De olho nas exportações e no clima no Meio-Oeste, milho recua mais de 1% no pregão desta 5ª feira na CBOT

Publicado em 20/04/2017 17:57

A sessão desta quinta-feira (20) foi negativa aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity recuaram mais de 4 pontos  e atingiram o patamar mais baixo desde o fechamento do dia 31 de março, com uma desvalorização de mais de 1%. O maio/17 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o julho/17 operava a US$ 3,64 por bushel. O setembro/17 encerrou o dia a US$ 3,71 por bushel.

Conforme reporte das agências internacionais, as cotações do cereal foram pressionadas pelas fracas exportações divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 13 de abril, as vendas de milho somaram 756,4 mil toneladas da temporada 2016/17, ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado de 800 mil a 1,3 milhão de toneladas. O Japão, nesta última semana, foi o principal destino do cereal norte-americano.

No acumulado da temporada, os produtores americanos já comprometeram 50.056,1 milhões de toneladas, contra 34.926,9 milhões no mesmo período do ano passado. O departamento projeta as vendas desta temporada em 56,52 milhões.

"O mercado ainda está lutando com a enorme tarefa de encontrar casas para as culturas da temporada 2016", destacou o analista Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista à Reuters internacional.

Além disso, a perspectiva de um clima mais seco no início de maio também pesou sobre os preços. "Os comerciantes também avaliaram as possibilidades para períodos mais secos no Meio-Oeste dos EUA após um começo mais úmido", destacou a Reuters internacional. As previsões climáticas já indicam um período mais seco entre o final de abril e início de maio.

Até o início dessa semana, cerca de 6% da área projetada para essa safra havia sido cultivada, conforme dados do departamento americano. Percentual abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 12%. A janela ideal de plantio para o milho nos EUA se encerra próximo ao dia 20 de maio.

Mercado brasileiro

No mercado brasileiro, as cotações do milho registraram mais um dia de leves quedas, antes do feriado dessa sexta-feira (21) no Brasil, em comemoração ao Dia de Tiradentes. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), o preço cedeu 3,57%, com a saca a R$ 27,00, as informações fazem parte do levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.

Em contrapartida, em Sorriso (MT), o preço apresentou alta de 3,45%, com a saca a R$ 15,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi de 2,63%, com a saca a R$ 19,50. Na região de Pato Branco (PR), o valor subiu 1,43%, com a saca a R$ 21,30. E no Porto de Paranaguá, a valorização da saca futura ficou em 1,02% e a saca fechou a quinta-feira a R$ 29,80.

"A maior disponibilidade na temporada atual e a baixa liquidez continuam pressionando para baixo os preços do milho no mercado brasileiro. Em curto e médio prazos não estão descartadas quedas nos preços do cereal no mercado interno", segundo reportou essa semana a Scot Consultoria.

Entretanto, novas quedas não estão descartadas no momento da colheita da safrinha do cereal. De acordo com pesquisa realizada pela Reuters, os produtores brasileiros poderão colher mais de 93,2 milhões de toneladas do cereal nesta safra.

Com isso, o mercado fica mais dependente das exportações para diminuir os estoques no final do ciclo. As projeções indicam embarques próximos de 24 milhões de toneladas do cereal nesta temporada.

Em meio a esse cenário, o Governo anunciou essa semana medidas de apoio à comercialização da safra. Ao todo serão R$ 800 milhões para leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), compra de contrato de opção de venda e repasse de contrato de opção de venda.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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