Trigos importados continuam próximos ou até abaixo do trigo nacional

Publicado em 05/07/2011 07:52
Na última quinta feira reportamos que o trigo argentino estava cotado em São Paulo abaixo do preço do trigo nacional e isto se manteve nesta sexta-feira, quando fechou a R$ 575,00 CIF São Paulo, contra R$ 580,00 do trigo nacional na mesma localidade. O trigo canadense fechou com diferença de 19,17% e o trigo duro norteamericano com diferença de apenas 8,63%.

Esta, porém, é a situação desta sexta-feira e não é definitiva para a safra, como ouvimos um comentário nesta data. Aliás, os fundamentos do trigo são favoráveis a uma volta dos preços para cima, porque o quadro de Oferta e Demanda Mundial continua com oferta menor e demanda maior a curto, médio e longo prazo.

Por que os preços do trigo estão caindo, então?
Primeiro e principal pelo peso extra que se afixou no elástico natural do mercado que foram os especuladores financeiros. Sem ter como conseguir lucros rápidos e fáceis nas taxas de juros que estão próximas a zero no Hemisfério Norte, eles viram nas oscilações as commodities a maneira de ganhar dinheiro grosso e rápido. E carregaram suas posições nos mercados de commodities, agrícolas, de metais ou de moedas. Resultado: cada vez que o mercado se mexe, levado ou não por motivos fundamentais, este movimento é enormemente intensificado pela ação dos Fundos Especulativos, que jogam as cotações ou mais para cima ou mais para baixo do que seria o seu ponto de equilíbrio normal.

Em segundo lugar porque todas as atenções estão exageradamente voltadas para a oferta e pouca gente pensa na demanda. A demanda geral de grãos no mundo subiu 3,24% nos últimos 3 anos e a oferta cresceu apenas 0,9%, isto é existe um enorme de grãos de um modo geral. Especificamente de milho a situação é muito parecida: a demanda cresceu algo ao redor de 2,4% e a oferta diminuiu 2,3%. Além disso, o próprio relatório do USDA da última quinta-feira apontou situação de oferta reduzida em relação à demanda. As quedas do trigo dos últimos dias, então, não são de ordem fundamental do trigo, mas de responsabilidade dos movimentos dos investidores. Por isso,quando o mundo voltar a se preocupar com a demanda (daqui a um pouco em agosto)é possível que tenhamos novamente boas notícias.

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Fonte:
Trigo & Farinhas

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