Sinalização de oferta equilibrada contém preços da carne de frango no atacado
O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais baixos no vivo e no atacado ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, a sinalização foi de uma oferta relativamente equilibrada.
O analista explicou que os agentes do mercado seguem na expectativa da normalização do fluxo da exportação brasileira, fundamental para novos avanços de preços. A China segue com embargo sobre a carne de frango brasileira, fator que pode pesar no curto prazo. Em relação ao custo da nutrição, Maia pontuou que segue evoluindo sem sobressaltos, em patamar que favorece margens.
A China sinalizou que deve reabrir em breve seu mercado para a carne de frango brasileira, informou nesta quinta-feira (11) o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O país asiático havia suspendido as compras após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, em maio.
Segundo Fávaro, o tema foi tratado durante a cúpula dos Brics, em julho, quando o ministro pediu ao premiê chinês, Li Qiang, a retomada das importações. Na ocasião, Li afirmou que o assunto seria analisado o mais rápido possível.
“O nível de oferta no mercado atacadista segue confortável, o que não deixou espaço para recuperação de preços. A expectativa para o consumo segue positiva para os próximos dias, considerando os preços atrativos dos cortes do frango frente a concorrente (carne suína e bovina) e pela capitalização das famílias devido a massa salarial”, concluiu o especialista.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,70, o quilo da coxa em R$ 6,90 e o quilo da asa em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,90, o quilo da coxa em R$ 7,10 e o quilo da asa em R$ 10,10.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,80, o quilo da coxa em R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 10,00. Na distribuição, o preço do peito registrou seguiu em R$ 10,00, o quilo da coxa em R$ 7,20 e o quilo da asa em R$ 10,20.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,35 e, em São Paulo, subiu de R$ 5,60 para R$ 5,70.
Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 4,70 para R$ 4,75. Na integração do oeste do Paraná, a cotação elevou de R$ 4,80 para R$ 4,90 e, na integração do Rio Grande do Sul, ficou em R$ 4,75.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 5,30, em Goiás em R$ 5,30 e, no Distrito Federal, em R$ 5,35. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,80, no Ceará em R$ 6,00 e, no Pará, em R$ 6,15.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 222,616 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 44,523 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 125,826 mil toneladas, com média diária de 25,165 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.769,2.
Em relação a setembro de 2024, há avanço de 8% no valor médio diário, alta de 17,1% na quantidade média diária e baixa de 7,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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