Milho: Após quedas, mercado esboça recuperação e opera em campo misto

Publicado em 02/06/2014 13:13 e atualizado em 02/06/2014 17:28

No pregão desta segunda-feira (02), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago operam com volatilidade. Ao longo das negociações, as cotações reduziram as perdas e, por volta das 12h34 (horário de Brasília), o vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,66 por bushel, com alta de 1,18 pontos. Mais cedo, o vencimento chegou a atingir o patamar de US$ 4,61 por bushel. 

Após acumular alta de 23% nos primeiros quatro meses do ano, as cotações futuras do cereal recuaram cerca de 10% somente em maio, conforme informações divulgadas pela agência internacional de notícias Bloomberg. Na última semana, o contrato julho/14 alcançou o menor nível desde 4 de março, de US$ 4,66 por bushel.

Nesse momento, as previsões climáticas para os EUA exercem influência negativa nas cotações em Chicago. A previsão de chuvas para as próximas duas semanas deverá contribuir para o desenvolvimento das lavouras norte-americanas. Até o último dia 25 de maio, o plantio estava completo em 88% da área projetada, índice igual a média dos últimos cinco anos.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deve reportar novo boletim de acompanhamento de safras. O relatório irá apresentar os números referentes ao plantio, assim como, as condições das lavouras.

Diante desse cenário, a expectativa é que a safra norte-americana se consolide como uma grande produção. Segundo o economista da Faeg (Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás), Pedro Arantes, os estoques também estão mais confortáveis e, com isso, os preços do cereal ainda têm espaço para recuar em Chicago.

Nas últimas semanas, as cotações têm trabalhado no intervalo entre US$ 4,50 e US$ 5,00 por bushel. Ainda assim, notícias pontuais de demanda ou de outras origens podem impulsionar as cotações nos próximos pregões. 

Ainda hoje, o departamento norte-americano reportou os embarques semanais de milho em 976,06 mil toneladas até o dia 29 de maio. O número permanece forte, apesar do recuo em relação à última semana, de 1.160,14 milhão de toneladas. No acumulado no ano comercial, o número é de 33.665,567 milhões de toneladas, contra 48.260,00 projetados pelo USDA.

BMF&Bovespa

As cotações futuras do cereal na BMF&Bovespa acompanham o movimento de Chicago e também operam em campo misto. Após as perdas registradas recentemente, os preços do cereal buscam uma recuperação. O vencimento julho/14 era negociado a R$ 27,00.

No mercado brasileiro, os preços têm sido pressionados pelo aumento na oferta do produto, uma vez que a safrinha se consolidando, apesar dos problemas pontuais, os produtores resolveram vender o milho da safra de verão, conforme explica Arantes. Além disso, a proximidade da colheita da segunda safra também contribui para o cenário.

“Essa situação era esperada daqui a uns 30 dias no pico da colheita e não agora. E o produtor rural deve estar atento, pois com a evolução da colheita, as cotações podem recuar mais um pouco”, afirma o economista da Faeg.

Durante maio, a cotação do cereal em Não-me-toque (RS), recuou 10% e fechou o mês com valor de R$ 22,50, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. O cenário também se repetiu em Ubiratã (PR), onde a saca do produto terminou o mês cotada a R$ 20,00, uma queda de 13% em comparação com o início de maio. No mesmo período, a desvalorização foi de 9,52% em Campo Novo do Parecis (MT) e a saca era cotada a R$ 19,00 na última sexta-feira.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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