Café finaliza sem grandes mudanças nos preços; previsão de chuva limita ganhos, mas estiagem ainda é preocupante

Publicado em 23/09/2020 16:49

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O mercado futuro do café arábica finalizou o pregão desta quarta-feira (23) com poucas variações para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/20 registrou queda de 15 pontos, valendo 110,50 cents/lbp, março/21 teve queda de 20 pontos, negociado por 112,25 cents/lbp, maio/21 registrou desvalorização de 25 pontos, negociado por 113,70 cents/lbp e julho/21 encerrou com baixa de 20 pontos, valendo 115,15 cents/lbp. 

"Os preços do café na quarta-feira ajustaram-se misturados ao arábica em uma baixa de 2 meses. As preocupações com a demanda pesaram sobre os preços do café, já que o ressurgimento da pandemia global de Covid pode levar os países a impor restrições que controlem o crescimento econômico e o consumo de café", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. 

Ainda de acordo a publicação, as condições do clima no Brasil também limitaram os ganhos nesta quarta. "Uma melhora nas perspectivas climáticas no Brasil e no Vietnã é outro fator de baixa para o café. A Somar Meteorologia disse na segunda-feira que Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, pode receber 20 mm de chuva até quarta-feira", afirmou. 

As condições, no entanto, ainda são preocupantes para o setor cafeeiro no Brasil. Em entrevista ao Notícias Agrícolas confirmou que choveu nos últimos quatro dias em Minas Gerais e na Alta Mogiana/SP, mas com volumes muito baixos, sem levar alívio ao produtor e aumentando ainda mais as preocupações com a produção da safra do ano que vem. 

Segundo dados coletados nas estações meteorológicas da Fundação Procafé, a região de Varginha/MG recebeu 40 mm de chuvas, o sul mineiro registrou apenas 17 mm, Triângulo Mineiro 18 mm e Franca/SP teve acumulado de apenas 2 mm. 

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Quanto à colheita da safra atual, a Cooxupé divulgou durante o pregão que a colheita nas áreas de atuação da cooperativa já está em 98,02% nas áreas de atuação da cooperativa. Segundo o relatório semanal, a região de São Paulo já colheu 100% da área, enquanto o sul de Minas Gerais está em 99,98% e o Cerrado Mineiro com 94,47% de área colhida.

Em relação a igual período de 2019, os trabalhos de campo estão atrasados pois, na mesma semana do ano passado, o acompanhamento da colheita já havia terminado, considerando que a safra foi de bienalidade negativa. Na comparação com 2018 (99,01%), os trabalhos nesta safra também estão um pouco mais lentos.

No Brasil, o mercado físico finalizou o pregão com altas nas principais regiões produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,83% em Guaxupé/MG, valendo R$ 557,00, Poços de Caldas/MG registrou valorização de 2,91%, valendo R$ 530,00, Araguarí/MG teve alta de 0,93%, valendo R$ 545,00, Varginha/MG registrou alta de 1,83%, negociado por R$ 555,00, Campos Gerais/MG teve alta de 1,66%, estabelecendo os preços por R$ 552,00, em Franca/SP a valorização foi de 2,45%, valendo R$ 543,00.

O tipo cereja descascado teve valorização de 2,65% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 580,00. Guaxupé/MG registrou alta de 1,69%, valendo R$ 600,00, Varginha/MG teve alta de 0,85%, valendo R$ 590,00 e Campos Gerais/MG encerrou com valorização de 1,49%, valendo R$ 612,00.

>>> Veja mais cotações aqui

 

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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