Café tem dia de quedas, mas valorização do real minimiza perdas nos principais contratos
O mercado futuro do café arábica finaliza a quarta-feira (20) com baixas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Apesar da queda de mais de 100 pontos, o analista Haroldo Bonfá destaca que a movimentação é normal para o momento em que todo o mercado acompanha a colheita do Brasil - com a expectativa de uma boa safra e também das condições climáticas, além dos efeitos da pandemia do Coronavírus.
Julho/20 teve queda de 140 pontos, valendo 105,65 cents/lbp, setembro/20 registrou baixa de 135 pontos, negociado por 107,05 cents/lbp, dezembro/20 teve queda de 125 pontos, negociado por 108,95 cents/lbp e março/21 encerra com desvalorização de 125 pontos, negociado por 110,80 cents/lbp.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Haroldo Bonfá - da Pharos Consultoria, reafirma que as previsões climáticas no Brasil podem começar a impactar os preços no exterior. "Isso pode ser sim um alerta e sempre é um motivo para movimentar os preços. Nova York já está comentando sobre isso e devemos ficar atentos", comenta o analista.
Destaca ainda que a apesar do dólar ter dias de baixa, como nesta quarta-feira (20), os valores ainda são importantes e garantem a comercialização do café e ajudam na exportações. "É muito interessante quando você olha o gráfico, principalmente o mês de julho, está com um canal lateral e está dentro do esperado. É um reflexo de tudo isso: dólar, uma safra grande pressionando os preços para baixo e previsão de frio que pressiona os preços pra cima", destaca.
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Na análise do site internacional Barchart, as perdas desta sessão foram limitadas à medida que o real brasileiro subiu em relação ao dólar. O dólar finalizou a quarta-feira com queda de 1,23% e cotado no R$ 5,69 na venda. "Os preços do café ficaram sob pressão na manhã de quarta-feira, depois que a Somar Meteorologia retirou de suas previsões a chance de geada para esta semana nas áreas de café do Brasil", destacou ainda em sua análise.
No mercado físico brasileiro, como de costume, os preços acompanharam o exterior e também encerraram o dia com baixas nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 duro teve queda de 2,54% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 575,00. Guaxupé/MG registroun queda de 0,83%, negociado por R$ 597,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 595,00, Araguarí/MG manteve o valor de R$ 600,00, Varginha/MG manteve o valor de R$ 595,00 e Campos Gerais/MG registrou baixa de 1,54%, sendo negociado por R$ 576,00.
O tipo 4/5 teve queda apenas em Poços de Caldas/MG, de 2,50% e valendo R$ 585,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 605,00 e Franca/SP manteve o valor de R$ 600,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 2,27% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 645,00. Guaxupé/MG teve baixa de 0,78%, negociado por R$ 640,00. Varginha/MG registrou desvalorização de 0,79%, negociado por R$ 625,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 1,53%, valendo R$ 645,00.