EUA: Chuvas continuam chegando ao Corn Belt e volumes são elevados

Publicado em 06/07/2016 12:57

"Estamos no olho do furacão do mercado climático", disse a analista de mercado da Labhoro Corretora, ajudando a explicar a reação dos preços dos grãos na Bolsa de Chicago diante das últimas informações sobre as condições de clima no Meio-Oeste norte-americano. E as últimas previsões ainda continuam indicando condições adequadas para o desenvolvimento da safra 2016/17, segundo o analista. 

Até este momento, as previsões, como explica Andrea, não indicam falta de chuvas preocupantes nem para a soja e nem para o milho. A safra do cereal está sendo definida agora em julho e a da oleaginosa em agosto, portanto, a questão que irá continuar permeando os negócios daqui em diante será sobre o impacto do La Niña e se isso irá acontecer, quando será sentido. 

Dessa forma, até que essa pergunta seja respondida, os mapas climáticos que são atualizados de duas a três vezes por dia estarão no foco dos negócios. "Até agora temos um bom horizonte para o desenvolvimento da soja e do milho e, com isso, o mercado tira parte dos prêmios de risco climáticos colocados nos preços há algumas semanas", explica Andrea. 

Último final de semana e curto prazo

Para os próximos sete dias, os mapas climáticos seguem indicando volumes variados de chuvas para todo o Meio-Oeste americano, variando de 15 mm - na Dakota do Sul e Nebraska - a algo entre 30 e 65 mm em estados como Iowa, Illinois, Minnesota e Illinois. Em algumas regiões, esses volumes poderiam chegar a até 100 mm. Neste período, as temperaturas devem ficar acima da média, o que acaba sendo compensado, em partes, pelas chuvas. 

Na última semana, partes do Corn Belt chegaram a receber seis vezes o acumulado normal de chuvas para essa época. Nos últimos 7 dias, a região central do Meio-Oeste recebeu, em alguns pontos, acumulados de 406 a 508 mm de chuvas. 

Chuvas acumuladas nos últimos 7 dias - Fonte: AgWeb

Chuvas acumuladas nos últimos 7 dias - Fonte: AgWeb

Com essa padrão climático e boas precipitações, o nível de umidade dos solos americanos vêm melhorando de forma bastante expressiva e contribuindo para o desenvolvimento das plantas, segundo relatam especialistas internacionais. 

Nível de umidade nos solos americanos - Fonte: AgWeb

Nível de umidade nos solos americanos - Fonte: AgWeb

Nível de umidade nos subsolos americanos - Fonte: AgWeb

Nível de umidade nos subsolos americanos - Fonte: AgWeb

Em seu último reporte semanal de acompanhamento de safras, no entanto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu em dois pontos percentuais o índice das lavouras de soja em boas ou excelentes condições, para 70%, essa já era uma mudança esperada, como explica a analista da Labhoro. A baixa vem, portanto, de áreas pontuais que ainda sofrem com a falta de chuvas ou o excesso delas, o qual causou até alguns alagamentos. A maior baixa veio nas Dakotas, com a do Sul caindo de 75% para 67%. 

"Já se antecipava essa piora na soja, o que não acontecia na outra revisão feita pelo USDA", diz Andrea. Para o milho, o índice de campos em boas ou excelentes condições permaneceu em 75%. Novos números serão reportados na próxima segunda-feira (11). 

No intervalo dos próximos seis a dez dias, ainda de acordo com previsões do NOAA, o departamento oficial de clima dos Estados Unidos, esse padrão deverá ser mantido, com chuvas acima da média em quase todo o Meio-Oeste americano e temperaturas que também ficam ligeiramente acima do normal para essa época do ano. Os mapas a seguir confirmam essas previsões. 

Chuvas nos EUA para os próximos 6 a 10 dias - Fonte: NOAA

Chuvas nos EUA para os próximos 6 a 10 dias - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA para os próximos 6 a 10 dias - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA para os próximos 6 a 10 dias - Fonte: NOAA

Médio prazo

Segundo analistas internacionais da Halo Commodity Company, enquanto a ameaça climática em junho parecia bem real, as condições de clima durante o mês julho parecem trazer à tona os questionamentos, principalmente, sobre o quão quente será agosto nos Estados Unidos. "Do NOAA à casas particulares de clima, mostravam o La Niña ganhando mais força no final de julho, mas parece que isso mudou para, pelo menos, setembro", acreditam os analistas. 

Julho

No período até 30 de julho, os mapas do NOAA indicam que em todo o território do Meio-Oeste americano as chuvas têm 50% de chances de ficarem acima da média e 50% de ficarem abaixo, ou seja, por enquanto, estão dentro da normalidade. 

Já para as temperaturas, a instituição acredita que podem ficar ligeiramente  acima da média para julho, de acordo com que que mostram os mapas a seguir. 

Pevisão de chuvas para julho nos EUA - Fonte: NOAA

Previsão de chuvas para julho nos EUA - Fonte: NOAA

Previsão de temperaturas para julho nos EUA - Fonte: NOAA

Previsão de temperaturas para julho nos EUA - Fonte: NOAA

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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