Transportadores do agro apostam na digitalização dos fretes de milho para conter custos, indica Fretebras

Publicado em 25/07/2022 14:06
Volume de fretes do milho safrinha feito por aplicativo mais que dobrou (+103%), de junho do ano passado a junho deste ano. Digitalização dos fretes tem ajudado as transportadoras a reduzirem os custos com transportes em até 30%.

Dados da Fretebras, maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina, indicam aumento no volume de fretes do milho safrinha em junho. Na comparação entre junho de 2021 e o mesmo mês de 2022, o número de cargas transportadas cresceu 103%. Para a Fretebras, esse movimento revela que transportadores desses grãos estão apostando mais na digitalização dos fretes para conter os custos, mediante as constantes altas do diesel. 

A contratação de caminhoneiros autônomos por meio de plataformas digitais, como da Fretebras, tem ajudado as transportadoras a amenizar os altos custos com transporte, chegando à economia de 20% a 30%, quando comparado com o transporte feito com frota própria. O uso de plataformas ajuda as empresas a realizar um número maior de fretes, com mais rentabilidade e eficiência.

“O grande fator que está por trás da digitalização das rotas é a pressão da inflação sobre os custos do transporte, puxada principalmente pela alta do diesel. O mercado tem notado que a contratação de autônomos usando aplicativos de frete, como o nosso, tem gerado mais economia. Por isso, grandes setores como agro, apostam neste tipo de solução”, afirma Bruno Hacad, diretor de operações da Fretebras. 

Segundo levantamento feito pela Fretebras em sua base de dados, o estado com maior representatividade nos fretes do milho é o Mato Grosso. Por lá, os fretes do milho safrinha subiram 65,9% entre junho de 2021 e junho de 2022. Em seguida aparece o Mato Grosso do Sul, que representa 17% das cargas do produto, onde o volume de fretes aumentou 393%. O terceiro estado com maior representatividade no volume de fretes é o Paraná (14,1%), com crescimento de 438% no número de cargas transportadas. 

Os dados vêm em consonância com as previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima uma safra recorde de grãos no Brasil em 2022, com uma produção estimada em 271,28 milhões de toneladas. A safra total de milho em 2021/22 deve alcançar 115,22 milhões de toneladas, volume 32,8% superior ao ciclo passado.

Fretes do milho safrinha tem aumento de preço relevante

Os valores dos fretes também tiveram alta, na comparação anual (junho 2021 versus junho 2022), de acordo com o Índice Fretebras do Preço do Frete (IFPF). Os preços por quilômetro por eixo rodado dos carregamentos do milho safrinha tiveram alta de 25,16%, passando de R$ 0,85 para R$ 1,06. 

“Os constantes reajustes do diesel, tem repercutido em todo o setor de Transporte Rodoviário de Cargas. Os dados que analisamos na nossa plataforma indicam que já está acontecendo um repasse do aumento dos custos no preço dos fretes, porém de forma ainda muito lenta. Além disso, o preço do frete é extremamente impactado pela oferta e demanda, e quando temos um salto muito grande no volume de cargas, é possível ver essa correção no preço para cima. Nossa expectativa é que essa tendência siga nos próximos meses”, completa Hacad.

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Fonte:
Assessoria de Comunicação

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