição”. Mais: viu algo de notável no fato de o tumor estar onde está: “justamente na laringe, por onde passa a habilidade de Lula em convencer as pessoas em seus discursos.” Eu, que não sou admirador confesso do petista, jamais diria que ele convence os outros com a garganta. Convence com as suas idéias, ainda que sejam péssimas. Não gosto da figura pública de Lula, mas eu o trato com respeito. E no auge do não-pensamento, mandou bala: “Infelizmente é desse jeito, com as pessoas sentindo-se próximas e vulneráveis diante de uma ameaça, que se consegue mudar atitudes.”

Escreveu assim mesmo, maltratando o bom senso e a língua. Muito bem! Os petistas foram em cima dele como abelhas — vêm em cima de mim também, e eu mando Reinaldox nelas. Mas Dimenstein ficou com medinho. As manifestações na Internet para que Lula se trate no SUS viraram a sua tábua de salvação, a sua janela de oportunidades.

A partir daí, para fazer média com os companheiros, elegeu essas pessoas como adversárias e passou a afirmar que se tratava de “manifestação de preconceito” e de “ódio” e de “besteirol”. Toda causa precisa de um símbolo. Dimenstein é um rapaz sabido em certas áreas. Ele elegeu, então, a atriz Luana Piovani. Parece que ela foi uma das pessoas que disseram que o petista deveria se tratar no SUS. Ao menos é o que Dimenstein escreveu em outra coluneta nesta sexta. A atriz também teria feito uma confusão qualquer sobre Padre Vieira.

Dimenstein volta à carga para ofender aqueles que acham que Lula deve se tratar no SUS, sustenta que isso é agressão e besteirol, mas não diz por quê. E sugere que Luana é mesmo uma boba, tanto que disse uma incorreção qualquer sobre Padre Vieira.

Opa! De Padre Vieira eu entendo! Sei até alguns sermões quase de cor. Topo discutir Padre Vieira com Gilberto Dimenstein. Como eu sei sobre o padre mais do que ele, muito mais — aposto o que ele quiser —, pergunto se minha opinião sobre Lula e o SUS valerá, por isso, mais do que a dele.

Isso, sim, é uma patrulha detestável. Para tentar se livrar daquele seu primeiro texto infeliz, desrespeitoso com Lula e com todos os pacientes de câncer, Dimenstein resolve jogar uma figura pública conhecida na boca dos leões, prática da pior imprensa marrom.

Dimenstein usar Vieira para botar banca em cima de Luana Piovani é fácil. Que tal comigo? Topo até debater se essa história de SUS é mesmo uma ofensa. Eu já disse por que não é. Quem sabe Dimenstein diga, finalmente, por que é…

Por Reinaldo Azevedo

Justiça prorroga prazo para Remelentos & Mafaldinhas “by GAP” deixarem reitoria da USP

Então… A Justiça prorrogou o prazo — até segunda, às 23h — para que Remelentos & Mafaldinhas com modelitos da GAP deixem o prédio da reitoria da USP. Abaixo, segue trecho de uma reportagem de Luna D’Alama, do G1, com detalhes do acordo. Leiam. Volto depois.

A Justiça prorrogou até as 23h de segunda-feira (7) o prazo para a saída dos estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). A decisão foi tomada após uma audiência que reuniu representantes da USP e dos alunos, realizada neste sábado (5), no Fórum Hely Lopes Meirelles, no Centro de São Paulo. Durante o encontro, representantes da USP se comprometeram a promover ligações de luz, internet e água no prédio ainda nesta tarde - os serviços foram cortados na sexta-feira (4). Já os estudantes se comprometeram a preservar o imóvel e deixá-lo limpo.

A audiência foi marcada pela Justiça depois que foi concedida a reintegração de posse do imóvel, pedida pela universidade. Pela decisão, os alunos teriam até as 17h deste sábado para deixar o prédio. Nesta sexta, um oficial de Justiça foi até a reitoria levar a notificação. Os estudantes se recusaram a recebê-la, e disseram que continuariam no prédio. Dois representantes da USP e cinco representantes dos estudantes participaram da audiência. Segundo Vandré Ferreira e Felipe Vasconcelos, que se identificaram como advogados do movimento estudantil, deve ser convocada para segunda uma assembléia geral dos estudantes para deliberar quais serão os próximos passos dos alunos. Segundo eles, a ocupação da reitoria foi uma medida de manifestação política.

Os dois afirmaram que o que for decidido pela maioria na assembleia será cumprido - no encontro, deverá ser decidido se a saída dos estudantes se dará de maneira voluntária, e de que forma. Representantes da USP afirmaram que a universidade está aberta ao diálogo, mas que só irá negociar as reivindicações dos estudantes depois que eles desocuparem o prédio. Entretanto, a USP já adiantou que não irá rever o convênio entre a reitoria e a Polícia Militar (PM). Já a revisão dos processos administrativos abertos contra alunos, professores e funcionários poderá ser acordada.

Também ficou acertado na audiência que os estudantes que participaram da audiência deste sábado não serão punidos. Já foi marcada para terça-feira (8) uma reunião da comissão de negociação com a universidade para retomar o diálogo - entretanto, esse debate está condicionado à saída dos estudantes no prazo previsto. Wanderley Messias da Costa, superintendente de relações institucionais da universidade, disse que a USP já abriu três concessões - conversar com os alunos, prorrogar o prazo para a saída deles e restaurar o fornecimento de energia, água e internet. “A reunião foi boa e produtiva. Não cabe à USP colocar ou não o policiamento, essa é uma decisão da Justiça. Lei e decisão judiciais devem ser cumpridas”, afirmou.

Gustavo Ferraz Campos Mônaco, procurador-geral da USP, que também participou da reunião, declarou que a universidade está tentando evitar medidas extremas. “A USP deverá ser consultada, porque a comunidade universitária precisa ser preservada. Essa é uma decisão conjunta da direção da USP, da PM e do Poder Judiciário.” Segundo informaram os representantes da universidade, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti deixou claro na audiência que o novo prazo não será revisto.

Para deixarem a reitoria, os estudantes pedem o fim do convênio da reitoria com a PM, a saída dos policiais do campus e a revisão dos processos abertos pela universidade contra alunos, professores e servidores. Na sexta-feira (4), foi feita uma reunião de negociação entre estudantes e a USP, que terminou sem acordo.

Voltei
Pois é… Os valentes vão agora fazer uma nova assembléia. É mesmo? Por quê? A anterior, conduzida pelo DCE, instância, digamos, oficialmente representativa dos estudantes (havia menos de mil pessoas para mais de 80 mil alunos!), já havia votado a favor do fim da invasão do prédio da FFLCH. Inconformados, os rebeldes sem causa e com calça de grife decidiram ignorar o que foi votado e avançar contra o prédio da reitoria.

É… Esses trouxas não deixam de ser, ainda que o ignorem, expressões da forma que a “luta de classes”, como eles diriam, tomou no Brasil: alguns segmentos têm,nestepaiz, como fica evidente, o privilégio de desrespeitar reiteradamente a lei e ainda “negociar”.

Mais tarde volto ao tema desta luta… sem classe!

Por Reinaldo Azevedo

“Pessoal, a gente pode estar a poucos dias de desencadear uma revolução sem volta”, Discursa um manifestante na USP.

Há um texto delicioso de Paulo Sampaio, no Estadão deste domingo, caracterizando o, como poderia chamar?, padrão mental dos invasores da reitoria da USP. Leiam trechos:

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“Nossa luta é para derrotar o capitalismo a partir de uma estratégia de luta de classes”, diz o diretor do Sintusp Marcelo Pablito, de 29 anos, da Liga Estratégia Revolucionária (LER-QI). QI é uma referência à Quarta Internacional - organização marxista criada em 1938 na França por Leon Trotsky, expulso da União Soviética, e por outros dissidentes da Internacional Comunista.

“Ficou claro que a classe capitalista é totalmente incapaz de gerir a riqueza produzida pelo homem”, acha o estudante de Letras Rafael, um dos fundadores do Movimento Negação da Negação. Para não sofrer represálias, os manifestantes evitam dizer nome e sobrenome e cobrem o rosto com pashminas amarfanhadas, pedaços de pano ou moletons. Segundo Rafael, o socialismo na União Soviética não foi adiante por causa do “não acontecimento da revolução alemã em 1919 e em 1923 e do não acontecimento da revolução chinesa em 1925 e em 1927″. “A URSS ficou isolada”, lamenta.

Embrulhada em uma manta xadrez, um par de botinhas gastas nos pés, meia listrada, uma manifestante rechaça a reportagem: “Eu me recuso a falar com a imprensa corporativista burguesa!” Outra, com cabelos cortados como os de Elis Regina na época do show Falso Brilhante, diz. “Amigo, você não é bem-vindo.” A presença da imprensa mobiliza mais os manifestantes do que as pautas da assembleia. “Companheiros!”, grita ao microfone o primeiro a discursar. “Vocês acham que as televisões devem filmar a assembleia?”

“Nããão!!”, gritam todos.

“Pedimos, então, que a imprensa desligue as luzes e se retire!”

“Êêêêê!”

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Consciência política
A expressão “para além de” é o hit da ocupação deste ano. “Para além da atividade acadêmica, a universidade forma a consciência política!”, alerta um dos revoltosos.

Pelo que se depreende em conversas com estudantes para além da Reitoria, a pauta deles é bastante abrangente. Passa pela proposta de uma reviravolta socio-econômico-cultural que parte da USP e se ramifica em direção aos grotões esquecidos do País. Pretende reestruturar as relações entre elite e trabalhadores, negros e brancos, homens e mulheres.

“Pessoal, a gente pode estar a poucos dias de desencadear um processo de revolução sem volta. Isso é fazer história!”, brada Rafael, em seu informe.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Chegamos ao Planeta dos Macacos. Uma macaca, acreditem!, até enviou um comentário para o blog… Ou: Eles todos odeiam o povo!

“Pessoal, a gente pode estar a poucos dias de desencadear um processo de revolução sem volta. Isso é fazer história!”. Essa frase magnífica é de um dos “estudantes” que invadiram a Reitoria da USP e está registrada numa esclarecedora reportagem do Estadão de hoje (ver post abaixo). O rapaz está convicto de que a revolução socialista começa com a invasão do prédio de administração da USP. Huuummm… Não faz muito tempo, o PCdoB achava que o mundo começaria a mudar no Araguaia, não é? O que distingue esse sujeito daqueles líderes religiosos que anunciam o fim do mundo? Só o credo. A loucura é a mesma.

Ocorre que essa é uma demência que conta com o apoio de alguns professores da universidade, que estão há anos enchendo a cabeça daqueles pobres coitados com finalismos, redenções, escatologias. Como diria, lá vou eu, Karl Marx no “18 Brumário de Luís Bonaparte”, “a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. E, justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, (…) os homens conjuram ansiosamente em seu auxílio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de apresentar a nova cena da história do mundo nesse disfarce tradicional e nessa linguagem emprestada.”

Aqueles gatos pingados não têm, em si, importância nenhuma, é evidente! Mas são o sintoma de uma doença. Os cursos de humanidades das universidades brasileiras, com as exceções de praxe, tornaram-se berço do proselitismo atrasado, ignorante, passadista, canhestro. Ocorre que são eles a formar os professores que, depois, darão aulas a nossos filhos e netos, transferindo para as salas dos ensinos fundamental e médio a espantosa soma de mistificações, de distorções e de cretinismos que exercitam no ambiente universitário, sem que haja um só instrumento de avaliação da qualidade do trabalho que fazem. Sua produtividade se mede pelo número de manifestos, greves e ocupações.

É preciso, obviamente, pôr um ponto final nessa prática. E, como sempre, o melhor remédio é a democracia — inclusive para nos curar dos excessos da própria democracia, como queria Tocqueville. É preciso que fique evidente que os invasores da Reitoria cometem um crime que não pode ser tolerado. Não basta desocupar o prédio, como determina a Justiça. É preciso responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis por um ato de banditismo. Ou estarão aqueles pouquíssimos estudantes e funcionários da USP acima da lei?

Que coisa!!! Os extremistas de esquerda não aceitam que vigorem na Cidade Universitária as leis que valem para o resto do país. Eles se sentem acima da Constituição da República e dos seus códigos legais. Aquele seria um território soberano, com regras próprias. Dias interessantes estes, não? Recomendar a um ex-presidente que se trate no SUS é tomado como um “detestável ataque”; viver sob as leis a que se submete toda gente é impensável para aquela casta de privilegiados. A propósito: a reportagem de VEJA flagrou dois invasores deixando o prédio por algum tempo. Um assumiu a direção de um Polo sedan. Outro embarcou num Kia Soul estalando de novo. Deve ser o tal “processo de revolução sem volta”. Vai ver todo brasileiro desdentado terá direito a um… Kia Soul!

O comentário da macaca
Escrevi um post obre um texto da professora Ana Fani Alessandri Carlos, do Departamento de Geografia da FFLCH. Não há causa ruim que esta senhora não abrace. Lendo a estrovenga que escreveu, numa língua que lembra o português, a gente entende que ela é contra a presença da PM no campus. Manguei, sim, de sua gramática sofrível, do ilogismo de seu manifesto, das espantosas bobagens que perpetrou. Conforme eu esperava, recebi uma enxurrada de protestos indignados. Ontem, alguém que se identifica como Débora, enviou-me o seguinte mimo:

Senhor Jornalista,
Boa noite.
Não foi o seu texto que me chamou a atenção.
Não foi o que a Professora da USP escreveu e nem os erros gramaticais encontrados no texto dela.
Foi a sua postura arrogantee o seu menosprezo com a ciência geográfica.
Sinto muito pelos graves erros de português que cometi…prefiro errar na escrita oficial, do que tratar às pessoas com arrogância e ainda me achar o máximo por isso…
Amo Geografia…e pelo jeito você não entende nada do que seja a ciência geográfica…cabulou as aulas?
Cada macaco no seu galho…é mais que seu dever escrever bem. O que lhe falta é assunto, é conteúdo…precisa humilhar as pessoas para se sentir o melhor?

Voltei
Ai, ai… Não, Débora, eu me sinto melhor proporcionando prazer, mas não se anime. Um “tratar às” e “preferir do que” pode fazer com a minha libido o que a Kriptonita faz com o Super-Homem. Que diabo está acontecendo? Estudei em escola pública. Também os professores de história e geografia corrigiam os textos dos alunos — afinal, dominavam o código. Essa gente comete erro de ortografia, sintaxe e regência até quando está comendo grama?

Ela não me quer tratando de questões que digam respeito à USP, ao curso de geografia, à patrulha ideológica feita pela militância, nada! Num momento inspirado, afirma: “Cada macaco no s

eu galho!” O que dizer à macaca confessa? Espero que abandone depressa a sala de aula para sair se pendurando por aí, com outros de sua espécie.

Essa gente, mais do que qualquer outra coisa, responde pela miséria da educação brasileira. A burrice é um mal sem competidores. Casada com a ideologia, aspira à condição de cultura alternativa, progressista e até “revolucionária”. Esta senhora não merece nem mesmo que eu lhe dê uma banana.

Por Reinaldo Azevedo

Alô, universitários de todo o Brasil! Como transformar os debates do Diretório de Estudantes da sua Universidade em pura diversão

Em homenagem aos Remelentos & Mafaldinhas da GAP que ocupam a reitoria da USP, reproduzo um texto publicado pelo site Vanguarda Popular, uma das páginas mais inteligentes e divertidas da Internet.
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Por Demian Alves:

DCE BINGO
Época de eleições do DCE. Você já cansou de ser interrompido nas aulas e receber panfletos das chapas com propostas engraçadíssimas das mais bizarras possíveis? Você está de bobeira andando pelos corredores da universidade porque o professor faltou e não tem aula? Você resolve parar pra assistir a um debate da eleição para o DCE e sente um tédio imenso durante os discursos e fica se perguntando o que está fazendo no meio daquele bando de gente à toa? Aqui tem um método eficaz para combater esse problema!

Como Jogar:
Imprima o quadro abaixo antes de começar o debate com as chapas do DCE. Sempre que ouvir a palavra ou expressão contida numa das casas, marque a mesma com um (X). Quando completar uma linha, coluna ou diagonal, grite “BINGO”!

colunas-um-debateDepoimento de jogadores satisfeitos:
a) “O debate já tinha começado há 5 minutos quando ganhei!”;
b) “A minha capacidade para escutar aumentou muito desde comecei a jogar o DCE Bingo”;
c) “A atmosfera do último debate foi muito tensa porque 14 pessoas estavam à espera de preencher a 5ª casa”;
d) “A organização ficou surpresa ao ouvir oito pessoas gritando “BINGO”, pela 3ª vez numa hora”;
e) “Agora, vou a todos os debates do DCE, mesmo que esteja em horário de aula”.

Se você é candidato ou te passaram o microfone para dar opinião, siga estas instruções para mandar bem e ser aplaudido:

MONTE SEU PRÓPRIO DISCURSO PARA PARTICIPAR DOS DEBATES!
A tabela abaixo permite a composição de até cem mil sentenças!
Basta combinar, em seqüência, qualquer frase da primeira coluna, com alguma da segunda, em seguida outra da terceira e finalmente qualquer uma da quarta. Termine sempre gritando alguma frase da quinta coluna. O resultado sempre será uma sentença correta, mas sem nenhum conteúdo inteligente. Monte agora mesmo seu discurso aleatório, democrático e popular! Experimente na próxima reunião do DCE e impressione até mesmo os comunistas mais ortodoxos que lá habitam há décadas, nunca se formaram e demonstram um profundo amor pela universidade “daqui não saio, ninguém me tira”!

coluna-dois-debateTermino aqui deixando minha opinião sobre as eleições do DCE. Eu acho que o DCE deve permanecer fechado enquanto continuarem escrevendo com arrobas (@) e usando vírgula entre sujeito e predicado além de insistirem em escrever faCismo (com c) nos cartazes. Enquanto isso, alguém precisa estudar.

(Adaptado de outro texto sobre reuniões chatas da empresa)

Por Reinaldo Azevedo

Flagrantes da invasão da USP - O estudante profissional, o rapaz que quer acabar com o capitalismo e o professor que quer legalizar a maconha

Os invasores da Reitoria da USP e seus apoiadores são verdadeiras caricaturas. A VEJA São Paulo desta semana traz uma reportagem de Daniel Bergamasco sobre o imbróglio. Vejam a foto deste senhor, que leva todo o jeito de andar roçando os 30 anos — ou mais…  É o que chamo “Movimento Estudantil da Terceira Idade”… Depois da imagem, segue a ficha do tiozinho revolucionário.

invasor-jubilado

Informa a VEJA São Paulo:
“Entre os agitadores, há gente como Rafael Alves, acusado de participar da invasão da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), em 2010, que deixou um funcionário ferido por estilhaços de vidro de uma janela arrombada. Ele é o típico “estudante profissional”: estourou o prazo máximo de sete anos para concluir o curso de letras - no termo acadêmico, jubilou-se. Perdeu, assim, o direito a continuar vivendo gratuitamente na moradia assistencial. Voltou à instituição neste ano, por meio de vestibular, ocupando vaga que lhe garante a permanência na área por mais um longo período. Tenta também conseguir seu apartamento de volta (a exemplo de outros rebeldes, ele se recusou a dar entrevista para esta reportagem).”

Outra personagem da invasão é também estudante de letras, do terceiro ano. Trata-se de Lucas Pessoa, este:

invsor-anticapitalismo

Conta a reportagem de VEJA São Paulo
“[Lucas] pediu o microfone da assembléia para fazer propaganda do movimento anticapitalista Ocupa Sampa, que montou acampamento no Vale do Anhangabaú.”

Como vocês sabem, os extremistas têm simpatizantes também entre os professores. A professora Fani, da Geografia, aquela que escreve em uma língua qualquer entre o português e o russo, não é a única. Um dos mais ativos apoiadores dos radicalóides da universidade é o professor Henrique Carneiro, velho conhecido deste blog. Abaixo, uma foto do homem entre os estudantes. Deixou a sua mensagem: “A luta tem de continuar também pela legalização da maconha e pelo fim da guerra contra as drogas”. Ainda voltarei a este valente.

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Por Reinaldo Azevedo

PanAmericano disfarçou doações para Lula em 2006

Por Flávio Ferreira, Julio Wiziack e Toni Sciarretta, na Folha:
O banco PanAmericano doou R$ 500 mil para a campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, e usou empresas de dirigentes da instituição financeira para disfarçar a origem das contribuições. As doações foram feitas em dezembro de 2006, quase um mês depois do encerramento da campanha. Lula já estava reeleito, mas o PT saíra da eleição com dívidas de quase R$ 10 milhões. As contribuições foram contabilizadas regularmente pelo partido, mas só quem conhecesse a identidade dos proprietários das empresas que fizeram essas doações teria condições de associá-las ao PanAmericano na época. Segundo um relatório feito por auditores que examinaram os livros do banco no início deste ano, sete empresas foram usadas para repassar recursos da administradora de cartões de crédito do PanAmericano para o PT.

As doações foram todas feitas no mesmo dia, com o depósito de quatro cheques de R$ 65 mil e três no valor de R$ 80 mil numa conta mantida pelo Diretório Nacional do partido no Banco do Brasil. A operação só foi descoberta em março deste ano, depois que o banco BTG Pactual assumiu o controle do PanAmericano e seus auditores começaram a analisar o que os antigos proprietários tinham feito na instituição. Braço financeiro do grupo Silvio Santos, o PanAmericano vivia uma situação confortável em 2006, e ninguém havia detectado ainda os problemas que mais tarde obrigaram Silvio a vender suas ações para o BTG Pactual. A Polícia Federal está investigando desde o começo do ano fraudes que teriam sido cometidas pelos antigos dirigentes do PanAmericano, que seriam responsáveis por um rombo de R$ 4,3 bilhões na contabilidade do banco. Em outubro, a PF abriu mais um inquérito para investigar suspeitas de ocorrência de crimes eleitorais.

Segundo os auditores do BTG Pactual, as doações feitas em 2006 foram acertadas em novembro, quando um assessor do tesoureiro da campanha de Lula, José de Filippi Júnior, escreveu para o diretor de tecnologia do PanAmericano, Roberto José Rigotto de Gouvêa, para dar o número da conta da campanha. O banco fez outras contribuições às claras em 2006, registrando em seu nome e no de outras empresas do grupo R$ 770 mil em doações para políticos de vários partidos. Além de Lula, o único petista que teve ajuda do PanAmericano foi Aloizio Mercadante, que disputou o governo de SP e recebeu R$ 100 mil diretamente do banco.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Com o cargo esvaziado, Ideli vira “garçonete” do Planalto

Por Chico de Gois, no Globo:
Em junho, a presidente Dilma Rousseff, pressionada pelo Congresso, trocou Luiz Sérgio e Ideli Salvatti de lugar: o deputado licenciado assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura, e a ex-senadora ganhou a vaga do colega na Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A grita geral era que Luiz Sérgio se transformara num “garçom”, aquele que só anotava pedidos dos deputados e senadores por cargos. O dono da cozinha era o todo poderoso Antonio Palocci, da Casa Civil. Agora, a situação volta a se repetir, com outros personagens. Passados cinco meses da mudança, Ideli realmente demonstra que trocou de vaga com Luiz Sérgio: é ela quem anota pedidos dos deputados por cargos no segundo e terceiro escalões, corre atrás do pagamento de emendas, recebe prefeitos - sobretudo os de Santa Catarina, sua base eleitoral.

Por Reinaldo Azevedo

A morte de Alfonso Cano: presidente da Colômbia comemora “o mais duro golpe da história” nas Farc

No Estadão:
Alfonso Cano, o número 1 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi morto em uma operação do Exército e da polícia federal na sexta-feira. O anúncio do assassinato de Cano - líder máximo e ideólogo da guerrilha colombiana - foi feito ontem pelo próprio presidente Juan Manuel Santos, que visitava o balneário de Cartagena. “Caiu o número 1 das Farc”, comemorou Santos diante de jornalistas. “Esse é o mais duro golpe contra as Farc na história da guerrilha. Viva a Colômbia!” O líder guerrilheiro tinha 63 anos e havia mais de três décadas estava nos quadros das Farc. Santos aproveitou o anúncio da morte de Cano - cujo nome verdadeiro era Guillermo León Sáenz - para exortar os guerrilheiros a aceitarem a derrota e se desmobilizarem imediatamente. Caso contrário, ameaçou, “terminarão na prisão ou em um caixão”.

A queda de Cano é o mais recente golpe de uma série de assassinatos de líderes das Farc iniciados em 2008, quando Raúl Reyes, o “chanceler” da guerrilha, foi morto. A vitória do governo anunciada ontem ocorre pouco mais de um ano após o Exército colombiano ter matado o chefe militar das Farc, Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy. Analistas duvidam que o assassinato de Cano seja capaz de acabar de vez com a guerrilha, que há 47 anos trava uma sangrenta guerra contra o Estado colombiano. Estima-se que existam hoje 9 mil guerrilheiros em atividade na Colômbia. A perda de comando, porém, retiraria das Farc poder de fogo, além de seu atrativo ideológico.

Fontes da Casa de Nariño, a sede do Executivo colombiano, afirmaram que Santos viajaria ainda ontem à cidade de Popayán, para onde foi levado o corpo de Cano. A imagem do cadáver do homem mais temido da Colômbia - agora com os olhos arregalados, sem sua tradicional barba e seus óculos fundo de garrafa - foi divulgada pelo governo. Segundo o presidente colombiano, Cano foi localizado com ajuda de “pessoas de dentro da guerrilha”. Segundo autoridades, o líder das Farc estava em um vilarejo perto de Suarez, na região montanhosa de Cauca, sudoeste da Colômbia, abrigado em um bunker. O local foi bombardeado pela aviação colombiana às 8h30.

Em seguida, tropas desembarcaram no local e encontraram dentro do esconderijo objetos pessoais do chefe guerrilheiro, como seus óculos e sua carteira. De acordo com a Associated Press, no momento do ataque Cano estava com 14 rebeldes, dos quais 4 morreram, 5 foram capturados e o restante conseguiu fugir mata adentro. Cano chegou a correr e a se esconder na selva. Mas, segundo informações extraoficiais, às 17 horas ele já estava morto. Santos e o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, não explicaram se os soldados da polícia e do Exército foram recebidos com tiros pelos guerrilheiros. As forças colombianas ainda apreenderam 7 computadores, 39 pen drives e 194 milhões de pesos (US$ 102 mil) que estavam com o líder guerrilheiro. A operação foi batizada de “Odiseo”.
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Por Reinaldo Azevedo

Aldo Rebelo: “Nada contra ONGs, mas vou buscar apoio na estrutura do Estado”

Por João Domingos, no Estadão:
Principal foco de irregularidades no Ministério do Esporte, o programa Segundo Tempo será mantido por Aldo Rebelo, o novo ministro, mas passará por radicais mudanças. Os convênios que vinham sendo fechados com ONGs para a execução do programa serão feitos agora com universidades, escolas técnicas e de educação física, Estados e municípios, disse o ministro ao Estado. Ele tomou posse na segunda-feira, em substituição a Orlando Silva, que saiu depois de uma série de denúncias de irregularidades. O novo ministro chamou a Controladoria-Geral da União (CGU) para examinar os principais programas da pasta e suspendeu o repasse de verbas a todos aqueles para os quais não havia ainda sido transferido dinheiro. Como Orlando, Aldo é do PC do B. Mas ele garantiu que o ministério não será transformado num aparelho do partido, porque o interesse maior é o do País e da sociedade. “Nunca tive dúvida sobre isso. Mesmo que numa atitude ou gesto você possa contrariar o partido.”

Aldo é uma figura peculiar. Comunista de carteirinha, costuma frequentar missas da Paróquia do Paraíso, em São Paulo. Para o gabinete, no sétimo andar do primeiro prédio da Esplanada dos Ministérios, ele levou estatuetas do líder comunista Mao Tsé-tung, de Frei Damião, do ex-senador Teotônio Vilella e de Dom Quixote, retratos dos familiares, um quadro a óleo de Simon Bolívar, comprado numa rua de Caracas, e cerâmicas com representações folclóricas brasileiras. Desde que o PT assumiu o governo, Aldo Rebelo transformou-se numa espécie de salvador da Pátria da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Nas crises, foi chamado a assumir o cargo de líder do governo, ministro das Relações Institucionais quando o ex-ministro José Dirceu começou a perder poder, presidente da Câmara durante as suspeitas de envolvimento em irregularidades do então titular Severino Cavalcanti (PP-PE) e, agora, ministro do Esporte.

(…)
O Segundo Tempo vai mudar de rumo?
Em primeiro lugar, ele não muda de conteúdo. Continuará atendendo crianças mais pobres cujos pais não podem pagar clube nem um treinador particular. O Estado tem obrigação de assisti-las. Essa finalidade principal não muda. O que deve mudar é a execução do programa. Com todo respeito às ONGs, acho que o programa deve apoiar-se nas escolas, universidades, no Ministério da Educação, no CNPq, nas escolas de educação física. Há alguém mais preparado do que os professores de educação física? A faculdade de educação física vai existir permanentemente. O professor se aposenta e vem outro. A ONG tem um funcionamento mais precário. Pode cumprir uma função auxiliar, mas não pode ter a função principal.

O sr. já se debruçou em cima dos convênios do ministério?
Um por um, não. Tomei a decisão por atacado. Mas é preciso entender que o Ministério do Esporte tem poucos convênios se examinarmos do conjunto do governo. Dos convênios que foram pagos ou cujo pagamento está em andamento - são 28 ou 29 -, eu pedi ajuda ao ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), que enviou para cá um assessor e nós vamos fazer uma fiscalização convênio a convênio. Não vou suspender porque já tem dinheiro público. Ou já foi totalmente pagou ou parcialmente pago. Seria uma irresponsabilidade mandar suspender. Mas vai haver uma fiscalização in loco. E aqueles cujo pagamento não havia sido iniciado - em que havia apenas empenho, sem desembolso -, esses eu mandei suspender todos.

O sr. é um membro importante do PC do B. Esse turbilhão de denúncias atingiu a imagem do partido?
Claro. Nós temos o desafio de recuperar a imagem do partido. Escolhi o partido exatamente pelos compromissos com as mudanças, as transformações, a luta pela igualdade, o direito das pessoas mais simples. Acho que isso nós só vamos fazer na prática. Não adiantam discursos. Daqui a dois, três, quatro anos, com um dirigente, um quadro do partido à frente desse ministério, vamos mostrar que o PC do B é capaz de conduzir tarefas de elevada responsabilidade, com espírito público, compromisso com o povo e com o País. E também esforço de preservar nossos quadros. Tenho plena confiança na honestidade do ministro Orlando. É um rapaz de bem, de boa origem, como militante do movimento estudantil. Agora, na vida pública, somos muitas vezes tragados pelos acidentes e incidentes. Temos de enfrentar.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Mirabolância? Surrealismo? Safadeza? Esporte dá R$ 753 mil a pista de ficção

Por Leandro Colon, no Estadão:
O abandono de 15 mil metros quadrados de borracha destinados a pistas de atletismo simboliza, no interior da Bahia, o descontrole e a falta de critério que tomaram conta do Ministério do Esporte. A pasta abraçou uma idéia mirabolante e “pioneira” de um professor de capoeira e presidente da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs): transformar pneus velhos em pistas de atletismo. O resultado está nos galpões da entidade. O material está encalhado e abandonado, conforme verificou a reportagem do Estado na quinta-feira passada.

O professor Antonio Lopes Ribeiro, presidente da Famfs, é parceiro antigo do Ministério do Esporte. Nos últimos oito anos, levou R$ 60 milhões da pasta em convênios dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade/Cidadania. Ele é personagem de dois inquéritos no Ministério Público por irregularidades no uso do dinheiro da pasta.

Com o discurso da sustentabilidade, o professor se ofereceu para receber dinheiro do Esporte pela produção, nas dependências de sua entidade, de pistas de atletismo com placas de resíduos de borracha. O ministério topou e, desde 2007, começou a repassar verba para o projeto.

Em 2009, surgiu uma novidade: a fundação recebeu R$ 753 mil para fazer uma pista de atletismo móvel, a “primeira oficial do mundo”, segundo palavras do professor Lopes e do site do ministério, e mais outras quatro fixas, todas com pneus velhos. O contrato foi assinado pelo hoje secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro.

O presidente da Famfs explicou a proposta ao Estado: “Tive uma ideia de botar uma lona embaixo e sair colando as plaquinhas de borracha. A duração é de 400 anos. Sou meio professor Pardal, fico inventando as coisas. E a pista tem a aprovação da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

EXTORSÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO, COMANDADO POR CARLOS LUPI: TABELA DA ROUBALHEIRA PARA O PDT VARIA DE 5% A 15%

Assessores do ministro Carlos Lupi, todos eles ligados ao PDT, são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. Leiam o que informam Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques, na VEJA desta semana:

Há pouco mais de um mês, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, deixou seu gabinete no 8° piso do edifício-sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, desceu três andares e se reuniu com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que despacha no mesmo prédio. Garibaldi agendou o encontro a pedido de um dirigente do Instituto Êpa, uma organização não governamental sediada no Rio Grande do Norte, seu estado de origem. A ONG recorrera a Garibaldi numa tentativa de fazer com que o Ministério do Trabalho voltasse a repassar verbas para um programa de qualificação profissional firmado com a entidade. Em vão. Na reunião entre os ministros, representantes do Trabalho elencaram uma série de irregularidades na prestação de contas do instituto e disseram que, em razão disso, as transferências não poderiam ser retomadas. Garibaldi e os dirigentes da ONG foram embora sem ver o problema resolvido. Atitude correta, republicana? Só na aparência.

Antes de procurarem Garibaldi Alves, os representantes da ONG tentaram resolver as pendências no lugar apropriado: as instâncias administrativas do Ministério do Trabalho. Esbarraram, porém, em um esquema de extorsão montado por dirigentes da pasta filiados ao PDT, partido do qual Carlos Lupi é presidente licenciado. O esquema funciona assim: o ministério contrata as ONGs para dar cursos de capacitação profissional. A exemplo do que ocorreu nas pastas do Turismo e, mais recentemente, do Esporte, muitos dos convênios servem apenas como fachada para desviar o dinheiro. Na hora de prestar contas, essas ONGs apresentam comprovantes de despesas inexistentes e listam alunos que nunca freqüentaram aula alguma. No caso do Turismo e do Esporte, a fiscalização corria frouxa para permitir que os recursos chegassem rapidamente ao caixa dos partidos. No Trabalho, desde o fim do ano passado, partiu-se para o achaque direto. O ministério suspendeu repasses de dinheiro ao mesmo tempo em que os dirigentes avisaram às ONGs que era preciso “normalizar as pendências” existentes - procedimento correto em caso de contratos micados. O problema é que, para “normalizar as pendências”, apareciam os mesmos assessores de Lupi responsáveis por “criar as pendências”.

Em dezembro de 2010, o Instituto Êpa recebeu a segunda parcela de um convênio para qualificação de trabalhadores em construção civil no Vale do Açu (RN). O ministério determinou três fiscalizações na organização, levantando indícios de irregularidades. Imediatamente, ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Sem dinheiro para manter os alunos em sala de aula, os dirigentes da ONG procuraram o ministério para tentar resolver o problema. Lá, foram avisados de que as irregularidades poderiam ser encaminhadas à Controladoria-Geral da União, órgão que tem o poder de declarar a inidoneidade de parceiros do poder público e, assim, impedi-los de receber recursos. Os diretores do Instituto Êpa receberam também um recado: a situação poderia ser resolvida rapidamente. Como? Pagando propina, conforme uma planilha de extorsão do PDT, que varia de 5% a 15% do valor do contrato. A quem? O contato deveria ser feito com Weverton Rocha, então assessor especial do ministro, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Os dois respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT. Foi para escapar do achaque que a ONG pediu a ajuda de Garibaldi Alves.

Nas últimas semanas, VEJA conversou com diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos sobre como os caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle interno do Trabalho em um instrumento de extorsão.

Leia na revista os detalhes de mais essa história sórdida.

Por Reinaldo Azevedo

Depois de reportagem na VEJA deste sábado, Lupi afasta operador de esquema de extorsão no Trabalho

Na VEJA Online:
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, determinou neste sábado o afastamento do assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualificação, e  operador do esquema de achaque a ONGs que tinham contrato com a pasta, conforme mostra reportagem de VEJA desta semana. Santos era o reponsável por recolher o dinheiro das entidades, após a extorsão. Por meio de nota, Lupi disse que “não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos” e mandou abrir sindicância para apurar as irregularidades.

Caciques do PDT, comandados por Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Relatos de dirigentes das ONGs Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte e Oxigênio, do Rio de Janeiro, revelam que as entidades contratadas pelo ministério para treinamento passavam a enfrentar problemas com a fiscalização da pasta e tinham os repasses de recursos bloqueados.

Para voltar a receber os recursos, as ONGs eram orientadas por assessores próximos a Lupi. Eles alertavam que o caso seria enviado à Controladoria Geral da União (CGU) para investigação, mas ofereciam uma “alternativa”: o pagamento de propina, em valores que variavam entre 5% e 15% do valor do contrato. Assim, para “normalizar pendências”, as ONGs tinham que recorrer às mesmas pessoas responsáveis por “criar as pendências”.

Na nota, divulgada pela assessoria, o ministro informa que o afastamento de Santos valerá pelo tempo que durar as investigações. Mas ressalta que será respeitado princípio da ampla defesa tanto dele como de outros servidores envolvidos nas denúncias.

Lupi está na mira da presidente Dilma Rousseff, que deve reformar sua equipe no início de 2012. Dilma tem acompanhado há tempos as denúncias de cobrança de propina na pasta comandada por Lupi e, em agosto, mandou que ele demitisse seu chefe de gabinete, Marcelo Panella - também envolvido com o esquema de extorsão, como mostra VEJA.

Na avaliação de auxiliares de Dilma - que perdeu cinco ministros por corrupção em seu primeiro ano de governo - é preciso, por enquanto, apenas “monitorar” o caso, uma vez que a presidente já tomou providências para coibir fraudes em convênios com ONGs. Por ordem de Dilma, todos os convênios com ONGs passam por uma operação pente-fino por um período de 30 dias.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério do Trabalho:

NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Ministério do Trabalho e Emprego informa que todas as denúncias publicadas neste sábado pela Revista Veja serão apuradas por meio de uma sindicância interna, que contará com o auxílio dos órgãos de controle externo, além da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como determinou o Ministro Carlos Lupi;
Que o colaborador Anderson Alexandre dos Santos, citado na reportagem, será imediatamente afastado de suas funções até que sejam apuradas todas as denúncias das quais é acusado;
O Ministério do Trabalho e Emprego também informa que as denúncias, sem comprovação, devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa das pessoas ali citadas, evitando assim qualquer prejuízo à imagem da instituição e de seus funcionários;
O Ministério do Trabalho e Emprego reitera que não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos.

Por Reinaldo Azevedo

Agnelo Queiroz e o Paradigma da Cueca Recheada. Ou: DEM pune os próprios malfeitores; o PT os promove

Os petistas e esquerdistas do Distrito Federal — além de alguns outros que se penduram nas tetas generosas do governo — gritam: “Cadê as provas contra o Agnelo?” Prova, para eles, agora, tem de ser como aquelas de Durval Barbosa: fita gravada, com entrega de maços de dinheiro. Se não for assim, não vale. Só o áudio não serve. O testemunho de gente que participou do esquema também tem de ser descartado. A pletora de provas de malversação de recursos do Ministério dos Transportes quando ele era titular também nada significa.

Provas, para petistas e esquerdistas, são as fitas gravadas por algum infiltrado, com planejamento da Polícia Federal. Ora, tenham paciência! Agnelo Queiroz, de todo modo, é mesmo um político ousado, né? A punição aplicada à Polícia Civil do Distrito Federal demonstra que ele não tem limites. E também é um sinal de que constituiu “a sua” própria polícia.

É isso aí. No “Sermão do Bom Ladrão”, apelando a São Basílio Magno, Padre Vieira distingue os ladrões que roubam e são enforcados dos ladrões que roubam e mandam enforcar. Estes são mais perversos do que aqueles porque “já com manha, já com força, roubam e despojam os povos”.

Os cuequeiros
Maços de dinheiro nas meias e na cueca destruíram, com razão, a reputação de alguns políticos de Brasília. Que bom! A decência não precisava deles. Mas e o deputado José Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoíno? O homem é considerado hoje um dos parlamentares mais influentes do partido. Era o chefe daquele sujeito flagrado com dólares na cueca. Tratava-se de um pobre coitado, que contou uma história COMPROVADAMENTE MENTIROSA. De quem era o dinheiro?

O escândalo sumiu no ralo da história. José Guimarães é tratado hoje como um homem decente, do bem, um político em ascensão, uma fonte “de respeito” do jornalismo político de Brasília.

Se diferenças há, nos dois episódios, entre o DEM e o PT, elas são favoráveis, obviamente, ao segundo partido. Um pune os próprios malfeitores; o outro os promove.

Por Reinaldo Azevedo

Suspeita no Esporte envolve cúpula do governo do DF

Por Filipe Coutinho e Renato Machado, na Folha:
O escândalo que derrubou o ex-ministro do Esporte Orlando Silva ( PC do B) envolve alguns dos principais assessores do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Três de seus seus secretários apresentam ligações com entidades ou pessoas investigadas por desvio de recursos de programas da pasta. Com a saída de Orlando do Ministério, a crise se concentra agora na capital federal. Agnelo (2003 a 2006) e Orlando (2006 a 2011) dividiram a titularidade do Esporte nos últimos anos, dentro da cota do PC do B. O hoje governador do DF, que depois ingressou no PT, é investigado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob a suspeita de que em sua gestão tenha se iniciado desvio de verbas de convênios do programa Segundo Tempo, um dos principais da pasta.
Após deixar o ministério, Agnelo se elegeu governador em 2010, já no PT. O seu atual secretário de Governo, Paulo Tadeu, é ligado à Cata-Ventos, que teve convênio de R$ 240 mil reprovado pelo próprio ministério. A entidade foi fundada pelo irmão do secretário, José Rosa Vale da Silva. Segundo a pasta, a Cata -Ventos apresentou várias inconsistências na comprovação da aplicação dos recursos. O ministério já pediu a devolução do dinheiro. A Folha apurou que pelo menos três pessoas que trabalhavam na organização agora têm cargos comissionados no governo, inclusive no gabinete do secretário.

Já o secretário de Saúde de Agnelo, Rafael Barbosa, deu parecer favorável a uma das ONGs do policial militar João Dias Ferreira, autor das acusações que derrubaram Orlando e que também é investigado como suposto participante do esquema. O secretário assinou, em 2006, o despacho considerando que o primeiro convênio com o policial não deveria ser renovado por conta de irregularidades. Mesmo assim, Barbosa assinou, seis meses depois, o segundo convênio com a entidade. Além da medida tomada pelo secretário, o governo de Agnelo apresenta outras ligações com o policial militar. O professor Ronaldo Carvalho Oliveira, vice-presidente de uma das ONGs de João Dias, ganhou um cargo comissionado na Companhia de Planejamento.

Por Reinaldo Azevedo

05/11/2011

 às 7:13

Caso Agnelo expõe o lado mais perverso do PT no poder

O acaso Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, expõe o aspecto mais deletério do aparelhamento do estado e dos sindicatos pelos petistas e esquerdas de modo geral. Quando a corrupção é dos outros, eles mobilizam os servidores públicos e os militantes sindicais para protestar; quando é da própria turma, ou fazem de conta que nada acontece ou optam pela saída Agnelo, este notável misto de Paulo Maluf com Josef Stálin: saem cortando cabeças indiscriminadamente. Vazamentos de investigações sigilosas têm, sim, de ser investigados e punidos. Mas não à maneira como fez este notável petista, ex-comunista do Brasil. Cortou a cabeça de todo mundo, de inocentes e de eventuais culpados.

E por que o fez? Por senso de justiça? Não! Para se vingar e para se proteger, já que a sua proximidade com notórios ladrões de dinheiro público está mais do que evidenciada. Estamos diante de um método. O PT manda seus bate-paus para a rua para incriminar inocentes ou culpados. O que lhes interessa é a luta política. Em nome dessa mesma luta, sempre protegem os seus, inocentes ou culpados.

Por Reinaldo Azevedo

Lula financiou com o dinheiro dos pagadores de impostos o prédio fantasma da UNEA

Há um ano, ao renovar o contrato de aluguel com a União Nacional dos Estudantes Amestrados (UNEA, antiga UNE), Lula incluiu um donativo de R$ 30 milhões (bancados pelos pagadores de impostos, como tudo o mais). Que fim levou a bolada? Cadê a sede nova que serviu de pretexto para a maracutaia? Confira na seção O País quer Saber.

(Augusto Nunes)

Celso Arnaldo e o Discurso sobre o Nada em Cannes: dar um jeito no neurônio de Dilma é coisa para um Sírio-Libanês

Impressionado com o Discurso sobre o Nada em Cannes, o jornalista Celso Arnaldo Araújo achou que era pouco internar Dilma Rousseff por causa de um único trecho do palavrório sem pé nem cabeça. O grande caçador de cretinices juntou logo quatro maravilhas do dilmês rústico, acrescentou seu parecer e remeteu aos enfermeiros a hóspede mais assídua do Sanatório Geral. Fez um trabalho tão bom que os médicos do famoso nosocômio acharam que é coisa para o Direto ao Ponto. (AN)

“Aí fomos para a reunião do G20. Na reunião do G20… Aliás, desculpa, dos Brics. Na reunião dos Brics, os Brics discutiram a questão da crise europeia. Os Brics, eu acho que nenhum deles foi… todos eles acharam que tinha de aumentar, se houvesse uma ajuda, se fosse necessário a ajuda, se… obviamente, os que são ajudados têm de querer. Enfim, são discussões…”

“Nas reuniões, assim, mais laterais: com os japoneses, discutimos o trem de alta velocidade… Quem mais que foi? Ah, com a OIT, foi essa questão que a OIT enfatizou muito, a importância que o Brasil tem na questão da política social, da política de proteção social, da política de valorização do trabalho. Até a nossa… a recente promulgação do Pronatec. Eles acompanham bem acompanhado”.

“Com a primeira-ministra, com a chanceler Angela Merkel, nós discutimos a importância da relação do Brasil com a Alemanha; enfatizamos que vamos dar uma ênfase muito grande à questão da pequena e da média empresa no Ano Brasil-Alemanha 2013/2014 (…) Enfim, eu estou tentando ser o máximo específica, mas, em geral, há muita, havia muita preocupação com a questão da crise europeia”.

“Não é protecionismo, nós temos de nos proteger também, cada um faz o que pode. Agora, tem algumas medidas que nós nunca vamos controlar. Não vamos controlar a hora que eles resolvem despejar 800… A última vez foram 800 milhões? Bi? Trezentos? Quanto foi o último quantitative easing, o dois? Seiscentos bi? Eu não vou… não tem como controlar isso, não tem como controlar a política cambial chinesa. Nós achamos é que não… passamos o tempo inteiro dizendo isso: que tem isso, que não pode ser assim, que tem de mudar. E, hoje, isso meio que se internalizou; hoje, não somos só nós a falar isso”.

Celso Arnaldo faz o resumo da Ópera da Maluquice:
Dilma Rousseff, tentando explicar aos jornalistas o conteúdo de suas sucessivas reuniões com chefes de estado das outras 19 nações mais ricas do mundo, que discutiram em Cannes o futuro do planeta, com uma sucessão de frases e ideias que, levadas ao pé da letra, sem uma rigorosa revisão, seriam barradas da ata da reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida.

(por Augusto Nunes)

O golpe ensaiado pelo pecador sem cura informa que os mensaleiros estão inquietos

Sempre que o deputado João Paulo Cunha reaparece no noticiário político-policial, faço questão de homenageá-lo com a republicação de um artigo que, em dezembro de 2005, apresentou aos leitores do Jornal do Brasil o parlamentar do PT paulista que presidia a Câmara quando explodiu o escândalo do mensalão. Embora enfiado no pântano até o pescoço, ou por isso mesmo, João Paulo começou a irritar-se já no título (“A coalizão dos vigaristas”). Ao estacionar no ponto final, o descobridor de Marcos Valério estava grávido de indignação com tudo o que lera, especialmente com o parágrafo abaixo transcrito:

“Vocês ainda vão ouvir falar muito num carequinha chamado Marcos Valério”, avisou Jefferson dias mais tarde. E então se deu a metamorfose. Sumiu o João Paulo com cara de garotão, maneiras polidas, cada fio de cabelo em seu lugar, óculos de primeiro da classe, afeito a sussurros conciliadores, mas disposto a enfrentar quaisquer perigos em defesa dos oprimidos e dos princípios do PT. Com os mesmos óculos, entrou em cena um tipo assustadiço, olheiras de porteiro de cabaré, barba implorando por lâminas, cabelos em desalinho, pupilas dilatadas pelo medo. Esse João Paulo era o verdadeiro. Tinha a cara da alma, modificada pelo lucrativo convívio com Marcos Valério.

No fim de 2008, o fruto da cólera foi afinal parido: nasceu uma ação judicial que fixava em R$ 100 mil o preço da honra ofendida. Como está explicado na seção Vale Reprise, o pedido de indenização foi engavetado pela Justiça em agosto de 2009. Antes disso, publiquei de novo o artigo e convidei os leitores a decidir o caso. O deputado mensaleiro achava que merecia dinheiro. Eu continuava achando que merecia cadeia. O timaço de comentaristas, como sempre, cumpriu exemplarmente a missão. E ficou resolvido que o que falta a João Paulo Cunha é uma didática temporada na gaiola.

Não só continua em liberdade como tem desfrutado com a habitual desfaçatez dos privilégios concedidos pelo bando governista a comparsas que perderam o sono no auge do escândalo. No começo do ano, por exemplo, o réu à espera de julgamento no Supremo por formação de quadrilha ganhou de presente a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Nesta quarta-feira, valendo-se das atribuições do cargo, infiltrou na pauta da reunião seguinte um projeto que concede anistia aos ex-deputados (e para sempre mensaleiros) José Dirceu, Roberto Jefferson e Pedro Corrêa, punidos pela Câmara com a cassação do mandato e a suspensão dos direitos políticos por oito anos.

Surpreendido pela reportagem do Estadão que denunciou a patifaria , o pecador irremissível balbuciou explicações desconexas e tratou de recolher a prova do crime. O episódio informa, simultaneamente, que João Paulo Cunha não tem conserto e que os quadrilheiros andam agitados demais com a aproximação do julgamento no STF.  Todos parecem confiantes na bancada das togas governistas. Mas talvez tenham descoberto que ainda é minoritária.

(por Augusto Nunes).


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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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