Café: Após semana com volatilidade, café termina com estabilidade em Nova York e em Londres

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com altas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Após registrar valorização acima dos 200 pontos, o mercado encerrou apenas com altas técnicas nesta sexta-feira (2).
Dezembro/20 teve alta de 190 pontos, valendo 108,95 cents/lbp, março/21 registrou alta de 175 pontos, valendo 110,95 cents/lbp, maio/21 subiu 170 pontos, valendo 112,35 cents/lbp e julho/21 encerrou valendo 113,75 cents/lbp, com valorização de 165 pontos.
A semana foi marcada por baixas em Nova York. "A queda foi estimulada pela força do dólar comercial frente ao real, motivada por incertezas sobre a questão fiscal no Brasil, e pela possibilidade de retorno de chuvas ao cinturão produtor", destacou o Conselho Nacional do Café em sua análise semanal.
Apesar das valorizações técnicas desta sexta-feira, as novas previsões do tempo nas áreas produtoras do país ainda pressionam o mercado. A tendência, segundo os modelos meteorológicos mais recentes, é do retorno das chuvas a partir do dia 10 de outubro em Minas Gerais.
O maior estado produtor de café enfrenta o déficit hídrico mais severo dos últimos anos e o produtor aguarda pelas chuvas para tentar minimizar os impactos da seca. O cenário na Alta Mogiana, em Franca, também é de preocupação, tendo em vista que a região não registra chuvas expressivas há mais de 100 dias.
O site internacional Barchart destacou na sua análise diária os novos números da Organização Internacional do Café, divulgadas em 1º de Outubro. "Os preços do café caíram inicialmente esta manhã, depois que a OIC elevou sua estimativa de superávit global de café de 2019/20 para 1,54 milhão de sacas de uma estimativa anterior de 952.000 sacas, ao reduzir sua estimativa de consumo global de café de 2019/20 para um declínio de -0,5% para 167,807 milhões de sacas", destacou a análise. Anteriormente, o mercado operava com expectativa de valorização de 0,3% no consumo.
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Na Bolsa de Londres o café tipo conilon encerrou a semana com estabilidade para os principais contratos. Novembro/20 teve alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1290, janeiro/21 teve baixa de US$ 4 por tonelada, negociado por US$ 1311, março/21 teve queda de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1327 e maio/21 encerrou com desvalorização de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1343.

Fonte: CNC
Já para a semana no Brasil, o CNC destaca que no mercado físico, as cotações do café também recuaram, mantendo os agentes retraídos e a liquidez reduzida. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 532,37/saca e R$ 392,33/saca, com quedas, respectivamente, de 1,9% e 2,4%.
No pregão desta sexta-feira, o mercado físico acompanhou o exterior e finalizou próximo da estabilidade nas principais áreas produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve movimentação mais expressiva em Araguarí/MG, com alta de 3,77%, valendo R$ 550,00 e em Guaxupé/MG com alta de 1,81%, estabelecendo os preços por R$ 562,00. Patrocínio/MG teve queda de 1,83%, negociado por R$ 535,00 e Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 515,00.
O tipo cereja descascada teve queda de 1,68% em Patrocínio/MG, valendo R$ 585,00, enquanto Campos Gerais/MG teve alta de 1,66%, valendo R$ 613,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 595,00, Poços de Caldas/MG manteve o valor por R$ 565,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 600,00.
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