Milho: alta do dólar pressiona cotações na B3 e Chicago aprofunda perdas
As desvalorizações ganharam força nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (01). As principais cotações registravam quedas entre 4,00 e 8,00 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,36 com baixa de 4,00 pontos, o julho/20 valia US$ 3,40 com perda de 5,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,42 com desvalorização de 7,00 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,49 com queda de 8,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os com os preços mais baixos da energia e uma safra 2020/21 potencialmente recorde nos Estados Unidos pesando muito na mente dos traders.
Espera-se que um recorde de 97 milhões de acres de milho seja plantado nos EUA nesta primavera, de acordo com o relatório do USDA divulgado ontem. “Os preços futuros do milho caíram com as notícias, embora as perdas tenham sido limitadas por uma redução acima do esperado em 1 de março de 2020”, comenta a analista de mercado Jacqueline Holland.
A publicação destaca ainda que o nível de estoque estimado em 1º de março de 2020 foram de 7,95 bilhões de bushels, ligeiramente inferior às estimativas comerciais, mas quaisquer impactos positivos nos preços foram compensados pelo aumento na área cultivada com milho e a preocupação com o setor de energia.
“A produção de etanol deverá diminuir, pois quase 3 bilhões de galões de produção ficaram offline no final de março devido à menor demanda de energia em meio às restrições globais de movimento COVID-19. A EIA relatou 42,2 milhões de galões de produção de etanol na semana passada para a semana que termina em 20 de março - a menor produção semanal de etanol desde outubro de 2019”, pontua Holland.
B3
Na bolsa brasileira os movimentos também seguem no campo negativo com as principais cotações caindo até 0,70% por volta das 11h45 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,70 com estabilidade, o julho/20 valia R$ 46,40 com queda de 0,54% e o setembro/20 era negociado por R$ 44,29 com desvalorização de 0,70%.
Por volta das 11h54 (horário de Brasília) o dólar era cotado à R$ 5,226 com alta de 0,61%, renovando sua máxima histórica em meio a sinais crescentes do impacto econômico da pandemia de Coronavírus.
“Mais uma vez, os mercados voltavam as atenções para os efeitos econômicos da atual crise de saúde, com dados pessimistas e sinais de aprofundamento na disseminação do vírus elevando a expectativa de uma recessão global. A atividade industrial da zona do euro entrou em colapso no mês passado, enquanto a criação de postos de trabalho no setor privado norte-americano recuou em março pela primeira vez desde 2017”, afirma a Agência Reuters.