Café: Bolsa de Nova York sobe cerca de 100 pts nesta tarde de 4ª feira com safra do Brasil e informações da Colômbia

Publicado em 20/07/2016 12:47

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a registrar alta nesta tarde de quarta-feira (20) e recuperam parte das perdas de 300 pontos registrada na sessão anterior, quando o mercado adotou cautela diante das recentes intempéries climáticas no cinturão produtivo do Brasil. Além das incertezas com a próxima safra do país, os operadores também repercutem a greve de caminhoneiros na Colômbia.

Por volta das 12h, o vencimento setembro/16 registrava 147,60 cents/lb com 105 pontos de alta, o dezembro/16 anotava 150,45 cents/lb com 95 pontos de avanço. Já o contrato março/17 estava cotado a 153,15 cents/lb com 90 pontos positivos, enquanto o maio/17, mais distante, tinha 154,80 cents/lb também com 90 pontos de valorização.

De acordo com agências internacionais de notícias, depois dos ajustes de ontem, as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na próxima temporada volta a dar o tom das negociações na Bolsa de Nova York. Áreas produtoras expressivas do Paraná, São Paulo e Minas Gerais foram atingidas por geadas no início da semana.

Segundo o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, os operadores no terminal externo ontem (19) estavam cautelosos e preferiram aguardar informações mais concretas sobre os efeitos das geadas para a safra 2017/18. "O mercado não consegue entender qual a dimensão exata e os efeitos desse frio e das geadas para a próxima temporada", afirmou.

Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que o frio deve continuar nas regiões produtoras de café do Sudeste do Brasil nos próximos dias. No entanto, sem geadas. Na Zona da Mata do Espírito Santo e na Bahia pode ocorrer chuvas fracas.

Além das incertezas em relação à produção do Brasil, novidades sobre a greve de caminhoneiros na Colômbia também acaba dando certo suporte aos preços externos, segundo Reuters. "O futuro do café arábica subiu, apoiado por uma prolongada greve dos caminhoneiros na Colômbia, que elevou os riscos de redução nas exportações", reportou a agência de notícias.

O dólar comercial opera em baixa nesta quarta-feira e dá suporte às cotações do arábica no terminal externo, pois desencoraja as exportações da commodity. Às 12h23, a moeda caía 0,54%, cotada a R$ 3,2410 na venda, acompanhando os mercados externos.

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos com os produtores atentos à colheita da safra e esperando patamares ainda mais altos do que os registrados. Na terça-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,26 com queda de 0,39.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • miguel moura abdalla piraju - SP

    LAVOURAS DE CAFÉ NO BRASIL TEM FICADO BEM DANIFICADAS COM GEADAS MODERADAS (MAS FREQUENTES), ACARRETANDO BAIXAS CONSTANTE NA PRODUÇÃO E QUALIDADE.. EM 2016 NÃO TEREMOS NEM 50 MILHÕES DE SACAS COLHIDAS E EM 2017 PRODUZIREMOS NO MAXIMO 40 MILHÕES DE SACAS COLHIDAS...

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