Transportadoras concedem descontos no frete no 1º semestre; defasagem atinge 13,6%

A maior parte das empresas de transportes rodoviários de cargas do Brasil concedeu descontos no valor do frete no primeiro semestre de 2020, o que resultou em um reajuste negativo médio de 4,7% no período impactado pela pandemia, apontou pesquisa divulgada pela NTC&Logística nesta quinta-feira.
Segundo o levantamento da associação do setor, 52,2% das companhias concederam descontos, apurados em uma média de -10,2%, enquanto apenas 11% conseguiram reajustes para cima no período --entre elas, o aumento médio foi de 7,8%.
O transporte de cargas foi fortemente afetado pela pandemia de coronavírus, chegando a registrar em abril queda de 45,2% na demanda frente aos níveis pré-pandamia, mas tem engatado uma recuperação gradual em meio à flexibilização das medidas de isolamento social no país.
Ainda de acordo com a NTC&Logística, houve uma defasagem de 13,6% no valor do frete por peso no primeiro semestre, índice que ficou levemente abaixo dos 13,9% verificados no início do ano --o valor representa o quanto os fretes recebidos pelas empresas estão defasados em relação ao custo da operação de transporte apurado pela NTC.
Em relação aos custos, o Índice Nacional do Custo de Transporte de Carga (INCT) para as cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, apurou alta de 1,64% entre janeiro e julho, enquanto o INCT para cargas lotação --que ocupam toda a capacidade do veículo-- recuou 0,59%.
Os custos com veículos tiveram alta de 2,33% no período, embora tenha sido vista uma redução de 13,06% no custo com o diesel.
"No geral, há um aumento no custo do transporte", disse à Reuters o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.
"Com a dificuldade de empregos, o consumo reduz, reduz o abastecimento. Realmente fica prejudicado (o setor), mas acredito que essa retomada venha lentamente", acrescentou ele.
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