Exportação de café do Brasil em 2017/18 deve cair para 32 mi sacas, diz Comexim

Publicado em 09/06/2017 18:03

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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil, maior produtor e exportador global de café, deverá exportar cerca de 32 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2017/18 (julho/junho), um volume abaixo das 33,4 milhões de sacas projetadas para a temporada 2016/17, que se encerra em junho, estimou nesta sexta-feira o diretor nos EUA da exportadora Comexim, Rodrigo Costa.

Em entrevista a jornalistas no intervalo do Coffee Summit, em São Paulo, ele afirmou que com uma safra menor colhida neste ano no país, no período de baixa do ciclo bianual do arábica, a expectativa é de uma exportação mais baixa que no ciclo anterior.

A safra do Brasil deverá atingir 52 milhões de sacas em 2017/18, ante 55 milhões de sacas em 2016/17.

"Se produz menos, não vai conseguir exportar mais", disse ele, ponderando que uma alta nos preços poderia estimular os embarques, mas isso também dependeria dos estoques no país, cujos volumes são incertos. De maneira geral, o consenso no mercado indica estoques em patamares baixos.

A produção mais baixa no Brasil deverá ter impacto na produção global em 2017/18, que segundo as projeções da Comexim somarão 153,8 milhões de sacas, praticamente estáveis ante 2016/17.

Dessa forma, com um consumo crescente, o déficit no mercado global de café vai aumentar para 4,2 milhões de sacas em 2017/18, ante déficit de 1,7 milhão de sacas em 16/17.

Assim, Costa ressaltou que, pelos números atuais, não haveria motivo para uma queda nos preços na bolsa de Nova York (ICE) para níveis abaixo de 1,2 dólar por libra-peso.

Ele disse que as cotações na ICE estão oscilando em níveis relativamente baixos porque o mercado está antecipando uma grande safra no ano que vem (2018/19) no Brasil, que ele vê com potencial para atingir 65 milhões de sacas, se as floradas forem boas.

Caso essa produção se confirme no ano que vem, período de alta do ciclo do arábica, ele acredita que o mundo poderá ver um superávit de 4,5 milhões de sacas em 2018/19, o que seria apenas suficiente para "tampar o buraco" do período anterior.

(Por Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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