Milho: Mercado reflete queda nos preços do trigo e volta a operar em campo negativo em Chicago

Publicado em 18/08/2014 12:49

Durante o pregão desta segunda-feira (18), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram os ganhos e voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela. Por volta das 12h10 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam perdas entre 2,25 e 3,00 pontos. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 3,63 por bushel, após ter alcançado o patamar de US$ 3,69 por bushel no início da sessão.

De acordo com o analista de mercado da Cerradora Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, as cotações são influenciadas negativamente pela queda nos futuros do trigo. "No caso do trigo, a instabilidade na Ucrânia pesa no mercado e consequentemente, temos um efeito secundário nos preços do milho em Chicago", explica.

Frente à tensão existente entre Ucrânia e Rússia, que podem impactar as exportações da região do Mar Negro, os investidores avaliam a situação e optam por um movimento de realização de lucros nesta segunda-feira. No mesmo horário, as cotações do trigo exibiam perdas entre 8 a 10,50 pontos na CBOT.

Além disso, os participantes do mercado também aguardam os novos relatório de embarques semanais e acompanhamento de safras. Ribeiro destaca que a expectativa é que haja uma revisão para cima nos números dos embarques do cereal, enquanto que as condições das lavouras em boas ou excelentes condições permaneçam inalteradas, em torno de 73%, conforme última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Segundo informações reportadas pelo site internacional de notícias Dtn Progressive Farmer, as previsões climáticas indicam que a maior parte desta segunda-feira será com chuvas esparsas em todo o Norte do Centro-Oeste dos EUA. Já as temperaturas deverão permanecer amenas em todo o cinturão produtor de milho.

Diante desse cenário, o analista ressalta que a tendência é que as cotações continuem operando com volatilidade em Chicago. “Deveremos ter altas e baixas nos futuros do milho, também é preciso destacar que as cotações em patamares mais baixos estimulam a demanda, principalmente dos fundos e investidores, que resultam em oscilações positivas”, ratifica Ribeiro.

Na semana anterior, as cotações do cereal terminaram a sexta-feira com ganhos entre 2,31% e 2,53%. O movimento é decorrente da volta dos investidores à ponta compradora do mercado, devido aos preços mais baixos praticados em Chicago.

Mercado interno

As cotações do milho praticadas no mercado interno brasileiro permanecem estáveis. Diante da proximidade da primeira operação de leilão de Pepro, que deverá ser realizada na quarta-feira (20), os produtores seguram o produto, enquanto que os compradores saíram do mercado, o que resulta no travamento da comercialização da safrinha, segundo diz o analista.

A expectativa é que os valores, que em muitas regiões estão abaixo do preço mínimo fixado pelo Governo Federal, apresentem alguma modificação após a terceira realização do leilão. Além disso, as exportações do milho brasileiro permanecem em ritmo mais lento, a expectativa é que até o momento, cerca de 3 milhões de toneladas foram embarcadas.

“Muitos órgãos e consultorias apostam em um número próximo de 20 até 22 milhões de toneladas, para dar equilíbrio no mercado interno. Porém, se consideramos o prazo até dezembro é curto para embarcarmos esse volume de milho”, acredita Ribeiro.

Enquanto isso, a saca é cotada entre R$ 16,00 a R$ 17,00 na região de Goiânia (GO). Já em Campinas CIF (SP), o valor de venda é de R$ 23,50, em Cascavel (PR), o valor é de R$ 21,00, no MT, em Lucas do Rio Verde (MT), o preço praticado é de R$ 13,50. As informações são da Agência Safras & Mercado.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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