Boi gordo consegue evoluir mesmo com demanda fraca, enquanto frango e suínos seguem estáveis

Publicado em 28/10/2016 07:10

Boi Gordo: Mesmo com demanda fraca a carne valorizou 1,8% em relação ao fechamento da semana passada

Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria

Mercado do boi gordo andando de lado na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria.

Em São Paulo, as escalas de abate atendem entre cinco e seis dias. Vale lembrar que a ociosidade de algumas indústrias está alta, o que colabora com os estoques enxutos.

Em algumas regiões a melhora na oferta de animais terminados tem resultado em tentativas de compra abaixo da referência.

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda em seis e alta em uma, considerando o boi gordo.

No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis, com o boi casado de animais castrados cotado em R$9,49/kg.

Mesmo com o lento escoamento da carne no mercado, os estoques enxutos permitiram uma valorização na semana, frente à anterior. Na comparação com o fechamento da semana passada, houve alta de 1,8%.

Suíno Vivo: Cotações fecham estáveis nesta 5ª feira e mercado trabalha sem expectativas de retomada de preços

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O mercado de suíno vivo registrou novo dia de estabilidade nesta quinta-feira (27). Quase todas as praças de comercialização trabalham com manutenção de preços há algumas semanas, com problemas no lado da demanda, mesmo com redução dos abates.

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que a baixa procura têm sido principal fator de pressão para o mercado, que não consegue registrar evolução nas cotações. “Mesmo com a oferta de animais para abate reduzido, a demanda interna enfraquecida não tem dado espaço para aumentos nos valores, ainda mais no período de final de mês”, explicam os pesquisadores.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que a situação é preocupante, visto que não há expectativa de mudanças de cenário. "Precisaríamos percorrer aproximadamente seis meses com rentabilidade superior a 12% para zerar o prejuízo acumulado em 2016", conta Ferreira.

Atualmente, os preços praticados em São Paulo – entre R$ 77 a R$ 79/@ – estão abaixo dos custos de produção do estado, que está em média R$ 83/@. Com isso, Valdomiro explica que em apenas três semanas do ano houve remuneração aos suinocultores em 2016.

O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a demanda está impedindo a retomada de preços, mesmo com dados positivos de embarques em outubro. ”Nem mesmo os excelentes números da exportação são suficientes para a retomada do movimento de alta”, acrescenta.

Frango Vivo: Mercado segue retraído com período de menor consumo no mês

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O mercado de frango vivo registrou mais um dia sem reação de preços nas principais praças de comercialização. Nesta quinta-feira (27), os negócios ocorrem a R$ 3,10/kg em São Paulo e a R$ 3,30/kg em Minas Gerais. O mercado tem registrado semana de lentidão, devido ao período do mês de menor consumo.

A Scot Consultoria aponta que os frigoríficos estão fazendo poucas aquisições, buscando não acumular estoques em função da última quinzena do mês. Além disto, na última semana foi registrada baixa de preços no atacado.

Com isso, os custos de produção voltam a preocupar o setor, que trabalha com margens negativas há meses devido aos preços praticados para o milho e farelo de soja no mercado interno. Apesar disto, houve uma retração nos preços do cereal na última semana.

O Cepea (Centro de Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada) explica no boletim desta semana que a diminuição da presença de compradores pressionou as cotações do milho. “Segundo pesquisadores do Cepea, esses compradores apostam em novas quedas nos preços, fundamentados na expressiva diferença entre os valores domésticos e internacionais e também no menor ritmo das exportações”, explica o boletim.

Além disto, o último levantamento de custos de produção da Embrapa Suínos e Aves já apontava para uma redução nos custos de insumos para alimentação. Em setembro o  ICPFrango/Embrapa registrou recuo de 3,55% em relação a agosto, atingindo 211,50 pontos.

Por outro lado, no acumulado do ano a alta é de 6,30% para os custos de produção, enquanto que em 12 meses a variação é de 11,03%. Os dados de nutrição voltam a ser o maior fator de baixa nos gastos de setembro, com recuo de 3,24%.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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