Milho cai no mercado físico nesta 3ª feira e fica em campo misto na B3

Publicado em 28/04/2020 16:45 e atualizado em 29/04/2020 09:24
Chicago cai para os primeiros contratos e sobe nos mais distantes

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A terça-feira (28) foi mais um dia de baixas para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única valorização registrada foi em Sorriso/MT balcão (12,96% e preço de R$ 30,50).

Já as valorizações apareceram nas praças de Campo Novo do Parecis/MT (2,50% e preço de R$ 39,00), Oeste da Bahia (3,45% e preço de R$ 42,00), Tangará da Serra/MT (4,76% e preço de R$ 40,00) e Sorriso/MT disponível (6,25% e preço de R$ 30,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira.

Em sua nota diária, a Radar Investimentos apontou que a pressão nos preços físico do milho seguiu no início desta semana, mesmo com a valorização do dólar. “Pelo lado da demanda, é possível que o consumo interno deva seguir mais contido nas próximas semanas. Em Campinas-SP, as referências giram ao redor de R$49,50/sc, CIF, 30d”.

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que o preço do milho em Mato Grosso recuou 5,36% no último mês, devido a pressão com a atual cenário para o consumo estadual.

“A redução da demanda devido à menor competitividade do etanol e às incertezas dos pecuaristas de confinamento quanto à diminuição da produção influenciaram os preços nas últimas semanas”, diz a publicação.

B3

A bolsa brasileira operou durante todo o dia em campo misto para os preços futuros do milho e fechou o dia se movimentando entre 0,14% negativo e 0,80% positivo por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 foi cotado à R$ 47,44 com alta de 0,19%, o julho/20 valeu R$ 45,36 com elevação de 0,80%, o setembro/20 foi negociado por R$ 43,84 com queda de 0,14%, e o novembro/20 teve valor R$ 45,85 com baixa de 0,11%.

As dúvidas sobre o potencial produtivo da safrinha seguem no cenário. Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira, o produtor rural de Cândido Mota/SP, Antônio José Tondato, apontou que a região já está há 15 dias sem chuvas e as lavouras do cereal começam a sofrer os impactos da estiagem e das altas temperaturas.

Mercado Externo

A terça-feira (28) chegou ao fim com resultados mistos para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações entre 2,75 pontos negativos e 0,50 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,02 com desvalorização de 2,75 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,12 com queda de 1,25 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,19 com 0,25 de alta pontos e o dezembro/20 teve valor US$ 3,30 com ganho de 0,50 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,98% para o maio/20 e de 0,32% para o julho/20, além de estabilidade para o setembro/20 e elevação de 0,30% para o dezembro/20.

Segundo informações da Agencia Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram um pouco na terça-feira, com os traders ocupando posições no final do mês e, em geral, rejeitando os dados do último relatório de progresso de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

“A demanda por milho continua sendo afetada pelo uso seco de etanol, já que os pedidos de abrigo no local mantêm os motoristas em casa. As restrições também fizeram com que o consumo de carne dos restaurantes diminuísse, dissipando a necessidade de alimentos como milho”, aponta Christopher Walljasper, da Reuters Chicago.

A demanda de exportação americana também diminuiu, pois um dólar forte coloca os grãos americanos em desvantagem no mercado mundial.  “Continuamos conversando sobre a fraqueza do brasileiro real, o que nos torna menos competitivos. A falta de as exportações para a China pesaram neste mercado”, disse Bill Lapp, economista agrícola da Advanced Economic Solution.                                                                                                  

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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