Valorização do dólar derruba preços do café arábica no fechamento desta 3ª feira (30)
![]()
Após um dia de volatilidade, os preços do café encerram a sessão desta terça-feira (30) em lados opostos nas bolsas internacionais, com o arábica recuando moderadamente em NY, enquanto o robusta registra ganhos de mais de 1% nos futuros mais próximos em Londres.
Segundo o Barchart, os preços do café chegaram a subir para as máximas de duas semanas, mas recuaram em relação aos seus melhores níveis, com o arábica entrando em território negativo diante a alta do índice do dólar, o que impulsionou a liquidação de posições compradas em contratos futuros.
As chuvas abaixo da média e uma forte onda de calor no Brasil seguem no radar mercadológico. O Climatempo informou nesta 2ª feira (29) que Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do Brasil, recebeu 11,1 mm de chuva na semana encerrada em 26 de dezembro, ou 17% da média histórica. Este cenário traz preocupações com a safra brasileira da próxima temporada.
Já o robusta encontra sustentação na oferta do Vietnã. Informações da Reuters apontam que com o aumento da oferta e o clima favorável para colheita e secagem de cerejas em meio à fraca demanda, os preços da variedade no mercado interno do Vietnã caíram para seu nível mais baixo desde março do ano passado. Diante deste cenário, negociantes locais contaram que os agricultores estariam recusando as ofertas de preços dos operadores, chegando ao ponto de comprar de volta os suprimentos para fins de armazenamento, aguardando assim melhores preços para voltarem com as negociações.
No dia 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações de café do país em novembro registraram um aumento de 39% em relação ao ano anterior, atingindo 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1,398 milhão de toneladas.
Em NY, o arábica encerra registrando queda de 195 pontos no valor de 350,20 cents/lbp no vencimento de março/26, um recuo de 185 pontos negociado por 335,05 cents/lbp no de maio/26, e uma perda de 155 pontos no valor de 327,30 cents/lbp no de julho/26.
O robusta registra alta de US$ 73 no valor de US$ 4,092/tonelada no contrato de janeiro/26, uma valorização de US$ 61 cotado por US$ 3,954/tonelada no de março/26, e um aumento de US$ 51 no valor de US$ 3,863/tonelada no de maio/26.
Mercado Interno
Neste final de ano, a movimentação no mercado físico brasileiro segue praticamente paralisada. Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que os produtores não mostram disposição de venda nas bases oferecidas pelos compradores, embora haja grande interesse do comprador para todos os padrões de café.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 registrou variação negativa de 6,09% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.144,00/saca, uma queda de 1,81% em Machado/MG no valor de R$ 2.170,00/saca, e um aumento de 0,88% em Araguari/MG negociado por R$ 2.300,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra apenas com a perda de 1,75% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.243,00/saca.
0 comentário
Desafios climáticos e alta volatilidade marcaram o mercado cafeeiro em 2025
Valorização do dólar derruba preços do café arábica no fechamento desta 3ª feira (30)
Cooxupé está entre as maiores empresas do Brasil, segundo ranking Forbes Agro100
Café 2025: Um ano de extrema volatilidade, recordes históricos e diversos desafios
Clima adverso no BR mantém preços do café em alta na manhã desta 3ª feira (30)
Calor intenso e chuvas abaixo da média no BR sustentam ganhos do café arábica no fechamento desta 2ª feira (29)