Milho tem dia de aversão ao risco e encerra pregão desta 5ª feira com queda de mais de 6 pontos em Chicago

Publicado em 20/10/2016 16:19

Nesta quinta-feira (20), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão em campo negativo. As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo do dia e finalizaram a sessão com perdas entre 6,25 e 6,50 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,60 por bushel. O maio/17 operava a US$ 3,67 por bushel.

De acordo com a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, os preços da commodity recuaram em um movimento de aversão ao risco no mercado internacional. "Na verdade, tivemos esse movimento em todas as commodities. Temos mais uma queda nos preços do petróleo, que na tarde desta quinta-feira, recuavam mais de 2%. Em contrapartida, observamos uma alta no dólar, o que ajuda a pressionar também as cotações", explica a analista de mercado.

Do lado fundamental, a demanda ainda continua como um fator de sustentação aos preços do cereal. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 13 de outubro, as vendas do cereal somaram 1.023 milhão de toneladas.

O volume ficou acima das apostas dos investidores que giravam entre 700 mil a 950 mil toneladas do grão. Os números subiram 17% em relação à semana anterior e destinos desconhecidos foram os principais compradores do cereal norte-americano.

O departamento ainda informou que, o total comprometido pelo país neste ano comercial é de 22.500,1 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 89% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando as vendas estavam em 11.879,9 milhões de toneladas. A expectativa é que sejam exportadas 56,52 milhões de toneladas nesta temporada, conforme apontam os números oficiais.

"Ainda assim, temos a colheita da safra americana, que apesar de ser menor do que estimado inicialmente  ainda é uma grande produção", destaca Ana Luiza. Segundo o USDA, os produtores americanos deverão colher uma safra próxima de 382,48 milhões de toneladas nesta temporada. E, até o momento, em torno de 46% da área cultivada no país já foi colhida.

"Pelo menos no curto prazo, não acreditamos em mudanças significativas nos patamares de preços praticados no mercado internacional. Apesar da situação um pouco mais apertada no Brasil, no quadro global a oferta de milho ainda é confortável", acredita a analista de mercado.

Mercado brasileiro

Na BM&F Bovespa, as cotações tiveram um dia de estabilidade depois das quedas recentes. Nesta quinta-feira (20), os vencimentos da commodity acumularam pequenas quedas entre 0,09% e 0,51%. Apenas o contrato novembro/16 subiu 0,22%, cotado a R$ 40,68 a saca. O janeiro/17 finalizou o dia a R$ 40,95 a saca.

Enquanto isso, no mercado interno, as cotações do cereal registraram mais um dia de acomodação, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Avaré (SP), o preço caiu 5,40%, com a saca a R$ 34,19. No Paraná, nas praças de Cascavel e Ubiratã, a queda foi de 1,52%, com a saca a R$ 32,50. Em Campinas (SP), a perda foi de 3,44%, com a saca a R$ 42,10.

Por outro lado, em Campo Grande (MS), a alta foi de 1,52%, com a saca a R$ 33,50. E Sorriso (MT), a valorização foi de 1,79%, com a saca do milho a R$ 28,50.

"Ainda temos preços acomodados no mercado brasileiro. O quadro ajustado entre a oferta e demanda continua como um fator positivo. E a questão da aprovação para uso de novas variedades no país, parece ter tido um efeito mais psicológico sobre os preços. Porém, ainda estamos dentro do prazo de 30 dias para a contestação da medida", pondera Ana Luiza.

O mercado ainda segue travado, de um lado os compradores adquirem o produto da mão para boca, com a perspectiva de uma queda nos preços. Na contramão desse cenário, os vendedores não estão dispostos a efetuarem mais vendas nos atuais patamares praticados no mercado, conforme ainda explicam os especialistas.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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