Café: Bolsa de Nova York perde parte dos ganhos registrados na últimas sessões nesta manhã de 3ª

Publicado em 23/08/2016 08:57

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam cerca de 50 pontos nesta manhã de terça-feira (23) e perdem parte dos ganhos registrados nas últimas sessões. O movimento de realização de lucros já era esperado por analistas uma vez que os preços externos da variedade se aproximaram na véspera do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.

Por volta das 08h53, o contrato setembro/16 registrava 143,40 cents/lb com 70 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 145,85 cents/lb com 55 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,10 cents/lb com 50 pontos de desvalorização e o maio/17 anotava 150,80 cents/lb com 75 pontos negativos.

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Bolsa de NY sobe cerca de 500 pts nesta 2ª atenta ao clima no Brasil e volta a se aproximar de US$ 1,50/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o dia com alta de cerca de 500 pontos nos principais vencimentos. Com movimentos técnicos sendo realizados e, principalmente, ainda repercutindo as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil, o mercado voltou a ficar próximo do patamar de US$ 1,50 por libra-peso, que foi perdido nas últimas sessões.

O contrato setembro/16 anotou 144,10 cents/lb com 530 pontos de alta, o dezembro/16 fechou a sessão cotado a 146,40 cents/lb com 480 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 registrou 149,60 cents/lb e o maio/17 encerrou o dia com 151,55 cents/lb, ambos com 480 pontos de valorização.

As chuvas no final de semana favoreceram a abertura de floradas no cinturão produtivo do Brasil. Porém, o tempo deve ficar mais quente e seco a partir da segunda metade desta semana. É isso que os cafeicultores mais temem, pois uma florada agora com condições climáticas desfavoráveis, pode comprometer o potencial produtivo da safra 2017/18. Além disso, o próximo ano promete ser de bienalidade baixa para a maioria das plantações brasileiras, o que já incide em menor produção.

A possibilidade de geadas no cinturão produtivo de café na madrugada desta terça-feira também movimentou o mercado durante o dia. No entanto, segundo institutos meteorológicos, essa massa de ar polar está perdendo forças e o risco de geadas em áreas do Sul e Sudeste do Brasil está diminuindo.

Além das questões fundamentais, segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado também avançou nesta segunda-feira com movimentos técnicos. "A conjugação de fundos defendendo suas apostas compradas no mercado aliado ao cenário climático desafiador nas regiões produtoras do Brasil vem dando rotineiramente um suporte muito legal para as cotações, tanto em Nova York quanto em Londres", explica.

Para Magalhães, tudo indica que as cotações do arábica estendam os ganhos de hoje na próxima sessão. "Não podemos descartar novas rodadas de emoções, mas sem nunca descartar a possibilidade de ocorrerem rápidas realizações de lucros nos terminais internacionais", pondera o analista.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, José Braz Matiello, ressalta outros problemas nas lavouras para a próxima temporada, como a desfolha. Ele estima que o cinturão produtivo tenha perdas de 30% em relação à produção desse ano. "Se fosse arriscar hoje, eu daria de 5 a 10 milhões de sacas a menos no arábica. As plantas estressaram muito com a condição climática. Alguns produtores já estão antecipando a poda", ressalta Matiello.

Após operar em alta durante a maior parte do dia, o dólar comercial virou no fim da sessão com investidores cautelosos sobre um possível aumento de juros nos Estados Unidos. A moeda estrangeira encerrou o dia cotada a R$ 3,2015 na venda com queda de 0,17%. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity, por outro lado, os preços esboçam reação.

No mês de julho, os embarques do Brasil totalizaram 1,91 milhões de sacas. O volume representa uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 2,55 milhões de sacas. Os dados são do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Mercado interno

Enquanto os negócios no cenário externo estão a todo vapor, nas praças de comercialização do Brasil os produtores seguem retraídos das vendas e aguardam melhores patamares. "O setor produtivo vem acompanhando o desenrolar desta novela [incertezas climáticas] sem indicar pressão na ponta vendedora", explica Marcus Magalhães. Com a alta externa, os preços internos esboçaram reação nesta segunda-feira.

O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 1,69%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 4,67% e saca a R$ 560,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 563,00 a saca e avanço de 4,07%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com R$ 508,00 a saca e alta de 5,18%.

Na sexta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 475,34 com alta de 0,62%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta também fechou do lado azul da tabela nesta segunda-feira. O contrato setembro/16 anotou US$ 1799,00 por tonelada com alta de US$ 13, o novembro/16 teve US$ 1831,00 por tonelada com avanço de US$ 14 e o janeiro/17 anotou US$ 1855,00 por tonelada com valorização de US$ 14.

Na sexta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 425,57 com alta de 0,41%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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