Terça-feira acaba com leves altas na Bolsa de Chicago para o milho com plantio americano ainda indefinido

Publicado em 04/06/2019 17:02

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A terça-feira (04) chega ao fim com leves altas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram valorizações entre 1,00 e 2,25 pontos.

O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,25, o setembro/19 valeu US$ 4,34 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,44.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho ficou mais alto nessa terça-feira após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu novo relatório com o progresso do plantio americano, apontando atrasos recorde na semeadura do cereal.

“Todo mundo está reagindo às notícias das plantações”, disse Karl Setzer, consultor de mercado de commodities da Agrivisor.

No entanto, as altas não foram maiores devido ao que os comerciantes ouviram de fazendeiros do centro-norte de Iowa, Minnesota e partes da Dakota do Sul, que ainda pretendem plantar mais milho.

“O que estamos ouvindo é que os caras que podem entrar em campo e estão plantando o máximo de milho possível, em vez de soja. Também estamos ouvindo relatos de agricultores do sul profundo, que estão convertendo plantações de algodão em milho porque é mais lucrativo este ano”, diz Setzer.

Confira mais informações sobre o relatório do USDA:

>> Sem trégua das chuvas, avanço do plantio do milho fica abaixo do esperado nos EUA

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas praças que apresentaram valorização foram Castro/PR (1,41% e preço de R$ 35,00), Pato Branco/PR (1,63% e preço de R$ 30,20), Ubiratã/PR e Londrina/PR (1,72% e preço de R$ 28,50) e Porto Paranaguá/PR (2,63% e preço de R$ 37,00).

As valorizações apareceram em Sorriso/MT (0,93% e preço de R$ 21,70), Campinas/SP (1,18% e preço de R$ 41,86), Panambi/RS (3,31% e preço de R$ 30,00), Brasília/DF (3,45% e preço de R$ 30,00) e São Gabriel do Oeste/MS (4,00% e preço de R$ 26,00).

Para a XP Investimentos, nesta terça-feira agentes seguem digerindo os números divulgados pelo USDA no final da tarde de ontem. O relatório de acompanhamento do plantio norte-americano acusou plantio em 67% do total, avanço de 9 pontos percentuais na semana, mas ainda 29% de atraso frente a média dos últimos cinco anos.

No Brasil, as colheitas avançam em ritmo adiantado, com produtividade esperada recorde. O Deral revisou a colheita do Paraná para 6,0% do total plantado, 5,0 pontos percentuais à frente da safra 2017/2018. O Imea indica 3,52% no Mato Grosso, avanço de 2,24% na semana e 2,74% frente à temporada passada. Apesar da colheita adiantada, a elevada umidade dos grãos ainda limita ofertas maiores no mercado físico.

Confira como ficaram as cotações nesta terça-feira:

>> MILHO

Chuva no Paraná diminuiu ritmo de colheita de milho, diz Deral

SÃO PAULO (Reuters) - As chuvas registradas no Paraná diminuíram o ritmo de colheita do milho e deixaram produtores em alerta, por receios sobre perda na qualidade dos grãos da atual safra, na hipótese de um prolongamento das precipitações, de acordo com avaliações do Departamento de Economia Rural (Deral).

Segundo o órgão, que mantém uma previsão de cerca de 13 milhões de toneladas para a segunda safra paranaense, as chuvas não tendem a atrapalhar a produtividade, mas podem requerer que os agricultores deem maior atenção à qualidade do produto.

"Começa a haver um sinal de alerta, de atenção, de que se tiver uma continuidade de chuvas intensas, a qualidade pode ser prejudicada", afirmou o especialista em milho do Deral, Edmar Gervásio, ponderando que a produção é considerada ainda excelente.

Para esta semana, a previsão é de tempo firme, o que deve significar uma retomada no ritmo de colheita, também prejudicado pelos recentes índices de precipitação.

Na próxima semana, porém, o Paraná já deve voltar a receber chuvas, mas ainda assim os volumes não serão relevantes, de acordo com dados do terminal Eikon, da Refinitiv.

De acordo com dados do Deral atualizados até segunda-feira, a safrinha 2018/19 tem 6% da área já colhida, enquanto a condição boa predomina na maior parte da área ainda a ser colhida, com 84%.

"Se considerarmos o plantio antecipado, o ritmo já deveria estar um pouco mais acelerado", disse Gervásio. "Mas tivemos chuva, a maior parte na última semana, e isso naturalmente impossibilitou um avanço mais significativo. A partir de hoje, sem previsão de chuvas intensas por quatro ou cinco dias, é esperado que se retome o ritmo."

Na mesma época do ano passado, o Paraná havia colhido apenas 1% da área.

Neste ano, o plantio da safrinha de milho no Paraná começou mais cedo que o normal por conta de plantio e colheita igualmente antecipados na safra de soja.

Já o plantio de trigo avançou para 68% da área projetada, segundo Deral.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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