Entidades do setor se manifestam sobre suspensão das atividades da JBS em Passo Fundo (RS)

Publicado em 26/06/2020 15:58
Nota assinada por quatro entidades da área de proteína animal ressalta preocupação com a medida tomada pela Justiça do Trabalho nesta semana

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Na tarde desta sexta-feira (26), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Sindicato de Produtos Avícolas no Estado do RS (SIPARGS) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do RS (SIPS), emitiram nota conjunta demonstrando preocupação com o retorno da medida de suspensão temporária das atividades da unidade da JBS de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os órgãos defendem a imediata retomada dos trabalhos no local.

Na quarta-feira (24), ficou decidido que as operações da unidade ficarão suspensas até que a empresa comprove atendimento rigoroso e integral das medidas fixadas pela Gerência Regional do Trabalho (GRT). A pena de multa é de R$ 10 mil por dia e por empregado, sem prejuízo de outras medidas que visem dar efetividade à decisão, em caso de funcionamento da sede do Município de Passo Fundo, sem cumprir as exigências do Auto de Interdição.

Segundo a nota, as entidades do setor de proteína animal recebem "com extrema preocupação a paralisação imposta à unidade produtora de carne de frango da JBS em Passo Fundo, a partir de tramitação processual decorrente de fatos pretéritos".

O documento ressalta que, "além de contrariar o decreto presidencial que define a atividade como essencial, a judicialização da produção de alimentos estabelece um clima de riscos, nociva instabilidade e desconfiança no setor".

Para as entidades, "paralisar a operação causa problemas adicionais à sociedade: queda no abastecimento de alimentos, danos ambientais e impactos sociais em uma cadeia responsável pelo sustento direto de mais de 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul. A medida gera impactos de curto, médio e longo prazo, prejudicando a reputação de um segmento reconhecido mundialmente pelo padrão de qualidade e controle sanitário e operacional".

A nota reafirma a prioridade no combate à pandemia, mas pondera que é preciso considerar o cenário completo e as consequências geradas pelas ações de enfrentamento.

"A JBS adotou todas as medidas necessárias para a proteção de seus colaboradores. Segue protocolos validados cientificamente pelo Hospital Albert Einstein e atende às determinações das autoridades e dos organismos internacionais. Uma ampla campanha de conscientização foi realizada".

As entidades explicam no documento que "os setores das fábricas são constantemente higienizados, o estado de saúde dos trabalhadores é monitorado com frequência, equipamentos de proteção são utilizados de forma obrigatória e regras foram compartilhadas para evitar aglomerações". 

"São pontos que estão de acordo com a Portaria Interministerial n° 19, publicada na semana passada pelos Ministérios da Saúde, da Agricultura e da Economia (pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho), que segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), e que são cumpridos integralmente pela empresa".

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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