Comercial de automóvel denigre a imagem do arroz, dizem produtores

Publicado em 22/08/2012 17:15
Atendendo reclamações de produtores rurais a Assessoria Jurídica da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado Rio Grande do Sul (Federarroz), ingressou com uma representação ao Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), em São Paulo (SP). O Conselho já solicitou uma posição à Ford Motors Company do Brasil Ltda, e J. Walter Thompson Publicidade Ltda.

A medida foi tomada em decorrência da propaganda “Ford Fiesta Rocam - Peixão”, pois no aludido comercial um modelo joga um prato de arroz no chão e se refere ao alimento como “lixo”. O procurador jurídico da Federarroz, Anderson Ricardo Levandowski Belloli, entende que o teor da propaganda configura indubitável abuso da liberdade de expressão ao buscar projeção de seu produto (venda de carros) a custa de prejuízo à imagem do arroz, na medida em que o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária preconiza que todo anúncio publicitário deve ser respeitador e atentar às leis do País.

“O Código diz que a propaganda deve ser preparada com o devido senso de responsabilidade social, evitando acentuar, de forma depreciativa, diferenciações sociais decorrentes do maior ou menor poder aquisitivo dos grupos a que se destina ou que possa eventualmente atingir”, explica. Na opinião dos arrozeiros que procuraram a entidade, a imagem não só fere à Cadeia Produtiva, como toda a população brasileira que tem como referência alimentar o arroz. No mundo, o setor do arroz é o que mais gera empregos, muito mais, por exemplo, que as fábricas e concessionárias de veículos.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, afirma que as regras de regência determinam que toda vinculação publicitária deve estar em consonância com os objetivos do desenvolvimento econômico, da educação e da cultura do País, dispositivo que não foi atendido no caso deste comercial,  “uma vez que reverte em prejuízo à imagem do arroz, pois é produto básico na alimentação da população brasileira e mundial, fornecendo 20% das calorias diárias ao ser humano, afetando negativamente o setor orízicola e, por conseguinte, ao Estado do Rio Grande do Sul, esse que se revela o maior produtor de arroz do País”. A Federarroz solicitou a imediata suspensão da propaganda em todo e qualquer veículo de comunicação.
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Fonte:
Federarroz

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