Carne bovina do Brasil chega à China em 48 dias; 20 dias a menos, comemora a Xinhua

Publicado em 13/08/2020 09:19
Corredor Terrestre-Marítimo facilita comércio de produtos de carne China-Brasil, diz Xinhua

Chongqing, 11 ago (Xinhua) -- Cerca de 84 toneladas de carne bovina congelada brasileira chegaram ao Município de Chongqing, no sudoeste da China, por meio de um corredor de comércio internacional nesta terça-feira, de acordo com a empresa que opera no corredor.

É a primeira vez que Chongqing importa carne bovina congelada brasileira através do corredor, que pode reduzir muito o tempo de logística envolvido no comércio de produtos de carne entre os dois países, informou a empresa.

Levou 48 dias para a carne no valor de quase 4 milhões de yuans (US$ 576 mil) atingir o município, cerca de 20 dias a menos em comparação com as rotas de carga tradicionais, disse Wang Yupei, presidente da empresa.

Segundo a empresa, os produtos de carne serão importados regularmente para Chongqing no futuro. As remessas importadas entrarão nos mercados vizinhos por meio da ferrovia, rodovia e outros canais de logísticas da cidade.

O Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo é uma passagem comercial e logística construída em conjunto pelas regiões provinciais chinesas e os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), incluindo Cingapura. Atualmente o corredor conecta 234 portos em 92 países e regiões.

Chongqing é o centro operacional do corredor. Os bens das províncias e regiões no oeste da China são transportados primeiramente para o Golfo de Beibu, na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, sul da China, antes de serem enviados para outras partes do mundo ao longo das rotas marítimas.

Ao todo, 1.966 trens de carga percorreram a rota de trânsito ferroviário-marítimo do corredor entre setembro de 2017 e 30 de junho deste ano.

Xi enfatiza promover parcimônia para evitar desperdício de comida

Beijing, 11 ago (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou resolutamente a importância de acabar com o desperdício de comida e pediu a promoção da parcimônia.

Xi, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, fez a exigência em uma instrução.

Chamando o problema do desperdício de alimentos de chocante e angustiante, Xi destacou a necessidade de manter um senso de crise em relação à segurança alimentar, especialmente em meio às consequências da epidemia de COVID-19, apesar do fato de a China ter obtido consecutivas safras abundantes.

O presidente enfatizou a intensificação da legislação e da supervisão, a adoção de medidas eficazes e o estabelecimento de um mecanismo de longo prazo para impedir o desperdício de alimentos.

É necessário aumentar ainda mais a consciência pública sobre o problema, cultivar efetivamente hábitos de parcimônia e promover um ambiente social onde o desperdício seja vergonhoso e a parcimônia seja aplaudida, apontou.

Xi dá grande importância à segurança alimentar e pediu repetidamente a promoção do costume social de praticar a parcimônia e combater o desperdício. Ele enfatizou a necessidade de interromper o desperdício de alimentos em muitas ocasiões.

Em janeiro de 2013, o líder chinês deu uma instrução sobre o assunto e desde então deu várias instruções exigindo esforços, incluindo fortes restrições institucionais, cumprimento estrito com os sistemas, forte supervisão e inspeção e mecanismos de punição severos para efetivamente coibir várias violações às regras, disciplinas e leis relativas ao consumo com fundos públicos.

Xi também estabeleceu requisitos específicos para reduzir o desperdício nas escolas e promover a consciência e as práticas de parcimônia dos alunos.

Importância da China ajuda no aumento da produção da soja brasileira

Rio de Janeiro, 13 mai (Xinhua) -- A soja é atualmente um dos destaques nas relações comerciais bilaterais entre a China e o Brasil. Em 2019, a China foi o maior comprador da soja brasileira, segundo os dados do Ministério da Economia do Brasil. Em tempos de crise provocada pela COVID-19, o Brasil espera manter o rumo das exportações para a China.

A exportação de soja foi introduzida comercialmente no Brasil na década de 1960, no Rio Grande do Sul e, nos últimos 50 anos, expandiu-se para todas as regiões do país. A pesquisa teve um papel fundamental no desenvolvimento da cultura de soja no Brasil. Diversos programas de melhoramento genético foram realizados no início da década de 1970, pela Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, o Instituto de Pesquisa Agropecuária do Sul (IPEAS), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

"Nos anos 1970, o Brasil não era considerado como uma potência na produção de alimentos. Não tinha o papel que ele tem hoje na questão de segurança alimentar, e na exportação de commodities, porque nós somos um país que está em um cinturão tropical, onde os solos eram muito ácidos, e a fertilidade baixa. A partir dos anos 70 houve um esforço muito grande no desenvolvimento de tecnologias, e de estudos de pesquisa, sobre tudo na questão agropecuária", relatou Margareth Simões, chefe adjunta de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa.

Nesses últimos anos, o aumento significativo da demanda chinesa impulsionou o desenvolvimento da cultura de soja no Brasil. Segundo a projeção recentemente divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de soja deverá totalizar 120 milhões de toneladas na temporada 2019/2020, com aumento de 4,6% em comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 115 milhões de toneladas.

Entre os grandes produtores concorrentes, que são os Estados Unidos e Argentina, o Brasil é o que possui o maior potencial de expansão em área cultivada, com possibilidade de duplicar a produção.

"Nós não temos dificuldades nenhuma em aumentar a nossa produção. Temos dificuldades em escoar essa produção. Fazer essa soja sair do meio do Brasil até o porto, e do porto para outros países. Eu acredito que o governo federal tem feito bastante projetos de infraestrutura, tem investido bastante tanto o governo estadual, como o federal, assinado até convênios com outros países com obras de infraestrutura, que é algo realmente necessário para o desenvolvimento do nosso país", disse Jules Inácio Bortoli, diretor do grupo Bom Futuro, um dos maiores produtores de soja do mundo, com 500 mil hectares espalhados em 21 cidades, mais de 100 fazendas, e cerca de 6 mil funcionários.

Na lista do governo brasileiro neste ano, estão previstos sete leilões para manutenção e construção de estradas, e também outros projetos para renovação e construção de rodovias e ferrovias, que podem ajudar nesse escoamento e, por consequência, ocasionar um aumento de produção. Os principais Estados brasileiros produtores são respectivamente Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul.

"Mais de 50% da soja brasileira é exportada, e dessa exportação, 90% é para a China para atender a demanda chinesa para alimentação de suínos e frangos para a produção de proteína animal. Essa relação Brasil e China é muito positiva. E uma relação muito importante para o futuro. O Brasil vai continuar a aumentar a produção de soja, porque a demanda vai continuar crescendo na China por soja e por proteína animal", afirmou Rodrigo dos Santos, presidente da divisão agrícola da Bayer na América Latina.

De acordo com a edição de abril do boletim "Estimativa de Safra", da Aprosoja Brasil, a China será o destino de 85% das exportações brasileiras de soja in natura. Dos 120 milhões de toneladas de soja que o Brasil deve produzir na safra 2019/2020, 77 milhões de toneladas serão voltados para a exportação, inclusive 66 milhões de toneladas para a China.

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Xinhua (estatal de notícias)

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