Na BM&F, preços esboçam reação e reduzem perdas frente à ligeira valorização do dólar
Durante as negociações desta sexta-feira (5), os futuros do milho na BM&F Bovespa reduziram as perdas. Por volta das 13h08 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,17% e 0,53%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,50 a saca, depois de ter alcançado o patamar de R$ 29,16 a saca.
O mercado tem sido influenciado pelo comportamento do dólar que, nesta sexta-feira, opera em campo positivo. A moeda norte-americana era cotada a R$ 2,6032 na venda, com ganho de 0,52%, por volta das 13h03. De acordo com informações do site G1, o câmbio subiu depois da divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos.
As ligeiras altas registradas no mercado internacional também são fatores positivos que dão suporte ao mercado. Na quinta-feira, as cotações futuras terminaram o dia com ganhos entre 1,82% e 3,07%. O contrato março encerrou o pregão cotado a R$ 29,55 a saca. Do mesmo modo, as altas registradas no mercado internacional também deram sustentação aos preços do cereal.
Ainda assim, os analistas pontuam que, a volatilidade do dólar deverá permanecer impactando os valores do milho.
Safra do Brasil
Segundo a INTL FCStone, os produtores brasileiros deverão colher em torno de 74,3 milhões de toneladas na temporada 2014/15. O número representa uma queda de mais de 2 milhões de toneladas, em relação ao volume indicado no mês anterior. Em seu último boletim, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou a safra brasileira do cereal em 78,13 milhões de toneladas.
Para a safra de verão, a consultoria prevê uma redução na área cultivada que recuou de 6.520,3 milhões de hectares, no ciclo anterior, para 6.083,6 milhões de hectares. O destaque na redução foi para a região Sudeste, uma vez que, com a safrinha ganhando espaço, os produtores investiram mais na cultura da soja na primeira safra.
Já a safrinha, mesmo com a recente valorização nos preços, a tendência é que haja um recuo tanto na área cultivada, como na tecnologia empregada. Na segunda safra, a perspectiva é que sejam cultivados 8.649,0 milhões de hectares, totalizando uma produção ao redor de 44.279,8 milhões de toneladas, conforme dados da consultoria.
Paralelamente, a FCStone também destaca os números dos estoques que, mesmo com a produção menor, um consumo doméstico próximo de 55,5 milhões de toneladas e as exportações em 19 milhões de toneladas, deverão ficar elevados. Para a safra 2014/15, a projeção é que os estoques finais fiquem em 14,13 milhões de toneladas, fator que pesa na formação dos preços.
China
Segundo informações reportadas pelo site internacional Agrimoney nesta sexta-feira (5), as autoridades chinesas, que contiveram as importações do milho dos EUA, podem estar voltando as atenções para origens. A China tem rejeitado o milho norte-americano transgênico por conter traços da variedade MIR 162, ainda não aprovada pelo ministério de agricultura chinês.
Com isso, a expectativa é que o cenário afete o Brasil e também a Argentina. Em recente visita à China, o ministro da Agricultura, Neri Geller, estava tentando um acordo para a abertura do mercado chinês para o cereal brasileiro. Por enquanto, nenhum acordo foi divulgado oficialmente.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho tentam continuidade ao movimento positivo registrado no pregão anterior. Por volta das 13h12 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam leves ganhos entre 2,50 a 3,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a R$ 3,92 por bushel, porém, os contratos maio e julho/15 já trabalhavam acima dos US$ 4,00 por bushel.
Na sessão anterior, preços foram sustentados pelo boletim de vendas para exportação que, apontaram um número de 1.170,6 milhão de toneladas vendidas até o dia 27 de novembro. O relatório foi reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O número representa um crescimento de 24% em relação à semana anterior, na qual, foram vendidas 844,9 mil toneladas. Além disso, o número também é maior em 65% em comparação com a média das últimas quatro semanas. Ainda de acordo com o informativo, os dois principais destinos do cereal norte-americano foi o México, com 304,400 mil toneladas, e o Japão, com 236 mil toneladas.
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