Milho: alta do dólar pressiona cotações na B3 e Chicago aprofunda perdas

Publicado em 01/04/2020 11:57 e atualizado em 01/04/2020 16:53
Perspectiva de plantio recorde e queda na demanda impactam no mercado internacional

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As desvalorizações ganharam força nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (01). As principais cotações registravam quedas entre 4,00 e 8,00 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,36 com baixa de 4,00 pontos, o julho/20 valia US$ 3,40 com perda de 5,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,42 com desvalorização de 7,00 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,49 com queda de 8,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os com os preços mais baixos da energia e uma safra 2020/21 potencialmente recorde nos Estados Unidos pesando muito na mente dos traders.

Espera-se que um recorde de 97 milhões de acres de milho seja plantado nos EUA nesta primavera, de acordo com o relatório do USDA divulgado ontem. “Os preços futuros do milho caíram com as notícias, embora as perdas tenham sido limitadas por uma redução acima do esperado em 1 de março de 2020”, comenta a analista de mercado Jacqueline Holland.

A publicação destaca ainda que o nível de estoque estimado em 1º de março de 2020 foram de 7,95 bilhões de bushels, ligeiramente inferior às estimativas comerciais, mas quaisquer impactos positivos nos preços foram compensados ​​pelo aumento na área cultivada com milho e a preocupação com o setor de energia.

“A produção de etanol deverá diminuir, pois quase 3 bilhões de galões de produção ficaram offline no final de março devido à menor demanda de energia em meio às restrições globais de movimento COVID-19. A EIA relatou 42,2 milhões de galões de produção de etanol na semana passada para a semana que termina em 20 de março - a menor produção semanal de etanol desde outubro de 2019”, pontua Holland.

B3

Na bolsa brasileira os movimentos também seguem no campo negativo com as principais cotações caindo até 0,70% por volta das 11h45 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,70 com estabilidade, o julho/20 valia R$ 46,40 com queda de 0,54% e o setembro/20 era negociado por R$ 44,29 com desvalorização de 0,70%.

Por volta das 11h54 (horário de Brasília) o dólar era cotado à R$ 5,226 com alta de 0,61%, renovando sua máxima histórica em meio a sinais crescentes do impacto econômico da pandemia de Coronavírus.

“Mais uma vez, os mercados voltavam as atenções para os efeitos econômicos da atual crise de saúde, com dados pessimistas e sinais de aprofundamento na disseminação do vírus elevando a expectativa de uma recessão global. A atividade industrial da zona do euro entrou em colapso no mês passado, enquanto a criação de postos de trabalho no setor privado norte-americano recuou em março pela primeira vez desde 2017”, afirma a Agência Reuters.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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