Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa atinge recorde
A média parcial de maio (até o dia 21) do Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul), de R$ 1.051,23, atingiu recorde, em termos reais, considerando-se toda a série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2000 – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de abr/14.
De modo geral, os valores do bezerro estão em movimento de alta desde o início de 2013, devido à baixa oferta de animais. Nas últimas semanas, especificamente, a demanda por parte de confinadores impulsionou o aumento nos preços do bezerro. Até então, o maior valor real havia sido verificado em julho de 2008, quando a média do Indicador foi de R$ 1.026,69.
A valorização do bezerro preocupa produtores que realizam as etapas seguintes da atividade de cria, já que encarece os custos de produção. Segundo levantamentos do Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), a compra de animais para reposição representou cerca de 63% dos custos efetivos da produção pecuária em 2013 – média do estado de São Paulo, que considera animais vindos de Mato Grosso do Sul. Na BM&FBovespa, os ajustes dessa quarta-feira para os contratos de boi gordo Outubro/14 e Novembro/14 fecharam a R$ 122,32 e a R$ 123,00, respectivamente, patamares próximos aos verificados no mercado físico nacional atualmente.
Quanto ao boi magro – de aproximadamente 2 anos – os valores também estão em alta. O preço médio do animal negociado em Campo Grande (MS) acumula elevação de 5,8% na parcial de maio, negociado a R$ 1.420,00 nessa quarta-feira, 21. Já para o boi gordo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 120,78/@ nessa quarta-feira, queda de 2,6% no acumulado de maio. Apesar das recentes desvalorizações da arroba, a média da parcial de maio, de R$ 122,55, ainda supera em expressivos 16,2% a média real de maio/13 (deflacionada pelo IGP-DI).
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