Preços do café seguem pressionados por oferta limitada, mas encerram sessão de 4ª feira (12) em queda
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De acordo com o Barchart, os preços do café encerram a sessão com perdas moderadas nesta quarta-feira (12), já que um aumento nos estoques de café da ICE aliviou as preocupações com o fornecimento. Na terça-feira (11), os estoques do arábica subiram para uma alta de 1 semana de 803.032 sacas, e na última sexta-feira (07) os estoques de robusta registraram uma alta de 1 mês, totalizando 4.356 lotes.
Porém, o clima seco e as chuvas abaixo do normal nas principais regiões produtoras de café no Brasil seguem preocupando a produtividade da safra 2025/26. Relatório da Pine Agronegócios aponta que se concretizar essa falta de chuva nos próximos dias com o aumento das temperaturas, devemos ter uma das piores condições de umidade no solo para o período do inverno, o que pode impactar nas gemas florais, ou seja, devemos começar a olhar para a safra de 2026 com um risco de quebra de produtividade caso esse contexto se concretize.
Segundo o analista de mercado da The Price Futures Group, Jack Scoville, as dúvidas sobre a produção no Brasil e a falta de ofertas do país, relatos de safras brasileiras curtas induzidas pelo clima (principalmente do arábica), juntamente com a produção e ofertas reduzidas do Vietnã estão dando suporte aos preços. Jack destaca também que o excesso de chuva no Vietnã está prejudicando a qualidade da colheita local, pois é mais difícil secar e armazenar os grãos corretamente.
Diante deste cenário, o arábica encerra o pregão com queda de 725 pontos no valor de 392,20 cents/lbp no vencimento de março/25, um recuo de 700 pontos negociado por 386,75 cents/lbp no de maio/25, uma baixa de 585 pontos no valor de 378,55 cents/lbp no de julho/25, e uma queda de 530 pontos no valor de 369,95 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta registra baixa de US$ 22 no valor de US$ 5.515/tonelada no contrato de março/25, uma queda de US$ 44 cotado por US$ 5.508/tonelada no de maio/25, uma perda de US$ 29 no valor de US$ 5.484/tonelada no de julho/25, e um recuo de US$ 28 negociado por US$ 5.418/tonelada no de setembro/25.
Mercado Interno
De acordo com análise do consultor de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, o mercado interno segue “de lado” com o produtor capitalizado não aceitando vender nos preços atuais e com a indústria e o exportador precisando comprar para honrar seus compromissos."A próxima safra brasileira 25/26 está prestes a começar, com a safra do robusta começando a ser colhida já em meados de abril, e o comprador continua acreditando na pressão de venda na entrada da safra. Muitos compromissos já foram assumidos então, praticamente muito desse café novo já está comprometido" completa o consultor.
As áreas acompanhadas pelo Notícias Agrícolas encerram o dia com baixas, e o Café Arábica Tipo 6 registra o recuo de 1,93% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.536,00/saca,
uma baixa de 1,89% em Franca/SP no valor de R$ 2.600,00/saca, e uma queda de 0,39% no valor de R$ 2.540,00/saca em Poços de Caldas/MG. O Cereja Descascado registra
baixa de 1,89% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.595,00/saca, e um recuo de 1,85% no valor de R$ 2.650,00/saca em Varginha/MG.
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