Lucas do Rio Verde: Suinocultura, um investimento altamente viável

Publicado em 04/03/2010 10:15 e atualizado em 09/03/2020 21:15

Os porcos foram trazidos ao Brasil por Martim Afonso de Sousa em 1532. No início, os porcos brasileiros eram provenientes de cruzamentos entre as raças portuguesas, e não havia preocupação alguma com a seleção de matrizes. Com o tempo, criadores brasileiros passaram a desenvolver raças próprias. Uma das melhores raças desenvolvidas no Brasil é o Piau. É branco-creme com manchas pretas, pesa 68 kg aos seis meses, e 160 com 1 ano. Capado e velho, pesa mais de 300 kg. Destina-se à produção de carne e toucinho. O Canastrão é melhor do que a raça lusitana Bizarra, da qual descende. Outras raças desenvolvidas no Brasil incluem o “Canastra, o Sorocaba o Tatu e o Carunchinho.”

Nos últimos anos, com a popularização das técnicas de melhoramento genético, o plantel brasileiro se profissionalizou. Também contribuiu a importação de animais das raças Berkshire, Tamworth e Large Black, da Inglaterra, e posteriormente das raças Duroc e Poland China. A partir da Década de 1930 chegaram as raças Wessex e Hampshire, e depois o Landrace e o Large White.

O Brasil é um grande exportador de carne suína, tendo exportado 60 mil toneladas em 2002. Seus maiores clientes são a Rússia, a Argentina e a África do Sul. Em 2004, o mercado encontrava-se em uma crise de abastecimento, com a demanda subindo e o plantel diminuindo. A causa da crise foi o desabastecimento de ração animal, proveniente do milho, e a falta de planejamento do setor. Ainda assim, espera-se que a exportação anual de suínos chegue a 250 mil toneladas até 2006.

A suinocultura é um investimento agregado junto à produção de grãos, podendo ser incorporada como uma alternativa rentável para as famílias rurais. O município de Lucas do Rio Verde conta com uma atividade potencial, pois gera produção de milho e soja suficientes para a manutenção da cadeia regional, como também para manter as cadeias provenientes de outros estados.

A suinocultura é um investimento altamente viável devido à rapidez do retorno sobre o capital investido, pois essa é uma atividade de curto prazo, isso porque um suíno está pronto para o abate com apenas 90 dias.
Um dos fatores importantes sobre essa atividade é a parceria que se forma em torno dessa produção. Empresas com potencial de investimentos têm nessa atividade sua fonte de sustentação bancando o financiamento para as estruturas, rações, matrizes e medicamentos, além de treinar a mão-de-obra.
Assim os produtores locais e as empresas unem-se em uma espécie de parceria onde há a produção e entrega da matéria-prima, o treinamento da mão-de-obra e comercialização dos equipamentos e estruturas físicas e a industrialização e comercialização do produto final. Temos ainda como fatores de destaque o clima, a água, a matéria-prima em abundância e a mão-de-obra.
Outro fator é o interesse pela carne suína em outros países. O nível de exportação de carne suína cresceu consideravelmente nos últimos anos.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Suino.com

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF

    Além das verdades do Silvio, analistas entendem que as grandes processadoras totais são as grandes vilãs da suinocultura no Brasil, UMA VERGONHA e tirando o sangue de produtores familiares e contaminando tudo o que podem. Na prática, sabe-se que elas ganham muito dinheiro com processados suínos para reduzirem a proximo a zero os custos com processamentos e exportações de aves. Pior é que o Governo, universidades e a maioria das Entidades tudo sabem, mas ninguem se manifesta e a maioria até se omite. As entidades alegam que o consumo interno não aumenta por falta de padrão e cortes sem gorduras expostas, mas, na verdade, as grandes industrias não se interessam em verder carne, pois presunto, bacon até sub-produtos para feijoada dão muito mais dinheiro. Lembro que em bovinos as perdas no processamento/cozimento são de 50% do peso-vivo; em frangos de 44%(até 18% de água 26% de ossos/cartilagens)e em suinos próximas a 0%, pois tudo se aproveita e haja lucros, exceto para suinocultores

    0
  • Silvio Cesar Schantz Lucas do Rio Verde - MT

    COM CERTEZA ESSA MATERIA FOI ESCRITA SOBRE A ÓTICA DA INDUSTRIA E NAO DO PRODUTOR RURAL.POR MAIS QUE O BRASIL EXPORTA UMA ENORME QUANTIDADE DE CARNE SUINA,NAO EXPLICA OS PREÇOS BAIXOS PAGOS AO PRODUTOR DE SUINO,E NO MT HOJE O PREÇO DO SUINO ESTÁ EM TORNO DE R$2,05 ENQUANTO A CARNE É VENDIDA NO MERCADO VAREJISTA Á R$8,00, O BRASILEIRO CONSOME PRESUNTO A R$16,00 O KILO.UMA VERGONHA.

    E SÓ PRA LEMBRAR O SUINO NAO É ABATIDO COM 90 DIAS E SIM COM 150 A 155 DIAS,QUEM ESCREVEU A MATERIA ESQUECEU DE MENSIONAR O PERIODO DE 65 DIAS EM QUE O SUINO PERMANECE NA "MATERNIDADE E CRECHE" QUE O PERIODO MAIS ONEROSO PARA O PRODUTOR.

    INTEGRAÇAO= FUNCIONARIO SEM CARTEIRA ASSINADA.

    0