Preços do suíno no mercado independente sobem nas principais praças produtoras
Os preços do suíno no mercado independente iniciaram há algumas semanas uma movimentação de recuperação, e nesta quinta-feira (9), quando três Estados negociam os animais, o setor obteve aumentos substenciais na maioria das praças produtoras.
O maior aumento ocorreu em São Paulo, que nesta quinta-feira (9) obteve acréscimo de R$ 0,80 centavos no preço do quilo do suíno vivo, chegando a R$ 5,87/kg, de acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos.
"Os fundamentos desse novo realinhamento de preços é em função de uma redução drástica do peso do animais nas granjas, da oferta de animais, tanto no mercado interno de São Paulo, como de outros Estados, e da reabertura da rede de foodservice na capital e Grande São Paulo", disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
Santa Catarina, que também negociou quinta os animais no mercado independente, viu o preço aumentar em R$ 0,49 centavos, atingindo R$ 5,15/kg. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, este avanço começou a amenizar os prejuízos que os suinocultores vinham sofrendo.
"Inclusive grandes empresas acabaram procurando o mercado independente para comprar por causa das exportações, e também pela recuperação pouco a pouco do mercado interno", disse.
O preço do suíno vivo em Minas Gerais, que já havia se descolado dos demais Estados, passou de R$ 5,50/kg para R$ 6,10/kg nesta quinta-feira (9). O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, afirma que o mercado está extremamente comprador, e há perspectivas de alta para a próxima semana.
"A idade média caiu na plataforma sete dias em relação ao auge do isolamento social
. O produtor mineiro tem tido dificuldades em atender os pedidos sem derrubar o peso nas granjas", disse.
A alta para o suinocultor independente do Rio Grande do Sul foi de R$ 0,20 centavos, alcançando R$ 4,64/kg, segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.
"O aumento está dentro da expectativa, e a tendência é de que, para a próxima semana, venha uma alta mais expressiva. A demanda está muito boa, com produtores comercializando 100% das necessidades das vendas da semana dos animais prontos, reflexo das boas exportações", afirmou.
A exceção nesta semana ficou por conta do Estado do Mato Grosso, que permaneceu com preço do suíno vivo estável em R$ 3,80/kg. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa, os pedidos dos frigoríficos estão dentro da normalidade.
"Com a alta em Minas Gerais e a disparada de preço em São Paulo, daqui alguns dias este movimento de alta vai se refletir aqui no Estado", explicou.