Miho tem semana volátil e fecha em campo misto na B3 nesta 6ª feira
O mercado do milho registrou uma semana bastante volátil, acompanhando as intensidade do mercado financeiro global e as notícias dos desdobramentos da pandemia de coronavírus e assim, terminou o pregão desta sexta-feira (20) em campo misto. Em Chicago, o mercado que subiu forte durante todo o dia, foi amenizando as perdas e terminou o dia em queda.
Na B3, os vencimentos maio, novembro e janeiro/21 encerraram os negócios com altas de 0,65% a 1,41% e os valores de saca em R$ 49,75, R$ 46,65 e R$ 47,00, respectivamente, enquanto o julho e o setembro recuaram - 0,73% e 0,96% - para terminar a sessão com R$ 46,51 e R$ 44,35, nesta ordem.
No interior do país, os preços também passaram por alguns ajustes dada a baixa de mais de 1% do dólar, que levou a moeda norte-americana a R$ 5,02 nesta sexta-feira. Ainda assim, a referência para o porto de Paranaguá chega a R$ 46,00 por saca.
E apesar dos preços firmes e da sustentação do mercado, o ritmo dos negócios é bastante limitado. "O milho continua mostrando pouco movimento, com indicativos firmes e poucos vendedores em atividade e nada de negócios nos portos", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Além dos vendedores retraídos, o que ajuda a manter o bom momento dos preços do cereal é o consumo interno também forte. "A demanda de ração segue
aquecida, mesmo em tempos de coronavírus", explica o consultor.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal encerraram o dia bem próximos da estabilidade, registrando leves baixas de 1 a 1,75 ponto entre os principais vencimentos, depois de operar na maior parte do dia com altas muito fortes. Assim, o maio terminou o pregão cotado a US$ 3,43, o julho a US$ 3,49 e o setembro, US$ 3,54 por bushel.
O mercado se ajustou no final do dia, porém, foi motivado pelas notícias de melhor demanda da China no mercado norte-americano.
De acordo com o reporte diário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram 756 mil toneladas de milho - sendo todo o volume da safra 2019/20 - 340 mil toneladas de trigo duro vermelho - da safra 2020/21 - e mais 110 mil toneladas de soja, também da safra 2019/20. As vendas que sejam de volumes igual ou superior a 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento.