Novos projetos do Sebrae/RS impulsionam o cultivo da uva protegida
Publicado em 03/03/2010 10:19
O cultivo protegido salvou da extinção a uva de mesa na Serra gaúcha e o modelo passou a ser implantado em outros estados
Flores da Cunha – O pioneirismo do produtor rural Charles Venturin, em 1996, resultou em uma prática no Rio Grande do Sul que se espalhou por vários estados brasileiros produtores de uva de mesa. É que a técnica conhecida como uva protegida, por ele desenvolvida, garante ao consumidor um produto final mais saudável e saboroso. Por isso, será estimulada pelo Sebrae/RS em novos projetos que começaram a ser implantados na Serra Gaúcha.
O cultivo da uva, que começou há mais de 100 anos pelos tataravós de Charles, imigrantes italianos, consolidou-se com o passar dos anos na família Venturin e chega aos dias de hoje como a principal atividade econômica familiar. Na propriedade de 28 hectares, em Flores da Cunha, são cultivados os tipos uva de mesa, Itália, Rubi, Niágara Branca, Niágara Rosa e Isabel.
Cerca de 130 toneladas são colhidas entre janeiro e abril. Desse volume, 50% da uva de mesa são comercializados na propriedade, feiras e exposições, e o restante na Ceasa. Os outros tipos são vendidos para produtores de vinho.
Charles Venturin, 35 anos, conta que cresceu em meio à cultura da uva. “Em 1996, quando comecei a trabalhar, tivemos a idéia de proteger os parreirais com lonas. Isso diminuiria o uso de agrotóxicos e a exposição à chuva, que resulta em fungos na fruta”, explica. Colocar a técnica em prática foi inicialmente difícil. “Não sabíamos como trabalhar com as estruturas, impedir que o vento as derrubasse. Tempos depois uma empresa passou a produzir as lonas e o material para sustentá-las”, complementa.
Passada esta primeira fase, Venturin mudou o foco de atenção para incrementar seu negócio. “Passamos a trabalhar para poder oferecer um produto barato, mesmo com os altos custos de produção, e conseguimos um importante resultado”, destaca, lembrando que o cultivo protegido salvou da extinção a uva de mesa na Serra gaúcha e que o modelo passou a ser implantado em outros estados. “Recebemos visita até de produtores do Nordeste”, conta Venturin, que divide a administração da propriedade com os pais, o irmão e a cunhada.
Cultivo
Os novos projetos impulsionados pelo Sebrae/RS com o objetivo de estimular a cadeia produtiva da uva, iniciam em 2010 uma nova etapa para os produtores da Serra. Segundo a gestora Daiane Catuzzo, são iniciativas importantes para aproximar os elos da cadeia produtiva do setor e estimular a melhoria de gestão das propriedades rurais.
O projeto Desenvolver a Fruticultura em Caxias do Sul e Campestre da Serra, com duração de dois anos, tem como objetivo geral aumentar a produção e comercialização de frutas das propriedades rurais, através do desenvolvimento de ferramentas administrativas. “Estamos prospectando novos produtores para integrarem o projeto, cujas ações são focadas em gestão da propriedade rural, comercialização, melhoria de processos produtivos, com destaque para a uva protegida, e visitas técnicas”, afirma a gestora.
Daiane destaca, ainda, que o Sebrae/RS está apoiando a Secretaria da Agricultura do município na criação do Selo da Agricultura de Caxias do Sul, com lançamento programado nesta Festa Nacional da Uva, de 18 de fevereiro a 7 de março. “Trata-se do reconhecimento ao produto de qualidade, o que acontece graças ao produtor que investe no desenvolvimento das técnicas de produção, gestão da propriedade, socio-ambientais e segurança alimentar”.
Com duração de três anos, o projeto Fortalecer o Setor Vitivinicola da Serra Gaúcha tem como foco de ação a produção de vinhos na Serra. Seus objetivos são aumentar o volume de vendas e promover a melhoria na qualidade dos produtos vitivinícolas. Está em fase de consolidação do público-alvo do projeto.
Colheita
A colheita da uva na Serra gaúcha é uma festa tradicional que celebra a imigração italiana. Os primeiros imigrantes, que chegaram na região, em 1875, transformaram os municípios locais nos principais produtores de vinho, espumantes e suco de uva do País. A Festa da Colheita, realizada em Bento Gonçalves, é o símbolo dessa conquista. Os visitantes podem experimentar a cultura italiana e conhecer de perto a expressiva colheita da região.
De acordo com o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, a safra do ano passado fechou em 533 mil toneladas. A expectativa para esse ano é de uma queda de 30%. “É um volume muito significativo, uma vez que produzimos 95% da uva destinada à produção de vinho no País”.
Schiavenin explica que o bom desempenho da safra depende muito do clima e as chuvas constantes entre dezembro do ano passado e início de janeiro deste ano prejudicaram a colheita. Em contrapartida, acredita que o tempo seco que vem predominando resultará em uma safra com muita qualidade. A colheita segue até o final de março, e para algumas variedades, vai até o mês de abril.
Flores da Cunha – O pioneirismo do produtor rural Charles Venturin, em 1996, resultou em uma prática no Rio Grande do Sul que se espalhou por vários estados brasileiros produtores de uva de mesa. É que a técnica conhecida como uva protegida, por ele desenvolvida, garante ao consumidor um produto final mais saudável e saboroso. Por isso, será estimulada pelo Sebrae/RS em novos projetos que começaram a ser implantados na Serra Gaúcha.
O cultivo da uva, que começou há mais de 100 anos pelos tataravós de Charles, imigrantes italianos, consolidou-se com o passar dos anos na família Venturin e chega aos dias de hoje como a principal atividade econômica familiar. Na propriedade de 28 hectares, em Flores da Cunha, são cultivados os tipos uva de mesa, Itália, Rubi, Niágara Branca, Niágara Rosa e Isabel.
Cerca de 130 toneladas são colhidas entre janeiro e abril. Desse volume, 50% da uva de mesa são comercializados na propriedade, feiras e exposições, e o restante na Ceasa. Os outros tipos são vendidos para produtores de vinho.
Charles Venturin, 35 anos, conta que cresceu em meio à cultura da uva. “Em 1996, quando comecei a trabalhar, tivemos a idéia de proteger os parreirais com lonas. Isso diminuiria o uso de agrotóxicos e a exposição à chuva, que resulta em fungos na fruta”, explica. Colocar a técnica em prática foi inicialmente difícil. “Não sabíamos como trabalhar com as estruturas, impedir que o vento as derrubasse. Tempos depois uma empresa passou a produzir as lonas e o material para sustentá-las”, complementa.
Passada esta primeira fase, Venturin mudou o foco de atenção para incrementar seu negócio. “Passamos a trabalhar para poder oferecer um produto barato, mesmo com os altos custos de produção, e conseguimos um importante resultado”, destaca, lembrando que o cultivo protegido salvou da extinção a uva de mesa na Serra gaúcha e que o modelo passou a ser implantado em outros estados. “Recebemos visita até de produtores do Nordeste”, conta Venturin, que divide a administração da propriedade com os pais, o irmão e a cunhada.
Cultivo
Os novos projetos impulsionados pelo Sebrae/RS com o objetivo de estimular a cadeia produtiva da uva, iniciam em 2010 uma nova etapa para os produtores da Serra. Segundo a gestora Daiane Catuzzo, são iniciativas importantes para aproximar os elos da cadeia produtiva do setor e estimular a melhoria de gestão das propriedades rurais.
O projeto Desenvolver a Fruticultura em Caxias do Sul e Campestre da Serra, com duração de dois anos, tem como objetivo geral aumentar a produção e comercialização de frutas das propriedades rurais, através do desenvolvimento de ferramentas administrativas. “Estamos prospectando novos produtores para integrarem o projeto, cujas ações são focadas em gestão da propriedade rural, comercialização, melhoria de processos produtivos, com destaque para a uva protegida, e visitas técnicas”, afirma a gestora.
Daiane destaca, ainda, que o Sebrae/RS está apoiando a Secretaria da Agricultura do município na criação do Selo da Agricultura de Caxias do Sul, com lançamento programado nesta Festa Nacional da Uva, de 18 de fevereiro a 7 de março. “Trata-se do reconhecimento ao produto de qualidade, o que acontece graças ao produtor que investe no desenvolvimento das técnicas de produção, gestão da propriedade, socio-ambientais e segurança alimentar”.
Com duração de três anos, o projeto Fortalecer o Setor Vitivinicola da Serra Gaúcha tem como foco de ação a produção de vinhos na Serra. Seus objetivos são aumentar o volume de vendas e promover a melhoria na qualidade dos produtos vitivinícolas. Está em fase de consolidação do público-alvo do projeto.
Colheita
A colheita da uva na Serra gaúcha é uma festa tradicional que celebra a imigração italiana. Os primeiros imigrantes, que chegaram na região, em 1875, transformaram os municípios locais nos principais produtores de vinho, espumantes e suco de uva do País. A Festa da Colheita, realizada em Bento Gonçalves, é o símbolo dessa conquista. Os visitantes podem experimentar a cultura italiana e conhecer de perto a expressiva colheita da região.
De acordo com o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, a safra do ano passado fechou em 533 mil toneladas. A expectativa para esse ano é de uma queda de 30%. “É um volume muito significativo, uma vez que produzimos 95% da uva destinada à produção de vinho no País”.
Schiavenin explica que o bom desempenho da safra depende muito do clima e as chuvas constantes entre dezembro do ano passado e início de janeiro deste ano prejudicaram a colheita. Em contrapartida, acredita que o tempo seco que vem predominando resultará em uma safra com muita qualidade. A colheita segue até o final de março, e para algumas variedades, vai até o mês de abril.
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Fonte:
Ag. Sebrae de Notícias
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