Após semana intensa, café encerra com altas e aguarda por novidades da pandemia

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com altas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US) e os principais contratos tiveram altas de mais de 500 pontos nesta sexta-feira (20).
Maio/20 teve valorização de 700 pontos, valendo 119,70 cent/lbp, julho/20 subiu 630 pontos, negociado por 119,75 cents/lbp, setembro/20 teve alta de 565 pontos, valendo 120,10 cents/lbp e dezembro/20 encerrou com valorização de 525 pontos, valendo 120,95 cents/lbp.
Apesar da semana intensa, o mercado do café em especial registrou várias sessões de altas, indo contra as demais commodities que mais uma vez registraram quebras expressivas nas bolsas. "A gente pode citar o balanço entre oferta e demanda, o café árabica está enfrentando um período apertado", destaca.
Fernando explica ainda que as exportações brasileiras apresentaram baixas em comparação com o ano passado e os estoques americanos de café registraram baixa de mais de 370 mil sacas de café. "Então os estoques certificados da ICE e os demais fatores mostram que está mais difícil originar o café no mercado", comenta. As baixas, segundo o analista, ficaram acima do que era esperado pelo setor cafeeiro.
>>> Café: Apesar de altas, cenário é preocupante para exportações e consumo mundial
O site internacional Barchart também destacou as preocupações com embarques em sua análise diária. "Os preços do café na sexta-feira subiram depois que o comerciante de café Volcafe disse aos clientes que a pandemia de coronavírus está causando atrasos logísticos que se tornarão "mais generalizados" nos principais países produtores de café, o que pode causar atrasos nos embarques de café para portos e outras operações de transporte", afirmou.
O dólar encerrou a semana com queda de 1,5% e cotado a R$ 5,027 na venda. O dólar valorizado tende a encorajar as exportações brasileiras. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
O analista destaca ainda que o produtor aproveitou os bons preços da semana, movimentando também o mercado físico brasileiro. Vale lembrar que os negócios no mercado interno estavam abaixo do esperado pelo setor, devido aos preços baixos que o produtor de café enfrentou nos dois primeiros meses de 2020.
O tipo 6 duro teve alta de 1,77% em Guaxupé, valendo R$ 575,00. Poços de Caldas/MG registrou alta de 1,75%, negociado por R$ 580,00. Patrocínio/MG teve aumento de 1,79%, valendo R$ 570,00. Franca/SP teve a alta mais expressiva, com 5,36%, valendo R$ 590,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,65% em Guaxupé/MG, valendo R$ 615,00. Poços de Caldas/MG registrou aumento de 1,56%, valendo R$ 650,00 e Patrocínio/MG teve valorização de 1,64%, valendo R$ 620,00.
O tipo 4/5 teve valorização de 5,26% em Franca/SP, valendo R$ 600,00. Poços de Caldas/MG subiu 0,89%, valendo R$ 565,00 e Poços de Caldas/MG teve valorização de 1,72%, valendo R$ 590,00.
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