Milho cai no mercado físico nesta 5ªfeira, mas sobe na B3 com dúvidas sobre a safrinha

Publicado em 23/04/2020 17:15 e atualizado em 24/04/2020 09:28
Chicago se valoriza com esperança de compras chinesas

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A quinta-feira (22) chega ao fim com os preços nacionais do milho apresentando fortes variações no mercado interno. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas altas nas praças de Brasília/DF (4,44% e preço de R$ 47,00) e Sorriso/MT disponível (33,33% e preço de 36,00).

Já as desvalorizações foram registradas em Panambi/RS (2,32% e preço de R$ 43,02), Luís Eduardo Magalhães/BA (2,33% e preço de R$ 42,00), Oeste da Bahia (2,58% e preço de R$ 43,50), Assis/SP (3,45% e preço de R$ 42,00), São Gabriel do Oeste/MS (7,32% e preço de R$ 38,00), Jataí/GO (12,50% e preço de R$ 35,00) e Rio Verde/GO (12,50% e preço de R$ 35,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira.

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que as cotações do milho no mercado físico estão frouxas em praticamente todo Brasil central. “Mesmo com o recuo do dólar, o comprador está retraído neste momento, o que mantém os indicadores pressionados. Em Campinas-SP, as referências estão ao redor de R$50/sc, CIF, 30 dias”.

B3

A bolsa brasileira (B3) abriu a quinta-feira em baixa, passou a operar em campo misto e encerrou o dia com movimentações positivas para os preços futuros do milho entre 0,05% e 1,37% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 foi cotado à R$ 46,13 com valorização de 0,68%, o julho/20 valeu R$ 42,92 com alta de 0,05%, o setembro/20 foi negociado por R$ 42,55 com elevação de 0,12% e o novembro/20 teve valor de R$ 44,40 com ganho de 1,37%.

De acordo com a Agrifatto Consultoria, a falta de chuvas em algumas partes do Brasil, em especial na metade sul que abrange Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pode afetar o potencial produtivo da segunda safra de milho.

Mercado Externo

Já para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT), a quinta-feira (22) foi dia de acumular elevações, com as principais cotações operando no campo positivo em até 2,25 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,19 com valorização de 1,75 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,26 com alta de 1,25 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,29 com ganho de 2,25 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,38 com elevação de 2,00 pontos.

Esses índices representaram valorização, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,63% para o maio/20, de 0,62% para o julho/20, de 0,61% para o setembro/20 e de 0,60% para o dezembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho nos Estados Unidos subiram nesta quinta-feira com os recentes declínios estimulando a demanda por importações das commodities.

“A compra de pechinchas e a cobertura curta contribuíram para o tom de alta, após uma forte liquidação no mercado de commodities, com a pandemia de Coronavírus agitada na demanda”, aponta Mark Weinraub da Reuters Chicago.

“Nenhuma das principais commodities tem uma história forte, mas as perdas recentes foram acentuadas e poucos especuladores querem manter grandes posições vendidas a esses níveis de preço, em meio à possibilidade de a China intensificar as compras”, Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da INTL FCStone, disse em nota aos clientes.

A China está se preparando para comprar mais de 30 milhões de toneladas aos estoques estatais para ajudar a se proteger de interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia de Coronavírus e cumprir as promessas de compra nos EUA, disseram três fontes à Reuters, que destaca a intenção de compra de 20 milhões de toneladas de milho.

“A conversa sobre compras chinesas não vai morrer e, se eles quiserem aumentar sua reserva, não encontrarão um preço melhor por um tempo”, Charlie Sernatinger, chefe global de futuros de grãos da ED&F Man Capital, disse em uma nota aos clientes.                                          

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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