Incerteza sobre demanda seguiu ativa e pressionou cotações do milho no Brasil nesta 2ªfeira

Publicado em 20/04/2020 17:06 e atualizado em 22/04/2020 11:37
Chicago também segue negativa e cai quase 3%

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A semana começou com o mercado interno brasileiro pressionado pelas incertezas quanto ao Coronavírus, que podem prejudicar a demanda interna por milho, especialmente por parte do setor pecuário, têm pressionado as cotações do cereal, de acordo com o Cepea. Segundo os pesquisadores, muitos compradores estão retraídos do mercado, mas vendedores estão ativos.

Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 8,6% de 9 a 17 de abril, a R$ 51,55/sc de 60 kg na sexta-feira, 17. Na parcial do mês, o Indicador registra queda de expressivos 14,28%.

“No campo, a maior incidência de chuvas na região Centro-Sul na semana passada favoreceu o desenvolvimento das lavouras que vinham sendo prejudicadas pela restrição hídrica. No Sul do País, agentes seguem preocupados com a possibilidade de geadas”, diz o Cepea.

Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram apenas em Panambi/RS (0,05% e preço de R$ 44,04) e Campo Novo do Parecis/MT (1,22% e preço de R$ 41,50).

Já as desvalorizações foram percebidas em Pato Branco/PR (1,29% e preço de R$ 38,20), Ubiratã/PR (1,33% e preço de R$ 37,00), Londrina/PR (1,33% e preço de R$ 37,00), Palma Sola/SC (2,38% e preço de R$ 41,00) e Cascavel/PR (5,13% e preço de R$ 37,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira.

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A bolsa brasileira operou a durante todo o dia em patamares negativos para os preços futuros do milho e fechou o dia com movimentações negativas entre 0,68% e 1,84% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 foi cotado à R$ 45,26 com queda de 0,96%, o julho/20 valeu R$ 42,60 com desvalorização de 1,84%, o setembro/20 foi negociado por R$ 41,80 com perda de 0,92% e o dezembro/20 teve valor R$ 43,80 com baixa de 0,68%.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da terceira semana de abril.

Segundo o levantamento, as exportações de milho não moído atingiram a média de 367,8 toneladas por dia útil até o final da semana a que acabou em 17 de abril. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 16.637,2 toneladas, o que representa uma queda de 97,79%

Em termos financeiros, o Brasil já exportou uma média de US$ 156,7 mil por dia útil de abril, contra US$ 3.317,5 mil do mesmo mês em 2019.

Mercado Externo

O primeiro dia da semana chegou ao fim com perdas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações negativas entre 6,50 e 8,00 pontos ao final desta segunda-feira (20).

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,14 com desvalorização de 8,00 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,22 com queda de 7,00 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,27 com baixa de 6,75 pontos e o dezembro/20 teve valor US$ 3,37 com perda de 6,50 pontos.

Esses índices representaram desvalorização, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 2,48% para o maio/20, de 2,13% para o julho/20, de 1,80% para o setembro/20 e de 1,75% para o dezembro/20.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho foram pegos no fogo cruzado dos preços em queda do petróleo na segunda-feira, com a fraqueza provocada por uma rodada substancial de vendas técnicas que empurraram os contratos cerca de 2,5% para baixo.

“Os preços mais baixos do petróleo colocaram pressão adicional sobre o setor de etanol, que já está enfrentando dificuldades, o que torna a recuperação de curto prazo do milho ainda mais improvável nesta primavera”, comenta o analista Ben Potter.

A publicação ainda destaca que as inspeções à exportação de milho atingiram 26,9 milhões de bushels na semana passada, derramando 42% abaixo do total da semana anterior e caindo abaixo de todas as estimativas comerciais, que variaram entre 33,5 milhões e 51,2 milhões de bushels.

Os totais acumulados para a campanha de marketing de 2019/20 ainda estão bastante atrasados ​​no ritmo do ano passado, agora em 834,7 milhões de bushels, com o México sendo novamente o principal destino na semana passada, com outros 9,7 milhões de bushels.

Antes do relatório semanal de progresso da safra desta tarde do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os analistas esperam que a agência mostre o progresso do plantio de milho em 7%, comparado a 3% há uma semana. Os palpites comerciais individuais variaram entre 5% e 12%.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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