Café: Bolsa de Nova York dá continuidade a perdas e opera em baixa nesta 3ª feira

Publicado em 21/07/2015 09:54

Nesta terça-feira (21), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa, após encerrar com quedas no fechamento anterior, por influência da valorização do dólar. Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, não há definições para as cotações no curto prazo. Na abertura de hoje os vencimentos operavam com leves altas, mas não conseguiram sustentar os ganhos, assim com no pregão anterior. .

Às 12h50, no horário de Brasília, o vencimento setembro/15 operava com desvalorização de 105 pontos e era cotado a US$ 126,40 cents/lb, assim como dezembro que era negociado a US$ 130,00 cents/lb, caindo 100 pontos. Já março/16 caia 100 pontos, valendo US$ 133,70 cents/lb.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Café: Com valorização do dólar, Bolsa de Nova York fecha em campo negativo pelo terceiro pregão consecutivo nesta 2ª feira

Nesta segunda-feira (20), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram em baixa com a valorização do dólar. Apesar de a moeda norte-americana ter fechado próximo da estabilidade, durante o dia apresentou altas significativas como um reflexo do estresse político no Brasil e também com as expectativas de alta de juros nos Estados Unidos.

A principal referência, setembro/15, encerrou valendo US$ 127,45 cents/lb, com desvalorização de 95 pontos. O vencimento dezembro/15 sofreu perdas de 90 pontos e fechou o dia valendo US$ 131,00 cents/lb, enquanto março/16 cedeu 80 pontos, ficando nos US$ 134,70 cents/lb.

Pela manhã, os futuros do arábica abriu em campo positivo, mas não conseguiu sustentar os ganhos e volta a fechar em cenário negativo pelo terceiro pregão consecutivo. Segundo o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado ainda segue carente de notícias fundamentais, enquanto o mercado financeiro segue ditando os preços do café na ICE Futures US.

Não apenas o café foi influenciado, mas também as principais commodities, devido a valorização do dólar diante das principais moedas, chegando a registrar a máxima dos últimos três meses. Com as perspectivas do aumento dos juros nos Estados Unidos, que deve ocorrer neste segundo semestre, além dos problemas políticos no Brasil, a moeda norte-americana encerrou valendo R$ 3,20, com alta de 0,21%.

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Colheita

No Brasil, a colheita do Arábica da safra 2015/16 se intensifica, que segundo levantamento semanal realizado pela Safras & Mercado chegou a 56% até o dia 14 de julho.  Para Anilton Machado, apesar da preocupação com o rendimento da safra devido aos problemas climáticos, ainda é cedo para saber qual será o tamanho da safra brasileira, e por isso, o mercado internacional ainda não refelete nas cotações. O analista ainda explica que apesar dos problemas, os grãos estão em boa qualidade. Já para o Conilon, a colheita está praticamente encerrada, em que a quebra está acima dos 35%.

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No cenário climático, há mais chuvas previstas para o cinturão produtivo de café no Brasil. Segundo boletim da Somar Meteorologia, uma nova frente fria rompe o bloqueio atmosférico, levando chuvas para o sudeste já nesta terça-feira (21). Os volumes previstos não são significativos e deve paralisar os trabalhos apenas em algumas regiões.

Exportações

Na tarde desta segunda-feira (20), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportações de café em grão referentes a terceira semana de julho, num total de 13 dias úteis. Em volume,  os embarques chegaram aos 1,387 milhões de sacas de 60 kg, com média diária de  106,7 mil sacas. Os números representam uma queda de 6,1% em relação a junho e 11,4% em comparação a julho de 2014.

Já em receita, o acumulado chegou a US$ 226,5 milhões, com média diária de US$ 17,4 milhões.  O resultado representa uma queda de 23,2% em relação a julho de 2014 e uma baixa de 6,9% ao mês anterior. Além disso, o valor por saca também teve uma queda, que ficou em US$ 163,30.

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Mercado interno

No mercado físico, ainda há poucos negócios sendo realizados, devido ao baixo volume de cafés da safra nova para negociação. Segundo Anilton Machado, os produtores estão procurando atender apenas o que foi negociado com vendas antecipadas, em que tem se focado nos trabalhos do campo.

Para o café cereja descascado, apenas Poços de Caldas (MG) apresentou variação de preços. Na praça, os preços subiram 2,86% e a saca de 60 kg encerrou o dia cotada a R$ 467,00. Para este tipo de café, Espirito Santo do Pinhal (SP) é a praça de comercialização com maior valor praticado, a R$ 500,00 por saca.

O café tipo 6, teve valorização de 2,38% nos preços da saca em Patrocínio (MG), que fechou cotada a R$ 430,00. Em Marília (SP), houve uma desvalorização 4,88% no valor da saca de 60 kg, que fechou a R$ 390,00.

Já o tipo 4 subiu 5,16% em Poços de Caldas (MG), em que saca de 60 kg fechou a R$ 448,00. Varginha (MG) teve uma leve alta, de 0,47%, em que a saca encerrou o dia cotada a R$ 425,00.

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Tags:
Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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