Café: Bolsa de Nova York tem alta de mais de 200 pts nesta tarde de 6ª e vencimentos buscam patamar de US$ 1,50/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 200 pontos nesta tarde de sexta-feira (8) realizando ajustes ante as recentes quedas e com suporte do dólar, que passou a cair forte com a divulgação da meta fiscal do governo ontem (7). Com esse avanço, os preços externos voltam a ficar próximos de US$ 1,50 por libra-peso.
Por volta das 11h46, o vencimento setembro/16 anotava 143,75 cents/lb com 195 pontos de alta, o dezembro/16 registrava 146,70 cents/lb com 190 pontos de valorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 149,45 cents/lb com 195 pontos positivos e o maio/17 estava cotado a 150,65 cents/lb com 150 pontos positivos.
"As bolsas para o café operam com leve alta nesta sexta acompanhando o cenário financeiro global e a queda do dólar", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Os preços futuros do arábica na ICE tem acompanhado o financeiro durante toda a semana. Após cinco altas seguidas, o dólar comercial, às 11h09, recuava 2,10%, vendido a R$ 3,2952 na venda. A moeda estrangeira menos valorizada em relação ao real desencoraja as exportações da commodity.
Segundo agências internacionais, também dá suporte ao mercado, do lado fundamental, a melhora climática no Brasil, que tem estimulado melhores resultados na colheita da safra 2016/17. "Com o avanço da safra, se percebe uma melhora na qualidade dos grãos. No entanto, no final dos trabalhos, a qualidade do café também será baixa", afirmou ontem o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Levantamento divulgado na quinta-feira (7) pela Safras & Mercado, a colheita de café brasileira, até dia 5 de julho, estava em 52%. Levando em conta a estimativa da consultoria de 54,9 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que foram colhidas 28,65 milhões de sacas.
Com o avanço da safra, os negócios no mercado interno tiveram um ligeiro aquecimento nos últimos dias. No entanto, os tipos mais procurados continuam sendo os mais finos, que variam entre R$ 500,00 e R$ 520,00 a saca. Na quinta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 498,33 com alta de 0,76%.