Milho: Cotações sobem 3% nesta sexta-feira, mas acumulam queda de mais de 9% na semana

Publicado em 16/08/2019 17:05
Números do USDA na segunda-feira pesaram sobre o mercado

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A semana acaba com valorização para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira (16). As principais cotações registraram altas entre 8,75 e 10,25 pontos.

O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 3,71 com alta de 10,25 pontos, o dezembro/19 valeu US$ 3,80 com valorização de 9,75 pontos, o março/20 foi negociado por US$ 3,92 com ganho de 9,25 pontos e o maio/20 teve valor de US$ 4,00 com elevação de 8,75 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 3,06% para o setembro/19, 2,43% no dezembro/19, 2,35% para o março/20 e 2,30% para o maio/19.

Apesar dessa alta, as valorizações não foram suficientes para compensar as enormes quedas registradas na segunda, terça e quarta-feira. Com relação ao fechamento da última sexta-feira (09), os futuros do milho registraram desvalorizações de 9,51% no contrato setembro/19, queda de 8,87% no dezembro/19, baixa de 8,41% no março/20 e 7,83% no maio/20 na comparação dos últimos sete dias.

Segundo o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville, o. milho foi um pouco maior no comércio de consolidação.

“Os futuros viram uma venda significativa de fundos e especuladores em resposta aos relatórios do USDA divulgados na segunda-feira e os futuros agora retribuíram quaisquer ganhos relacionados ao clima observados no mercado desde o início da estação de crescimento”, diz Scoville.

Na última segunda-feira (12), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou as estimativas de produção e produtividade das lavouras de milho americanas, mesmo com todo o mercado aguardando por reduções nestes índices.

“A colheita continua muito atrasada e as estimativas de produção feitas pelo USDA podem estar sujeitas a revisões significativas, dependendo do clima durante a colheita. Os preços podem se tornar mais estáveis, mas não há nenhuma razão real para esperar uma grande alta por enquanto”, complementa o analista.

Relembre como foi o relatório do USDA de segunda-feira:

>> USDA surpreeende e aumenta produção e produtividade do milho dos EUA; Chicago despenca

>> Mercado de grãos entra em colapso em Chicago após números surpreendentes do USDA

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, o sócio-diretor de consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, afirmou que considera essa retomada nas valorizações para o milho como um movimento natural.

“Se considerarmos do pico de preços em junho até agora, as cotações perderam quase 18% em dólar, mas assim como pode ter havido um exagero naquela alta, sem dúvidas houve um super exagero nessa baixa recente. O mercado log em seguida se deu conta de que aquele número (apontado pelo USDA na segunda-feira) estava fora da realidade”, diz Cogo.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única desvalorização registrada aconteceu em Brasília/DF (8,62% e preço de R$ 26,50).

Já as valorizações foram percebidas apenas nas praças de Tangará da Serra/MT (2,00% e preço de R$ 25,50) e Campo Novo do Parecis (2,08% e preço de R$ 24,50).

Veja mais cotações desta sexta-feira.

A Radar Investimentos divulgou boletim apontando que “volatilidade é a palavra que define melhor a dinâmica das cotações do milho na B3 e na CBOT nesta semana. Já no mercado físico, no Centro-Sul mesmo com a colheita no MT praticamente finalizada, a oferta tem surgido de forma tímida”.

Para Carlos Cogo, a intensa movimentação na Bolsa de Chicago mudou a formação de preços no Brasil logo após a divulgação do relatório, mas a dinâmica já começa a voltar ao normal.

“O mercado praticamente paralisou assustado. As trades não queriam compra mais e o produtor da mesma forma não queria vender mais sabendo que o mercado estava altista e virou baixista de repente. Agora o câmbio já está segurando a pressão de baixa e o volume de exportação está impressionante, hoje quem está abastecendo o mercado global é o Brasil e a Argentina em volumes enormes”, aponta Cogo.

Relembre outras notícias sobre o milho desta semana:

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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