Milho no Brasil segue em alta enquanto safrinha se desenvolveu bem com chuvas de março

Publicado em 01/04/2020 16:50 e atualizado em 02/04/2020 09:09
Chicago cai 2% com menor produção de etanol dos EUA nos últimos 6 anos

LOGO nalogo

A quarta-feira (01) chegou ao final com os preços do milho no mercado interno brasileiro ainda em alta e com poucas movimentações. Em levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Assis/SP (1,96% e preço de R$ 50,00).

Já as valorizações apareceram apenas na praça de Luís Eduardo Magalhães/BA (0,22% e preço de R$ 45,30), São Gabriel do Oeste/MS (2,08% e preço de R$ 49,00) e Porto Paranaguá/PR (2,17% e preço de R$ 47,00).

Em seu relatório diário, a Radar Investimentos apontou que o mercado físico do milho continua em alta em boa parta das praças produtoras do Centro-Sul brasileiro. “A cautela do produtor somada com a firmeza do dólar não incentiva a negociação de lotes maiores, apenas pequenas quantidades”.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu Boletim de Monitoramento Agrícola apontando que as precipitações ocorridas no início de março favoreceram o desenvolvimento do milho segunda safra em praticamente todo o país.

“O estudo aponta também que a falta de chuvas em Santa Catarina (oeste) e no Rio Grande do Sul consolidaram a quebra de produtividade do milho primeira safra e da soja nesses estados. Já as anomalias negativas do índice de vegetação, observadas especialmente em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e no Paraná, refletem o atraso no desenvolvimento do milho segunda safra em relação à safra anterior, em função do atraso no plantio”, conclui a publicação.

Ainda nesta quarta-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final do mês de março.

Segundo o levantamento, as exportações de milho em grão atingiram a média de 22,5 mil toneladas por dia útil até o final do mês a que acabou em 31 de março. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 43,5 mil toneladas, o que representa uma queda de 48,3%.

Já na comparação com o mês anterior, fevereiro de 2020, as exportações de milho brasileiro subiram 16,8%.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira.

Mercado Externo

A quarta-feira (01) chega ao final com fortes quedas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram perdas entre xx e xx pontos ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,34 com baixa de 6,00 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,38 com desvalorização de 7,25 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,40 com queda de 9,00 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,47 com perda de 10,25 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,76% para o maio/20, de 2,31% para o julho/20, de 2,58% para o setembro/20 e de 2,80% para o dezembro/20.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram cerca de 2% na quarta-feira, com os traders continuando a se preocupar com a combinação de 97 milhões de acres potenciais dos EUA sendo plantados nesta primavera, juntamente com uma redução significativa na demanda de etanol no curto prazo.

A Administração de Informações de Energia dos EUA informou que a produção de etanol caiu para o nível mais baixo dos últimos 6 anos na semana que terminou em 27 de março, com uma média diária de apenas 840.000 barris. “Alguns especialistas estimaram que a demanda por gasolina cairá 50% ou mais, o que significa que cortes adicionais na produção de etanol são quase certos”, aponta o analista Ben Potter.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário