Farinha comum a R$ 32,00 à vista em São Paulo
Estes são preços baixíssimos, na opinião dos demais vendedores. Mas, é o que paga o mercado, que só aceita preços baixos e volumes pequenos, como explicamos ontem.
Uma boa discussão: qual o deslocamento da demanda de um aumento de preço de 10% no preço de massas e biscoitos?
A discussão começou hoje no Uruguai e se estendeu por vários operadores
no Brasil, via MSN, é claro. Na opinião de um dos operadores consultados
ela não afeta significativamente, porque o desembolso final seria
pequeno. Já outros operadores responderam que o aumento teria, realmente
pouco impacto nas famílias de classe média alta ou ricas, que
representariam no máximo 20% da demanda, mas muito impacto nas famílias
de menor poder aquisitivo (80% da demanda), em que a dona de casa
acompanha dia a dia os preços nas compras que faz e percebe a diferença.
Uma das opiniões mais interessantes foi a de um trader curitibano que
ponderou que o impacto seria maior sobre as marcas dos produtos
tradicionais, que cobram mais caro, que perderiam terreno para as marcas
mais novas, que tem preços menores. Há processos acadêmicos que
calculam os impactos de deslocamentos de demanda, mas antes de
apresentá-los gostaríamos de estender a pesquisa e saber a sua opinião.
Na sua experiência pessoal de operador de indústria de massa ou
biscoito, ou comprador de supermercado, qual o impacto que um aumento de
10% nos preços das massas e dos biscoitos causa sobre a demanda?
Respostas para o nosso email serão bem vindas.